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O que é Osteopatia?

 

                            

 

Modalidade terapêutica com filosofia e metodologia próprias que pode atuar independente ou complementarmente a outras práticas de promoção à saúde (medicina, odontologia, fisioterapia, psicologia, etc.), na qual o tratamento é baseado num detalhado exame clínico que conduz a um diagnóstico osteopático e então a uma abordagem osteopática (manipulação de ossos, músculos, articulações e órgãos). Tem por objetivo restabelecer a mobilidade perdida e dar equilíbrio ao sistema musculoesquelético, crânio-sacral e visceral, mantendo a elasticidade do tecido conjuntivo em todos os sistemas orgânicos.

De acordo com a filosofia proposta pelo Dr Still, a lesão primária causadora da patologia deve ser identificada e corrigida, para que o próprio organismo se encarregue de promover a cura. Este conceito centra-se em quatro leis básicas de funcionamento, sendo elas: “A estrutura governa a função”: a enfermidade não pode desenvolver-se se a estrutura está em harmonia, portanto a desordem da estrutura produz a origem das enfermidades; “A unidade do corpo”: o corpo humano tem a faculdade de reencontrar o equilíbrio (físico, bioquímico, mental, etc.), sendo o que chamamos de homeostase (Still refere que o sistema mio-fascio-esquelético tem um "memória" capaz de guardar os traumatismos sofridos); “A autocura”: o corpo em si tem todos os meios necessários para suprimir ou eliminar as enfermidades; “A lei da artéria”: a perturbação de vasos arteriais provoca má circulação e como consequência um retorno venoso mais lento e subsequente acúmulo de toxinas.

O enfoque estrutural é a faceta mais conhecida da Osteopatia e muitas vezes o termo é indevidamente utilizado para definir a Osteopatia em si. A Osteopatia estrutural descreve o diagnóstico e tratamento das disfunções do sistema musculoesquelético, atuando sobre tecidos ligamentar, muscular, tendíneo, articular, nervoso e fascial. Faz-se possível atuar sobre cada tecido por meio de um grande número de técnicas com repercussões distintas sobre cada estrutura.  

A Osteopatia visceral utiliza-se do manuseio suave dos tecidos profundos relacionados às visceral, com intenção de melhorar o fluxo de fluidos, normalizar o funcionamento do sistema nervoso central e liberar restrições teciduais. As técnicas podem ser aplicadas diretamente sobre as vísceras, fáscias que as sustentam e/ou de forma reflexa sobre centros nervosos autonômicos. Seus efeitos são resultantes da eliminação do espasmo reflexo da musculatura lisa visceral, melhora da liberdade de movimento dos órgãos e aumento da vascularização com consequente potencialização da nutrição celular.

A Osteopatia craniana envolve o estudo da Anatomia e Fisiologia do crânio, bem como suas inter-relações com a totalidade do organismo. Esta abordagem visa normalizar o tráfego de informações neurológicas ao sistema nervoso central por meio da sutil atuação sobre seus envoltórios (meninges), bem como as demais conexões conjuntivas relacionadas ao crânio. Para isso, são geralmente utilizadas técnicas funcionais que produzem importantes efeitos cada vez mais comprovados pela literatura. 

É importante ressaltar que a divisão entre Osteopatia estrutural, visceral e craniana é apenas didática e que todos os pacientes devem ser avaliados e tratados de forma holística, uma vez que estes conceitos são complementares e indissociáveis. Esta terapêutica não apresenta restrição de idade e pode contribuir para o tratamento de uma vasta gama de enfermidades, por meio de baixa frequência de atendimento e pequeno número de intervenções.