Senegal é campeão da Copa Africana, e Aliou Cissé confirma seu status de lenda do futebol
A Copa Africana de Nações conheceu seu 15º campeão diferente neste domingo depois que Sadio Mané converteu sua cobrança e fechou a vitória de Senegal sobre o Egito nas penalidades após empate por 0 a 0 no tempo normal e prorrogação. Aliás, um título com bola rolando seria mais condizente com a melhor atuação dos senegalenses diante dos egípcios.
Além de confirmar a primeira conquista de Senegal na Copa Africana, o título corrobora Aliou Cissé como um ícone do futebol.
Como jogador, o ex-defensor/meio-campista de 45 anos foi titular da seleção de Senegal que chegou a sua primeira final de Copa Africana em 2002 ao perder nos pênaltis na decisão para Camarões.
Meses mais tarde, o capitão ajudou seu país a chegar às quartas de final da Copa do Mundo, justamente na primeira aparição de Senegal no torneio, com uma vitória na estreia sobre a França, então campeã do mundo. O resultado representava demais pelo contexto histórico envolvendo o passado de colonização do país, como já foi destacado no blog anteriormente. Além disso, também foi simbólico futebolisticamente, uma vez que nenhuma seleção africana foi além desta fase em um Mundial.
Pouco depois de tanto sucesso, Cissé passaria por um enorme drama pessoal ao perder familiares em uma enorme tragédia marítima da história da humanidade. Isso, porém, não impediu que ele voltasse a dar muitas alegrias ao seu país.
Desde março de 2015 como técnico da seleção, ele levou o Senegal novamente ao Mundial em 2018 após 16 anos de ausência – aliás, nas duas vezes que sua nação participou da Copa ele esteve diretamente envolvido. Agora, Cissé guia Senegal ao título inédito com uma geração ainda mais talentosa que a de 2002 e sonha com a terceira ida ao Mundial - enfrentará o Egito em março na fase final das eliminatórias.
Mais do que seus feitos no futebol africano e sobretudo de Senegal como atleta e técnico, ele o consegue em um continente onde os técnicos locais veem muitas vezes os espaços em seu próprio continente serem ocupados por europeus ou sul-americanos nas grandes disputas.
Na última Copa do Mundo, por exemplo, os únicos técnicos africanos foram ele e o tunisiano Nabil Maâloul, que dirigiu sua seleção natal. E ele foi o único negro a dirigir uma das 32 seleções. Na Copa de 2014, também só havia dois técnicos africanos; em 2010, somente o argelino Rabah Saâdane comandou a Argélia.
Cissé contrariou as estatísticas para se confirmar como uma lenda do futebol e dar esperança a um país que tinha em 2019 o 168º melhor IDH entre as 189 nações presentes na lista. Afinal, em 2021, Senegal está no topo da África no que diz respeito ao futebol.
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