Apenas 119º colocado no ranking da Fifa, o Taiti fez história no futebol da Oceania, ao quebrar a hegemonia de Austrália e Nova Zelândia e garantir presença na Copa das Confederações de 2013. Menos de três meses depois do feito, a seleção volta a campo, desta vez por um voo ainda mais alto: a classificação para a Copa do Mundo de 2014.

Na madrugada desta quinta-feira, a seleção da maior ilha da Polinésia Francesa viaja para encarar as Ilhas Salomão, em Honiara, na abertura da terceira fase das Eliminatórias para o Mundial de 2014, no Brasil. Além do rival da estreia, o Tati terá a companhia de Nova Zelândia e Nova Caledônia na briga por uma vaga na Copa do Mundo.

A disputa nessa fase acontece com todas as equipes jogando entre si, em ida e volta. A melhor pontuação entre as quatro seleções, avança para o playoff intercontinental, para encarar o quarto colocado nas eliminatórias da Concacaf – em 2010, a disputa aconteceu contra um representante asiático, com a Nova Zelândia superando o Bahrein.

Na disputa por uma vaga na Copa do Mundo, o Taiti terá como rivais as mesmas três seleções que superou para se tornar campeã da Copa das Nações da Oceania, em junho, e se garantir na Copa das Confederações-2013. Na ocasião, no entanto, a fase final aconteceu em um mata-mata, e os taitianos não cruzaram com os favoritos neozelandeses – que caíram ante a Nova Caledônia.

O chaveamento do torneio, porém, não diminui o feito inédito da seleção do Taiti, país de 178 mil habitantes, que tem o rúgbi como esporte favorito. Desde 2009, o país têm surpreendido, conseguindo, além da classificação para Copa das Confederações, vaga também na Copa do Mundo sub-20, que foi realizada no Egito em 2009.
Há três anos, os jovens taitianos acabaram se despedindo da competição mundial com três goleadas, sofrendo 21 gols e não marcando nenhum, contra Espanha, Colômbia e Nigéria. No entanto, com mais experiência e com um novo grande desafio pela frente, o Taiti quer ir além de ser mero figurante no cenário internacional, como conta o capitão da seleção, Nicolas Vallar.

"Enfrentar grandes países e os melhores jogadores do mundo é um sonho para todo jogador, ainda mais numa equipe pequena como a nossa. Mas também não podemos nos deslumbrar, temos que jogar o nosso futebol. Não queremos passar vergonha para depois voltarmos para casa nos lamentando. No momento, ainda estamos no nosso mundo, e acho que ainda não nos demos conta do que nos espera".