Destaques, retrospectos e campanhas: veja a situação de cada classificado à Copa das Confederações

ESPN.com.br
Todos os participantes da Copa das Confederações estão agora definidos. A Nigéria conquistou a África neste domingo e ficou com a última vaga que ainda está aberta. E o ESPN.com.br fez um guia da competição, trazendo informações sobre os retrospectos, atual momento e detalhes sobre cada uma das seleções que jogarão no Brasil em 2013.


Destaques:
John Obi Mikel, Victor Moses e Vincent Enyeman
Títulos: 3 Copas Africanas (1980, 1992 e 2013) e 1 Olimpíada (1996)
Como chegou: Campeão da Copa Africana
Posição no ranking da Fifa: 52º
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: 4 (1994, 1998, 2002 e 2010)
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: 1 (1995)
Técnico: Stephen Keshi
Situação nas Eliminatórias para 2014: Líder do grupo F, com um ponto de vantagem
Time base: Enyeama, Ambrose, Omeruo, Oboabona e Elderson; Onazi, Mikel e Mba; Moses, Ideye e Uche
Getty
Nigéria conquistou a Copa Africana e ficou com a última vaga ainda aberta na Copa das Confederações
Nigéria conquistou a Copa Africana e ficou com a última vaga ainda aberta na Copa das Confederações
A Nigéria pode ser considerada uma surpresa na Copa das Confederações. Com sua melhor geração da história já aposentada, a seleção vem trazendo um trabalho de renovação e não era a favorita na África. Mesmo assim, passou pela poderosa Costa do Marfim no meio do caminho e acabou conquistando o seu terceiro título continental.

Apesar de renovada, a Nigéria aposta boa parte de suas fichas na experiência de um dos seus jogadores: John Obi Mikel. Volante do Chelsea desde 2006, o jogador joga mais avançado na seleção, veste a camisa 10 e é o responsável pela armação das jogadas. No gol, mais um jogador experiente: Vincent Enyeama, um dos destaques da última Copa do Mundo.

O outro pilar da equipe também vem do Chelsea. Victor Moses é o desafogo do time pelos lados do campo. Muito veloz e habilidoso, foi o grande destaque da conquista da Copa Africana.

O título africano recoloca a Nigéria como uma força no futebol mundial. Resta saber se a equipe conseguirá comprovar sua força contra adversários mais poderosos. Logo na primeira fase, os nigerianos terão pela frente a soberana Espanha e a sensação Uruguai, além da surpresa Taiti.





Destaques: Família Tehau e Nicolas Vallar
Títulos: 1 Copa das Nações da Oceania
Como chegou: Campeão da Copa das Nações da Oceania
Posição no ranking da Fifa: 139º
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: Nenhuma
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: Nenhuma
Técnico: Eddy Etaeta
Situação nas Eliminatórias para 2014: Eliminado
Time base: Samin; Simon, Vallar, Ludivion e Tchen; J. Tehau, Bourebare, Caroine e A. Tehau; L. Tehau e Chong Hue
Fifa
Taiti venceu a Copa das Nações da Oceania em 2012 e fez história
Taiti venceu a Copa das Nações da Oceania em 2012 e fez história
O Taiti poderá perder as três partidas por goleada que, mesmo assim, estará fazendo história na Copa das Confederações. Afinal, a seleção jogará uma competição em escala mundial pela primeira vez na história.

A vaga veio depois que o Taiti se tornou a primeira equipe da Oceania sem ser Austrália e Nova Zelândia a conquistar o título continental. O feito foi alcançado em junho deste ano, quando venceu por 1 a 0, na final, a Nova Caledônia, que havia protagonizado a grande surpresa do torneio ao eliminar a franca favorita Nova Zelândia na semifinal.

Para tentar arrancar ao menos um ponto na Copa das Confederações, os taitianos apostam em uma família, literalemente. Lorenzo, Alvin, Jonathan e Teaonui formam o clã Tehau na seleção. Teaonui é primo dos outros três atletas, que são irmãos, sendo que Lorenzo e Alvin são gêmeos.

Se fora de campo, eles possuem esse vínculo, no gramado, eles também têm forte ligação. Isso porque dos 20 gols que o Taiti marcou na campanha vitoriosa, nada menos que 16 foram anotados por um dos Tehau.

Outro destaque do time da Oceania é o zagueiro e capitão Nicolas Vallar. O defensor marcou dois gols e foi papel fundamental na campanha do título, tanto que foi eleito o melhor jogador da última edição da Copa das Nações da Oceania.





Destaques: Andrea Pirlo e Gianluigi Buffon
Títulos: 4 Copas do Mundo, 1 Eurocopa e 1 Olimpíada
Como chegou: Vice-campeão da Eurocopa
Posição no ranking da Fifa:
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: 17
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: 1
Técnico: Cesare Prandelli
Situação nas Eliminatórias para 2014: Lidera o grupo B com quatro pontos de vantagem
Time base: Buffon; Abate, Bonucci, Barzagli e Chiellini; Pirlo, Marchisio, De Rossi e Montolivo; Balotelli e Osvaldo (El Shaarawy)
Getty
Itália foi vice-campeão europeia e se garantiu na Copa das Confederações
Itália foi vice-campeão europeia e se garantiu na Copa das Confederações
Dona de um estilo com muita força e eficiência defensiva e de poucos lances plásticos, a Itália teve que passar por uma reformulação após o fiasco do envelhecido time na Copa do Mundo de 2010 e da fraca participação na Eurocopa de 2008. Em dois anos, os tetracampeões mundiais não só reformularam o time, mas como também seu tradicional estilo de jogo.

Com uma equipe mais leve e atacantes de maior movimentação, a Itália pode não ter encantado na Eurocopa, mas manteve sua tradição e, com maior vocação ofensiva, voltou a ser grande ao desbancar a badalada e freguesa Alemanha na semifinal, por 2 a 1, com dois gols de Balotelli.

A vaga na final colocou a Azzurra automaticamente na final, pois do outro lado estava a Espanha, que já disputaria a competição de 2013 por ser a atual campeã mundial, e assim os italianos viriam ao Brasil um ano antes da Copa independentemente do resultado do último jogo do torneio.

Apesar de terem sido goleados por 4 a 0, os comandados de Cesare Prandelli mostraram que a Itália havia voltado a brigar por título. Isso graças a manutenção da força defensiva, protagonizada por Gianluigi Buffon, considerado por muitos o melhor goleiro do mundo na última década.

O meio de campo é comandado pelos experientes Daniele e De Rossi e Andrea Pirlo, que foi um dos destaques da Eurocopa. No ataque, o time possui nomes jovens e talentosos como Mario Balotelli.





Destaques: Iker Casillas, Xavi e Andrés Iniesta
Títulos: 1 Copa do Mundo, 3 Eurocopas e 1 Olimpíada
Como chegou: País-sede da Copa do Mundo
Posição no ranking da Fifa:
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: 13
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: 1
Técnico: Vicente Del Bosque
Situação nas Eliminatórias para 2014: Lidera o seu grupo ao lado da França
Time base: Casillas; Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Iniesta e Silva; Fàbregas
Reuters
Seleção espanhola conquistou o tricampeonato na Eurocopa em 2012
Seleção espanhola conquistou o tricampeonato na Eurocopa em 2012
Quando acabará o protagonismo da Espanha? A pergunta parece ter se tornado ainda mais difícil de se responder depois da Eurocopa da Ucrânia e Polônia. O bicampeonato continental somado ao título mundial de 2010 tornou a Fúria a primeira seleção a conquistar três taças de primeira linha de forma consecutiva.

E o motivo nas três conquistas é o mesmo. Um controle de posse de bola que beira a perfeição, o entrosamento, a qualidade no passe desde os zagueiros e a marcação na saída de bola fazem a Espanha, que chegou a ser chamada de chata, quase invencível quando o jogo é para valer.

Assim como foi nas últimas competições, os espanhóis chegam à Copa das Confederações como favoritos e tentando apagar o vacilo da última edição, quando, na África do Sul, perderam uma considerável invencibilidade diante dos Estados Unidos, na semifinal do torneio.

Para isso, a aposta continua sendo na base formada por atletas de Real Madrid e Barcelona. Os destaques acabam sendo os mesmos. Eleito o melhor jogador da Eurocopa e da última temporada europeia, Andrés Iniesta, está no auge da carreira e concorre ao prêmio de melhor jogador do mundo em 2012. Xavi, apesar da idade mais avançada, continua o cerébro da seleção, cargo que ocupa desde antes do período de fama dos ibéricos. E, no gol, o capitão Iker Casillas mostra o motivo de ser apontado como o melhor do mundo atualmente por muitos.





Destaques: Thiago Silva e Neymar
Títulos: 5 Copas do Mundo, 8 Copas América e 3 Copa das Confederações
Como chegou: País-sede da Copa do Mundo
Posição no ranking da Fifa: 13º
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: 19
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: 6
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Situação nas Eliminatórias para 2014: Não participa
Time base: Diego Alves; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho, Ramires, Oscar e Kaká; Neymar e Hulk
Getty
Neymar é a grande esperança brasileira pra o tri seguido na Copa das Confederações
Neymar é a grande esperança brasileira pra o tri seguido na Copa das Confederações
Finalmente encontrando uma ‘cara’, a seleção brasileira vê na Copa das Confederações a chance de superar a instabilidade dos período pré-Copa e chegar ao principal torneio entre países no futebol com a confiança em alta junto aos torcedores.

Apesar de viver um dos melhores momentos desde que assumiu em 2010, considerando a definição de um time titular, Mano Menezes acabou demitido e deu lugar a Felipão, que, com uma base encaminhada, tem a missão de recuperar o moral dos pentacampeões mundiais.

A oportunidade perfeita poderá ser a Copa das Confederações, torneio que o Brasil participará por ser sede do próximo mundial e no qual defende o título após ter batido os Estados Unidos por 3 a 2, de virada, na decisão há dois anos e goleado a Argentina por 4 a 1, na Alemanha, seis anos atrás. Esse foi o última conquista do time verde-amarelo sem contar os Superclássicos da América.

Se Felipão modificará ou não boa parte do trabalho de Mano Menezes, só o tempo irá dizer. Mas, o que certamente não mudará é o astro do time: Neymar. O astro santista foi o artilheiro da seleção com o último técnico (17 gols) e terá na Copa das Confederações e Copa do Mundo como grande momento pelo país.





Destaques: Shnji Kagawa e Keisuke Honda
Títulos: 4 Copas da Ásia
Como chegou: Campeão da Copa da Ásia
Posição no ranking da Fifa: 24º
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: 4
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: 4
Técnico: Alberto Zaccheroni
Situação nas Eliminatórias para 2014: Está na liderança de sua chave na fase final. Está garantido ao menos na repescagem local e precisa de só dois pontos em três jogos para se garantir na Copa
Time base: Kawashima; Sakai, Konno, Yoshida e Nagatomo; Hasebe e Endo; Honda, Kagawa e Kiyotake; Okazaki (Maeda)

Cada vez mais presente nos principais campeonatos europeus com atletas de qualidade, o Japão vê isso se refletir no desempenho de sua seleção. Na última Copa do Mundo, caiu nas oitavas de final (sua melhor campanha ao lado de 2002, quando foi sede) apenas nos pênaltis diante do Paraguai e é o atual campeão asiático, o que lhe deu o direito de disputar a Copa das Confederações em 2013.

Se antes tinha muitos atletas que eram desconhecidos e que atuavam principalmente em seu próprio país, hoje, os nipônicos possuem uma seleção cada vez mais forte e que se destaca na Ásia. Exemplo disso é que está próxima de garantir a classificação ao Mundial de 2014.

Sob o comando do italiano Alberto Zaccheroni, o Japão aposta em seu setor ofensivo, que possui muitos jogadores que atuam na Alemanha, casos de Okazaki, um dos artilheiros das eliminatórias asiáticas. Porém, as duas grandes estrelas do país jogam na Inglaterra e Rússia: Shinji Kagawa e Keisuke Honda.

O rendimento do ataque japonês tem sido comprovado com os números. Tanto na campanha do título continental como na atual fase das eliminatórias asiáticas, o time da terra do sol nascente possui o melhor ataque, o que certamente dará trabalho em solo brasileiro, em 2013.





Destaques: Javier “Chicharito” Hernández e Giovanni dos Santos
Títulos: 9 Copas Ouro e 1 Copa das Confederações
Como chegou: Campeão da Copa América
Posição no ranking da Fifa: 14º
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: 14
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: 5
Técnico: José Manuel de la Torre
Situação nas Eliminatórias para 2014: Está na fase final, que começará em fevereiro de 2013
Time base: Talavera; Meza, Moreno, Rodríguez e Torres; Salcido, Aquino (Barrera), Zavala e Guardado; Giovanni dos Santos (Peralta) e Chicharito

Forte em pela Concacaf, onde é a grande seleção e rivaliza com os Estados Unidos, o México tenta dar um passo adiante e ganhar um espaço mais representativo no futebol mundial. Afinal, a equipe se mostra uma presença constante em Copas do Mundo, mas não consegue campanhas marcantes –caiu nas oitavas de final nas últimas cinco edições.

Novamente com uma seleção de qualidade, os mexicanos tentarão provar na Copa das Confederações, que podem algo mais. A esperança se torna maior ao se levar em conta que o time vem da conquista da Olimpíada e poderá contar com alguns dos jovens valores apresentados em Londres, neste ano, para quebrar a sina.

O grande nome da seleção é um atleta novo, mas que não deixa de ser experiente. Talismã do Manchester United, Javier “Chicharito” Hernández foi o artilheiro da Copa Ouro de 2011, torneio vencido pelo México e que garantiu a vinda da seleção do país ao Brasil em 2013. O atacante marcou sete gols na competição e, de quebra, foi eleito o melhor atleta.

Quem poderá estar no Brasil daqui seis meses pode ser o mais recente carrasco do país. Uma das favoritas na Olimpíada, a seleção pentacampeã do mundo via uma grande chance de, enfim, ser campeão olímpica, quando avançou à decisão, na qual enfrentaria o México. Porém, o atacante Oribe Peralta marcou dois gols e definiu o triunfo e título inédito mexicano.





Destaques: Luis Suárez e Edinson Cavani
Títulos: 2 Copas do Mundo, 15 Copas América e 1 Olimpíada
Como chegou: Campeão da Copa América
Posição no ranking da Fifa: 11º
Quantas vezes jogou a Copa do Mundo: 11
Quantas vezes jogou a Copa das Confederações: 1
Técnico: Óscar Tabarez
Situação nas Eliminatórias para 2014: 5º colocado (posição que o obrigaria jogar uma repescagem)
Time base: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Álvaro Pereira; Arévalo, Gargano e Pérez; Suárez, Cavani e Forlán
Reuters
Uruguai foi campeão da última edição da Copa América, em 2011
Uruguai foi campeão da última edição da Copa América, em 2011
Das sete seleções definidas para o torneio, o Uruguai é a que atravessa o pior momento. Melhor seleção sul-americana na Copa de 2010 ao terminar no quarto lugar e campeã da Copa América em 2011 – que a credenciou a Copa das Confederações – a Celeste Olímpica parece ter passado já do seu auge.

Isto porque venceu apenas um de seus últimos seis jogos, tendo sido goleada por Colômbia e Bolívia. Nas eliminatórias para a Copa, está apenas na quinta posição, que lhe daria uma vaga na repescagem. Nitidamente, não é o mesmo time de um ou dois anos atrás.

Mesmo assim, o grande ponto forte do time continua sendo o ataque que conta com Edinson Cavani e sua média de gols comparáveis a de Maradona no Napoli e Luis Suárez, eleito o melhor jogador da última Copa América e grande destaque do Liverpool. Forlán, craque do último Mundial, parece ter acompanhado o declínio da seleção e vive um momento sem brilho no Internacional.

A Copa das Confederações poderá ser o grande teste para os uruguaios se recuperarem e mostrarem que seguem firmes em competições oficiais. No entanto, a seis meses do torneio, o participante com mais motivos para lamentar.

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