Felipão diz que 5 Copas foram sem ajuda de juiz; não é bem assim

André Linares, Jean Santos, Lucas Borges e Paulo Cobos, de São Paulo
Getty
Árbitro Peter Prendergast em ação no jogo entre Brasil e Bélgica na Copa do Mundo de 2002
Árbitro Peter Prendergast em ação no jogo entre Brasil e Bélgica na Copa do Mundo de 2002

Ao rebater o técnico croata Niko Kovac, que disse que a Copa do Mundo pode virar um "circo" pela ajuda da arbitragem ao Brasil, Luiz Felipe Scolari foi irônico, afirmando que o Brasil já ganhou cinco Copas do Mundo, e não precisou de auxílio dos árbitros para isso.

Não é bem assim. Em três das cinco taças do país aconteceram erros de arbitragem e episódios ainda mais polêmicos. Começando pelo bicampeonato, no Chile, em 1962.

Primeiro em jogo que poderia eliminar a seleção, ainda na primeira fase, contra a Espanha. Nilton Santos fez falta dentro da área, mas deu dois passos para frente e o juiz chileno Sergio Bustamente marcou falta fora da área. Depois, anulou um gol de Puskas que muita gente considerou legal. Pior aconteceu depois, entre semifinal e decisão.

Garrincha, que carregou o time nas costas no título, foi expulso nas semis, contra o Chile. Mas, "misteriosamente", o juiz, um peruano, sumiu depois do jogo. Como naquele tempo não havia suspensão automática, era necessário o relato do árbitro para que o ponta direita ficasse fora da final contra a Tchecoslováquia, que acabou jogando.

Na conquista do tri, em 1970, no México, o Brasil poderia ter ficado sem seu melhor jogador durante a semifinal, e depois também na decisão, caso o juiz não tivesse feito vistas grossas para a desleal cotovelada que Pelé acertou em um jogador do Uruguai.

Por fim, o próprio Felipão se beneficiou de um erro crasso de arbitragem na campanha do pentacampeoanto, em 2002. Nas oitavas de final, Brasil e Bélgica faziam jogo duro, com Marcos salvando a meta brasileira.

Aí o belga WIlmots fez gol legal, mas o juiz jamaicano Peter Prendergast "inventou" uma falta e anulou o tento. No fim, vitória por 2 a 0 do Brasil.

Naquela mesma Copa, logo na estreia, o Brasil também venceu a Turquia com um gol ilegal: o da vitória por 2 a 1, com outro pênalti que não existiu.

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