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O zagueiro Erazo, da seleção do Equador e do Flamengo

Em cinco jogos pelo Flamengo, Erazo acumulou falhas, não agradou aos rubro-negros e foi alvo de críticas. Nesta quarta-feira, quando atuou pela seleção do Equador no Rio de Janeiro, o zagueiro teve o seu nome gritado pela primeira vez pelos torcedores brasileiros no Maracanã. Agora, espera dar a volta por cima no segundo semestre.

Apesar do empate com a França por 0 a 0, que decretou a eliminação dos equatorianos da Copa do Mundo, Erazo teve atuação segura e, bem humorado, falou sobre o apoio dos flamenguistas nas arquibancadas.

"É a primeira vez que falam meu nome no Maracanã. Gostei", afirmou, aos risos.

Eliminado do Mundial, Erazo agora vai ganhar alguns dias de folga antes de se reapresentar ao Flamengo para a sequência da temporada. Satisfeito com o seu desempenho pelo Equador, o zagueiro de 26 anos espera mostrar agora pelo clube brasileiro o futebol que o levou à seleção do seu país, quando jogava pelo El Nacional e pelo Barcelona de Guayaquil.

"Isso aqui é futebol, quando você está mal, todo mundo fala mal, quando você está bem, todo mundo fala bem. Agora é ficar tranquilo, ir para o meu time e fazer uma boa pré-temporada lá", disse o defensor.

Frickson Erazo foi contratado pelo Flamengo em janeiro deste ano, mas atuou em apenas cinco partidas, foi expulso na estreia contra o Macaé e cometeu erros nos gols sofridos na derrota para o Fluminense, por 3 a 0. Na final do Carioca, ainda fez pênalti no vascaíno Pedro Ken, convertido por Douglas, mas o Rubro-Negro conseguiu o título graças a um gol de Márcio Araújo no fim.

Tranquilo e solícito com os jornalistas após o empate do Equador no Maracanã, Erazo admitiu que não estava bem psicologicamente e teve o seu desempenho prejudicado no Fla.

"A cabeça é importante, e minha cabeça não estava bem nos meus primeiros cinco meses de Flamengo. Psicologicamente eu estava muito mal, pelas críticas, pela perda de confiança do meu treinador. É difícil estar em um país como o Brasil, sem falar a língua, mas depois tive que me acostumar, consegui, e agora vamos fazer uma boa apresentação lá", afirmou Erazo, que ainda citou as poucas chances que teve de entrar em campo com o técnico Jayme de Almeida, que foi demitido para a entrada de Ney Franco.

"No Flamengo eu não tive tantas oportunidades de jogar, vocês sabem como é. O Flamengo é um clube grande, tem muita pressão. Eu senti, na minha perspectiva, que não tive as oportunidades que eu precisava. Então quando você não tem a confiança do seu técnico, do seu professor, é difícil você jogar".

Atualmente, Erazo é a quarta opção para a zaga do Fla, atrás de Wallace, Samir e Chicão. Com mais moral após a participação na Copa do Mundo, o jogador equatoriano espera mostrar o seu valor no rubro-negro.