A Casa das Onze Janelas, Palacete das Onze Janelas ou Museu de Arte Casa das Onze Janelas é o museu de arte moderna e contemporânea mais importante de Belém do Pará. O ponto turístico foi construído na metade do século XVII, sendo a residência do senhor de engenho Domingos Da Costa Becelar. O objetivo da construção da casa era servir de ponte entre o interior, onde morava, e Belém, utilizando especialmente nos fins de semana. Em 1768, o governo do Grão-Pará comprou a casa, que passou por mudanças feitas pelo arquiteto italiano Antônio José Landi, para abrigar o Hospital Militar, recebendo o nome de Hospital Real após as adaptações do projeto por Landi. A proposta do arquiteto foi de uma varanda com vista para o rio Guajará.

O estilo neoclássico adotado proporcionava dois pavimentos com onze aberturas simétricas em sua fachada principal, que no decorrer da reforma de Landi, frontões ladeados de obeliscos foram inseridos. Não há uma garantia precisa sobre as mudanças realizadas ao longo dos anos, mas há a suposição de que Landi alterou o formado original da casa, que era retangular, para um formato em “L”, adicionando um corpo lateral. Antônio Landi também foi responsável por amplas propostas de projetos na Amazônia durante o período colonial. Atualmente, o circuito Landi foi elaborado em sua homenagem. Seu objetivo é divulgar a arquitetura da época de ouro belenense, divulgando autenticidade à cidade, evidenciando seus patrimônios históricos. O hospital funcionou até 1870, depois a casa passou a ter diversas funções militares, acolhendo o Corpo da Guarda e a Subsistência do Exército até o final do século XX. No decorrer da renovação do centro histórico de Belém, com o projeto Feliz Lusitânia, a Casa das Onze Janelas, em 2002, virou um museu de arte moderna e contemporânea. Após o Governo do Estado do Pará assinar um acordo com o Exército Brasileiro, os terrenos da Casa das Onze Janelas e do Forte do Presépio foram cedidos em benefício ao turismo da cidade, valorizando a cultura regional. Atualmente, o edifício é utilizado como museu para exibição de artigos que fizeram a história do lugar, esculturas e exibições temporárias. Outros museus foram fundados junto com o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, voltado para exposições de obras de arte. Em volta da área, podemos ver elementos culturais, como o Jardim das Esculturas e o Navio Corveta, que trazem singularidade à Casa das Onze Janelas.

FOTO: LUIZ BRAGA

No térreo encontramos uma mini-biblioteca; no primeiro andar, vemos a câmara Ruy Moreira, que apresenta obras de famosos artistas modernistas brasileiros, como Clóvis Graciano, Manoel Pastana e Lasar Segall; no segundo andar, vemos duas salas de exibição de fotografias. Ao lado do museu, encontramos um restaurante com um estilo referente ao período medieval, que ocupa cinco janelas da construção toda. A instalação possui um salão principal de taipa e com um tocheiro nas paredes enriquecidas com imagens do período colonial paraense e resquícios arqueológicos encontrados durante a revitalização da área. Também encontramos um bar feito com a madeira de demolição e trilhos da linha de bonde que circulava pela praça principal no período da Belle Epoque. Por último, podemos ver uma varanda, que permite a vista para a Baía do Guajará. A casa possui um terraço, onde podemos contemplar os painéis de Júlio Pomar, artista plástico português.

A Casa das Onze Janelas é o primeiro museu de arte contemporânea da região norte, responsável por exaltar o passado do Pará, explorando cada vez mais as competências da região, transformando o encantamento do local em um dos cartões postais mais belos da capital paraense. O horário para visitação é de terça à sexta-feira, das 10h às 18h. Sábados e domingos, das 10h às 14h. Quer saber mais sobre a história da nossa cidade? Junte-se ao Portal Paramazônia e fique por dentro dos fatos que transformam a Cidade das Mangueiras em uma obra a céu aberto.

Fontes Bibliográficas: http://percorrendobelem.blogspot.com.br/2014/01/visita-casa-das-onze-janelas-periodo.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Palacete_das_Onze_Janelas