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sábado, 4 de abril de 2015

Fabaceae - Cranocarpus martii Benth.

 Estípulas lineares,  cálice campanulado, estandarte reflexo, alas bem abertas (f. 1)
Filotaxia alterna, folha composta, unifoliolada (f. 2)
 Folíolo oblongo-elíptico, viridescente (f. 3)
 Pedúnculo hirsuto, cálice levemente giboso (f. 4) 
 Cálice persistente no fruto, legume monospérmico (f. 5)
 Folíolos discolores, face abaxial hirsuta (f. 6)
 Detalhe do indumento (f. 8)
 Estipelas estreitamente-triangulares (f. 9)
Bráctea, bractéolas, botão e flor aberta (f. 10)
Leguminosae - Papilionoideae - Phaseoleae, Cranocarpus Benth.

Gênero endêmico do Brasil, apresenta 3 espécies Cranocarpus gracilis Afr.Fern. & P.Bezerra, C. martii Benth. (espécie típica do gênero) e C. mezii Taub. (Queiroz 2015).

Cranocarpus martii Benth., Flora Brasiliensis 15(1A): 106–107, pl. 28. 1859. Tipo: BRASIL: Bahia, Martius s.n. (Síntipos K imagem!) 

 Subarbusto de até 50 cm de altura, caule lignoso; ramos hirsutos, cilíndricos, clorofilados. Estípulas lineares, persistentes. Folha composta, unifoliolada, estipelas 2, lineares; folíolos oblongo-elíptico, ápice cuspidado, margem inteira, base cuneado, face adaxial cinérea, hirsuta com venação expressa, face adaxial verde. Inflorescência axilar, racemo laxo. Bráctea 1, estreitamente triangular; bractéola 2 estreitamente-triangular. Pedicelo curto. Botão oblongo. Flor pedicelada, papilionácea, monoica; cálice campanulado, bilabiado, lacínios 5, estreitamente triangular, hirsuto; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte reflexo, orbicular; alas oblongas, completamente abertas; quilha unida; androceu monadelfo, 10 estames; gineceu, ovário séssil, uniovulado. Fruto legume, plano, monospérmico, valva superior reta, inferior orbicular, hirsuto.


Esta espécie tem o hábito subarbustivo ocorrendo nos remanescentes de mata Atlântica em João Pessoa, principalmente em áreas de sub-bosque.

Referências

-Bentham, G. 1859. Flora Brasiliensis  15(1A):106-107

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Harley, R. M. 1978. A study of Cranocarpus (Leg.) in Brasil. Bradea. 2(39): 265—269.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

Queiroz, L.P. Cranocarpus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 01 Abr. 2015

Queiroz, R.T. 2020. Cranocarpus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18444>. Accessed on: 29 Apr. 2021



Exsicatas

quarta-feira, 4 de março de 2015

Fabaceae - Swartzia apetala Raddi

 Flores monoclamídeas, cálice rompendo irregularmente, estames heteromórficos (f. 1)
 Frutos amarelo, estipitado, semente preta com arilo branco (f. 2)
 Sementes elípticas, monocromadas, castanhas, testa lisa (f. 3)
Hilo basal, elíptico (f. 4)

Leguminosae - Papilionoideae - Swartzieae – Swartzia Schreb. 140 espécies (ca. 200 para Torke 2007)

No Brasil ocorrem 111 espécies das quais 62 são endêmicas (Mansano et al. 2015).

Swartzia Schreb.

Árvore, ramos inermes. Estípula presente, lateral, basifixa. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, multijuga, folíolos opostos, raque maior que o pecíolo, nectário ausente. Racemo terminal ou axilar. Flor pedicelada, diclamídea, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice assimétrico, corola unipetalar, pétalas unguiculadas, androceu dialistêmone, heterodínamo, polistêmone, gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, estipitado. Fruto legume, drupa, baga.


Swartzia apetala Raddi, Mem. Mat. Fis. Soc. ital. Sci. Moderna 18(2): 398. 1820.

Planta arbustiva, caule cilíndrico, inermes, glabros. Folhas compostas, imparipinadas, 3 pares de juga, opostas, raque não alada; folíolos 7-11, oblongos, elípticos, ápice cuspidado, margem inteira, base cuneada, arredondada, coriaceae, estipelas 2 por par de folíolos. Inflorescência axilar; racemo laxo; pedicelo longo; botões globoides; cálice verde, rompendo-se irregularmente, corola ausente; androceu n, polistêmone, livres, estames heteromórficos, 2 funcionais e n estaminódios; gineceu 1, ovário estipitado, glabro, incurvado, verde, bem desenvolvido. Fruto legume, estipitado, valvas amarelas. Semente elíptica, monocromada, castanha, testa lisa, arilo branco, hilo elíptico.

Comentário

Bentham (1862) em seu tratamento na flora Brasiliensis separou esse gênero em categoria de série são elas: Serie unifoiliolatae, Pteropodae, Tounatae, Tounateoideae, Orthostyler, Stenantherae e Cyathocalycinae. S. apetala estava inserida na serie Tounatae que se caracteriza por apresentar folhas numerosas, pecíolo comumente cilíndrico, ou em espécies 3 anteriores. Estilete breve, obtuso, uncinado inflexo.

Mansano; Lima (2007) ao estudarem este grupo para o Rio de Janeiro encontraram duas espécies onde a pétala é ausente: Swartzia apetala var. apetala e S. apetala var. glabra e S. pilifera, onde as primeiras apresentam ovário glabro e a segunda ovário lanoso.

Determinador: Vidal Mansano

Nome popular: Arruda mirim

Fotografias: Flores:  Lucas de Almeida Silva - Espírito Santo, fruto: Rubens Teixeira de Queiroz - Capela - Sergipe

Referências

-Bentham, G. 1870.  Flora Brasiliensis 15(2): 30.
-Mansano, V. de & Lima, J.R. 2007.O gênero Swartzia Schreb. (Leguminosae, Papilionoideae) no estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia 58 (2): 469-483. 2007
-Mansano, V.F.; Pinto, R.B.; Torke, B.M. 2015. Swartzia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 
-Torke, B. M. 2007. New combinations and specieslevel synonyms in Swartzia (Fabaceae: Papilionoideae). Novon 17: 110-119.

Exsicatas

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Fabaceae - Centrosema pubescens Benth.

Bractéolas ovadas, pequenas, calice com tubo curto e lacínios lineares (f.1)
Estadarte reflexo, alas aderidas a quilha (f. 2)
Folha composta, trifoliolada (f. 3)
Frutos legumes tipicos, lineares, planos pubescentes (f. 4)
Valvas coriaceas, sementes marmoradas, oblongas, hilo elipitoco subcentral (f. 5)
Semente oblonga (f. 6)
Após fecundada a flor fica esbranquiçada (f. 6)
Folha 3-folioladas, folíolos ovado-elíptico (f. 7)
Inflorescência pedúnculo longo, pedicelo curto, brácteas envolvendo o cálice (f. 8)
Face dorsal do estandarte, estriado, calcar presente, 2 bractéolas protegendo o cálice (f. 9)
Flor ressupinada (f. 10)
Botão imaturo verde (f. 11)
Calcar na base do estandarte, bractéolas 2, ovadas (f. 12)
Alas menores que a quilha (f. 13)
Estandarte recobre todas as demais pétalas (f. 14)
Androceu diadelfo (f. 15)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Centrosema. 36 especies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 30 espécies das quais 9 são endêmicas (Souza 2015).


Centrosema (DC.) Benth.

Trepadeira volúvel; ramos cilíndricos ou angulados, rígidos, glabrescentes ou seríceos; inermes. Estípulas lateral, basifixa, lanceoladas, pequenas, nervuras paralelas, persistentes. Folhas uni (C. sagitattum)-tri-pentafolioladas (C. rotundifolia); folíolos elípticos, lanceolados, lineares, sagitado, deltoide, ápice obtuso-mucronado, margem inteira, base arredondada, cordada, truncada, face adaxial glabra, face abaxial incana, membranácea, pecíolo alado ou não, maior que o comprimento da raque quando se está presente. Inflorescência axilar, racemo, poucas flores, pedúnculo presente. Botões protegidos por bractéolas com nervação paralela, ovados; pedicelo longo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, bilabiado, 5 lacínios, curtos; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás, branca, vermelha, vinho; estandarte ressupinado, calcarado, alas fortemente aderidas a quilha; quilhas conadas; androceu diadelfo, tubo alvo, anteras homomórficas, dorsefixa, rimosas; gineceu unicarpelar, ovário séssil, pluriovulados, plano, glabro, nectário circular na base, estilete maior que o ovário, estigmas plano-côncavos. Fruto legume típico, séssil, linear, ápice longo, valvas com margem lignosas. Sementes quadradas-oblongas, elípticas, marmoradas, escuras, hilo central, elíptico.


Planta trepadeira, volúvel, ramos pouco difusos, finos, cilíndricos, fortes, inermes, sem gavinha.  Estípulas 2, triangular, estriada. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, trifoliolada, folíolos basais elíptico-oblongo, ápice cuspidado, margem inteira, base obtusa, aguda, membranáceo, face adaxial e abaxial glabrescente, folíolo apical elíptico-ovado, ápice cuspidado, margem inteira, base obtusa a aguda, face adaxial e abaxial glabrescente, membranáceo, estipelas 1 par por folíolos, estreitamente triangulares; péciolo 3 x maior que a raque. Racemo axilar, racemo congesto, pedúnculo longo. Brácteas 2, ovada, com estrias transversais. Flor grande lilás, monoica, pedicelada; bractéolas 2, ovadas, estrias transversais, cálice campanulado, lacínios 5, longos; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás, estandarte oblato, guia de néctar na face ventral, calcar na face dorsal; alas oblongas, bem desenvolvidas adnatas a quilha, quilha maiores que as alas, falcadas; androceu diadelfo, tubo branco, anteras dorsifixas, rimosas; gineceu 1-pistilado, nectário circular na base do ovário, ovário súpero, pluriovulado, serício, estilete longo, estigma plano. Fruto legume típico, linear, plano, serício, valvas com estrias lignosas nas margens. Sementes oblongas, marmoradas, castanho com preto, hilo subcentral.

Encontrada na borda da Mata.

Foto: Rubens Teixeira de Queiroz, Capela, Sergipe, Jardim Botânico Benjamim Maranhão, João Pessoa, Paraíba, Brasil

Referências

-Barbosa, V.P. 1977. Centrosema (A.P. de Candolle) Bentham do Brasil - Leguminosae - Faboideae. Rodriguesia. 29: 42. 159-219. 

-Barreto, K.L.; Queiroz, L.P. 2020. Centrosema in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18264>. Accessed on: 28 Apr. 2021

-Bentham, G. 1837. Commentationes de Leguminosarum Generibus. 53.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do  Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb


-Forzza, R. C. 2010. Lista de espécies Flora do Brasil http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Souza, V.C. Centrosema in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 06 Abr. 2015

Exsicatas

Reflora , P

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Fabaceae - Macropsychanthus violaceus (Mart. ex Benth.) L.P. Queiroz & Snak

 Pseudorracemos longo e congesto, reto, flores com pétalas violeta (f. 1)
 Folhas trifolioladas com venação muito marcada na face abaxial (f. 2)
Folíolo obovado, nervuras secundárias retas (f. 3)
Botões numerosos em distintos tamanhos (f. 4)
Estandarte reflexo, lilás, alas livres, quilha adnata ao tubo estaminal (f. 5)
Bractéolas 2, ovada, cálice campanulado, lobos do cálice 4 (f. 6)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Macropsychanthus Harms ex K. Schum. & Lauterb. 47 espécies (W3tropicos 2021)

No Brasil ocorrem 26 espécies das quais 12 são endêmicas (Queiroz; Snak 2021).

Macropsychanthus Harms ex K. Schum. & Lauterb.

Liana volúvel, ramo cilíndrico, tricoma presente, inerme. Estípulas basifixas ou medifixa. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos obovados, elípticos, ovados, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial tricoma presente ou ausente, face adaxial com tricoma, raque menor que o pecíolo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, brácteas inconspícuas. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso, lobos 5; corola papilionácea, pétalas dialipétalas, estandarte reflexo ou não, alas livres, quilha adnata, as vezes cocleada. androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário séssil, pluriovulados.  Legume típico, linear, plano, margem reta ou ondulada, valvas lenhosas, rufas. Sementes numerosas, testa lisa, hilo linear.

Macropsychanthus violaceus (Mart. ex Benth.) L.P. Queiroz & Snak, PhytoKeys 164: 104. 2020.

Sinônimo

Dioclea violacea Mart. ex Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 69. 1837.

Planta liana, volúvel, ramo cilíndrico, serício, inerme. Estípula 2, peltada. Filotaxia alterna, espiralada. Folha trifoliolada, folíolo basal ovado, apical obovado, ápice cuspidado, margem inteira, base obtusa, homicordada, nervuras expressas na face abaxial, glabra em ambas faces, pecíolo 4 x maior que o comprimento da raque. Inflorescência axilar, pseudorracemo, multifloro, pedúnculo reto; botões de vários tamanhos, oblongos, vináceo; bractéolas 2, ovadas. Flor pequena, subséssil, monoica; cálice campanulado, coriáceo, lobos 4; corola papilionácea, pétala 5, unguiculadas, violetas, estandarte oblato, reflexo com calosidade, ala livre, ovada, quilha cocleada, adnata ao tubo estaminal; androceu diadelfo, estames 10, anteras heteromórficas; gineceu 1, monocarpelar, ovário súpero, tomenoso, multicelular. Fruto legume, plano, falcado, valva lignosa, tomentosa. Semente plana, orbicular, testa dura, lisa, marrom, hilo linear.



Comentário

Espécie com ampla distribuição nas áreas de Mata Atlântica. Esta espécie é muito semelhante morfologicamente a M. grandiflorus, todavia esta tem distribuição restrita a caatinga e aquela a mata Atlântica. M. violaceus tem estípula peltada vs. estipula lanceolada  em Mgrandiflorus.
Na Paraíba ocorre na região litorânea, nos remanescentes de mata em João Pessoa.

Plantas trepadeira. Estandarte com calos, Legume comprimido com sutura superior dilatada, mais ou menos curvo, semente com hilo linear ou oblongo. Dioclea   (Barroso 1991).

EtimologiaMacropsychanthus macro: grande, Psyca: borboleta anthus: flor. Referente as flores grandes semelhantes a borboletas.

Nome popular: Mucunã

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Capela, Sergipe, Brasil.

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Queiroz, L.P. Dioclea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mar. 2015

- Queiroz, L.P.; Snak, C. Macropsychanthus in Flora do Brasil 2020 under construction. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB617024>. Accessed on: 19 Feb. 2021

-Queiroz, L. P. & C. Snak. 2020. Revisiting the taxonomy of Dioclea and related genera (Leguminosae, Papilionoideae), with new generic circumscriptions. PhytoKeys 164: 67–114


Exsicatas

Herbário K e P

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Fabaceae - Zornia myriadena Benth.

 Folhas composta, tetafolioladas,  folíolos obovados, com estruturas secretoras presentes nos folíolos, estandarte glabro e amarelo (f. 1)
Bractéola bem desenvolvidas, flor pedicelada, bracteolas oblongas e flores isoladas (f. 2)
 Ramo cilíndrico, vermelho, lomento cilíndrico, liso e longo (f. 3)
 Plantas rupícolas, subarbustiva (f. 4)
Ramos longos e finos (f. 5)
 Folha alternas, espiralada (f. 6)
 Leguminosae, Papilionoideae, Dalberigieae, Zornia J.F.Gmel, Subg. Myriadena 75 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 37 espécies das quais 16 são endêmicas (Perez 2022).

Zornia J.F. Gmel., Syst. Nat., ed. 13[bis] 2(2): 1076. 1791 [1792].

Subarbusto, prostrado ou ereto; ramos difusos, cilíndricos, inermes, glabro ou com indumento. Estípulas medifixas, glândulas presentes. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folha palmada, bi-tetrafoliolada, folíolos simétricos ou assimétricos, lineares, oblanceolados, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica ou aguda, face adaxial glabra ou glabrescente, face abaxial glabra ou pilosa, glândulas presentes. Inflorescência terminal ou flores isoladas; bractéolas medifixas; flor séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina, pentâmera; cálice campanulado, breve-lobado, 5 lobos; corola papilionácea, dialipétala, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte com estria vinho, alas livres, quilhas fundidas, falcadas; androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu simples, ovário pluriovulados, estilete glabro, estigma puntiforme. Fruto lomento, séssil, linear, articulado, valvas inerme ou espinescentes.


Planta subarbustiva, tênue, decumbente; ramo cilíndrico, inerme, vermelho, indumento adpresso. Estípula 2, peltada, ovada, persistente. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, tetrafoliolada, digitada; folíolos, 4, obovados, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base cuneada, face adaxial e abaxial com estruturas secretoras, membranáceo, pecíolo curto pouco maior que o comprimento da estípula. Bractéola ovada, ápice mucronado. Flor axilar, solitária, pedicelada, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, triangulares, verdes; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte reflexo, orbicular, alas livres, oblongo-obovadas, quilhas adnatas, falciforme; androceu 10, monadelfo, anteras heteromórfica; gineceu 1, ovário súpero, séssil, pluriovulado, estilete liso. Frutos lomento, linear, cilíndrico, liso.

Comentário

Esta espécie é fácil de ser reconhecida pelas flores solitárias, pediceladas e pelo lomento cilíndrico.
Na Paraíba ocorrem sobre os inselbergues nos municípios de Cabaceiras e Congo.

Determinadora: Ana Paula Fortuna Perez

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Salambaia, Cabaceiras, Paraíba, Brasil.

Referência

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Fortuna-Perez, A.P., Lewis, G.P., Queiroz, R.T., Santos-Silva J., Tozzi, A.M.G.A. & Rodrigues, K.F. 2015. Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa 219: 27-42.

-Fortuna-Perez, A.P. & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Nomenclatural changes for Zornia (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae) in Brazil. Novon 21: 331-337. <http://dx.doi.org/10.3417/2010040>.

-Fortuna-Perez, A.P. 2009. O gênero Zornia J.F. Gmel. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae): revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil e filogenia. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 271p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Mohlenbrock, R. 1961. A monograph of the Leguminous genus Zornia Webbia 16: 1-141.

-Perez, A.P.F. Zornia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 20 Set. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rebouças, N.C., Carneiro, J.A. Arcanjo, Ribeiro, R.T.M., Queiroz, R.T., & Loiola, M.I.B. 2019. Zornia (Leguminosae) no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Rodriguésia, 70, e03152017. Epub August 08, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970036

-Silva, R.P., Queiroz, R.T., & Fortuna-Perez, A.P. 2020. O gênero Zornia (Fabaceae - Papilionoideae) no estado da Paraíba, Brasil. Rodriguésia, 71, e02612018. Epub November 23, 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071123

Exsicata

Herbário Reflora


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Fabaceae - Cleobulia multiflora Mart. ex Benth.

Flores zigomorfas (f. 1)
Folha trifoliolada (f. 2)
Liana com pseudorracemo pendulo (f. 3)
Folíolos com nervação broquidódroma (f. 4)
Liana (f. 5)


Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Cleobulia Mart. ex Benth

No Brasil ocorrem 3 espécies das quais 2 são endêmicas (Queiroz 2015).

Cleobulia coccinea (Vell.) L.P. Queiroz, PhytoKeys 164: 88. 2020.

Sinônimo: Cleobulia multiflora Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen.: 67. 1837.

Planta liana; ramos cilíndricos. Folhas composta, trifoliolada. Estípulas 2. Inflorescência pesudorracemo densamente congesto. Flores subsésssil, monoica; cálice campanulado, corola, pétalas unguiculadas; estandarte orbicular, com alas atrofiadas, rosas. androceu 10, monadelfo, anteras uniformes. Frutos legumes.

Foto 1: Gustavo Shimizu, São Paulo, Brasil
Fotos 2-5: Henrique Horeira, Brasilia, Distrito Federal.

Referências

-Barroso, G. M. 1965. Leguminosas da Guanabara. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 18: 109–177.


-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

Maxwell, R.H. 1977. A resume of the genus Cleobulia and its relation to the genus Dioclea. Phytologia 38: 51-65.

-Queiroz, L.P. 2015. Cleobulia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29537>.

-Snak, C.; Queiroz, L.P. 2020. Cleobulia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29537>. Acesso em: 21 May 2021

Exsicatas

Herbário K

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Fabaceae - Stylosanthes viscosa (L.) Sw.

 Folha composta trifoliolada, folíolos oblongo-obovado, inflorescência axilar, espiciforme, corola papilionácea, laranga, estandarte com estria vermelha na base (f. 1)
 Ramos difusos, retos, cilíndricos, coberto por tricomas glandulares (f. 2)
 Ramos difusos, ramificação dicotômica, cilíndricos, inerme (f. 3)
 Estípula fechada, adnata ao pecíolo (f. 4)
  Parte livre da estípula menor que o pecíolo, nervuras 3-4, margem serreada (f. 5)
Estípula com parte soldada 2x maior que a parte livre, raque 3x menor que o pecíolo (f. 6)
Fruto lomento, imaturo verde, estilete persistente, curvo (f. 7)
 Lomento seco (f. 7)
Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Stylosanthes SW. 25 spp. (Lewis 2005).

No Brasil ocorrem 35 espécies das quais 12 são endêmicas (Costa e Valls 2015).

Stylosanthes SW.
Ervas ou subarbustos, eretos, ramificados; ramos inermes. Estípulas adnatas aos pecíolos. Folhas trifolioladas. Inflorescências espigas. Flores estipitadas ou sésseis, monoclinas, hipóginas, zigomorfas; cálices tubulosos, corolas papilionáceas. Frutos lomentos, estiletes persistentes.

Stylosanthes viscosa (L.) Sw., Nova Genera et Species Plantarum seu Prodromus 108. 1788.

Basiônimo: Hedysarum hamatum var. viscosum L., Plantarum Jamaicensium Pugillus 20–21. 1759.

Planta subarbustiva, ca 30 cm alt.; ramo dicotomicamente-difuso, cilíndrico, densamente coberto por tricomas glandular e tector, inerme. Estípula 2, adnada ao pecíolo, parte livre menor que a parte soldada. Filotaxia alterna, espiralada.  Folha trifoliolada; folíolo elíptico-obovado, ápice acuminado, margem serreada, base cuneada, face adaxial e abaxial pilosos, nervura camptódroma, 3-4, membranácea, raque 3 vezes menor que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar, espiciforme, pauciflora. Flor pequena, hipanto longo, monoica, pequena; cálice campanulado, lacínio 5; corola papilionácea, pétalas 5, laranja; estandarte orbicular, com base vinácea, alas livres, obivadas, quilha falcada; androceu diadelfo; gineceu monocarpelar, ovário súpero, oligovulado. Fruto lomento, 1 segmeto, plano, estriado, estilete persistente curvado.

Comentário 

Esta espécie é fácil de ser reconhecida pelos tricomas glandulares e pela espigueta pauciflora.



Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasi. 

Especialista Leila Costa: : costa_mame@yahoo.com.br



Referências

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-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.


-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

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