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Sabugueiro

Nome Científico: Sambucus nigra
Características: É uma planta medicinal e ornamental, muito usada em quebra-ventos e cercas-vivas. Apresenta-se como um arbusto de brilhantes folhas ovais, que produz delicadas flores brancas muito perfumadas, e frutos escuros e redondos.


O chá das flores secas do sabugueiro é utilizado contra resfriados, gripes, anginas e nas enfermidades eruptivas, como sarampo, rubéola, varíola e escarlatina, por provocarem rapidamente a transpiração. O chá das cascas, raízes e folhas é indicado para combater a retenção de urina (efeito diurético) e o reumatismo. Além disso, o chá da frutinha purifica o sangue e limpa os rins.

As propriedades do sabugueiro são admiradas desde os tempos de Hipócrates (século 5 a.C.), considerado o maior médico da antiguidade.
Princípios ativos : tanino, alcalóides ( sambucina), flavonóides, glicosídios e sais minerais (potássio).Diurético, combate gripes, tosses e bronquite.Recomendada para reumatismo, artrite, gota e dor da ciática. Bom laxante intestinal. Muito usado pela população no Brasil para combater catapora, sarampo e escarlatina. Medula deste arbusto é aproveitada na técnica microscópica e em experiências de física eletrostática.
Infuso : 10 gramas de erva jogando por cima 100 ml de água fervida. Deixar descansar tampado 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Banho de imersão (uso externo): Dobrar a quantidade de erva do procedimento anterior, e misturar na água de banho.
Em casos de otite e otalgias, e também sinusites, recomendada a inalação de vapores da infusão de sabugueiro.

Cosmética A infusão de sabugueiro é usada para clarear e amaciar a pele, em cremes contra rugas, loções tônicas e loções para os olhos. Receita creme de proteção para trabalhos pesados: 4 colheres de sopa de vaselina e dois punhados de flores frescas de sabugueiro. Derreter a vaselina em fogo brando e juntar-lhe as flores de sabugeiro. Deixar macerar durante 45 minutos, derretendo a vaselina sempre que esta se solidificar.. Aquecer e coar com uma peneira passando para um frasco com tampa de rosca. Deixar esfriar e fechar.

Uso caseiro: Já se empregou sua madeira na confecção de instrumentos musicais.É muito usado no Brasil contra sarampo e catapora em banhos e infusos, mas não há referências experimentais ou científicas que confirmem ou excluam esse fato. Muito utilizada para arranjos de flores secas para formar buquês.
Uso culinário: Com os frutos se faz uma bebida alcoólica e certos fabricantes usam flores para dar gosto de moscatel ao vinho comum. Bagas combinam também com preparação de maçãs, guisados, pastéis, tortas e xaropes.Aromatizador de compotas de frutas, saladas, pudins gelatinosos.

Uso mágico: Acreditava-se que mantinha as bruxas a distância.

Efeitos colaterais: O sabugueiro só deve ser usado seco, pois a erva fresca pode ser tóxica.



 


Rosa selvagem

Rosa canina L.
Rosaceae


Rosa caninaA roseira selvagem é uma das plantas que aparecem em grande freqüência nos países europeus. Na orla de um bosque, a roseira selvagem parece anunciar os segredos de tal bosque; crescendo junto às sebes, ela forma cercas vivas muito graciosas; ela oculta os montes de pedras e os amontoados de entulho, ela acompanha o alpinista que escala as pastagens magras das altas montanhas, e sempre está prestes a oferecer ao alpinista uma pequena rosa. A Rosa canina acompanha o alpinista até altitudes bem elevadas. Apenas em altitudes muito altas ela não pode mais acompanhá-lo, Basta que ela amaine seus esforços durante esta longa caminhada. O verde jovial e brilhante de sua folhagem nos saúda quando chega a primavera, o matiz, ora rosado, ora purpúreo de suas flores, juntamente com seu perfume, o mais nobre de todos, anuncia o início das alegrias do verão, e o esplendor escarlate de seus frutos canta os louvores do outono, conseguindo chegar ao pleno inverno e, nesta estação, nosso olhar poderá repousar na graça carinhosa de seus ramos inclinados, formando um arco. Os flocos de neve, ao caírem na roseira, fazem-na passar através do Natal ornada de uma cobertura branca de flores de cristal.

A roseira medra em uma terra pobre. Ela se enraiza fortemente através de todos os lados, se multiplica por raízes adventícias que brotam por debaixo de terra, Apesar desta planta estar sendo constantemente destruída pelo gelo, pelo fogo, pelo vento e pelos animais, ela se rejuvenece na base e torna novamente a crescer. É certo que em seus ramos a vida se condensa nos acúleos, o que permite à planta economizar forças etéricas. Cada acúleo é um ramo suprimido, cada agulha é uma folha suprimida. Isto nos mostra uma riqueza dominada, uma plenitude reestruturada. Quando, finalmente, seus ramos nos estendem a rosa, - é necessário antes superar a prova dos espinhos - tal rosa representa uma renúncia às mais ambiciosas possibilidades; a inflorescência, construída nos moldes de uma grande falsa umbela, se contenta em produzir apenas algumas flores e, algumas vezes, somente uma. Esta flor possui uma vida breve; ela perde rapidamente suas sépalas e suas pétalas; isso denota que a esfera astral se aproxima muito intensamente, mas as forças etéricas da planta realizam um equilíbrio e nunca ocorre e formação de venenos. O receptáculo da flor, profundamente enterrado no caule, porta os aquênios em suas paredes internas, tal como ocorre no figo, que é algo totalmente oposto àquilo que ocorre no morango.

A roseira é extremamente sensível às influências exteriores, e a resposta da planta a isso se revela através de uma extrema variabilidade em sua aparência. O número de suas variedades artificiais é quase que incalculável. O melhor ambiente para a roseira é à plena luz, um ar puro e claro, uma umidade moderada e um solo permeável argilo - silicoso, solo esse que deve conter calcário e também uma pequena quantidade de ferro.

Numerosos insetos respondem ao convite de suas flores, apesar delas possuírem a faculdade de formarem suas sementes sem terem sido fecundadas.

A roseira é freqüentemente invadida por galhas; este fenômeno nos indica uma forte correspondência com o mundo astral, ao qual ela agradece a sua plenitude vital.

Encontramos os seguintes compostos na roseira: taninos na flor, folha e frutos; óleos essenciais na flor, um pouco menos nos frutos e nas folhas; antocianina no corante das flores. O fruto contém caroteno, corante da dinâmica luminosa que já foi mencionado quando nos estudamos a cenoura; além disso, açúcares (dextrose), pectina, ácidos vegetais, tais como: os ácidos málico, cítrico e ascórbico (vitamina C). As sementes do fruto da Rosa canina contém vanilina, óleo fixo e sílica. Este "concerto de substâncias", com sua rica instrumentação, pode ser um ponto de partida para compreendermos sua atividade terapêutica - tal ou tal "instrumento" se torna audível, à sua maneira, em tal parte do organismo. Todavia a intervenção de cada instrumento é determinada pelo ser, e a intenção da sinfonia total apenas pode ser compreendida, caso possamos compreender a íntima essência dessa planta. Após termos ressaltado este fato, poderemos colocar os taninos das pétalas em relação com uma propriedade terapêutica no sentido de acalmar as diarréias e os sangramentos internos; as preparações dietéticas, baseadas no fruto da roseira canina, são refrescantes, vivificantes das funções sensoriais e estimulam o metabolismo deficiente em relação aos ácidos das frutas, ao caroteno (pró vitamina A), à vitamina C. Os frutos da Rosa canina possuem a maior quantidade de vitamina C observada na natureza. (N.T. a vitamina C é degradada pelo calor). A maneira particular do processo açúcar atuar neste vegetal nos leva à compreensão do motivo de tais frutos serem receitados na diabetes, devendo o diabético ingerí-los. Por outro lado, a infusão das sementes devido a sua grande quantidade de sílica, estimula a diurese, combate a formação dos cálculos renais e das vias urinárias. Deveremos nos lembrar que o morango, graças a essa mesma sílica, dirige os processos sanguíneos em direção à periferia (seu falso fruto está totalmente dirigido para fora); o fruto da Rosa canina se orienta em sentido contrário, seu processo silícea induz ao aumento da secreção renal.


Língua-de-vaca

Rumex ssp
Polygonaceae


Rumex acetosa
Rumex acetosa

Rumex acetosella
Rumex acetosella

Rumex crispus
Rumex crispus

rumex scutatus
Rumex scutatus

Cerca de 200 espécies anuais, bianuais e perenes compõem este gênero que varia ao longo de regiões temperadas do norte. O nome Rumex vem de antigo nome latino para um tipo de lança (pelo formato das folhas das plantas desse gênero). Rumex crispus é encontrado na Europa e África. Rumex scutatus, encontrado na Europa, Ásia ocidental, e a África do norte, é uma espécie com algum mérito como ornamental, entretanto pode ser difícil de erradicar quando estiver bem estabelecida. De acordo com Plinio, os soldados de Julius César foram curados de escorbuto pelo uso de "herba britannica", posteriormente identificada como Rumex aquatica.


Ocorrem diversas espécies de Rumex no Brasil, mas geralmente são mencionadas apenas duas: Rumex obtusifolius e Rumex crispus. Essas devem ser efetivamente as mais comuns. Rumex acetosella é provavelmente a espécie mais agressiva como infestante de lavouras, mas ainda está limitada quanto à distribuição geográfica, no Brasil.


Rumex crispus e Rumex obtusifolius há muito tempo são usadas para tratar problemas de pele. São semelhantes nos componentes e contêm antraquinona que é laxativo. Rumex crispus ganhou proeminência entre os médicos americanos no século XIX e predomina na prática moderna. As raízes de Rumex aquatica são pulverizadas e usadas como dentifrício e também interiormente de modos semelhantes a Rumex crispus. Rumex acetosella é a mais diurética e é usada para problemas urinários. A maioria das espécies também contém oxalatos, semelhante aos encontrados no espinafre e ruibarbo. Oxalatos em excesso são venenosos, especialmente para aqueles com tendência para reumatismo, artrite, gota, pedra no rim e hiperacidez. Eles também contêm ácidos que podem afetar dentes sensíveis. No passado eram escolhidas folhas jovens de várias espécies de Rumex como ervas culinárias. Culpeper considerou a erva como "excelente para fortalecer o fígado ... e uma saudável erva culinária como nenhuma outra" (The English Physitian Enlarged, 1653). A maioria das pessoas hoje as acha sem sabor, mas mesmo assim elas ainda permanecem populares.


Rumex acetosa é uma planta perene com talos verdes pálidos e folhas espessas, longas e espiraladas, de até 15 cm de comprimento. Imperceptíveis flores vermelho-marrom nascem em espigas esbeltas que crescem no início do verão e são seguidas por frutas minúsculas e duras. De Rumex acetosa (cor de canela) são usadas as folhas. Uma erva ácida, adstringente, refrescante com efeitos diuréticos. Raramente é usada medicinalmente. Na culinária, folhas novas e frescas são adicionadas em saladas, molhos, sopas, queijo suave, pratos de ovos ou purês para agregar cor e acidez em maioneses e massas de panquecas. O suco é usado para remover ferrugem, bolor e manchas de tinta de linho, madeira, vime e prata.


Rumex crispus é uma planta ereta, perene, reproduzida por semente, com uma grossa raiz pivotante, às vezes ramificada, que se aprofunda no solo, folhas lanceoladas de até 30cm de tamanho. Flores imperceptíveis, verdes aparecem no verão, seguidas por frutas minúsculas e lenhosas. De Rumex crispus usam-se as raízes. Uma erva amarga, adstringente, refrescante que estimula o fígado, a vesícula, limpa toxinas e tem efeito laxativo. A erva é usada medicinalmente internamente para doenças de pele crônicas, icterícia, constipação (especialmente associada com erupções de pele), desordens do fígado e anemia. Excesso pode causar náusea e dermatite. Combinado com Taraxacum officinalis ou Smilax spp. para problemas de pele, e com melado como tônico do sangue. Usado em homeopatia para laringite, tosse seca e garganta dolorida.


Rumex scutatus (folha cor de canela em formato de escudo) é uma planta perene de porte baixo, formando um tapete, com um caule ligeiramente lenhoso e longo, com folhas lanceoladas. No verão, aparecem flores imperceptíveis, vermelho-verdes, que viram marrom pálido quando os frutos amadurecem. De Rumex scutatus são usadas as folhas. Uma erva ligeiramente ácida, adstringente, refrescante que tem efeitos diuréticos. No uso culinário as folhas são usadas dos mesmos modos que Rumex acetosa e são freqüentemente preferidas por causa de sua acidez mais baixa.


Pimpinela-oficinal

Sanguisorba officinalis L.
Rosasceae

Sanguisorba officinalis Esta bela planta dos prados se encontra nos pastos úmidos ou moderadamente secos desde os Alpes até a Noruega.

Esta planta, apesar de ser uma rosácea, desempenha o papel de uma gramínea. A partir de uma vigorosa raiz marrom nasce um breve rizoma que emite uma roseta de folhas longamente pecioladas e penadas, com uma bela forma rítmica. A inflorescência ascende, com uma haste nua e rígida, portadora apenas de algumas folhas reduzidas. Haste essa, que se bifurca numa determinada altura, produzindo dessa maneira algumas hastes laterais. Na ponta de cada uma das hastes iremos encontrar uma curta espiga de flores de coloração marrom avermelhado, extremamente recortadas, compostas de cinco a dez pequenas flores de estrutura quaternária, O calículo e as pétalas desapareceram; existem na flor apenas quatro estames e um carpelo. Sua irmã menor, a Sanguisorba minor é, tal como as gramíneas, anemófila, ou seja, polinizada pelo vento. É interessante que tal planta cresça entre as gramíneas, florescendo junto com elas. O carpelo, ao amadurecer, é envolvido pelo cálice que persiste e endurece. Finalmente ele adquire uma estrutura semelhante a asas e se deixa levar pelo vento. A planta é rica em tanino, mas a adstringência se torna um pouco mais branda nas folhas.

A sanguisorba é eminentemente hemostática (impede que o sangue continue jorrando do ferimento), e foi empregada na medicina em todos os casos onde não apenas o sangue, mas todos os outros líquidos do organismo não conseguiam mais se limitar de maneira suficiente com a parte de fora do organismo, com o meio exterior, pois o corpo etérico, nestes domínios, recebe do corpo astral poucas forças formativas e tonificantes. O sangramento do estômago, do intestino, do pulmão, a menorragia, os sangramentos dos miomas, as varizes, as hemorróidas por um lado, o catarro intestinal e a diarréia por outro lado, encontram nessa planta enérgica um remédio para tal relaxamento. O principal portador desta força é o tanino, pois esta substância favorece uma vigorosa ligação do corpo astral com o corpo etérico e o organismo dos líquidos que adquirem, por essa razão, muito mais tonicidade, restabelecendo o "tônus" do organismo.


Sanícula

Sanicula europaea
Umbelliferae (Apiaceae)

Sanicula europaea Esta planta é uma Umbelífera da floresta que medra nos solos úmidos e sombreados dos bosques da Europa, Ásia e norte da África. É uma planta perene que configura um rizoma quase horizontal, com espessas raízes filiformes que se ramificam com a idade. A partir deste rizoma nascem folhas longamente pecioladas, verde douradas, com forma de mãos. A cada ano eleva-se a partir do rizoma, uma haste floral e nela pode-se encontrar algumas folhas. Tal haste emite longos raios que portam em sua extremidade umbélulas carregadas de pequenas flores brancas ou rosadas. O fruto também mostra um princípio irradiante nos espinhos curvados e flexíveis (As sementes da cenoura, que também pertence às Umbelíferas, também possui espinhos). A sanícula é denominada "carrapicho da floresta". Seu sabor é fortemente aromático.

A Sanícula contém muita sílica e cálcio, além disso contém saponina, óleo essencial, resina e tanino em todas as partes da planta. Em conseqüência disso, a planta é conhecida como medicinal desde a antiguidade. Ela é empregada em contusões e, quando esmagada, é útil em todos os ferimentos externos, pois ela acelera a cura dos ferimentos, limpando as feridas e estancando as hemorragias. Existe uma certa semelhança dos efeitos desta planta com os da Arnica, no que se refere ao tratamento das hemorragias internas do pulmão, estômago e intestinos, assim como na hematúria. Ela é utilizada com sucesso nas inflamações do trato digestivo (faringe, estômago, intestino).

A luz atenuada que existe no interior da floresta e o ar saudável dos bosques é levado por essa planta, em uma inspiração dinâmica, até à região sombria do humus, e depois, revestida do processo silícea, é fixada num órgão radicular muito vitalizado. Os taninos se acumulam e são testemunhos de um encerramento do astral, que contraído intervém com mais força na organização etérica. A este processo de inspiração segue-se um processo de expiração moderada, um pouco encerrado, uma irradiação contida. Este é o motivo pelo qual os órgãos radiculares desta planta são capazes de orientar as forças formativas do sistema neurosensorial, frente ao sistema sanguíneo e metabólico e, conseqüentemente, favorece a atividade do corpo etérico nos ferimentos do corpo físico, de inflamação e de desorganização do processo sanguíneo. Por outro lado, a atividade antiespasmódica que constatamos nas plantas anteriores, está recolhida nesta planta, juntamente com a atividade estimulante das secreções glandulares.


Saturéia

Satureja hortensis
Labiatae (Lamiaceae)

Satureja hortensis

No estado selvagem, é uma planta da região mediterrânea oriental e das costas do mar Negro; ela é algo intermediário ente o Alecrim e a Sálvia, crescendo em declives rochosos e montanhas de areia; é uma planta lenhosa que tem necessidade de muito calor e suas folhas são reduzidas quase que ao estado de agulhas. Dado seu aroma rústico, algo similar a uma variação entre o tomilho e mangericão, nós não iremos nos admirar ao encontrarmos nesta planta óleos etéricos (essências) e um pouco de tanino.

Essa planta possui atividade aperitiva, anti-espasmódica, sudorífica e ação aquecedora para o órgão digestivo; ela também é emenagoga e afrodisíaca. O nome Satureja provávelmente é oriundo de "satyrus", referindo-se aos seus efeitos afrodisíacos.

 


SCILA

Scilla maritima
(Liliaceae/Hyacinthaceae)

syn. Drimia maritima, Urginea maritima
cebola, cebola do mar

Scilla maritima Este gênero consiste de cerca de 100 espécie de bulbosas perenes, encontradas ao longo da região mediterrânea e Portugal; Scilla maritima é nativa nas areias litorâneas e secas e no solo rochoso. Scilas são amplamente cultivadas para uso comercial, mas elas também são cultivadas como plantas ornamentais de jardins, pela sua impressionante espiga floral em relação aquelas dos lírios "rabo de raposa" (da espécie Eremus). Embora cresçam facilmente nos lugares secos durante o verão, elas produzem poucas flores nas regiões do norte.

Scilla maritima é cultivada para a produção de drogas em vários países mediterrâneos, Egito e Turquia. São colhidos os bulbos depois de seis anos, com um rendimento de aproximadamente 25.000 bulbos por hectare (10.000 por acre). Scilla maritima contém scillarina que afeta o coração. É conhecida no comércio como "cebola" branca ou "cebola" vermelha, dependendo da cor do bulbo que varia pelas áreas de distribuição. Embora semelhante em constituintes, só os bulbos vermelhos contêm o veneno de rato scilliroside que tem a interessante propriedade de envenenar só roedores (os outros animais o vomitam). Scilla indica (cebola indígena) é outra fonte de scillarina. A scila é freqüentemente dado como "vinagre" de scila, uma preparação descrita no Dioscorides.

As partes utilizadas são os bulbos que são colhidos no início do outono, cortados transversalvemte e secados para serem usados em infusões, extratos líquidos, vinagre de scila, e tinturas. É uma erva amarga, picante, muito venenosa que tem efeitos diuréticos, expectorantes e estimulantes do coração, e atua também como um tônico capilar.

Medicinalmente é usada internamente para bronquite, bronquite asmática, tosse seca, e edema. Em altas doses é emético. Deve ser receitado somente por médicos qualificados. Externamente é utilizada para caspa e seborréia. Extratos são usados para produzir balas contra tosse seca e em tônicos capilares. Também são usados em venenos contra ratos.


Vassourinha-doce

Scoparia dulcis L.
Scoparia procumbens Jacq.
Scoparia ternata Forsk.
Salicaceae


Scoparia dulcis Planta nativa na América Tropical, hoje com larga distribuição no mundo. No Brasil ocorre na maior parte do território, mas raramente aparece em grandes concentrações, sendo infestante em pastagens e culturas, especialmente perenes como a do café. É uma planta herbácea anual, reproduzida por semente, de base sublenhosa, ereta com até 80cm de altura, muito ramificada com ramos ascendentes, numa estrutura que permite seu uso como "vassoura". Folhas curto-pecioladas, opostas ou verticiladas, limbo membranáceo, lanceolado, linear-lanceolado ou oval-lanceolado, com margens denteadas. Inflorescência axilar, com abundantes flores pediceladas de coloração verde com cálice apresentando 4 sépalas e pétalas brancas ou azuladas que são seguidas por cápsulas de frutos de coloração pardo-amarelada. A origem do nome vem do latim "scopa", vassoura (pelo uso da planta), e dulcis, doce. Popularmente a planta é conhecida por diversos nomes: vassourinha, vassourinha-doce, vassourinha-cheirosa, vassourinha-mofina, vassourinha tupiçaba, vassourinha-miúda, vassourinha-de-botão, tapixaba, tupixava, tupiçaba, tapeiçaba.

No passado usavam-se feixes de ramos amarrados para varrer casas no interior. É usada na farmacopéia popular com diversas indicações. A planta tem realmente propriedades emolientes, sendo sucedânea das malvas, e também lhe são atribuídas propriedades béquicas e antifebris. Na homeopatia preparam-se medicamentos com essa planta contra o catarro dos pulmões, febres e dores de ouvido. A planta encerra um composto denominado amelina, que tem mostrado eficácia no tratamento de certos tipos de diabetes. Uma dose de 15-20mg diários de amelina podem determinar um lento e progressivo abaixamento do nível de glicose no sangue, conforme experimento clínico efetuado em 1945. A amelina é extraída das folhas por infusão.


Sénecio

Senecio vulgaris L.
Asteraceae (Compositae)


Senecio vulgaris

Os Senecionídeos, que são um dos doze grupos das compostas tubulifloras, se dividem, em 40 gêneros cujo mais rico, é o dos Senecios (1300 espécies). Encontramos plantas herbáceas, pequenos arbustos, plantas trepadeiras e algumas pequenas árvores. Eles povoam os montes e as estepes, sobretudo na África. Entre eles, o Senecio vulgaris da Europa é uma erva daninha na agricultura. Esta planta não é bonita, mas é dotada de uma incrível vitalidade e de um poder de multiplicação enorme, o que a faz estar disseminada por todo o globo terrestre. Desafiando lugar e estação, o Senecio comum floresce e frutifica desde o começo da primavera até o fim do outono, e mesmo em pleno inverno, quando ele não é muito rigoroso. Uma geração sucede a outra.

Ele não se enraiza profundamente, forma rapidamente sementes, e endireita logo seu caule avermelhado; ele forma algumas folhas alongadas, denteadas, um pouco carnudas, diferentes do caule, e uma inflorescência ramificada; seus capítulos não são muito imponentes, contendo flores em tubo, tendo renunciado a qualquer beleza exterior, a toda irradiação, e dão origem a aquênios rodeados de pelos, que o vento carrega.

Encontramos nessa planta muito fósforo e alguns alcalóides (senecionina, senecina), o que não deve surpreender numa planta que se dedica quase que somente a florescer. Como remédio, ela age sobre a região abdominal e notadamente sexual; um pouco como o ergot do centeio sobre o útero, ela favorece a menstruação; no polo oposto, essa planta diminui os sangramentos do nariz e mesmo as hemorragias pulmonares.


Salsaparilha

Smilax sp.
Liliaceae


Smilax china A Salsaparilha pertence à família das Liliáceas. Essa família é formada por três grandes grupos. O primeiro é o grupo Liliáceas Bulbares. Cebola, alho e lírio fazem parte desse grupo. O segundo é o das Liliáceas Colchicóides onde o bulbo começa a ficar menor e vai surgindo uma raiz mais desenvolvida. O terceiro é o das Lilióceas Asparagóides; o bulbo desaparece e os rizomas ocupam uma posição de destaque. Salsaparilha, Aspargo e Convalária fazem parte desse grupo.

A Salsaparilha, apesar de pertencer ao grupo mais desenvolvido e configurado das liliáceas, apresenta em sua extremidade inferior uma estrutura semelhante a um ou vários bulbos que são na realidade rizomas cheios de líquido que vão se afilando até formar raízes bem finas que se prolongam por muitos metros e se situam a poucos centímetros de profundidade, caminhando rente ao chão. Essa estrutura subterrânea, que é a parte usada medicinalmente, nos mostra que ainda não existe uma separação entre bulbo, rizoma e raiz. Isso nos revela um processo de inespecifidade da forma, de perda da forma.

A planta não consegue se sustentar e assume o porte de trepadeira, atingindo a copa de árvores relativamente altas. Essa característica também nos revela um processo de perda de estruturação e da forma. Por outro lado, as folhas desse vegetal são muito bem elaboradas. Observando as folhas, iremos notar que estas se parecem com as das Dicotiledôneas. Essa elaboração máxima no domínio foliar também nos revela uma característica mercurial.

Smilax glauca A Salsaparilha pertence às Liliáceas que são plantas basicamente simples, possuindo estruturas subterrâneas que tendem à indiferenciaçäo, e sua parte aérea é bastante refinada. Além das folhas muito bem elaboradas, apresenta cachos de frutas de uma coloração vermelho viva ou preta, dependendo da espécie. Essa planta apresenta, não apenas um processo de configuração bem elaborado, mas concilia essa estruturação com o processo de simplificação e perda da forma.

O processo de perda da forma característico da Salsaparilha apresenta os seguintes sintomas:
Tecidos: fraqueza e flacidez. Esses tecidos não saram quando machucados. Leves traumatismos e fracas agressões provocam ulceração nos tecidos.
Veias: Fraqueza e dilatação das veias. Tendência às varizes da perna. Úlceras varicosas. Hemorróidas.
Circulação: As partes se tornam azuladas e facilmente irão produzir gangrena.
Fraqueza: Grande emagrecimento com fraqueza profunda. Envelhecimonto precoce e má circulação venosa.

Podemos notar nesse vegetal um processo oposto. Essa planta vai superando, passo por passo, a tendência à perda de forma, estruturando suas folhas de maneira muito refinada. A planta vai se configurando e crescendo em direção da luz. Um vegetal que nos revela um aperfeiçoamento da estrutura foliar, que lhe permite de se relacionar com os processos de luz, nos aponta para uma atividade estruturante e configurativa. Esse Processo de Configuração age no sentido de organizar os líquidos que o organismo não consegue mais harmonizar. Salsaparilha é útil nos seguintes sintomas: Má eliminação urinária com eczema e prurido. Retenção urinária; a urina é pouca e há dor ao urinar. Salsaparilha é útil em pacientes que não conseguem dirigir suas eliminações através das vias normais.

Um indivíduo depois de ter sido curado de uma gonorréia poderá apresentar uma série de moléstias cutâneas, cefaléias, reumatismos, etc. Salsaparilha foi muito utilizada no tratamento da Sifilis, promovendo eliminação das toxinas e favorecendo o organismo a suportar as altas doses de Mercúrio que era muito utilizado no tratamento desta doença.


Maria-pretinha

Solanum americanum Mill.
Solanum nodiflorum Jacq.
Solanum caribaeum Dun.
Solanaceae


Solanum americanum Planta herbácea anual, reproduzida por semente. Folhas alternas, pecioladas, ovaladas ou rômbicas, com até 7cm de comprimento de coloração verde. Inflorescência axilar, com um pedúnculo de cujo ápice sai uma umbela ostentando até 6 pequenas flores. Flores com cálices de coloração verde com 5 lobos agudos; o cálice persiste até a maturação dos frutos. Corola com 5 lobos lanceolados, brancos ou com leve tonalidade purpúrea. O fruto é um solanídio globoso de cor verde quando imaturo e preto brilhante quando maduro. Cada fruto encerra de 50 a 100 sementes. A planta aceita bem condições de climas tropical, subtropical ou temperado, mas para um bom desenvolvimento exige solo fértil, rico em nitrogênio e com boa umidade. Na parte meridional do Brasil a planta é encontrada da primavera ao outono e recebe os seguintes nomes populares: "erva-moura", maria-preta, maria-pretinha, pimenta, pimenta-de-galinha, pimenta-de-rato, pimenta-de-cachorro, erva-de-bicho erva-mocó, aguarágua, aguaraquiá, guaraquinha e caraxixú.

Essa planta faz parte de um grande complexo de plantas assemelhadas e é uma espécie muito próxima de Solanum nigrum, embora sendo de origem distinta: Solanum nigrum é nativa na Europa, enquanto Solanum americanum é nativa no Continente Americano. Com relação a Solanum nigrum, tem sido separadas diversas variedades, inclusive tem sido selecionadas plantas de frutos maiores para aproveitamento econômico. Solanum nigrum foi introduzida na América do Norte, onde ocorre ao longo de uma faixa da costa oriental. Há referências sobre a presença no Brasil, mas provavelmente trata-se de confusão com outra espécie.

As duas espécies são assim caracterizadas: Solanum americanum - Inflorescência em umbelas com até 6 flores, cujos pedicelos saem todos de um mesmo ponto (o que na prática nem sempre acontece). Anteras nunca com mais de 2mm de comprimento. Folhas de coloração verde pouco intensa. Frutos com 50 a 100 sementes. Solanum nigrum - Inflorescência em umbelas com 5 a 10 flores, em umbelas imperfeitas com alguns pedicelos saindo abaixo do ponto apical do pedúnculo. Anteras com até 2,6mm de comprimento. Folhas de coloração verde-escura. Frutos com 15-60 sementes. Na prática essas diferenças não são consistentes. Temos encontrado no Brasil muitas plantas com inflorescência em umbelas imperfeitas, as diferenças de frações de milímetro no comprimento das anteras não parecem relevantes e a coloração das folhas depende do estado nutricional da planta. A separação mais aceitável seria a geográfica, mas é quebrada pela dispersão.

Solanum americanum apresenta compostos com efeito narcótico, sedativo e analgésico, e por isso tem sido usada na medicina popular, na forma de decoctos, macerados e cataplasmas. Os frutos maduros são comestíveis, sendo apreciados por pássaros. Na África e nos Estados Unidos, os frutos da espécie Solanum nigrum têm sido usados para a fabricação de geléias. Nos Estados Unidos selecionaram-se plantas de frutos maiores, conhecidas como "wonderberry" e "huckleberry", que são usados em substituição eventual a outros "berries", para as famosas tortas tipo "berry-pie". Frutos verdes e outras partes da planta são tóxicos. Nos frutos encontram-se alcalóides, como solasodina. Folhas e ramos também apresentam alcalóides, mas a toxicidade para animais deve derivar mais de um alto teor de nitratos. Ela também é infestante em diversas culturas e, além da competição, pode causar outros problemas. Por exemplo, em cultura de ervilhas, os frutos são colhidos junto com as sementes da cultura, sendo quase impossível a separação; os verdes são tóxicos e os maduros tingem os grãos colhidos.


Jurubeba

Solanum paniculatum L.
Solanum jubeba Vell.
Solanum manoelii Moricand.
Solanaceae


Solanum paniculatum Solanum é o gênero mais representativo da família Solanaceae e consiste de cerca de 1.500 espécies perenes, arbustos, árvores, e trepadoras, sendo um dos mais numerosos do mundo. Apresenta muitas plantas úteis usadas na alimentação e também muitas plantas infestantes ou daninhas. Só no Estado de Santa Catarina em 1966 foram levantadas 73 espécies do gênero Solanum, algumas com diversas variedades. Com mais algumas espécies que só ocorrem em outras regiões, a ocorrência no Brasil seguramente ultrapassa 100 espécies. A maioria das plantas do gênero Solanum contém alcalóides tóxicos. Em algumas espécies de Solanum, certas partes são comestíveis enquanto outras partes da mesma planta são muito venenosas, O melhor exemplo conhecido é a batata (Solanum tuberosum) que tem folhagem e frutos venenosos e tem tubérculos comestíveis (embora estes fiquem venenosos quando se tornam verdes pela exposição prolongada à luz).

Muitas espécies de Solanum são conhecidas como "jurubeba": S. angustifolium Lam., S. asperolanatum Ruiz & Pav., S. cuneifolium Dun., S. diphyllum L., S. fastigiatum Willd., S. ficifolium Ortega., S. glaucum Dun., S. paniculatum Willd., S. robustum Wendl., S. stramonifollum Lam., S. torvum Sw., S. variabile Mart.

Solanum paniculatum é uma planta nativa nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil, tendo se espalhado por outras regiões, podendo ser encontrada até no Rio Grande do Sul, onde todavia é pouco freqüente. Ocorrem duas formas de Solanum paniculatum: uma com folhas mais recortadas (em plantas adultas) e inflorescências com rácemos mais longos; outra com folhas menos recortadas (em plantas adultas) e inflorescências com rácemos mais curtos, portanto com menos flores. A origem do nome vem do adjetivo latino "paniculatum", paniculado, pelo tipo de inflorescência. Os principais nomes populares são: Jurubeba, Jurubeba-verdadeira, Jupeba, Juribeba, Jurupeba, Gerobeba e Joá-manso. O nome vulgar deriva do tupi "yú", espinho, e "peba", chato.

É um planta perene, reproduzida por semente. Ocorrem longos rizomas subterrâneos, dos quais emergem caules adventícios. É um arbusto ou pequena árvore com até 3m de altura armada com espinhos curtos e curvos, ocorrendo principalmente nos ramos inferiores bem como em plantas novas. Caule cilíndrico, ramificado, sendo os ramos fáceis de serem quebrados. As folhas são simples, alternas, muito próximas na parte terminal dos ramos; pecioladas, com limbo bastante variável. As folhas podem chegar a 18cm de comprimento por 10cm de largura. A inflorescência aparece na parte terminal dos ramos, onde se concentram muitas folhas aproximadas, elevando-se longos pedúnculos, com até 15cm de comprimento. O florescimento é continuado por um longo período. Os pedúnculos, bem como os cálices, têm coloração cinzenta, pela intensa pilosidade. As flores são de coloração violácea com um pequeno triângulo esbranquiçado na parte mediana de cada lobo. Anteras de coloração amarelo-intensa, contrastando fortemente com o violáceo da corola. Os frutos são solanídios globosos de coloração amarela na maturação.

Solanum paniculatum A planta é muito utilizada na farmacopéia popular, sendo utilizadas as folhas, os frutos verdes e as raízes no preparo de infusões e decoctos e são usados nas doenças hepáticas, icterícias e como diurético. Atribue-se à planta efeitos como febrífuga, emenagoga, bem como estimulante das funções digestivas, do fígado, etc. Vendem-se preparações comerciais, alcoólicas ou não, com extratos da planta. Do ponto de vista químico, são encontrados alcalóides, gluco-alcalóides, ácido clorogênico, saponinas e resinas. Esses compostos também tem algum efeito tóxico, de modo que não se recomenda a ingestão freqüente de preparações de jurubeba.

Frutos de algumas espécies como Solanum paniculatum, S. asperum, S. fastigiatum, S. erianthum, S. grandiflorum, S. nudum e S. hazeni são indicados na literatura como fonte de alimento para morcegos e provavelmente as sementes também são dispersadas por eles. Uieda e Vasconcellos Neto efetuaram um estudo de dispersão de sementes de Solanáceas e encontraram sementes viáveis de Solanum grandifiorum e Solanum asperolanatum em fezes de morcegos das espécies Corollia spicillata e Stumira lilium (Phyllostomidae).




Jurubeba-do-sul

Solanum fastigiatum Willd.
Solanaceae

Solanum fastigiatum Planta nativa na Região Sul do Brasil, ocorrendo também nos países da Bacia do Prata. Comum no Rio Grande do Sul, especialmente na Depressão Central; presente também em outros estados sulinos. A origem do nome vem do adjetivo latino "fastigiatum", "que termina em ponta", motivado pelos ramos fasciculados da inflorescência, que apresentam frutos em suas pontas. Os nomes populares são: Jurubeba, Jurubeba-do-sul, Jurubeba-velame, Velame.

Solanum fastigiatum é uma planta perene, reproduzida por semente. O florescimento ocorre desde o fim do inverno até o outono seguinte, num período determinado, variável de região a região. Os frutos se desenvolvem lentamente. A planta ocorre em clareiras e margens de matas, em margens de banhados e outros locais não inundados, sendo heliófita. Aceita diferentes tipos de solo, com preferência por locais com boa umidade. Ocorrem duas variedades: var. fastigiatum que tem caule com poucos espinhos; var. acicularium Dun, com caule intensamente armado com espinhos quase justapostos em toda extensão.

É uma planta arbustiva, ereta, com até 1,5m de altura. Caule cilíndrico, verde nas plantas novas e verde-acinzentado nas plantas mais velhas. Folhas simples, isoladas, pecioladas, bastante variáveis no formato e configuração, assemelhando-se às folhas de Solanum variabile. Inflorescência por cimeiras terminais, corimbosas. Flores de coloração branca ou levemente azulada. Fruto é um Solanídio globoso, com cerca de l,Ocm de diâmetro, de coloração alaranjada.

Solanum fastigiatum Essa planta é bastante parecida com diversas outras, que também são conhecidas pelo nome vulgar de jurubeba e é usada na farmacopéia popular, com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum. Como existem preparações comerciais a base de jurubeba, é comum que as firmas que as apresentam recebam material de plantas parecidas, inclusive de Solanum fastigiatum. A ingestão de partes da planta tem causado patologias em bovinos. A ocorrência maior tem sido em épocas de carência de forragem e os animais precisam ingerir a planta por um período prolongado. Estudos feitos na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (1985 e 1987) indicam que a sintomatologia é relacionada com disfunção cerebelar, com crises periódicas do tipo de epilepsia, que duram de alguns segundos a um minuto e são desencadeadas geralmente quando os animais são movimentados ou excitados. Há perda de equilíbrio e quedas, ficando os animais em decúbito dorsal ou lateral, com tremores musculares. Após as crises, os animais aparentam normalidade, mas alguns estendem o pescoço numa atitude de "olhar estrelas" e buscam maior apoio com extensão dos membros anteriores. Em geral não ocorre mortalidade diretamente relacionada com o problema, mas com as quedas podem haver fraturas. A patologia se torna crônica e a regressão clínica é rara.




Jupeba

Solanum asperolanatum Ruiz & Pav.
Solanaceae

Solanum asperolanatum Solanum asperolanatum é uma planta arbórea perene, com até 3 a 4m de altura, reproduzida por semente, nativa na América Tropical, com ocorrência esparsa no Brasil, geralmente confundida com outras espécies. Caule lenhoso ramificado, folhas alternas, pecioladas, geralmente com grandes lobos laterais. Inflorescência extra-axilar, em forma de cimeiras corimbosas, com flores de coloração branca. O fruto é um Solanídio (fruto indeiscente carnoso, bacóide) de coloração amarelada a cinza-amarelada na maturação. A planta é armada com espinhos de base achatada, pouco curvados, com ápice muito agudo; os espinhos ocorrem esparsamente no caule e ramos e geralmente ocorrem 1 a 2 espinhos no lado inferior dos pecíolos e às vezes no lado inferior da nervura mediana de algumas folhas. A origem do nome vem do latim "asperu", áspero, e "lana", lã. Recebe os seguintes nomes populares: Jurubeba, Jupeba.

Solanum asperolanatum A planta é parecida com outras espécies de "Jurubebas", pelo aspecto geral e pelos frutos. Distingue-se de Solanum paniculatum pelo posicionamento das inflorescências e pelas flores brancas. Plantas novas podem ser confundidas com Solanum variabile, pois em ambas as espécies ocorrem pêlos ferrugíneos.

É usada na farmacopéia popular, com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum, e também nas preparações comerciais a base de jurubeba que são preparadas indistintamente com várias espécies de Solanum.




Jurubeba-falsa

Solanum variabile Mart.
Solanaceae

Solanum variabile Solanum variabile é uma planta nativa na Região Meridional do Brasil e regiões limítrofes dos outros países. No Brasil é relatada a ocorrência de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, com maior intensidade na Região Sul, sendo muito freqüente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com grande ocorrência nas beiras de estradas. A origem do nome vem do adjetivo latino "variabile", variável, pela grande variabilidade na planta em geral, particularmente no formato das folhas e no tipo de pêlos. Os principais nomes vulgares são: Velame, Jurubeba-velame, Velame-de-capoeira, Jurubeba-falsa, Juveva, Jupicanga.

Solanum variabile é uma planta perene, reproduzida por semente, sendo comum a ocorrência de povoamentos intensos, nos quais a espécie se torna quase exclusiva. Aceita solos pobres e ácidos, sendo encontrada com maior freqüência em locais úmidos, mas também ocorrendo em terrenos elevados. Aprecia boa iluminação. É uma planta arbustiva ou arbórea, podendo atingir 3m de altura. Desarmada ou com poucos espinhos pequenos. Indumento de intensa pilosidade nas partes novas dos ramos e nas folhas, com pêlos de coloração ferruginea. Caule ereto, geralmente pouco ramificado com esparsos espinhos curtos. Folhas alternas, pecioladas, lanceoladas com muitas variações; coloração verde a ferrugínea por causa de intensa pilosidade com essa coloração. Inflorescência terminal ou subterminal, em cimeiras com pedúnculos e pedicelos pilosos. Flores com cálice com pêlos estrelados e amarelados. Corola ampla e branca. Anteras estreitas de coloração amarela. Fruto é um Solanídio globoso de coloração variegada quando jovem e amarela quando maduro. Os frutos se desprendem na maturação e liberam as sementes por decomposição de seus tecidos. Cada fruto encerra cerca de 10 sementes.


Vara-dourada

Solidago virgaurea L.
Amarantaceae


Solidago virgaurea Há aproximadamente 10 espécies de perenes do gênero Solidago que estão difundidas ao longo de todo o hemisfério do norte, mas principalmente na América do Norte, onde eles têm uma longa história nos medicamentos nativos; Solidago virgaurea é nativa das áreas secas da Europa. Virtualmente todas as espécies e várias variantes híbridas crescem em estado selvagem nas bordas de florestas e clareiras. Suas folhas inteiras, alongadas, orientadas no sentido do crescimento, formam uma verdadeira "vareta dourada" que aparece nos bosques no verão. O seu espetáculo de cores se estende do meio-verão ao outono. Os médicos da Idade Média denominavam essa planta "solidum agere". Solidago vem do latim solidare, "unir", ou "tornar inteiro", e refere-se aos poderes curativos desta planta.

Solidago virgaurea é uma espécie perenal, com um rizoma nodoso. É uma planta alta e vigorosa, folhas pontiagudas finamente dentadas, talos verticais, terminada por pequenos panículos dourados. Suas flores amarelas aparecem no início do verão e são seguidas por frutos de cor marrom com um topete de pequenos pelos brancos.

Os componentes de Solidago virgaurea incluem saponinas (semelhante aquelas encontradas na Polygala), que são anti-fungais, rutina (como encontrada na Ruta graveolens) e glicosídeos fenólicos que são anti-inflamatórios. Muitas outras espécies são reportadas nos medicamentos nativos norte-americanos: as flores de Solidago canadensis são mascadas para gargantas doloridas, Solidago odora foi listado como um estimulante e diaforético na Farmacopoéia norte-americana (1820-82), e de Solidago rigida é feito uma loção para picaduras de abelhas.

As partes usadas são as folhas e os topos das flores. Uma erva amarga que além de vulnerária (promove a cura de feridas) é adstringente, relaxante, estimula o fígado e rins e reduz inflamação; é expectorante, melhora digestão. Também é um bom anti-séptico urinário.

A erva é usada interiormente para infecções urinárias, catarro crônico, gripe, tosse sanguinolenta, lesões internas graves com coagulação de sangue, dispepsia e flatulência associada com tensão nervosa, pedras no rim e doenças de pele. Externamente é usada para curar feridas, feridas purulentas, inflamações da boca e da garganta, mordidas de insetos, úlceras, e garganta dolorida. Em associação com Gnaphalium para catarro nasal e em associação com Cochlearia para dentes soltos.


Atanásia

Tanacetum vulgare L.
syn.: Chrysanthemum vulgare BERNH.
Asteraceae (Compositae)


Tanacetum vulgare Planta herbácea perene com caules eretos, angulosos, suportando folhas divididas, alternas, verde-escuras. Os caules têm capítulos terminais de flores amarelas agrupadas em corimbos. Os frutos são aquênios. Toda a planta liberta um odor a cânfora, sobretudo depois de estar seca. A atanásia, também chamada erva-de-são-marcos, cresce na Europa e na Ásia, nos grandes vales fluviais, de clima tépido e úmido, na beira dos riachos e prados, próximos a barragens, em solos meio arenosos e meio argilosos, nos prados, junto aos caminhos, na orla das florestas, sendo também cultivada em jardins. Sempre foi usada para lutar contra os parasitas externos e internos, tanto do homem como dos animais.

São colhidas, para esse efeito, as flores ou as folhas - pormenor no desenho em baixo. Os capítulos são cortados com a unha, sem pedúnculos, e postos a secar num local escuro e bem arejado. As folhas são cortadas à mão. A secagem faz-se sobre grades de canas e separadamente em relação a outros vegetais. Os materiais secos são sobretudo ricos em óleo essencial (0,2%-0,6%, Oleum tanaceti), que contém tuiona, uma substância tóxica; contêm também princípios amargos (tenacetina), taninos, tuiona, cânfora, borneol, terpenos e ácidos orgânicos. Essa composição lembra, de certa forma, a thuja. Possuem ações vermífuga e emenagoga e são usados contra parasitas intestinais (anti-helmíntico), em infusões, na proporção de uma colher de café para duas chávenas de água, a tomar três vezes por dia. Utiliza-se também o pó de atanásia em pequenas pitadas. O óleo obtido por destilação dos caules frescos tem as mesmas aplicações. As doses devem ser determinadas com grande prudência, pois todo o excesso de consumo provoca uma congestão da região da bacia, com lesões renais e nervosas. Existe também o Chrysanthemum parthenium e o Tanacetum balsamica, que possuem substâncias amargas e essências fortemente aromáticas; as duas podem estimular (até a inflamação) os órgãos nutricionais e sexuais.

O odor da atanásia seca afugenta os insetos, o que é aproveitado em medicina veterinária.


Dente-de-leão

Taraxacum officinale web. in WIGGERS
syn.: Leontodon taraxacum L.
Asteraceae (Compositae)


Taraxacum officinale

Planta herbácea vivaz com uma roseta basilar de folhas. No princípio da Primavera, aparecem as hastes florais terminadas por capítulos amarelos, formados exclusivamente de lígulas. Depois da floração, o capítulo transforma-se numa esfera de aquênios com coroas (em cima à esquerda). Toda a planta é percorrida por laticíferos que contém um látex branco não tóxico. O dente-de-leão sempre foi utilizado para tratamentos oculares, como o testemunha, aliás, o seu nome genérico: taraxis = inflamação ocular.

Faz-se a colheita de raízes, caules, folhas e inflorescências. As raízes são muito bem lavadas, cortadas ao comprido e secadas a 50°C no máximo. Os caules são colhidos antes da floração, por vezes com a raiz. As folhas e as flores são apanhadas para curas depurativas da Primavera. Sobretudo as raízes, mas também as outras partes, contêm princípios amargos terpenóides, taraxacina e taraxetina, um glicosídeo, esteróis, ácidos aminados, taninos, até 25 % de inulina e cauchu. A raiz e o caule são amargos estomáquicos que estimulam as secreções gástricas e exercem uma ação colagoga. As folhas novas e frescas são ricas em vitamina C e consumidas em saladas. As flores contêm carotenóides e triterpenos. Em geléia são antitússicas, mas não substituem o mel, que é muito mais eficaz.


Teixo

 

Taxus baccata L.
Taxaceae


Taxus baccata

Árvore ou arbusto sempre-verde, com casca castanho-avermelhada, ramos densamente cobertos de agulhas verde-escuras. Estas persistem nos ramos de seis a oito anos. O teixo é uma espécie com flores dióicas; o pólen forma-se nos cones globulosos, as flores pistiladas aparecem isoladamente sobre ramos encurtados. A semente madura está envolvida por um arilo vermelho e carnudo. O teixo era antigamente vulgar na Europa, Ásia e África. Nos nossos dias, é uma espécie protegida em numerosos países. É uma planta ornamental e frequentemente plantada em parques e jardins nas suas diferentes variedades. No entanto, é desaconselhada a colocação de teixos nas imediações de escolas ou terrenos de jogo: toda a planta, excetuando as bagas vermelhas, é extremamente venenosa.

Colhem-se, muito esporadicamente, as agulhas (Folium taxi) dos ramos do ano. Contêm um alcalóide venenoso, a taxina, glicosídeos, princípios amargos, resinas e vitamina C. São usadas verdes: antigamente, contra as mordeduras de serpente e a raiva, mas hoje, muito raramente, para estimular a atividade cardíaca, aumentar a tensão e o peristaltismo intestinal. A sua toxicidade leva a que o teixo seja cada vez menos usado. As matérias ativas são, efetivamente, absorvidas com rapidez, no lapso de alguns minutos.

A madeira de teixo, muito resistente, não contém resina. É usada no fabrico de armas e utensílios. É também uma boa planta polinífera e melífera.


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Carvalhinha

Teucrium
Labiatae


Teucrium chamaedrys

Teucrium marum

As folhas dessa planta delicada são muito pequenas e bastante estreitas; o cacho de flores, vermelho claro, ascende a partir dos brotos. O odor das flores maceradas é queimante e picante; o gosto é extremamente apimentado. A ação desta planta, que se esgota no domínio floral ou volátil, se assemelha à do tomilho, mas está deslocada em direção ao metabolismo. Esta planta estimula os processos do fígado, favorece o fluxo da bílis e combate a formação dos cálculos. Ela é também um estimulante da secreção biliar.

É utilizada nas paralisias dos membros, nas inflamações das vias respiratórias superiores e nos pólipos da cavidade nasal.


Teucrium scorodonia

Nesta planta, o tipo das Labiatas, totalmente ligado ao calor, se lança em um domínio que lhe é estranho: a umidade, o frescor e a sombra. Um combate é inevitável. Tal combate se exprime em odores pesados lembrando o do suor e em sabores acres e amargos. O Teucrium também é chamado de sálvia da floresta. Ele cresce num substrato silicoso, à beira das florestas, nas clareiras, nas partes superiores das montanhas graníticas, enfim em toda a Europa ocidental. O broto foliar, esguio e alto, parte de um rizoma subterrâneo muito ramificado; as folhas são oval-lanceoladas, peludas e de coloração verde glauco. A planta termina em uma espiga desenvolvida, portadora de flores com dois lábios, branco-amareladas. Tais flores se voltam para o mesmo lado que é o lado da iluminação máxima, apesar de nada na estrutura dessa planta ser assimétrico.

Esta planta possui um aspecto mirrado e débil: ela é pálida e estirada em direção ao alto e parece que a planta tem carência de luz. Em relação a tudo aquilo que nós mencionamos anteriormente em relação às Labiatas, deve ser acrescido, em relação ao Teucrium scorodonia, o fator "sílica". A sílica torna possível o vegetal empreender sua luta para captar a luz. A sílica favorece o metabolismo da luz.

Rudolf Steiner preconizou esta planta no tratamento da tuberculose. Mais recentemente plantas ricas em sílica vem sendo utilizadas no tratamento de doenças que tem algo a fazer com o metabolismo da luz, como é o caso da tuberculose. Nesta doença, a faculdade que o organismo tem de "desenvolver interiormente a luz" está enfraquecida. Já foi constado sucesso terapêutico no tratamento da tuberculose dos testículos e na dos ossos. Outros exemplos nos demonstram que as Labiatas podem influenciar as sudações anormais dos tuberculosos; o Teucrium scorodonia é uma planta que também possui tal virtude terapêutica.


Teucrium scordium

Esta planta cresce nas margens dos lagos, nos vales regados por um curso de água e nos prados úmidos. Ela está adaptada ao elemento no qual ela vive, fincando suas raízes relativamente profundas para dentro da terra; suas folhas são arredondadas; suas flores de um vermelho claro são superpostas em falsos verticilos, pouco espessos, inseridas nas intersecções das folhas no caule. Seu óleo essencial possui um odor de alho (isto nos revela um processo sulfuroso); os taninos e substâncias amargas fazem parte dessa planta.

A atividade terapêutica do Teucrium scordium se dirige ao organismo dos líquidos: ela é diurética, sudorífica, combate as mucosidades que revestem o aparelho digestivo e as inflamações das glândulas (inclusive a orquite); esta planta era indicada no tratamento das bronquites crônicas, da tuberculose, do empiema pulmonar, da ozena, das inflamações purulentas do peito. Neste caso, a virtude terapêutica das Labiatas, enriquecida de um fator sulfuroso, é levada totalmente em direção ao sistema rítmico. O processo enxofre (sulfur) ajuda esta planta a conservar sua natureza calórica, típica das Labiatas, em um meio aquoso, terrestre e frio.



Cacau

Theobroma cacao
Sterculiaceae


Theobroma cacao O gênero Theobroma consta de 20 espécies de árvores perenes tropicais americanas. Elas apresentam a característica incomum de produzirem as flores diretamente no tronco ou ramos. Theobroma cacao ocorre em baixadas e florestas tropicais da América Central e do Sul. Embora as primeiras frutas de cacau foram levadas da América do Sul para a Espanha por Cristovão Colombo (l451-l506), o hábito pelo cacau não desenvolveu até o 17º século. O cultivo de cacau na África começou no 19º século, que agora produz em aproximadamente mais da metade de todos os grãos de cacau.

Theobroma cacao é uma pequena árvore perene, com finas folhas lustrosas de até 40cm de tamanho, que são rosadas quando jovens. Pequenas flores amarelas, pálidas, são seguidas por frutos que contêm numerosas sementes em uma polpa mucilaginosa. As sementes fermentadas são secadas e assadas e produzem manteiga e pó de cacau que são usados medicinalmente e de modos variados na preparação de bebidas e chocolate. Cacau era a base da bebida asteca chocolatl e tinha um valor tão alto entre os Maias, Incas, e Astecas que as sementes eram usadas como moeda corrente. Embora cacau contenha cafeína, seu efeito estimulante é bem mais fraco que o do café. Pó e pasta de cacau são amargos e normalmente adocicados quando usados como alimento ou aromatizante. O aroma do chocolate varia bastante dependendo do tipo do grão e dos métodos usados no processamento e fabrico: chocolate claro tem a mais alta porcentagem de sólidos de cacau e o mais baixo teor de açúcar; chocolate ao leite contém leite em pó ou condensado; chocolate branco é manteiga de cacau com adição de leite e açúcar.

Theobroma cacao As partes usadas são os brotos, sementes, gordura e manteiga. Os frutos são cortados durante o ano inteiro, especialmente no período compreendido entre o início do verão e o início do inverno, as sementes são removidas para serem fermentadas, secas, assadas e maceradas como pasta (massa de cacau). A manteiga de cacau é extraída da massa de cacau, resultando o pó. É uma erva amarga, estimulante, diurética, que abaixa a pressão sanguínea e dilata as artérias coronárias. Pó e manteiga de cacau são nutritivos; a manteiga de cacau também suaviza e acalma pele danificada.

Medicinalmente, a erva é usada interiormente para angina e pressão alta (pó de cacau). Externamente para pele rachada, ressecada ou com bolhas (manteiga de cacau). Não deve ser dado interiormente a pacientes com síndrome de intestino irritável. Chocolate pode causar alergias ou enxaqueca. Como uso culinário e alimentício, a erva é usada diretamente, por si só, ou como chocolate e usado como condimento e aromatizante em confeitos, molhos, bebidas lácticas e licores. Em uso econômico, a manteiga de cacau é usada em cosmética, cremes de pele, e como base de supositórios. Subprodutos do processamento do cacau incluem fertilizantes, forragens, combustível (cascas), gel, álcool e vinagre (polpa).


Tuia

Thuja Occidentalis
Cupressaceae


Thuja Occidentalis A Thuja pertence ao grande grupo das Gymnospermas que compreende os Pinheiros, Cicas, Gingkos, Efedras e outras plantas muito antigas, cujas flores ainda não apresentam envoltórios. A Thuja é um pinheiro que faz parte do grupo dos ciprestes.

O desenvolvimento da Thuja ocorre da seguinte maneira: depois de 4 a 5 semanas, as sementes dessa planta germinam produzindo um broto com duas pequenas folhas em forma de agulha. Durante essa fase ela é tão semelhante aos Juníperos que é impossível distinguirmos essas duas plantas. Essa plantinha vai crescendo e se apresenta no final do primeiro ano de vida como uma pequena planta formada por folhas em forma de agulha. No segundo ano de vida surge um ramo contendo folhas diferentes das iniciais, que eram em forma de agulha, e esse ramo passa a apresentar folhas em forma de escama que revestem o caule. Esse ramo irá constituir a árvore adulta. Se por acaso esse ramo não apresenta escamas que o revestem, mas folhas em forma de agulha, então essa planta será estéril.

Consideremos a fase inicial de desenvolvimento da Thuja, que se inicia com a germinação da semente e termina com a formação desse ramo contendo folhas em forma de escama. Nesse período a Thuja é um pinheirinho muito indiferenciado, com folhas em forma de agulha e impossível de ser distinguido de outros pinheiros. A Thuja apresenta, no início de seu desenvolvimento, uma forma bastante primordial e embrionária. Quando finalmente surge o broto com escamas, a planta parece formada por uma parte mais rústica, mais embrional e em cima dela surge uma planta muito mais diferenciada. Se essa planta inicial se mantiver inalterada durante o desenvolvimento vegetal, a Thuja será estéril.

Essa forma inicial, primordial e embrionária, exprime um processo de vitalidade inespecífico. A Thuja é utilizada como vitalizante. Rudolf Steiner indica a Thuja "nos casos onde a vida se apaga".



Processo de Transformação da Vitalidade

Ao observarmos o desenho acima, podemos notar que a Thuja, no início de seu desenvolvimento, possui uma estrutura muito simples (I) e, a partir dela, surge no segundo ano de vida uma nova planta, muito mais diferenciada (II). A estrutura inicial da Thuja pode ser relacionada com o protalo de uma Pteridófita  e a forma adulta da Thuja, capaz de produzir flores, com o esporófito, ou seja, com a fase mais diferenciada das Pteridófitas. A Thuja   recapitula o processo de libertação do protalo. Uma estrutura vegetativa embrional, simplificada e menos elaborada, tal como o protalo, dá lugar a uma estrutura mais diferenciada, estrutura essa capaz de dominar aquela vida mais embrional e pouco diferenciada.

Esse processo nos indica claramente a utilização da Thuja nos casos em que o organismo é agredido por uma vitalidade com características de indiferenciação, uma vitalidade como que embrional, que não se transformou, é o caso da vitalidade dos vírus da varíola. Quando o organismo humano não consegue transformar e eliminar essa vida primitiva inoculada através da vacina, surgem seqüelas da vacinação. Nesses casos a Thuja é utilizada como um excelente medicamento capaz de incitar o organismo a metamorfosear, superar e eliminar essa vitalidade estranha. Uma vitalidade primitiva que não consegue se metamorfosear, também pode ser observada na formação de verrugas e crescimentos esponjosos de natureza semelhante. Também nesses casos a Thuja age como um medicamento eficaz.



Processo de Libertação do Princípio Folha

A Thuja, durante o seu desenvolvimento, manifesta-se inicialmente com uma forma menos diferenciada e, a seguir, as folhas em forma de agulha regridem e surgem folhas muito pequenas em forma de escamas aderidas aos galhos das plantas. A Thuja, durante o seu desenvolvimento, dá um salto do domínio foliar (folhas em forma de ponta) para o domínio floral (planta com escamas); nessa estrutura há possibilidade de formação de flores.

Na Thuja o processo de formação de folhas em forma de ponta regride. Para onde vai esse processo? Nas Angiospermas, plantas que produzem flores com pétalas e sépalas - e esse não é o caso da Thuja que é um pinheiro e, portanto, não tem pétalas nem sépalas - começa a ocorrer uma regressão no desenvolvimento das folhas no período que precede a floração.



Antes do surgimento da flor, as folhas vão ficando cada vez menores.

Na ponta do galho, próximo ao botão floral, as folhas diminuem de tamanho e vão se tornando cada vez menores e menos expressivas. Na flor, esse elemento folha que tinha sido atenuado, surge de maneira metamorfoseada como sépalas e pétalas, ao passo que o elemento caule aparece na flor de maneira metamorfoseada em estames e pistilo.

Na Thuja não existe a metamorfose de folha vegetativa para sépalas e pétalas, pois essa planta está num degrau do reino vegetal onde as flores não possuem nem pétalas nem sépalas.

Na Thuja, após a regressão do desenvolvimento foliar, o princípio folha não se metamorfoseia em pétalas e sépalas, não se transforma em elementos da flor, mas irá se transformar de maneira a configurar planos que se irradiam a partir do caule.

Na Thuja o princípio folha está livre da estrutura foliar e não mais atua plasmando falhas; mas esse princípio assim liberto irá configurar estruturas planas semelhantes a grandes folhas. Tal atividade do princípio formador de folha assim liberto está disponível para atuar terapeuticamente. Poderemos esperar de um medicamento feito com Thuja uma atividade no domínio da vitalidade, mas, nesse caso, uma vitalidade liberada de uma função. Tal atividade do princípio folha liberto é análoga àquilo que ocorre numa certa época da infância, quando a organização etérica do ser humano, ao terminar de elaborar os órgãos - principalmente a formação tão sutil do cérebro e do sistema nervoso - e se liberta dessa função, passando a atuar como atividade pensante no homem. A época em que isso ocorre é imediatamente antes da entrada da criança no primeiro ano primário. G. Grohmann (2) menciona o seguinte em relação a isso:

"... Em conferências para professores, Rudolf Steiner indicou a comparação dos degraus evolutivos do reino vegetal com as diferentes idades infantis. O grau evolutivo dos pinheiros corresponde à idade compreendida entre o ingresso da criança ao primeiro ano primário, e o surgimento dos dentes permanentes (2ª dentição)..."

Libertação do princípio folha significa liberação de uma atividade etérica, disponibilidade de uma atividade etérica. Existem casos onde a vitalidade do paciente não consegue se liberar de uma atividade no físico e se transformar. É o caso da formação de verrugas ou pólipos. A Thuja prepara a organização etérica de tal modo que ela possa se libertar, se transformar e acolher a atividade astral. Outra atividade terapêutica da Thuja relacionada com esse processo é no tratamento de pacientes cuja organização etérica não consegue se libertar de sua atuação no domínio físico, no âmbito dos líquidos e fluídos orgânicos. Thuja é útil em pacientes que não dominam de maneira correta os líquidos orgânicos, especificamente em: catarros gênito-urinários, catarros crônicos e produção de mucosidade; a pela escreta um líquido gorduroso e o aspecto do paciente é de ter passado um creme na pele; pele luzidia.

O processo de libertação do princípio folha - ou a vitalidade - era "lido" nessa planta pelas pessoas da antiguidade. A Thuja é plantada nos cemitérios, e nesses locais o ser humano recebe a mensagem da Thuja, de metamorfose de uma vida mais tosca e material para uma vida muito mais sutil e refinada.

Observemos agora os processos relacionados com a folha:



Processo de interiorização da flor

A folha se transforma em escama que é uma estrutura que se assemelha a uma sépala. Tais escamas também possuem características de pétalas, pois possuem glândulas produtoras de óleos etéricos. Não é apenas nas escamas que a Thuja revela suas características florais, mas existe uma espécie que vive na Ásia menor, a Thuja articulata, que produz uma resina aromática obtida por incisão no caule.

Os Óleos essenciais presentes nas escamas da Thuja são muito aromáticos. Em relação a esse processo podemos preconizar a Thuja occidentalis como medicamento capaz de levar calor para o paciente. Tal como veremos adiante, a Thuja age na organização vital-etérica. Dessa maneira a Thuja é um medicamento capaz de levar calor ao domínio aquoso vital. É um medicamento  útil em pacientes com tendência à obesidade, aspecto gorduroso e lustroso da pele, sensível ao frio  úmido, com tendência a suores, catarro e retenção de líquidos.



Processo de revestimento

As folhas da Thuja se transformam em escamas que se aderem à superfície dos galhos formando uma estrutura de revestimento análoga às escamas que revestem os peixes. A folha, uma entidade tipicamente vegetal, se revela como uma estrutura de revestimento. Esse processo de revestimento poderá se manifestar no ser humano como uma atividade vegetal-etérica na organização que reveste o ser humano. A Thuja occidentalis é utilizada como medicamento em transtornos das mucosas, principalmente na região genital, verrugas, condilomas, manchas cutâneas, varicosidades na região do nariz e problemas de pele.



Processos relacionados com o princípio Flor-Fruto

O aspecto da flor da Thuja é a de uma flor de dicotiledonea; apesar de ser um pinheiro, ele mostra uma antecipação nesse domínio, mas, apesar disso, a flor desse pinheiro não possui nem sépalas nem pétalas. A Thuja esboça uma estrutura de reprodução característica das plantas superiores sem que tenha um órgão (pétalas e sépalas) capaz de exercer tal função.

O princípio formador de pétalas e sépalas está agindo na planta, configurando as escamas lenhosas da flor de maneira que elas se assemelhem a pétalas e sépalas, e, além disso, esse princípio formador de pétalas e sépalas já está presente nas escamas que possuem glândulas produtoras de óleos essenciais, tal como os nectários. O princípio flor não configura pétalas, sépalas e nectários, mas está agindo em toda a planta, até mesmo dentro do tronco produzindo a terebentina.

Uma atividade floral que ainda não se realiza plenamente na configuração de uma estrutura floral, significa atividade floral desligada da flor, liberta da flor. Esse processo pode ter um eco no organismo humano nos casos em que a organização astral não consegue se manifestar nos órgãos. Uma pessoa incapaz de dominar o movimento líquido interno, apresentando suores localizados, coriza, leucorréia, nos mostra que a atividade aquosa etérica, apesar de interna, não é dominada corretamente pela organização astral.

Essa atividade astral difusa, incapaz de encarnar-se corretamente nos órgãos, pode ser reconhecida nas perturbações digestivas em que o paciente apresenta lentidão da digestão. A "sensação de algo vivo dentro do organismo" também pode ser observada.


Trevo-branco

Trifolium repens L.
Leguminosae (Fabaceae)


Trifolium repens Planta herbácea perene com caule radicante, ascendente na parte superior. Este caule radicante dá origem a folhas trifolioladas, longamente pecioladas, apresentando uma mancha esbranquiçada na página superior. As flores brancas estão agrupadas em capítulos também longamente pedunculados. Após a floração, os capítulos murcham, inclinando-se para o solo. Os frutos são vagens com sementes ocres. É uma espécie vulgar nos prados, nas pastagens, à beira dos caminhos, sobre os terrenos de jogo. As fotos expostas foram tiradas em novembro de 1999, numa área de lazer da periferia da cidade de São Paulo, Brasil. Considera-se uma excelente planta forrageira.

São colhidos, para fins medicinais, os capítulos. Estes são cortados à mão, com pedúnculo muito curto, no começo da floração. A secagem faz-se em camadas finas sobre grades de canas, à sombra, com ventilação. No secador, a temperatura não deve ultrapassar os 35°C. Trifollium repens Os capítulos têm aroma de mel e gosto ligeiramente adstringente. São armazenados secos em recipientes bem fechados. Contêm sobretudo taninos, açúcar, mucilagem, ácidos orgânicos. A medicina familiar emprega-os para tratar catarros gastrintestinais e diarréias fortes. O trevo-branco serve também para tratar as perturbações das vias respiratórias superiores (mesmo através de inalação), as inflamações glandulares, as dores reumáticas. A infusão é preparada com seis colheres das de café de flores cortadas, escaldadas, maceradas e deixadas a descansar durante dez minutos. Pode-se também usar as flores frescas.

O trevo-branco renasce rapidamente após o corte, podendo efetuar-se várias colheitas por estação. É um excelente alimento para as abelhas, pois pode fornecer até 1OOkg de mel por hectare.


Urtiga

Urtica dioica L.
Urticaceae


Urtica dioica Planta herbácea perene, possuindo um rizoma ramificado que dá origem a caules eretos, quadrangulares, com folhas ovaladas opostas duas a duas. Na axila das folhas da parte superior do caule, surgem inflorescências em panículas. Os frutos são aquênios. Toda a planta está coberta de tricomas urticantes (pêlos compostos) que se quebram, deixando o seu conteúdo nas feridas que provocam. Estes tricomas contêm uma substância protéica desconhecida, ácido fórmico, resina, aceticolina e histamina. São todas estas substâncias que estão na origem das vesículas urticantes que se formam sobre a pele. A urtiga cresce nos matagais e, nos jardins, é uma adventícia incômoda.

Para fins medicinais, são colhidas as cimeiras, ou simplesmente as folhas. A secagem efetua-se a uma temperatura máxima de 60°C. As partes recolhidas contêm taninos, ácidos orgânicos, clorofila, vitamina C, provitamina A e sais minerais. Têm numerosas aplicações, tanto medicinais como industriais. São usadas no tratamento das vias urinárias, do aparelho respiratório, dos catarros gastrintestinais, como adjuvante no tratamento da diabetes. Facilitam as trocas metabólicas, estimulam a atividade das glândulas endócrinas e a produção de glóbulos vermelhos. São usadas em infusão na dose de uma colher de café por chávena de água, a tomar três vezes por dia.

As cimeiras são também submetidas a tratamento industrial, com a finalidade de produzir clorofila pura, que serve de aditivo para produtos cosméticos e sabões. A urtiga-menor é também colhida e tem os mesmos efeitos.


Valeriana

Valeriana officinalis L.
Valerianaceae


Valeriana officinalis

Planta herbácea vivaz, possuindo uma enorme raiz e um curto rizoma, que dá origem a um caule anguloso com folhas opostas e penatissectas. O caule termina num corimbo de pequenas flores brancas ou avermelhadas. O fruto é um aquênio com coroa. A espécie está difundida na Europa, Ásia e América. É uma planta medicinal muito antiga, como é recordado pelo seu nome científico, derivado do latim valere, ter saúde.

A valeriana é cultivada nos campos. No segundo ano, são arrancadas as raízes, que são limpas, lavadas rapidamente (sem pelar nem raspar), cortadas, se necessário, e postas a secar brevemente, a 35°C no máximo. É somente ao secar que a raiz adquire o seu odor penetrante, que perturba os gatos mesmo à distância. A raiz seca contém 0,5 % a 1 % de óleo essencial rico em pineno e canfeno, alcalóides, ésteres de ácidos orgânicos, ácido valérico e isovalérico, taninos e sucos amargos. Os remédios à base de valeriana atenuam a irritabilidade nervosa, as perturbações cardíacas de origem nervosa e as cãibras. São usados em caso de depressão nervosa, fadiga, esgotamento intelectual e insônia crônica. Prepara-se uma infusão ou uma maceração a frio de 0,5 a 5g de raiz de valeriana, para tomar durante o dia. A raiz é também eficaz contra vômitos, gases e parasitas intestinais. Emprega-se freqüentemente o extrato alcoólico que é um sedativo do sistema nervoso.


Verbasco-flomóide

Verbascum phlomoides L.
Scrophulariaceae


Verbascum phlomoides

Planta herbácea bienal, possuindo um caule alto, ereto, com folhas alongadas de disposição alterna e limbo séssil ou sustentado por pecíolo muito curto. As folhas da roseta morrem no Inverno. As flores amarelas, grandes, formam uma espiga terminal. Os frutos são cápsulas que encerram pequenas sementes venenosas. Esta espécie, vulgar em estado espontâneo, é um dos seis verbascos medicinais. A biologia, o aspecto e as propriedades não diferem relativamente da espécie precedente (V. densiflorum), e ambas fornecem uma droga equivalente no que respeita a aplicações medicinais.

São colhidas também as flores, por vezes as folhas, e mesmo a raiz. As flores são colhidas, tratadas e usadas como citado para V. densiflorum. As folhas, colhidas na altura da floração plena, são secadas à sombra e com boa ventilação, e igualmente usadas em infusões medicinais. As folhas frescas esmagadas servem de compressas para feridas de cura difícil. A raiz moída era usada para tratamento das hemorróidas e o extrato avinagrado servia para acalmar as dores de dentes.

As flores dos verbascos servem para aromatizar licores. São também excelentes espécies melíferas.


Visco-branco

Viscum album L.
Loranthaceae


Viscum album

Arbusto semiparasita, com ramos e folhas sempre verdes, vivendo sobre os ramos de espécies folhosas ou resinosas. As folhas alongadas, coriáceas, são séssies e opostas na extremidade dos ramos. As flores são dióicas, pistiladas (em baixo à esquerda) e estaminadas (em baixo à direita), formando-se em posição axilar. Os frutos são bagas monospérmicas brancas. É uma espécie difundida num vasto território euroasiático, desde sempre considerada medicinal e sagrada. Do ponto de vista medicinal, era usada como contra-veneno e para aumentar a fecundidade.

São colhidos os ramos novos com as folhas, geralmente no Inverno, quando são abatidas as árvores, embora a colheita possa efetuar-se durante todo o ano. São secados em feixes, suspensos e expostos a corrente de ar, ou num secador, a 40ºC no máximo. Conservam uma cor verde-clara e têm gosto amargo. Contêm viscotoxina, colina, acetilcolina e outros compostos orgânicos. A medicina emprega-os pelas sua ação hipotensiva e cardiotonica. Provocam uma dilatação dos vasos capilares e atuam contra a arteriosclerose. As doses e a duração do tratamento devem ser estabelecidas pelo médico. As substâncias contidas no visco têm efeitos citostáticos (antitumorais), o que o torna objecto de investigações aprofundadas desde há alguns anos.


Vide também Viscum album sob ponto de vista antroposófico.


Gengibre

Zingiber officinale
Zingiberaceae


Zingiber officinale Zingiber é um gênero de cerca de 100 espécies de plantas perenes nativas na Ásia tropical. Todas são semelhantes a canas e têm rizomas aromáticos. Gengibres de vários tipos são cultivados comercialmente em todas as regiões mornas, notadamente na Jamaica que produz alguns dos melhores. Rizomas frescos, adquiridos para tempero, podem ser cultivados em recipientes como plantas de folhagens exóticas e ainda render uma provisão adicional de rizomas quando as canas secam no inverno. O nome Zingiber vem do grego "zingiberis", gengibre.

Zingiber officinale é uma planta decídua, perene, com espesso rizoma ramificado, com um robusto talo vertical e folhas lanceoladas pontiagudas. Flores verde-amarelo, com um lábio cor purpúrea manchado de amarelo, aparecem no verão e são seguidas por três cápsulas carnosas. Zingiber officinale já era cultivado desde tempos antigos para fins medicinais e culinários. Era considerado um artigo sujeito a taxação pelos romanos nos anos 200. Foi mencionado na literatura médica chinesa durante a última dinastia de Han (25-220 DC). Na medicina Ayurvédica, Zingiber officinale é conhecido como "medicamento universal" e, tanto na medicina Ayurvédica como na chinesa, está presente em aproximadamente a metade de todas as prescrições. Gengibre é rico em óleos voláteis, gingerol e shogaol. Shogaol, que é um produto da quebra do gingerol produzido durante a secagem, é duas vezes mais pungente que o gingerol. Então o Gengibre seco é mais quente que o fresco e é usado para propósitos diferentes na medicina chinesa. Zingiber officinale também é de importância mundial como tempero. Outras espécies usadas para fins culinários incluem: os do sudoeste asiático, Zingiber cassumar, Zingiber mioga (gengibre japonês) que tem um aroma parecido com o da bergamota e Zingiber zerumbet (gengibre selvagem ou gengibre amargo) que é uma espécie da Indo-Malasia. Zingiber zerumbet contém zerumbone, um componente citotóxico usado na China para tratar câncer.

Zingiber officinale As partes usadas são os rizomas e óleo; as plantas precisam de uma estação de crescimento de 10 meses para ótima produção de rizoma que são colhidos quando os ramos secaram e a planta está dormente. Eventualmente é colhido durante a estação crescente, para usos onde a falta de fibras é importante. Os rizomas maduros são descascados ( alvejados), ou deixados com cascas (cobertos) antes de serem armazenar inteiros, ou macerados para uso em infusões, decocção, tinturas e pós. O óleo é destilado de rizomas secos não descascados. É uma erva pungente, adocicada, aromática, aquecedora, expectorante, que aumenta a transpiração, melhora a digestão e a função do fígado, controla náusea e vômitos, tosse, estimula a circulação, relaxa espasmos e alivia dor.

A erva é usada medicinalmente, interiormente para enjôo de movimento, náusea, enjôo matutino, indigestão, cólicas, calafrios abdominais, resfriados, tosses, gripes e problemas circulatórios periféricos. Não deve ser dado aos pacientes com queixas de inflamações na pele, úlceras da área digestiva ou febre alta. Externamente para dor espasmódica, reumatismo, lumbago, cãibras menstruais e deslocamentos. Freqüentemente combinado com Rheum palmatum e Gentiana lutea para reclamações digestivas. Na medicina chinesa, interiormente, para tosses, resfriados, diarréia, vômito e dor abdominal associada ao resfriado (rizoma fresco), hemorragia uterina e sangue na urina (rizoma fresco carbonizado); abdômem inchado e edema (casca do rizoma); frieza associada com choque, perturbações digestivas que surgem de energia deficiente do baço, e bronquite crônica (rizoma seco). Os rizomas novos e frescos (gengibre verde) são usados na culinária e consumidos cru, preservados em xarope, e doces, também usado em molhos picantes, pepinos em conserva, pratos de carne e peixe, sopas e marinadas. Gengibre em conserva é usado na arte culinária japonesa, especialmente para temperar sushi. Gengibre seco e moído e também o óleo é usado como condimento para dar aroma e sabor a bolos, biscoitos, molhos e bebidas leves. Óleo aromático é usado na perfumaria.

Indicações e Usos: O gengibre é usado em condimentos, bebidas, confeitaria, farmácia, perfumaria, para o preparo de picles ou consumido 'in natura', sobretudo em pratos orientais, sempre sob a forma de seu rizoma (caule subterrâneo). Contém vitaminas A, B e C e os minerais cálcio, ferro e fósforo. Ajuda a equilibrar as gorduras e as proteínas animais do organismo. Por isso, os japoneses costumam servir uma pequena porção de gengibre ralado para ajudar a digestão mesmo de alimentos mais leves, como os peixes. É um ótimo estimulante digestivo, prevenindo cólicas e gases. É ótimo no tratamento de doenças respiratórias, como asma, bronquite e catarro crônico, ingerido tanto durante as refeições como sob a forma de chá misturado com mel (neste caso, ajuda a expelir mucos e secreções). Um pedacinho de gengibre cru "esquecido na boca", melhora a rouquidão e acalma a tosse. Externamente, em emplastro (uma camada de gengibre ralado coberto com gaze), ou em massagens suaves, colabora no tratamento de artrites, dores reumáticas e nevralgias.



O sabor picante do gengibre faz com que ele seja utilizado no quentão, para "aquecer" as festas juninas, no inverno brasileiro.


Arruda

Nome Científico: Ruta graveolens
Características:

A arruda é um arbusto, originário so sul da Europa e norte da África, que pode chegar a 1,5m de altura. Tem muitos ramos e folhas ovais e pequenas, de cor verde-acinzentado. As flores, de pétalas amarelo-esverdeadas, reúnem-se em terminais. O fruto é uma cápsula onde ficam as sementes pardas e rugosas. No país, conquistou o título de erva purificadora, que limpa ambientes, atrai bons fluidos e afasta maus-olhados. Na Idade Média, acreditava-se que a arruda defendia as pessoas contra a peste negra.


Indicações e Usos: Informações médicas recentes desaconselham totalmente o uso da arruda na medicina caseira, devido à alta toxicidade da planta. Ela serve para preparar medicamentos feitos por farmacêuticos, da medicina alopata ou homeopata. Ramos frescos da planta servem como repelente de pulgas, insetos e ratos.

Atenção: O chá de suas folhas é empregado em várias regiões brasileiras no combate às cólicas menstruais. E justamente para estes casos é preciso tomar muito cuidado, pois a arruda pode provocar hemorragias graves e por vezes até a morte. Assim, não deve ser de forma alguma consumida durante a gravidez.



Diz a crendice popular que a arruda tem o poder de combater o mau-olhado.

Assa-Peixe

Nome Científico: Vernonia polyanthes
Características: Tipicamente brasileiro, este arbusto cresce espontaneamente em toda a região Sudeste, além dos estados da Bahia, Mato-Grosso e Paraná. Nas terras onde cresce, recebeu várias denominações, como cambará-guaçu, cambará-branco e chimarrita. Planta arbustiva, perene, que pode atingir 5m de altura. Floresce de janeiro a março, e também de junho a agosto.


Indicações e Usos: Esta planta é ótima para o tratamento de problemas respiratórios em geral, como gripes, bronquites e tosses. O chá das folhas é muito utilizado como expectorante e calmante de tosses. Por isso, recomenda-se bebê-lo (adoçado com mel), em casos de gripe ou bronquite. Por sua ação expectorante, a assa-peixe também auxilia o tratamento de pneumonia. Na medicina popular também é utilizado para combater hemorróidas e para banhos nas afecções do útero.



O assa-peixe ocorre em pastagens e áreas ácidas, a sol pleno, sendo indicativo de terras de baixa fertilidade.


Capuchinha

Nome Científico: Tropaeolum majus
Características: É planta trepadeira anual decorativa. Tem folhas verde-brilhantes, e flores roxas, alaranjadas, amarelas e vermelhas. Procedente do Peru, foi introduzida na Europa no século XVI. Chamada também de sapatinho-do-diabo, chagueira, chagas e flor-de-chagas.


Indicações e Usos: Por ter ação antiescorbútica, anti-séptica e tônica do sangue e dos órgãos digestivos, ela pode ser usada nas depressões nervosas, estafas e limpezas de pele e dos olhos. Em geral, atua positivamente em problemas de pele e cabelo: psoríase, espinhas, queda de cabelo, entre outros. Diurética, esta herbácea pode ser eficaz no tratamento de infecções urinárias. Age também como descongestionante das vias respiratórias. Pode ser utilizada na forma de chás e tinturas. Seus frutos, quando secos e reduzidos a pó, são um bom purgante. Em saladas, as folhas, flores e botões florais da capuchinha, ricas em vitamina C, fazem deliciosas combinações com folhas verdes.



Além das propriedades medicinais e da possibilidade de uso na culinária, a capuchinha pode ser usada em paisagismo.


Catinga-de-Mulata

Nome Científico: Tanacetum vulgare
Características: Planta vivaz, com caule ereto de até 90 cm de altura. Folhas divididas em inúmeros folíolos dentados e aromáticos. Numerosas flores amarelas. Difundida por toda a Europa, exceto na região mediterrânea. A catinga-de-mulata se adaptou muito bem na América do Norte e pode ser encontrada em diversas regiões do Brasil. É uma planta muito bonita, que ao florescer gera lindos cachos amarelos, funcionando também como espécie ornamental.


Indicações e Usos: Na medicina popular, esta erva também é conhecida como erva-dos-vermes e, desta forma, percebe-se que, tradicionalmente, a sua virtude medicinal que se reconhece é a anti-helmíntica. A catinga-de-mulata tem a propriedade de paralisar os vermes intestinais (lombrigas e oxiúros), e embora não chegue a matá-los, facilita a sua expulsão se em seguida é ingerido um purgante. Também é emenagoga, provocando e regularizando a menstruação. No Brasil, esta planta é muito utilizada para repelir insetos. Trata-se de um inseticida natural. Muitas vezes, as pessoas plantam-na em volta da casa para afastar os insetos em geral. No uso dermatológico, esta erva pode ser utilizada tanto para eliminar furúnculos, como para clarear manchas de pele.

Atenção: Em doses elevadas, pode provocar vômitos e convulsões. Mulheres grávidas não devem fazer uso desta erva, por suas propriedades emenagogas.



O nome catinga-de-mulata deve-se ao forte perfume que esta planta exala.

Confrei

Nome Científico: Symphytum officinale
Características: Também conhecido por consólida-maior ou erva-do-cardeal, o confrei é uma planta rústica, de fácil cultivo, originária de regiões frias da Europa e Ásia. Cresce de 40 a 80cm de altura e produz grande quantidade de folhas aveludadas e compridas, de formato ovalado e pontudo na extremidade. As flores são brancas, amarelas ou lilases, mas produz poucos frutos. Suas raízes são grossas e compridas. No Brasil é cultivado em todo o país. O confrei é utilizado na fitoterapia desde a Grécia antiga.


Indicações e Usos: As folhas e raízes do confrei contêm proteínas, vitaminas e diversas outras substâncias que lhe conferem propriedades tônicas, antianêmicas, emolientes (amolecem ou abrandam uma inflamação), cicatrizantes (ulcerações da pele, rachadura dos pés e dos mamilos, afecções da boca e da garganta) e de regeneração celular. Tem amplo uso contra queda de cabelo, alcalinizando-o e eliminando a seborréia. Na homeopatia, considera-se o confrei como a arnica dos ossos, acelerando a recuperação em caso de fraturas. É utilizado também sob a forma de cosméticos. Esta erva contém um poderoso alcalóide, que acelera a multiplicação de células. Quando o objetivo é restituir um tecido, como em casos de feridas, úlceras, psoríase ou até lesões ósseas, ele age de maneira formidável.

Atenção:Quando o problema são células enfermas, esta capacidade de acelerar a multiplicação das células se torna um perigo em potencial, fazendo com que, no caso de câncer ou mesmo inflamações, ele até aumente o tamanho da lesão. O confrei deve ser usado apenas externamente.



Por atuar positivamente em casos de torções, luxações e fissuras, antigamente o confrei era conhecido como erva que "liga ossos".


 

 

Dente-de-Leão

Nome Científico: Taraxacum officinale
Características: Erva perene, originária da Europa, que possui uma grande capacidade de adaptação, distribuindo-se em quase todo o mundo. No Brasil, é encontrada de Minas Gerais até o Sul do país. Tem raiz carnosa e haste ereta, medindo de 30 a 50cm de altura, com um conjunto de flores amarelo-ouro na extremidade. Quando as flores murcham, surgem em seu lugar sementes, espalhadas pelo vento a longas distâncias. Também conhecida como amor-dos-homens, alface-de-cão, taraxaco e chicória silvestre.


Indicações e Usos: O dente-de-leão, contém vitaminas A, B e C e é uma extraordinária fonte de ferro e potássio. Tem sabor amargo, dado por uma substância que funciona como excelente depurativo para todo o organismo. Como todas as ervas, deve ser usado em pequenas quantidades, com moderação. Renova e fortalece o sangue, estimula o funcionamento do fígado e da vesícula, combate a formação de cálculos renais e a anemia, previne a gota, reumatismo e artritismo. Protege e tonifica o sistema sexual. É excelente para doenças ósseas. É diurético e dilui as gorduras do organismo. O suco de dente-de-leão, além de todas essas propriedades, também combate a hiperacidez do organismo e previne doenças das gengivas e cárie dentária. Na culinária, as folhas tenras, inflorescências e rizomas desta planta podem ser consumidos em sucos, saladas e cozimentos. Em uso externo (também na forma de chás), aliviam irritações, escamações e até vermelhidões na pele.



Há registros do século dezesseis reconhecendo o dente-de-leão como excelente erva medicinal, em especial no tratamento de problemas hepáticos.

Ruibarbo

Nome Científico: Rheum spp
Características: O ruibarbo é uma planta arbustiva originária do Tibete e da China, onde é conhecida há mais de 3000 anos. Também conhecido como ruibarbo da china. Para uso medicinal, as indicadas são as espécies Rheum palmatum e Rheum officinale. No Brasil são conhecidos outros vegetais com o nome de ruibarbo, mas que não pertencem ao mesmo gênero de plantas e são nocivos. Entre eles estão o ruibarbo-do-brejo, o ruibarbo-da-guatemala e o ruibarbo-branco.


Indicações e Usos: Entre as diferentes espécies da planta, as raízes do ruibarbo-da-china (Rheum palmatum) e do ruibarbo-medicinal (Rheum officinale) têm uso medicinal. Da espécie hortícula Rheum rhaponticum, utilizam-se só as hastes ou talos para fazer doces. Suas folhas têm ácido oxálico e são muito tóxicas quando ingeridas por pessoas e animais. Por isso, o aproveitamento do ruibarbo deve ser cauteloso. O chá das espécies medicinais é um excelente tônico para o organismo e age como purgante. É indicado nas perturbações do estômago (azias, enjôos e digestão difícil) e do intestino, nos quais atua como estimulante. No tratamento da prisão de ventre, o chá das raízes tem apresentado bons resultados por seu efeito laxante.

Atenção: Não se recomenda o uso da planta para gestantes e pessoas que sofrem de hemorróidas.



No século I A.C., os gregos importavam suas raízes do Oriente, e seu uso é mencionado nos escritos de Plínio, o Velho, no início da era cristã.


Sálvia

Nome Científico: Salvia officinalis
Características: A sálvia, salva, salva-verdadeira, salva-das-boticas ou salveta é natural da Europa e cultivada desde a antigüidade. Citada em estudos do ano 23, acreditava-se que era capaz de acabar com encantos e magias. Faz parte da mesma família da hortelã, manjericão, alecrim, poejo, entre outras. Cresce formando uma moita que varia entre 30 e 80cm de altura, com folhas ovaladas, compridas e aveludadas. As flores, em tons de violeta, rosa ou branco, surgem agrupadas em espigas e são melíferas. Toda a planta da sálvia apresenta um aroma agradável e característico, com sabor quente, picante e um pouco amargo. Sálvia, do latim slavus, significa saúde.


Indicações e Usos: Bastante utilizada na culinária, por suas propriedades aromáticas e sabor sofisticado, também é grande o seu emprego na medicina caseira. O chá é indicado nas más digestões, indisposições de estômago acompanhadas de vômito, gases e dores de cabeça resultantes desses problemas. Tomado quente, é bom para resfriados, tosses, bronquites, e acúmulo de catarro nos brônquios. Recomenda-se a mistura de seis a sete gramas do pó das folhas secas com um pouco de mel para eliminar o catarro crônico (cinco colherinhas por dia). Em chá ou tempero (em proporções moderadas), a sálvia combate o suor excessivo, a inflamação das vias urinárias e problemas na pele. Gargarejos de folhas e flores preparadas por infusão dão bom resultado contra inflamações na garganta e dificuldades de engolir. Um punhado de folhas verdes de sálvia, mastigado demoradamente e engolido sem pressa todos os dias deixa os dentes brancos e normaliza a função intestinal, além de fortificar o coração, contribuir para diminuir a glicose do sangue (sendo por isso indicada para pessoas diabéticas), perfumar o hálito e afastar as infecções da garganta. E proporcionam um alívio rápido quando esfregadas em partes do corpo picadas por abelhas, vespas, mosquitos, marimbondos etc. Recomenda-se ainda o chá forte de sálvia para escurecer os cabelos e acabar com a caspa e o banho de imersão com as folhas para aliviar o cansaço.

Atenção: Por reduzir secreções salivares, sudoríficas e principalmente lácteas, ela não é recomendada para gestantes e lactantes, nem deve ser tomada por longos períodos.



A crença popular diz que as madrinhas devem presentear seus afilhados com um travesseiro forrado de sálvia, para lhes trazer felicidade.


Segurelha

Nome Científico: Satureja hortensis
Características: A segurelha é uma erva anual originária da Europa. A planta cresce aproximadamente 30 centímetros de altura. As folhas são pequenas, estreitas, pontudas e verde-acinzentadas. As flores também são de tamanho reduzido, nas tonalidades branca, rosada ou lilás.


Indicações e Usos: De aroma intenso e sabor um pouco picante e amargo, a segurelha é muito usada como condimento na Itália, onde também se industrializa o óleo contido na planta. Na Europa, é utilizada para estabilizar a sede dos diabéticos e para tratar das cólicas, flatulências, tonturas e distúrbios circulatórios. A segurelha é popularmente identificada como eficaz nos casos ligados ao aparelho digestivo, pois tem a propriedade de facilitar e estimular a digestão dos pratos gordurosos, estimulando o metabolismo e abrindo o apetite. Excelente tônico, fortalece o organismo. Sob a forma de chás, é anti-séptica, sendo utilizada para gargarejos.



Uma das ervas aromáticas mais antigas da Humanidade, segundo a história, foi espalhada pelo mundo pelos romanos, através das legiões de César.


Tomilho

Nome Científico: Thymus vulgaris
Características: O tomilho ou timo é uma erva perene nativa da Europa e aclimatada no Brasil. É um pequeno arbusto com 10 a 30 cm de altura. As pequenas folhas, em forma de ponta de lança, são verde-cinzentas em um dos lados. Na extremidade dos ramos nascem agrupadas as flores, melíferas, rosadas ou brancas.


Indicações e Usos: Na medicina caseira, usa-se toda a planta florida; na culinária, utilizam-se as folhas e os brotos frescos ou secos e pulverizados. Atua sobretudo no aparelho respiratório e no digestivo. O chá combate cólicas, gases, diarréia, corrimento vaginal e é um ótimo desinfetante em várias doenças gastrointestinais. É comum a utilização desta herbácea no preparo de xaropes e chás contra a tosse, pois atua como calmante para os vários tipos de tosse, inclusive a da bronquite e a da coqueluche. Externamente, o banho com folhas cozidas é indicado para o reumatismo e a gota (em fricções), para crianças raquíticas e debilitadas e pessoas nervosas. É usada também em loções para feridas difíceis de curar e para anginas. Ajuda a clarear manchas causadas por acnes e infecções cutâneas. No couro cabeludo a ação do chá (por cerca de 15 minutos) diminui a queda de cabelos.



Gregos e romanos utilizavam esta erva por suas propriedades medicinais e aromáticas; no Egito e na Palestina, uma das espécies de tomilho era empregada para lavar os mortos.

Arnica do Mato


Nomes Populares Arnica do Mato, arnica vulgar, arnica do campo, erva lanceta ou federal.
Nome Científico Senecio brasiliensis Less, Solidago microglossa D.C.

Partes usadas Folhas e flores

Características
e Cultivo Mede de 30 a 60 cm., odor fracamente aromático e sabor amargo. Flores em espiga amareladas, surgem em junho, julho.

Propriedades
Medicinal

Usam-se raízes, folhas e flores para aplicações locais externas em caso de contusões, com aplicação externa de infusão (20 gramas de erva para um copo de água).-

Efeitos colaterais: Uso interno pode provocar aumento da atividade cardíaca e depressão; externamente pode provocar vermelhidão e ardor das peles mais sensíveis.


 

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