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De Periperi para o mundo: Conheça Fabiana, lateral-direita da seleção feminina de futebol

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De Periperi para o mundo: Conheça Fabiana, lateral-direita da seleção feminina de futebol
Foto: Reprodução/ Vanessa Carvalho

Fabiana da Silva Simões nasceu em Salvador no dia 4 de agosto de 1989, tem 26 anos e foi criada em Mirantes de Periperi. Começou a jogar bola desde pequena, com meninos, na escolinha de futebol do bairro em que morava e hoje, é a lateral-direita titular da seleção brasileira de futebol feminino. 


A reportagem do Varela Notícias entrou em contato com Fabiana por telefone para saber um pouco mais sobre a sua convocação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e detalhes da sua vida. “Eu comecei a jogar com meninos, na escolinha do meu bairro mesmo. Um olheiro me viu e eu fui pro Rio de Janeiro fazer um teste. Fui convocada para a Seleção Sub-20 e depois fui para a principal”, disse a lateral.


Ao ser questionada sobre o clube do coração, Fabiana foi bem-humorada, mas cuidadosa e não quis revelar para a reportagem. “Aí eu gosto do Bahia, mas eu torço para outro clube também e não gostaria de estar revelando. É uma situação complicada pra gente que vive nesse meio, né? [risos]”, comentou a jogadora.


Em uma eventual classificação para as quartas de final do torneio olímpico, Fabiana pode viver a emoção de jogar pela primeira vez na Arena Fonte Nova. “Vai ser muito bom por estar jogando na minha cidade, onde eu nasci, com a seleção brasileira. Jogando na Arena, onde eu nunca joguei, então é uma emoção muito grande”, contou.


Além de Fabiana, outras duas atletas convocadas para as Olimpíadas do Rio são baianas: a zagueira Rafaelle e a experiente volante Formiga, que inclusive está prestes a disputar sua sexta olimpíada e, além de Marta, é uma das inspirações da lateral. “Tenho certeza que ela [Marta] e a Formiga [são inspirações]. Acho que aqui tem a melhor qualidade para eu estar me espelhando do que lá fora”, frisou.


Fabiana jogou alguns anos no país, mas boa parte da sua carreira foi com experiências no exterior. Já são mais de 3 países diferentes entre América do Norte, Europa e Ásia. “Eu joguei dois anos nos Estados Unidos, na Rússia, tive uma passagem pela Suécia e agora estou na China. Deus me deu esse dom e com o futebol eu aprendi muitas coisas. Cultura, falar outras línguas, entender pelo menos. Tudo foi o futebol que me ensinou”, explicou.


A reportagem questionou Fabiana sobre sua posição. Algumas pessoas não sabem, mas Fabiana começou como atacante e no Sul-Americano de 2010, migrou para a lateral. “Eu sempre fui atacante na verdade. Eu tava no Sul-Americano em 2010 e a Maurine se machucou na final contra a Argentina. Eu estava no banco e o treinador perguntou se eu poderia fazer a lateral. Daí eu entrei no jogo, fui bem e estou nessa posição até hoje”, disse.


Para completar, a lateral-direita da seleção falou sobre sua experiência – prata em Pequim/2008 e ouro no Pan de Toronto/2015 – e o que espera dos jogos olímpicos do Rio 2016. “A experiência é muito grande. A gente bateu na trave em Pequim/2008, aprendemos muitas coisas para ter sucesso aqui no Brasil. Vamos lutar até o final. A expectativa é maior dessa medalha de ouro, mas a gente está bem tranquila em relação à isso e vamos fazer o nosso melhor”, finalizou Fabiana.