Algas no Aquário Plantado

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Blog do Dr. Fala - Algas no Aquário Plantado

O aquapaisagismo, corresponde à aplicação de conceitos de estética e arte a um aquário. Utilizando outras palavras é a jardinagem essencialmente subaquática. O aquário plantado é um ecossistema no qual todos os itens não contribuem apenas para a beleza geral do aquário, mas também atuam no equilíbrio químico e biológico que permite vida à plantas e animais.

Um aquário bem cuidado e bonito, com a presença exclusiva de habitantes saudáveis é o objetivo de qualquer aquapaisagista. Entretanto, algumas vezes, no complexo e pequeno mundo subaquático, hóspedes indesejados também podem se instalar.

As algas são os piores adversários de aquários plantados e costumam surgir em algumas situações. É importante salientar que não existe resoluções ou fórmulas exatas e milagrosas para combatê-las, sendo a melhor solução, realizar a manutenção do aquário de forma constante, além de um processo de filtragem eficiente.

Neste artigo, será apresentado algumas plantas invasoras e algumas situações que contribuem para seu aparecimento, desenvolvimento, controle e métodos de prevenção.

Barbas negras
Também conhecida no Brasil como alga peteca, no exterior como BBA e Black Brush, costuma aparecer inicialmente nas bordas das folhas de plantas mais largas e em locais de maior movimentação de água. É uma alga duradoura e sua coloração pode variar entre preto, marrom, vermelho ou verde. São algas despretensiosas e podem crescer mesmo com pouca luz. Lâmpadas fluorescentes, depois da utilização por longos períodos perdem gradualmente o brilho, causando déficit de iluminação, propiciando o seu crescimento. Outra fator que contribui para seu desenvolvimento é a falta de CO2, seja por insuficiência na quantidade dissolvida ou devido ao forte fluxo de água. Por isso, para seu controle, é importante trocas parciais de água e suspender a injeção de CO2.

Algas marrons
Em aquários recém montados, é uma das primeiras plantas invasoras a surgir. Isso ocorre devido ao ambiente não estar totalmente equilibrado, pois o sistema de filtragem biológica ainda não está operando de maneira eficaz. Outro fator que desencadeia a sua proliferação, é a baixa iluminação. Por isso, caso o aquário seja de montagem antiga, é necessário verificar se está na hora de trocar as lâmpadas, que devem ser trocadas de seis em seis meses. Além disso, as algas marrons também surgem devido à falta de manutenção de filtros, troca de água deficiente ou até mesmo a superpopulação de peixes. Para controlá-la, peixes algueiros, como o limpa-vidros irão dar conta dessa missão.

Algas filamentosas
O excesso de nitrato é a principal causa da proliferação dessas algas e afim de reduzi-la é crucial realizar diversas trocas de água (­­1/3 semanalmente). Para facilitar o processo, também é válido retirar manualmente o máximo que possível da invasora, além de podar folhas que estiverem muito acometidas. A utilização de caramujo Pomacea bridgesi auxilia para o controle da alga, tomando cuidado apenas com plantas de folhas mais frágeis.

Algas filamentosas marrons
Essas algas não se fixam com muita intensidade às plantas e também costumam aparecer em montagens recentes. Para afastar essas algas, basta sugá-las com o auxílio de mangueiras de oxigenação. Molinésia e o caramujo amarelo (Pomacea bridgesi) também servem de controle. Após algumas semanas, quando plantas e filtragem estiverem completamente estabelecidas, as algas irão regredir até que sumam gradativamente.

Algas verdes em suspensão
Formam uma espécie de névoa verde no aquário, podendo escurecer o ambiente e afetar a iluminação. Comumente aparecem devido à alta incidência solar associado a um excesso de nutrientes na água. Além desses dois fatores primordiais, o déficit de CO2 também auxilia seu desenvolvimento. A utilização de filtro ultravioleta por aproximadamente cinco dias irá contribuir para a eliminação das algas e devolver a característica cristalina da água.

Métodos de Prevenção para o aparecimento das invasoras
O método de prevenção que se tem utilizado com muito sucesso nas montagens iniciais, consiste em trocas diárias de 100% da água durante a primeira semana de montado, reduzindo para 50% na segunda semana e intercalando os dias. Em aquários estabilizados a melhor prevenção é a troca semanal de 40% do seu volume, aproveitando para sifonar toda sujeira. A limpeza de vidros, densidades populacionais adequadas, fornecimento de alimentos de qualidade, retirada de folhas mortas, trocas de água após podas e utilização de alguns peixes, auxiliam bastante na prevenção desses habitantes indesejados.

Utilização de fertilizantes
De forma geral, todas as plantas necessitam de nutrientes para se desenvolverem. Algumas absorvem esses nutrientes pelas folhas e outras plantas, absorvem os macro e micronutrientes diretamente pelas raízes. Além disso, é essencial que os fatores luz e CO2 estejam adequados.

Caso um aquário que esteja funcionando corretamente, com CO2 exato, iluminação adequada e bem dimensionada, trocas de água sendo realizadas na quantia e frequência correta, substrato fértil e, mesmo assim, algumas plantas apresentarem crescimento interrompido, folhas novas amareladas ou queda das mesmas, algo está faltando para elas e provavelmente é a falta de nutrientes. Os nutrientes são classificados em macronutrientes, que são: Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), sendo considerados os macronutrientes primários. Já os macronutrientes considerados secundários são: Cálcio (Ca), Enxofre (S) e Magnésio (Mg).

Há também os micronutrientes como o Ferro (Fe), Cobre (Cu), Manganês (Mn), Zinco (Zn), Molibdênio (M0), Boro (B) e o Cloro (Cl). Uma boa fertilização deve ser administrada com cautela para que não ocorra o surto de algas. Parte destes cuidados é observar a quantidade de plantas no aquário para ter ideia da quantidade de fertilizante que será administrada além de jamais exceder a dosagem indicada pelo fabricante.

Para aplicação de fertilizantes, é necessário testes de Fosfato (PO4) e Nitrato (NO3) antes de iniciar a fertilização do aquário, assim, pode-se saber se estão faltando macronutrientes e dar início a fertilização. Para identificar a necessidade de micronutrientes, pode ser realizado o teste de Ferro (Fe++).

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