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Entenda o que é e para que serve o exame de ácido úrico

Atualizado em: 02/02/2024 | Publicado em:

O ácido úrico (AU) é uma substância naturalmente produzida pelo organismo. Para descobrir se seus níveis estão elevados, o que pode levar a diversas complicações, realiza-se o exame de ácido úrico. Trata-se de uma análise laboratorial feita a partir de uma amostra de sangue e, se necessário, também de urina.

Neste artigo, explicamos o que é o ácido úrico, o que leva à sua alta e quais são os sintomas dessa elevação. Mostramos, também, como medir sua taxa e o que fazer em caso de elevação. Confira!

O que é ácido úrico?

O ácido úrico é uma substância, produzida pelo fígado, com baixa capacidade de solubilização. Ele resulta da metabolização (quebra) de moléculas de purina, um tipo de proteína presente, principalmente, em alimentos de origem animal.

Após serem utilizadas no organismo, as purinas degradadas se transformam em ácido úrico — do qual parte é eliminada pelos rins e parte permanece no sangue. A alta nos níveis dessa substância no sangue (hiperuricemia), um distúrbio metabólico, se deve aos seguintes fatores:

  • aumento da produção de AU pelo fígado, tanto devido à dieta, como por conta do uso de certos medicamentos (diuréticos, por exemplo);
  • diminuição da capacidade de eliminá-lo pela urina.

Quais as consequências do aumento de AU?

A consequência direta da taxa de ácido úrico elevada é a formação de pequenos cristais de urato de sódio (um tipo de sal). Esses se depositam em diversas partes do corpo, mas, principalmente:

  • nas articulações;
  • nos rins;
  • e, por vezes, sob a pele.

Dessa maneira, são importantes sinais de excesso de ácido úrico no organismo:

  • dores articulares, especialmente, nos membros inferiores (como nos joelhos, tornozelos e dedos dos pés), mas também pode ocorrer nos pulsos e dedos das mãos;
  • inchaço, aumento da sensibilidade, vermelhidão e inflamação nas articulações.

Estima-se que 25% dos homens têm hiperuricemia. Se não diagnosticado e tratado, esse distúrbio leva a problemas graves, tais como:

  • gota, um tipo de artrite extremamente dolorosa, mais comum em homens;
  • litíase, mais conhecida como cálculo renal (pedras nos rins);
  • nefropatia úrica, um tipo de insuficiência renal, que pode ser aguda ou crônica;
  • além do risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes.

Quando fazer exame de ácido úrico?

O exame de ácido úrico serve para medir os níveis de AU circulante. Sendo assim, costuma ser solicitado quando o paciente apresenta sinais de hiperuricemia.

Para que o ácido úrico fique totalmente diluído, seus níveis devem ficar abaixo de 6,8 mg/dl. Quanto mais acima desse valor, maiores as chances de formar cristais de urato.

Para realizar o exame, é preciso fazer jejum de oito horas. A análise é feita a partir de uma pequena amostra de sangue coletada do braço. Se houver o objetivo de identificar, também, a suspeita de cálculos renais, solicita-se a medição dos níveis de AU na urina.

Como tratar a hiperuricemia?

Se o distúrbio for confirmado, é necessário adotar algumas mudanças no estilo de vida. Essas devem ser indicadas pelo médico e pelo nutricionista responsáveis, com base nas condições clínicas e necessidades integrais de cada paciente. Em geral, recomenda-se:

  • reduzir o consumo de alimentos ricos em purina, como carnes vermelhas, bacon, peixes, frutos-do-mar e miúdos (fígado, rim, coração, língua, etc.);
  • evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, principalmente, as ricas em purina (como a cerveja);
  • evitar o consumo de produtos alimentícios ultraprocessados, como refrigerantes e pratos prontos congelados;
  • consumir leite e derivados, pois esses alimentos favorecem a eliminação do ácido úrico;
  • consumir mais vitamina C, presente na laranja, no morango, na acerola, no limão, etc.;
  • se houver sintomas, tomar a medicação prescrita, a qual pode ser para diminuir a produção de ácido úrico (alopurinol) e/ou para aumentar sua excreção (sulfinpirazona ou probenecida), conforme a orientação médica;
  • não se automedicar e evitar, sempre que possível, o uso de produtos diuréticos e de medicamentos anti-inflamatórios;
  • manter uma dieta saudável, balanceada e pouco calórica, visando, inclusive, a prevenção da obesidade e o controle da hipertensão e
  • beber bastante água.

Por último, mantenha seus exames de rotina em dia e, em caso de suspeita, procure um médico. O reumatologista, se houver sintomas relacionados às articulações, ou o nefrologista, se existirem sinais de alteração urinária, são preparados para definir o diagnóstico.

Para isso, além dos exames físicos feitos no consultório, o especialista solicitará o exame de ácido úrico. A partir dos resultados, poderá, enfim, indicar a estratégia de tratamento mais adequada!

Se ainda tiver dúvidas a respeito da execução do exame, entre em contato para que possamos ajudar. E para conferir outros assuntos referentes à saúde, bem-estar e qualidade de vida da família, siga o Anga no Facebook e Instagram!

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