A Semana de Arte Moderna

O surgimento do modernismo no Brasil foi marcado oficialmente pela Semana de Arte Moderna, realizada de 13 a 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Justamente no ano em que o Brasil estava prestes a completar 100 anos de independência, esse evento se tornou um divisor de águas da cultura brasileira, e se mostrou capaz de romper diversos padrões.

Neste artigo vamos falar um pouco sobre a história do modernismo, a Semana de Arte Moderna de 1922 e o impacto que ela deixou na cultura brasileira.

Como a Política Influenciou o Modernismo?

Com o centenário da independência e o recente fim da Primeira Guerra Mundial (1918), o país passava por uma série de mudanças sociais, políticas e econômicas. Inclusive, São Paulo passava por uma forte industrialização, gerando a necessidade de um novo estilo artístico.

Em 1922, a maioria dos artistas brasileiros eram descendentes de barões do café de São Paulo, que por muito tempo tiveram forte impacto na economia e política do país. Tanto que a ligação entre São Paulo, produtor de café, e Minas Gerais, produtor de leite, ficou conhecida como política do Café com leite.

Esses mesmos artistas, devido às condições financeiras de viajar para a Europa, se inspiraram no que viram no exterior para criar um estilo de arte mais brasileiro e moderno. E assim, deram origem ao Modernismo.

Inovações que Vieram com a Semana de Arte Moderna

Idealizada por grandes nomes como Graça Aranha, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, entre outros, a Semana de Arte Moderna não foi inicialmente bem aceita. Pois o público considerava as obras muito radicais, e como as obras apresentadas saiam do padrão que conheciam, não conseguia compreendê-las. Aliás, a artista Anita Malfatti foi uma das mais criticadas, recebendo críticas até mesmo do autor Monteiro Lobato.

O Homem Amarelo (1917), A Estudante Russa (1915) – Anita Malfatti

Assim como o país estava mudando, era hora de mudar os padrões artísticos conhecidos. E lutar por uma arte mais genuína, mais brasileira. Tanto que os artistas que participaram do evento se inspiraram em elementos brasileiro, além da arte europeia.

Apesar de nomeado como “semana”, o evento ocorreu realmente nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 2022, com exposições de pinturas, telas, apresentação de músicas, danças, leitura de poemas, etc.

No primeiro dia, o foco foi pintura e escultura, com espaço para participação de grandes nomes como o autor Graça Aranha; Anita Malfatti, com seu o quadro “Homem Amarelo”; e Victor Brecheret, com suas esculturas.

Já o segundo dia, dia 15/02, foi dedicado à literatura. O dia foi conduzido por Mário de Andrade, que fez um discurso intitulado A Escrava que não é Isaura. Numa referência à obra A Escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães. Além disso, Oswald de Andrade apresentou alguns de seus poemas no mesmo dia, inovando ao apresentar poesia através da declamação.

Por fim, o terceiro e último dia do evento (17/02) foi dedicado à música, com uma apresentação do carioca Heitor Villa Lobos. Por sua vez, inovando ao apresentar música por meio de concertos.

O Modernismo Além da Semana de Arte Moderna

De fato, o berço do movimento foi São Paulo. Sendo que a partir das críticas e alvoroço gerado pelo evento, o Modernismo foi crescendo no Brasil. Há quem diga, que o legado deixado pela Semana foi a “liberdade de experimentação”, outros dizem que seu legado foi o incentivo a novas formas de produção artística.

Inclusive, um dos quadros mais famosos da arte brasileira, surgiu após a Semana de Arte Moderna, “Abaporu”, 1928, obra de Tarsila do Amaral.

Abaporu, 1928 – Tarsila do Amaral

Conclusão

Neste artigo, vimos como a Semana de Arte Moderna de 1922 transformou os padrões artísticos, rompendo os laços com a arte acadêmica. Como todo processo de mudança, o evento foi apenas o pontapé inicial para a criação de um estilo mais brasileiro, baseado na nossa cultura e repleto de cores. Sem dúvidas, a liberdade de experimentação por ele proposta incentivou muitos estilos artísticos que surgiram após o modernismo. 

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