Gana – Copa do Mundo 2010 – Asamoah Gyan

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A Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, teve histórias e mais histórias para contar. O pisão de Felipe Melo, o gol de Iniesta, o frango de Green…

A seleção de Gana estava usando esta camisa em um dos episódios mais famosos desta edição: a mão de Luis Suárez.

A seleção ganesa não chegou para a disputa como uma das favoritas. Mesmo entre as seleções africanas, se dizia que a Costa do Marfim de Drogba e o Camarões de Eto’o eram os preferidos a surpreender. Esqueciam-se que Gana havia sido campeã sub-20 em cima do Brasil apenas um ano antes e tinha 4 títulos africanos no currículo.

Liderados por Asamoah Gyan, Sulley Muntari e Kevin-Prince Boateng, os Black Stars passaram de fase de forma cambaleante. Venceram da Sérvia, empataram com a Austrália e perderam para a Alemanha.

Nas oitavas, a primeira pista de que Gana podia ser uma grata zebra na Copa da África. Os Estados Unidos eram vice-campeões da Copa das Confederações e haviam dado um sufoco ao Brasil apenas um ano antes. Mas o que se viu foi uma partida muitíssimo disputada. As duas equipes criaram chances, foram para cima, queriam o gol. Boateng abriu o placar no começo, Donovan empatou no segundo tempo. Na prorrogação, o gol do ídolo Asamoah Gyan levou Gana às quartas.

De uma hora para a outra, a seleção Ganesa não corria mais por fora. Estava nas quartas-de-final, já igualando o melhor resultado já atingido por seleções africanas – casos das seleções de Camarões, em 1990, com Roger Milla; e Senegal, em 2002, com El-Hadji Diouf.

Na Copa da África, Gana passou a ser o último representante “vivo” do continente na competição.

O adversário era o Uruguai. Que chegou desacreditado, mas calou os críticos. Uma seleção perigosa.

O jogo foi tenso. Muntari abriu o placar no fim do primeiro tempo, mas Forlán empatou no começo da segunda etapa. O ataque ganês obrigou o goleiro adversário a se desdobrar, mas Richard Kingson, o arqueiro africano, também teve muito trabalho para parar Forlán, Suárez e cia.

Pela segunda fase seguida, Gana enfrentava uma prorrogação. Nervos à flor da pele. Os primeiros 15 minutos se passaram e nada. O segundo tempo começou e já se esperava uma disputa por pênaltis quando, no último lance da prorrogação, confusão na área Uruguaia. Muslera, o arqueiro uruguaio, estava rendido. Asamoah Gyan cabeceou forte de dentro da pequena área. Em cima da linha, o atacante Luis Suárez atirou no lixo qualquer senso de regra do futebol e botou a mão na bola.

APTOPIX South Africa Soccer WCup Uruguay Ghana

Não houve dúvida: Pênalti. Luis Suárez expulso. No último segundo da prorrogação, Gana tinha a maior chance da história do futebol africano. A um pênalti de se tornar a primeira seleção da áfrica a se colocar entre os quatro primeiros colocados de uma Copa do Mundo. Nas arquibancadas, o povo sul-africano apoiava, obviamente, os ganeses.

Na batida, Asamoah Gyan. Maior artilheiro daquela seleção. Ídolo do futebol ganês. Gyan bateu…

No travessão. Por milímetros, foi pelo ralo a grande chance. A partida foi para os pênaltis. Asamoah Gyan se apresentou como primeiro batedor da sequência. Chamou a responsabilidade. E, desta vez, converteu. Mas o golpe psicológico foi grande para os ganeses. Perderam duas cobranças. E o Uruguai passou para as semifinais.

Luis Suárez se tornou não só um dos grandes personagens desta Copa do Mundo como também um dos maiores heróis do Uruguai.

O jogador

Na minha camisa, pus o nome de Asamoah Gyan –  um dos grandes heróis do futebol ganês. Mesmo tendo perdido uma chance tão única, não se abalou. Foi valente, chamou a responsabilidade minutos depois e converteu sua cobrança.

A carreira de Gyan foi marcada por passagens por clubes médios. Jogou pelo Rennes, na França; e pelo Sunderland, na Inglaterra. Já jogou também na Udinese, na Itália. Hoje, aos 27 anos, está no Al Ain, dos Emirados Árabes. Nunca se destacou muito pelos clubes onde passou, mas é presença certa nas convocações da seleção nacional e ídolo do povo de Gana.

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