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Uma prancha de surf com asas: a febre do Wing foil no Brasil

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Uma prancha de surf com asas: a febre do Wing foil no Brasil
Luciano Ribeiro Luciano Ribeiro

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O wing foil é a nova sensação dos esportes aquáticos no Brasil. E não são poucos os surfistas e velejadores que estão trocando seus equipamentos por uma asa inflável, uma prancha e quilhas. Mas de onde surgiu essa nova modalidade e onde é mais praticada?

O Wing foil nasceu na Ilha de Maui, no Havaí, em 2016. A ideia surgiu quando um grupo de surfistas e windsurfistas percebeu que poderiam usar asas infláveis em uma prancha para “voar” sobre a água.

A partir daí, começaram a aprimorar a técnica e a desenvolver equipamentos específicos para o wing foil. Hoje em dia, o wing foil é praticado em todo o mundo, mas é na França que ele ganhou maior popularidade.

Isso porque os ventos fortes e as águas tranquilas do Mediterrâneo, tornam as condições ideais para a prática. Além disso, o país europeu foi o berço da indústria do windsurf e do kitesurf, o que fez com que muitos atletas e empresários do setor se interessassem pelo novo esporte.

No Brasil, o wing foil chegou em 2018, mas só começou a ganhar mais praticantes a partir de 2020, durante a pandemia da COVID-19. Com as praias vazias e sem competições, muitos surfistas e windsurfistas viram na nova modalidade uma oportunidade de experimentar algo diferente.

Hoje, as praias de Jericoacoara, no Ceará, e de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, são os principais destinos para a prática do wing foil no Brasil. Ambas as cidades oferecem ventos fortes e águas calmas, ideais tanto para os iniciantes quanto para os mais experientes. 

Búzios, na Região dos Lagos Fluminense, é outro lugar que vem ganhando cada vez mais adeptos. “Há dois anos, era raro ter aluno de wing foil. Hoje eles já são a maioria”, diz Ricardo Winick, o Bimba, melhor atleta medalhista do windsurf brasileiro, que mantém uma escola em Búzios. 

“Antes todos procuravam apenas o kitesurfe. Mas logo perceberam que o wing foil é mais prático: o equipamento é mais leve, mais fácil de carregar e você não precisa de ajuda. Além disso, todos podem velejar com menos vento”.

Mas quanto tempo leva para um iniciante aprender? Depende muito da habilidade prévia do praticante. Para aqueles que já têm experiência em esportes aquáticos, como o surf ou o windsurf, a curva de aprendizado é mais rápida, podendo levar de uma a duas semanas para começar a voar. 

Já para os iniciantes que nunca tiveram contato com esse tipo de esporte, pode levar cerca de um mês ou mais para começar a deslizar sobre a água.

Em São Paulo, a Tempo Wind Clube, na Represa de Guarapiranga, tem concentrado a maior parte dos alunos da capital.

De acordo com Ricardo Munhoz, dono do lugar, o aumento na procura é expressivo. “Há seis meses, eu contava quatro praticantes de wing foil num fim de semana. Em março, já haviam mais de 16 pessoas praticando o wing”.

A sensação de voar sobre a água é única e faz com que muitos se apaixonem pela modalidade. Com a popularidade crescendo a cada dia, o wing foil promete ser o novo queridinho dos esportes aquáticos no Brasil e no mundo. 

Se tratando do aspecto físico, é um esporte que exige muito do corpo, especialmente dos músculos do abdômen, das costas e dos braços. Isso porque o praticante precisa controlar a prancha com os pés e a asa com as mãos, ao mesmo tempo em que equilibra o corpo em cima da prancha.

Para praticar o wing foil, é necessário ter alguns equipamentos específicos, como uma prancha pequena, uma asa inflável e o jogo do foil. Além disso, é importante usar um colete salva-vidas e um leash para garantir a segurança do praticante.

“A prancha do wing foil é bem diferente da prancha de surf ou de windsurf. Ela é mais curta e larga, o que garante a estabilidade necessária para deslizar sobre a água com a asa. A asa inflável é controlada pelas mãos e tem um formato que lembra o de um pássaro em voo. A quilha é importante para garantir a estabilidade da prancha”, diz Ricardo.

Como podemos ver, apesar de Jericoacoara e São Miguel do Gostoso serem os principais destinos para a prática do wing foil, há também opções para quem mora em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outros lugares do Brasil. Não só lugares com praias, mas também com represas e rios.

E você, já pratica ou ficou com vontade de aprender? Procure saber se existe algum lugar que ofereça a prática perto de você e faça acontecer. E, se você gostou do assunto, compartilhe nas suas redes sociais, com os amigos, familiares ou quem mais merece saber.


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