Mariana Assis Rocha — a primeira pessoa a testar o Bolt Flying Carpet

28/04/2023

bolt flying carpet

A Bolt tem carros, trotinetes e bicicletas elétricas partilhadas para ajudar a resolver os problemas das cidades. Mas, às vezes, temos de puxar pela imaginação para pensar noutras invenções mágicas com o potencial de melhorar as nossas cidades.

Foi assim que construímos o protótipo do Bolt Flying Carpet e convidámos a Mariana Rocha Assis, campeã nacional de surf e a campeã mundial de surfskate, para o testar. Quisemos falar com ela para saber mais sobre a vida dela, a carreira e a experiência a andar no revolucionário Bolt Flying Carpet.

1. Olá, Mariana! Fala-nos um pouco de ti.

Olá! O meu nome é Mariana Rocha Assis e sou do Estoril. Comecei a surfar quando tinha 9 anos na Praia da Poça, em Cascais, e a competir noutros países aos 10 anos. Os pontos altos da minha carreira de desportista foram o Campeonato Mundial de Surfskate em 2017 e o Campeonato Nacional [de surf] em 2016.

No meu mundo paralelo, licenciei-me em Marketing e Publicidade no IADE [em 2020] e atualmente sou Team Manager e editora de vídeo na SmoothStar.

2. Vamos fingir que somos os teus melhores amigos. Como é que te descreverias enquanto pessoa?

Na verdade, fiz essa pergunta à minha melhor amiga para ter a resposta mais verdadeira possível. 😄

“A palavra que melhor descreve a Mariana é gladiadora. É a pessoa que conheço com mais lesões, mas não é isso que a faz ter medo de correr riscos. Não há nada que a pare ou que lhe tire ambição. A Mariana prefere testar os limites do que ficar na zona de conforto dela. Parece que é essa a missão dela no planeta Terra.”

3. Como é que começou a tua vida de atleta e quem foi a tua maior inspiração?

Foi o meu avô que me inspirou a ser surfista, apesar de ele nunca ter sequer experimentado surfar. Mas vivia em frente à Praça da Poça e compreendia a cultura do surf. A certa altura, fizemos um “contrato” entre nós que dizia que, se eu quisesse ser surfista, teria de surfar todos os dias durante um ano, mesmo quando não me apetecesse.

Com ele, aprendi o que era autodisciplina e ser fiel às regras. “Assinei o contrato”, e isso motivou-me a treinar todos os dias. O meu avô também me ensinou que as nossas escolhas têm influência no nosso futuro e que devemos fazer aquilo de que gostamos e dar sempre 100%. Depois disso, juntei-me à Surftechnique, uma escola de surf criada pelo David Raimundo e pelo Nuno Telmo, onde ainda estou.

O skate apareceu mais tarde, aos 14 anos, mas sempre o encarei como um hobby paralelo. No entanto, em 2017, os meus patrocinadores propuseram-me competir e correu bem… ganhei! Em suma, tenho 25 anos e já viajei pelo mundo inteiro, mas também fiz outra coisa muito importante — nunca parei de estudar.

4. O que é que o surf te dá? Mudou-te enquanto pessoa?

O surf deu-me a vida que tenho hoje. Tenho a sorte de já ter visitado 5 continentes, descoberto várias culturas e conhecido pessoas que se tornaram amigas para a vida.

Além disso, ensinou-me a apreciar o sabor da vitória, mas também tive de gerir várias derrotas e de aprender com os meus erros. E, claro, levou-me a trabalhar com as melhores marcas do mundo do skate e do surf e, agora, com a Bolt. Orgulho-me imenso disso!

5. Vamos falar sobre a comunidade feminina do longboard. Dirias que cresceu? Porquê?

Sim, não há dúvida de que a comunidade feminina do longboard cresceu imenso. Durante muitos anos, o skate era considerado um desporto de homens e, por isso, não havia muitas mulheres a praticar.

Hoje em dia, é normal ver as miúdas a andar de skate e isso dá-lhes força. Acho que este crescimento da cultura do skate (tanto para homens como para mulheres) também se deve ao facto de se ter tornado um desporto olímpico. Na verdade, foi o quarto desporto mais comentado durante os Jogos Olímpicos.

6. Tens algum conselho para as raparigas que querem começar a andar de skate, mas que precisam de um empurrãozinho?

O meu grande conselho é: procurem um treinador ou mentor que vos possa ensinar a andar de skate e, claro, a cair. As quedas são especialmente perigosas se não soubermos cair. Além disso, hoje em dia, imensas comunidades de longboard femininas apoiam-se umas às outras, por isso, também recomendo que se juntem a uma.

7. Andar de skate requer um planeamento urbano que nos dê espaço para nos movermos em liberdade. Qual é a tua cidade preferida para andar de skate?

Adoro a minha cidade natal, Cascais. Ando imenso de skate entre São João do Estoril e Cascais, que é uma distância de cerca de 4 km. Posso fazer o percurso todo ao lado da praia e do oceano.

Quanto a outras cidades europeias, gosto imenso de Amesterdão. Adoro andar de skate lá porque é tudo plano e as infraestruturas dão prioridade às bicicletas e não aos carros. É um destino de sonho para quem prefere meios alternativos ao carro.

8. Ainda tens 25 anos, mas já criaste e geres uma ONG. Fala-nos sobre isso.

A organização chama-se Sufistas Orgulhosas na Mulher d’África (SOMA) e tem como objetivo dar poder às mulheres e combater as desigualdades de género e a gravidez precoce nalguns países africanos através do surf.

Criei a SOMA há três anos e já trabalhamos em quatro territórios. Num ano, conseguimos ajudar 90 raparigas e fazer duas intervenções com 384 horas de surf e 144 horas nas salas de aula da SOMA.

O programa foi feito para estimular uma maior autoestima e capacitar as raparigas do ponto de vista verbal e social. Além do surf, o programa:

Contém uma componente de psicologia: uma vez por semana, as meninas do SOMA têm uma sessão de psicoterapia em grupo onde aprendem a identificar e exprimir emoções, a procurar ajuda e a lidar com traumas.

Oferece apoio académico: criada para cultivar o amor pela aprendizagem e aumentar a taxa de sucesso nas escolas, a nossa sala de aula é um espaço onde as raparigas podem estudar, fazer os trabalhos de casa e desenvolver capacidades de aprendizagem úteis para a vida.

Dá força às raparigas: uma vez por semana, a SOMA organiza atividades para promover a autoestima e a confiança, como debates sobre o papel das mulheres, educação sexual e workshops.


9. Atleta profissional, com um trabalho a full-time, geres uma ONG… como é que encaixas tudo no teu dia?

Normalmente, acordo às 7 e trabalho até à hora de almoço. Arranjo sempre um tempinho para surfar e, se der, andar de skate. Depois trabalho outra vez até às 8. No fim de contas, acho que o segredo é eu não sentir que nada do que faço é trabalho.

10. Chegámos à pergunta final… o que é que te fez experimentar o Bolt Flying Carpet e participar no vídeo?

Para ser franca, não costumo trabalhar com marcas que não me patrocinam. Mas quando recebi o convite, pensei “quero participar nisto!” Não só porque a Bolt é uma marca que uso no meu dia–a-dia, mas também porque os valores da marca estão em sintonia com os meus.

Tenho todo o gosto em apoiar projetos com impacto na sustentabilidade e na inovação e que pensam completamente fora da caixa, como este. Além disso, foi divertido andar no tapete mágico pela cidade. Fez imensa gente parar e tirar os fones para me perguntar se podiam experimentar. 😄

Cidades do futuro

No entanto, não precisas de um Bolt Flying Carpet para te deslocares de forma sustentável. Temos uma série de alternativas aos automóveis particulares para te ajudar a viajar de forma segura e confortável sempre que precisares.Queres saber mais sobre a nossa missão? Descobre como é que estamos a fazer cidades para pessoas e não para carros.

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