Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
logo-1.svg

Produção de resina gera emprego/renda em Capão Bonito e região

BOM MOMENTO DA RESINAGEM – Nos últimos tempos, o preço da resina de pinus mais que dobrou e chegou a um patamar que os produtores não imaginavam. Assim, o que é retirado das árvores está ficando cada dia mais valorizado.

“E foi rápido, né? Em questão de um ano, aumentou quase duas vezes e meio o valor, algo que estava perto dos R$ 3 mil a tonelada. Hoje tá R$ 7 mil”, comenta o produtor Marcelo Cunha.

Este lucro é muito bem-vindo aos produtores da região de Itapetininga, que, junto com o Vale do Ribeira, têm a maior plantação de pinus de São Paulo. O estado concentra quase 60% da extração de resina de todo o país.

Em uma propriedade localizada em Capão Bonito, são 50 hectares com as árvores da espécie Elliot. A maioria foi plantada no começo dos anos 2000 por Edielson. “O patrão comprou aqui e falou ‘faz do seu jeito’. Chegamos aqui, começamos a plantar e hoje está essa floresta”, conta.

De empregado, Edielson virou gerente e viu a propriedade mudar de dono. Dessa forma, também colocou a esposa e um enteado na atividade. E, nesse tempo todo, as árvores que ele plantou continuam produzindo.

A resina começa a ser extraída oito anos depois do plantio da muda e sai por cortes chamados de “estrias”, que são feitos de dez em dez dias em cada árvore.

Os pés demoram cerca de cinco anos para chegar no alto. Então, é feita a resinagem de outra parte da árvore. No total, a produção pode durar 15 anos até o corte do pinheiro.

De acordo com o engenheiro agrônomo e especialista em resinagem Ricardo Lacerda Soares, o aumento da produção no Brasil veio em boa hora.

A China, que chegou a produzir um milhão de toneladas por ano, reduziu a extração para cerca de 600 mil. E o Brasil, que produzia 100 mil, aumentou para 400 mil toneladas e agora exporta para a própria China.

Depois da plantação, a resina vai para tambores de 200 quilos. Uma parte é exportada e a outra é vendida para indústrias, como uma localizada em Campina do Monte Alegre (SP). Lá, são entregues cerca de duas mil toneladas por mês.

No local, a resina é separada em dois derivados: a terebintina e o breu. O primeiro processo para isso é a filtragem. A resina passa por diferentes máquinas para retirada das impurezas. A separação dos componentes começa a ser feita em um decantador. Depois, é realizada a destilação. O processo de qualidade é rigoroso em todo o caminho.

Somados os dois produtos, são exportadas 15 mil toneladas por ano, fora o que o mercado interno absorve. “Depois do trabalho que conseguimos aqui, mandamos para todos os continentes”, revela o dono da indústria, Augusto Ângelo Neves.

O proprietário da indústria ainda conta que o preço da goma resina também surpreendeu quem precisa comprar o produto e que fez muita gente entrar no negócio.

“A margem de porcentagem continua a mesma. Por outro lado, criou instabilidade, mas o sol está aí para todo mundo”, finaliza.

Produção de resina passa por bom momento — Foto: TV TEM/Reprodução

FONTE: Programa Nosso Campo, TV TEM

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp