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Biografia do Joan Miró: vida e obras do artista

Você sabe quem foi Joan Miró? Estamos falando aqui de um pintor, escultor, ceramista e até mesmo gravador de naturalidade espanhola. Ele foi responsável por criar uma linguagem artística própria, retratando de uma forma primitiva, ou até mesmo como uma criança faria, a natureza e tudo que ela compõe.

Quando falamos de Surrealismo, ele foi uma das grandes figuras que se destacaram neste meio.

Joan Miró foi uma grande personalidade para o mundo artístico, por isso conhecer mais sobre sua história é uma forma de valorizar seu trabalho e passar a entender um pouco mais de como foi sua vida.

Com isso, aproveite para conhecer um pouco mais sobre a biografia de Joan Miró. Vamos lá?

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Biografia do Joan Miro

Joan Miró nasceu no dia 20 de abril de 1893, na famosa e bela Barcelona – Espanha. Seus pais eram Miquel Miró Adzerias e Dolores Ferrà. Joan mostrou que tinha gosto pela pintura e pela arte em si quando ainda era muito novo, tendo até mesmo entrado na Escola de Belas Artes de Barcelona.

Infelizmente, quando o pequeno Joan Miró tinha ainda apenas 14 anos de idade, ele acabou tendo que abandonar seus estudos de artes por conta da pressão que recebeu de sua família – que não apoiava tanto assim esse lado artístico do jovem.

Com isso, ainda em sua juventude, Joan passou a realizar seus estudos de comércio e também começou a trabalhar como balconista de uma farmácia – o que durou cerca de 2 anos. Tudo isso foi interrompido quando ele acabou sofrendo com uma crise nervosa, sendo obrigado a voltar para a casa de sua família e tentar superar esse momento difícil.

Não se sabe ao certo o porquê, se foi por ver a infelicidade do filho ou como as coisas não andaram muito bem desde então, mas os pais de Joan Miró permitiram que ele voltasse a se dedicar aos estudos de artes.

Portanto, no ano de 1912, aos 19 anos de idade, ele pode voltar para Barcelona e passou a estudar na Academia de Artes – que na época era comandada por Francisco Galí, responsável por apresentar a Joan grandes tendências européias da época.

De 1915 até o ano de 1919, Joan passou a viver tanto em Mont-Roig quanto em Barcelona. Neste meio tempo (1918), ele teve a oportunidade de realizar a sua primeira exposição individual, um grande marco.

No ano de 1919, decidiu ir para Paris e foi lá que teve a honra de conhecer o artista Picasso e pode conhecer mais sobre o Fauvismo e o Dadaísmo – que eram grandes tendências modernistas na época.

Pouco tempo depois, ainda no início dos anos 20, Joan Miró teve a oportunidade de conhecer André Breton, que era ninguém menos do que o próprio fundador do movimento que Miró iria se destacar pelo resto da história – o Movimento Surrealista.

Alguns anos depois, no ano 1924, Joan Miró passou a incluir referências surrealistas em suas pinturas. Os símbolos eram simples frutos de seu subconsciente, criando imagens surrealistas e fantásticas.

É possível identificar os grandes destaques deste período da vida de Miró, que são as seguintes telas: Maternidade (1924) e O Carnaval de Arlequim (1924-1925).

Aos 33 anos de idade, ele pode participar de sua primeira exposição dentro do Surrealismo, e dois anos depois acabou vendendo duas de suas telas para o Museu de Arte Moderna. Ainda neste mesmo período, pintou mais duas telas na Holanda.

Na chegada da década de 30, Joan Miró já era uma figura famosa em todo o mundo, estando sempre presente em exposições francesas e americanas.

Chegou a ilustrar alguns livros, criou cenários para apresentações de balé e começou a demonstrar um grande interesse em gravuras, colagens, etc.

The Ladder of Escape (1939)

The Ladder of Escape é um de seus quadros mais conhecidos até hoje, e retrata uma época conturbada na vida não só de Miró como de todos que viviam na Espanha.

Foi na segunda metade da década de 30 que eclodiu a Guerra Civil Espanhola, que duraria cerca de 3 anos, e muito disso foi retratado nas artes de Joan Miró.

Os horrores da guerra não podiam ser ignorados e ele expressava tudo isso através da arte. Durante esse período, ele passou a pintar cartazes com propagandas políticas e ainda criou o painel que ficou conhecido como O Ceifeiro.

Esse painel foi apresentado ao lado do painel de Pablo Picasso, o Guernica, ficando exibido no pavilhão da Exposição Internacional de Paris.

Quando começou a Segunda Guerra Mundial, Miró acabou retornando para Barcelona e, por lá, produziu alguns de seus quadros mais famosos.

No ano de 1944, quase chegando o fim da guerra, ele fez alguns trabalhos em cerâmica e até mesmo escultura. Também ficou encarregado de produzir alguns murais que iriam para o edifício da UNESCO, na cidade de Paris, e também para a grandiosa Universidade de Harvard.

Através de suas viagens pelo mundo, Joan pode conhecer muitas ideias e estilos artísticos, e isso foi contribuindo para a sua própria arte que sofria alterações cada vez que algo o impressionava. Um exemplo é quando ele realizou algumas viagens para os EUA e pode conhecer mais sobre o Expressionismo Abstrato.

Joan Miró chegou a conquistar um prêmio de gravura, concedido pela Bienal de Veneza. Isso ocorreu em 1954, e dois anos depois passou a morar na ilha de Mallorca. Realizou suas instalações por lá, bem na cidade de Son Abrines.

Outro prêmio foi concedido a ele, dessa vez por conta daquele mural que ele produziu para o edifício da UNESCO – que ficou em exibição junto da obra de Picasso. O prêmio foi o “Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim”.

Miró se tornou tão importante através de sua arte, que em 1963 foi realizada uma exposição inteiramente dedicada às obras dele no Museu Nacional de Arte Moderna de Paris.

Alguns poucos anos antes de sua morte, Joan ainda teve a honra de criar a Fundação Miró, que fica na cidade de Barcelona.

Com a chegada dos anos 80, veio também a sua Medalha de Ouro de Belas Artes, vindo do rei Juan Carlos.

A morte de Joan Miró

O pintor Joan Miró morreu no dia 25 de dezembro de 1983, na região de Palma de Mallorca, que fica na Espanha. O motivo da morte foi uma doença cardiovascular.

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