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Treinador assume culpa por doping e abandona a carreira

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Técnico da Seleção Brasileira de atletismo, Jayme Netto Jr. anunciou que não irá mais trabalhar com esporte de alto rendimento. A decisão foi motivada pelo doping de seis atletas da equipe Rede de atletismo, polêmica na qual o treinador admitiu ter sua parcela de culpa.



"O atletismo acabou para mim. Não tenho condições de enfrentar esse esporte. Não consigo mais encarar as pessoas", comentou o treinador, em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira em Bragança Paulista. "Fui a cinco Mundiais e a 10 Olimpíadas. Estou muito decepcionado comigo mesmo", afirmou.

De acordo com o treinador, a substância EPO foi injetada em cinco atletas por sugestão de Pedro Balikian Jr., supervisor do departamento de fisiologia da Unesp. A substância serviria para favorecer a recuperação física dos competidores e não estaria em quantidade suficiente para ser detectada em exames, não sendo caracterizado, portanto, o doping.

"Tive culpa em acreditar na palavra dele", comentou Netto. Os atletas, inclusive, não sabiam que estavam utilizando EPO - eles achavam que era um aminoácido. "Não estou condenando o Balikian e ficaria feliz se ele falasse que também se enganou", emendou.

Pegos no exame, Bruno Lins Tenório de Barros, Jorge Célio da Rocha Sena, Josiane da Silva Tito, Luciana França e Lucimara Silvestre estavam treinando na Alemanha, mas já estão de volta ao Brasil - também pega no doping, Lucimar Teodoro não teve a substância divulgada. Devido ao problema, eles não poderão participar do Mundial da modalidade, que será realizado neste mês em Berlim.

Todos agora aguardam a análise das amostras "B" (contra-prova). Se confirmado o resultado positivo, eles estarão sujeitos às punições impostas pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf).
 

Fonte: Terra
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