Dante revela surpresa de europeus com decadência da seleção brasileira

Paulo Passos

Do UOL, em Goiânia

06/06/201314h29

Wander Roberto/VIPCOMM

Dante, zagueiro do Bayern de Munique, participa de treino da seleção

A amarga 22ª posição do Brasil no ranking da Fifa é motivo de surpresa para os europeus, segundo o zagueiro Dante, que atua no Bayern de Munique. O jogador revelou nesta quinta-feira que seus colegas de clube o questionam sobre uma "decadência" da seleção brasileira. Depois de ficar por meses na 19ª posição, o Brasil caiu mais três postos e chegou ao sua classificação mais baixa no ranking, criado em 1993.

"Eles (europeus) ficam surpresos pela decadência, mas o respeito continua", afirmou o zagueiro da seleção. "Eu acho que com a queda no ranking todos se perguntam o porquê da decadência da seleção brasileira no momento. Mas isso é só o momento. O respeito continua lá. Eles sabem quem é todo mundo, o Neymar, o Júlio César e outros jogadores", completou.

Destaque na temporada do Bayern de Munique, Dante é uma das apostas de Luiz Felipe Scolari na seleção. O zagueiro foi chamado para o time pela primeira vez pelo técnico. No último domingo, ficou no banco de reservas, mas já jogou com a camisa do Brasil na estreia da era Scolari, contra os ingleses, em Wembley.

Empolgado com a boa temporada na Alemanha, Dante adota um discurso positivo na seleção. Ele minimiza o quadro atual no ranking e crê que com o tempo, a seleção irá recuperar o seu espaço no cenário internacional.

"Temos tudo para recuperar antigo status. O mais difícil temos, que são jogadores de grande qualidade. Falta se ajeitar. Estamos fazendo isso. Os jogadores estão trabalhando nos treinos. Estamos melhorando a cada dia. Temos qualidade e autocrítica", avaliou o zagueiro.

O ranking da Fifa é liderado pela campeã do mundo, a Espanha (1614 pontos). A sensação Alemanha (1416), que viu Bayern de Munique e Borussia Dortmund disputarem a final da Liga dos Campeões, vem em segundo. A Argentina (1287) completa o "pódio".

No top 10, ainda aparecem Croácia, talvez a maior surpresa, Holanda, Portugal, Colômbia, Itália, Inglaterra e Equador.

O Brasil terá, no mínimo, três jogos em que poderá pontuar para melhorar sua posição durante o mês de junho, com a disputa da Copa das Confederações. Será a primeira competição oficial da seleção desde a Copa América de 2011.