Jonathan Tehau ajudou o Taiti a ganhar sua Copa do Mundo. A seleção tinha como meta fazer um gol na Copa das Confederações e atingiu seu objetivo com a cabeçada certeira do camisa 17 na partida desta segunda-feira contra a Nigéria, no Mineirão. O meio-campista revelou o que passou por sua cabeça logo após o feito histórico.

"No momento em que fiz o gol, não consegui pensar em nada, só em comemorar à altura com o time todo. Era algo inédito para o nosso país, e estou muito contente por ter marcado o gol e a história do futebol taitiano com os meus companheiros", afirmou Jonathan em entrevista ao site da Fifa.

A Nigéria goleou por 6 a 1, mas o resultado foi o menos importante para quem esteve no Mineirão. O Taiti ganhou a simpatia dos torcedores e os jogadores do elenco compartilharam a alegria de Jonathan. "O gol foi dele, mas todo mundo participou de alguma forma. Essa é a base dos esportes coletivos, não? Mas o mais importante, o que desejamos recordar e que desejamos que o mundo recorde, são os nossos valores, o nosso espírito combativo, o nosso espírito de equipe. Não desistimos nunca. Jogamos com o coração", comentou o goleiro reserva Mikaël Roche.

Apenas um jogador do Taiti é profissional: Marama Vahirua, que atua no Panthrakikos-GRE. Os demais conciliam os treinos com suas jornadas de trabalho. Jonathan, por exemplo, trabalha como entregador. Sua alegria pelo gol o faz esquecer do gol contra que marcou durante o jogo. "Aquele lá dá para esquecer, certo?", brincou.

Nicolas Vallar, capitão do Taiti, reconhece a fragilidade do time, mas admite que a equipe poderia ter feito outro gol na estreia. "O gol do Jonathan foi inesperado e dá esperança, mas sabemos que não vamos aprontar uma surpresa para cima dos espanhóis. Mas fazer um gol contra a Nigéria nos deu asas. Aliás, acho inclusive que poderíamos ter feito outro gol, com um pouco mais de objetividade. O Jonathan poderia ter marcado dois", completou.