Jogador mais novo da atual seleção brasileira, Bernard, 21 anos, entrou numa "fogueira", como costuma classificar o técnico Luiz Felipe Scolari, nesta quarta-feira, contra o Uruguai. O meia-atacante substituiu Hulk, quando o jogo estava empatado em 1 a 1 e ajudou o Brasil a mudar a partida e recebeu elogios do chefe.

Um dia após a vitória que classificou a seleção para a final da Copa das Confederações, Bernard falou, com sua voz baixa e jeito tímido, sobre as mudanças que teve num mês de trabalho e convivência na seleção.

"Chegou aqui um Bernard tímido, com um futebol diferente, por estar acostumado com ritmo de jogo diferente. Tentei acostumar com essa situação. Eu tentei absorver tudo o que eu pude. Acho que isso é um fator que fez com que eu pudesse melhorar a visão dos outros", afirmou o jogador do Atlético-MG.

Após a partida, Bernard recebeu elogios de Felipão. "A gente tem que amadurecer ele. Ele é muito bom. Entra no jogo, não sente. É fantástico", disse o técnico.

Bernard vem recebendo oportunidades no time de Scolari desde o amistoso contra a Inglaterra, dia 2 de junho, no Maracanã. Desde então, vem se alternando com Lucas, como opção do treinador no segundo tempo dos jogos.

"É uma disputa sadia. Da mesma maneira que existe uma busca de espaço com ele, existe com outros companheiros. O Felipe tenta colocar o que ele acha melhor nas partidas. Essa disputa é normal, existe aqui e nos clubes", afirmou Bernard.

O Brasil volta a treinar nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. No domingo, o time jogará a final da Copa das Confederações, no Maracanã.