FELICIDADE EM MOVIMENTO | O que é felicidade e onde podemos encontrá-la!

Pesquisas publicadas recentemente relacionam a tristeza, ou epidemia de depressão, à uma busca incessante pela felicidade. Como os ideais de felicidade estabelecidos pelas pessoas parecem a cada dia mais inacessíveis, a tristeza seria resultado da frustração que surge ao não conseguir-se alcançar a meta.

No entanto, a felicidade é uma das qualidades inatas de todo o ser humano, é uma das bases da expressão humana, e buscá-la é algo tão natural quanto procurar qualquer coisa valiosa que possuímos, mas que, por alguma razão, não está disponível em nosso dia a dia.

Logo, a questão não é buscar ou não a felicidade. Não se trata de nos acomodarmos numa zona de conforto que inclui a infelicidade como parte da cesta básica existencial. A questão é entender o que é felicidade, e onde podemos encontrá-la.

Felicidade não tem nenhuma relação com o arroubo emocional com o qual muitas vezes a relacionamos. Felicidade é simples, se manifesta de forma natural, e está relacionada a um estado de bem-estar geral, de estar de bem com a vida, de apreciação pelo fluxo natural dos eventos, com a capacidade de estar aqui e agora, focado no único tempo real – o presente.

E, principalmente, felicidade nunca será encontrada fora de nós, nas coisas, nos eventos, nas companhias. Sim, é possível ser feliz sozinho, e sem que nada extraordinário esteja acontecendo à nossa volta. Porque somos felicidade. Esta energia faz parte da energia primordial que define a experiência de ser. E basta olharmos para dentro de nós, acessarmos esse reservatório de energia positiva que possuímos internamente, para que ela se manifeste com força, naturalmente.

A meditação é um convite para esse mergulho, para experimentar as profundezas do ser original, e desbravar as energias positivas que compões a essência desse ser.

Não deixe de querer ser feliz. Você é naturalmente feliz. Mas, procure no lugar certo, e você se surpreenderá. A sua felicidade é na medida certa da sua procura!!

No entanto, obviamente um estado interno de felicidade acaba se expressando naturalmente em nossa forma de viver, ou seja, naquilo que valorizamos, e principalmente naquilo que nos empenhamos a promover para que os outros também possam desfrutar.

Em 1972, o rei do Butão, um país no oriente, criou o FIB – Felicidade Interna Bruta, como uma forma de indicar o crescimento do país sem considerar apenas o aspecto econômico, mas levando em consideração conceitos culturais, psicológicos, espirituais e ambientais. Recentemente, o FIB foi incluído entre os indicadores das Nações Unidas.

A ONU, com o apoio de diversos intelectuais reconhecidos mundialmente, recriou o conceito de FIB para ser aplicado como forma de medir o desenvolvimento de comunidades.

A Felicidade Interna Bruta é composta de 9 dimensões: Bem-estar psicológico; Saúde; Educação; Cultura; Governança; Meio Ambiente; Padrão de Vida; Uso do Tempo e Vitalidade Comunitária

O índice possui uma abordagem multidimensional, que visa atingir o equilíbrio entre as necessidades atreladas ao bem-estar material, espiritual, emocional e cultural presentes na sociedade. O conceito é pautado na crença de que felicidade pode ser alcançada por meio do equilíbrio das necessidades do corpo e da mente em um ambiente seguro e tranquilo. Diferente do sentimento momentâneo que sentimos quando algo bom acontece, pois este é passageiro e também individual.

Texto publicado originalmente no site www.movimentopelafelicidade.com.br