O artista plástico Gustavo Rosa morreu na última terça-feira, dia 12 de novembro, aos 66 anos, de acordo com o hospital Albert Einstein. Internado desde o dia 24 de outubro, ele faleceu em decorrência de uma obstrução intestinal. O artista lutava há mais de dez anos contra um câncer no pâncreas. O velório acontece nesta quarta-feira (13/11) na Assembleia Legislativa de São Paulo e seu corpo será cremado amanhã após cerimônia de despedida ao meio dia, no Cemitério e Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra.
Desenhista, ilustrador e pintor, Gustavo Rosa foi um dos artistas mais criativos de sua geração. Criou uma linguagem própria e dizia não seguir nenhuma escola ou tendência específica. Seus desenhos coloridos, com personagens de traços arredondados e tom humorístico retratavam cenas do cotidiano e uma aparente simplicidade da realidade.
Nascido em 1946, em São Paulo, Gustavo Rosa começou a pintar aos 16 anos e já em 1966 participou de uma exposição coletiva na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Ganhou o prêmio de pintura e viajou para a Europa. Dois anos depois, ele participou do Primeiro Festival de Artes Interclubes. Criando a sua própria linguagem, Gustavo rosa levou exposições a várias cidades do mundo, como Nova York, Los Angeles, Tel-Aviv e Tóquio.
Seus desenhos estamparam também grifes pessoais – como a que lançou em Nova York em 1994 na loja Bloominngdale’s – e de empresas; além de produtos, cartazes de grandes eventos, livros e até um Mini Cooper customizado. Desde 2005, dava expediente no estúdio aberto no Jardim Paulista, em São Paulo.
No início deste ano, Gustavo Rosa criou uma das quatro capas para a edição 60 de Época SP, que trazia “60 razões para amar SP”. Fez um casal correndo com seu cachorro no Parque do Ibirapuera – um dos lugares onde praticava cooper e que mais gostava na cidade. “Uma fonte de oxigênio no meio da selva de pedra”, afirmou em entrevista concedida nesse ano a Época SP, que você pode conferir no vídeo abaixo:
Quem quiser conhecer uma obra sua pode visitar a exposição “Pluraridade”, na galeria Bar des Arts. A mostra traz ainda trabalhos de Claudia Kiatake, David Dalmau e Sônia Menna Barreto.