Gustavo Rosa deixa uma arte cotidiana e criativa como legado

O artista plástico paulistano, que morreu aos 66 anos, marcou a arte brasileira com personagens coloridos e de traços arredondados

13/11/2013 13h29 - Atualizado em 13/11/2013 13h29
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O artista Gustavo Rosa diante de uma de suas obras: personagens coloridos (Foto: Divulgação)

O artista plástico Gustavo Rosa morreu na última terça-feira, dia 12 de novembro, aos 66 anos, de acordo com o hospital Albert Einstein. Internado desde o dia 24 de outubro, ele faleceu em decorrência de uma obstrução intestinal. O artista lutava há mais de dez anos contra um câncer no pâncreas. O velório acontece nesta quarta-feira (13/11) na Assembleia Legislativa de São Paulo e seu corpo será cremado amanhã após cerimônia de despedida ao meio dia, no Cemitério e Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra.

Desenhista, ilustrador e pintor, Gustavo Rosa foi um dos artistas mais criativos de sua geração. Criou uma linguagem própria e dizia não seguir nenhuma escola ou tendência específica. Seus desenhos coloridos, com personagens de traços arredondados e tom humorístico retratavam cenas do cotidiano e uma aparente simplicidade da realidade.
 

Pintura de Gustavo Rosa que está na mostra "Pluralidade" na Galeria des Arts, de 7 a 24 de novembro (Foto: Divulgação)

Nascido em 1946, em São Paulo, Gustavo Rosa começou a pintar aos 16 anos e já em 1966 participou de uma exposição coletiva na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Ganhou o prêmio de pintura e viajou para a Europa. Dois anos depois, ele participou do Primeiro Festival de Artes Interclubes. Criando a sua própria linguagem, Gustavo rosa levou exposições a várias cidades do mundo, como Nova York, Los Angeles, Tel-Aviv e Tóquio.

 

60 razões para amar SP: Capa da edição 60 da Época SP, criada por Gustavo Rosa (Foto: Época SP)

Seus desenhos estamparam também grifes pessoais – como a que lançou em Nova York em 1994 na loja Bloominngdale’s – e de empresas; além de produtos, cartazes de grandes eventos, livros e até um Mini Cooper customizado. Desde 2005, dava expediente no estúdio aberto no Jardim Paulista, em São Paulo.

No início deste ano, Gustavo Rosa criou uma das quatro capas para a edição 60 de Época SP, que trazia “60 razões para amar SP”. Fez um casal correndo com seu cachorro no Parque do Ibirapuera – um dos lugares onde praticava cooper e que mais gostava na cidade. “Uma fonte de oxigênio no meio da selva de pedra”, afirmou em entrevista concedida nesse ano a Época SP, que você pode conferir no vídeo abaixo:


 

Quem quiser conhecer uma obra sua pode visitar a exposição “Pluraridade”, na galeria Bar des Arts. A mostra traz ainda trabalhos de Claudia Kiatake, David Dalmau e Sônia Menna Barreto.
 



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