• Agência EFE
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Cristóvão Colombo (Foto: Hulton Archive/Getty Images)

Cristóvão Colombo (Foto: Hulton Archive/Getty Images)

O historiador português Manuel Rosa, especializado em estudos colombianos, voltou a colocar em dúvida que Cristóvão Colombo tenha nascido na Itália e garante ter encontrado a prova definitiva. Em um novo artigo publicado pela revista Legal History Review, da universidade de Quinnipiac (Connecticut, EUA), Rosa assegura que o espólio de Colombo, no qual se baseia a teoria oficial de que nasceu em Gênova, era falso.

"A importância do artigo é que prova que o espólio de 1498 foi uma falsificação feita 90 anos depois que Colombo morreu", contou o historiador em entrevista à Agência Efe. "Descobri que o suposto documento foi contestado em sua época pela própria justiça espanhola, que já sentenciou que esse documento vale o mesmo que uma folha em branco. A descoberta põe em dúvida tudo o que foi escrito até agora sobre Colombo. A história de Colombo como nos contaram é falsa."

Segundo Rosa, estes novos elementos sobre Colombo dão maior fundamento a sua teoria sobre o homem enviado às Índias. "Colombo nasceu na ilha da Madeira (Portugal) e era, na realidade, filho do rei polonês Ladislao III, que fugiu para o local após lutar contra os turcos em uma batalha na qual até agora muitos pensavam que tinha morrido", alegou.

Na Madeira, o pai de Colombo teria vivido com o nome falso de Henrique Alemão. Rosa, que em 2008 publicou "Colombo. A história jamais contada", na qual já começava a desconstruir a biografia oficial do descobridor da América, se disse "ciente" das críticas que recebe de parte da comunidade de historiadores.

O especialista afirma em seu livro que Cristóvão Colombo servia em segredo a Portugal, e não à Espanha, país que com o descobrimento da América pretendia afastar dos ricos mercados da Ásia. Segundo o historiador, o autêntico Colombo não era um plebeu italiano às ordens da monarquia espanhola, mas um homem de confiança da monarquia de Portugal que sabia bem desde o princípio que não se dirigia às Índias, mas à América.

Rosa disse à Agência Efe acreditar que "quando o livro for publicado em inglês - até agora só é possível encontrá-lo em português, espanhol, lituano e polonês -, toda a história de Colombo como se conhece será derrubada".