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Fred já foi convocado por exigência de Marin

Situação ocorreu com o ex-técnico da seleção, Mano Menezes, e não com Felipão

Copa do Mundo 2014|Do R7

De jogador de confiança do presidente a um dos mais criticados do Brasil na Copa do Mundo de 2014. Desde os tempos do treinador Mano Menezes, Fred vem vivendo altos e baixos na seleção. E tem protagonizado, mesmo involuntariamente, algumas situações que interferem no relacionamento da cúpula da CBF com a comissão técnica da seleção brasileira.

Em novembro de 2012, o presidente José Maria Marin, interferiu nos planos do então treinador Mano Menezes e exigiu a convocação de Fred para o jogo de volta do Superclássico das Américas contra a Argentina. Fred foi chamado, além do goleiro Diego Cavalieri, outra exigência de Marin.

Mesmo atendendo à ordem, a situação de Mano ficou insustentável após a péssima atuação da equipe naquele jogo. O Brasil perdeu por 2 a 1 para o time reserva da Argentina e só ganhou a taça no desempate, nos pênaltis, já que, na partida de ida, havia vencido pelo mesmo placar.

Marin ficou irritado com a maneira como a conquista foi obtida e demitiu o treinador. No fim do ano, ele contratou Luiz Felipe Scolari como técnico e Carlos Alberto Parreira como coordenador.

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Foi o momento em que algumas convicções do presidente se encaixaram às da comissão técnica. Com Felipão, não houve interferências do presidente nas convocações. Por convicção própria, o novo treinador colocou em Fred a responsabilidade de ser o comandante de ataque da seleção, desde sua primeira convocação.

O centroavante também era visto com bons olhos por Parreira, que já o tinha convocado para a Copa do Mundo de 2006, quando ele entrou no segundo tempo do jogo contra a Austrália, na primeira fase da competição, e fez um gol, de dentro da pequena área, quase em cima da linha.

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Sob o comando de Felipão, Fred nunca perdeu a condição de titular. Foi bem na estreia, em amistoso contra a Inglaterra, em Londres, quando fez um gol na derrota por 2 a 1 e foi um dos que se salvaram das críticas da imprensa nos primeiros meses, tumultuados, em que o técnico dirigiu a equipe.

Na Copa das Confederações, mesmo não tendo feito gols nas duas primeiras partidas, Felipão manteve o jogador cuja convocação, poucos meses antes, havia sido uma exigência do presidente da CBF para a continuidade do trabalho do técnico anterior. Nos últimos três jogos, Fred fez cinco gols e ajudou o Brasil a ser campeão, tornando-se um dos herois da conquista, que servia como um aperitivo para a Copa do Mundo.

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Tudo parecia caminhar bem até o tão esperado Mundial no Brasil. Mesmo no último amistoso, contra a Sérvia, Fred foi o autor do único gol na vitória brasileira. No Mundial, porém, o atacante pouco apareceu. Só fez um gol, contra a fragilizada equipe de Camarões, na última partida da primeira fase, quando o Brasil venceu por 4 a 1.

E Fred passou em branco o restante dos jogos, dando a impressão de que estava sentindo o peso de jogar pela seleção nesta competição, na qual a pressão é muito maior do que a de uma Copa das Confederações.

Divisão de responsabilidade

Após a derrota para a Holanda, na disputa pela terceira colocação da Copa, neste sábado (12), o jogador admitiu que as coisas não foram nada bem para ele neste Mundial. Pela primeira vez em competições oficiais com Felipão, ele ficou na reserva e não entrou, até para ser poupado de novas críticas.

Mas, além de dar os méritos para a Alemanha, pela goleada sobre o Brasil, por 7 a 1 na semifinal, ele fez questão de não arcar com todo o peso pelo fracasso brasileiro.

—Temos de assumir a responsabilidade e dividir com o grupo todo. Vou assumir a minha e todos têm de assumir a sua.

O atacante não concorda que as vaias da torcida, na derrota para os alemães no Mineirão, foram direcionadas diretamente a ele, no momento em que foi substituído.

—Estava 5 a 0, já estavam vaiando. Se o Pelé saísse até ele ia tomar vaias. Todos os que estavam no Mineirão não acreditavam no que acontecia. 

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