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Amazônia: vídeo mostra o estrago das queimadas. Veja as imagens

Imagens aéreas feitas pelo Greenpeace apontam para um aumento no desmatamento este ano, apesar do decreto governamental proibindo queimadas

Até o dia 13 de julho, Mato Grosso registrava mais de 4 mil focos de incêndio na Amazônia. Metade de todas as queimadas na floresta estão no Estado (Bruno Kelly/Reuters)
RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 19 de julho de 2020 às 12h47.

Vídeos aéreos divulgados pelos Greenpeace mostram a destruição causada pelas queimadas na Amazônia. As imagens foram gravadas entre os dias 7 e 10 de julho no Estado do Mato Grosso durante o início da temporada de seca na região, época em que o desmatamento, geralmente, aumenta.

A ONG destaca que o fogo foi registrado 10 dias depois de o governo mato-grossense publicar o decreto 535/2020, que proíbe qualquer queimada na região entre os meses de julho a setembro. Para o Greenpeace, o cenário é desolador. “Além de áreas completamente queimadas, registramos imagens de territórios sendo preparados para a queima, o que indica a sensação de certeza de impunidade de quem destrói a floresta”, diz a entidade, em comunicado.

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Até o dia 13 de julho, Mato Grosso registrava mais de 4 mil focos de incêndio na Amazônia. Metade de todas as queimadas na floresta estão no Estado, que é o maior produtor de soja do Brasil.

O governo brasileiro vem sofrendo forte pressão internacional para coibir o desmatamento na Amazônia. Para conter as críticas, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto proibindo as queimadas em todo o País por 120 dias. Os vídeos do Greenpeace foram registrados antes desse decreto.

Rômulo Batista, que coordena a campanha de Florestas do Greenpeace, diz que as queimadas são um reflexo da política ambiental do governo. “A única coisa que este governo está fazendo é colocando o clima e mais vidas em risco, especialmente as dos povos indígenas”, afirma Batista.

Meio ambiente definirá PIB do Brasil nos próximos 20 anos

O descuido com o meio ambiente pode sair mais caro do que a pandemia de covid-19, alertaram ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central em carta divulgada na terça-feira 14.

Eles fizeram um apelo para que as diretrizes para retomada econômica levem em consideração aspectos ambientais e sociais, sob a pena de um possível apagão dos investimentos estrangeiros no Brasil.

Entre os signatários estão Armínio Fraga, Eduardo Guardia, Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn, Joaquim Levy, Maílson da Nóbrega, Persio Arida e Rubens Ricupero:

O apelo se soma ao de empresários e investidores que pediram recentemente ações para barrar o desmatamento na Amazônia.

Há duas semanas, 29 instituições financeiras que gerenciam mais de 3,7 trilhões de dólares em ativos enviaram uma carta a nove embaixadas brasileiras dizendo que o Brasil precisa frear as queimadas, sob risco de alimentar “uma incerteza generalizada sobre as condições para investir ou fornecer serviços financeiros ao Brasil.”

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