Sociedade

Acrópole de Atenas fechada à tarde devido à onda de calor

Acrópole de Atenas fechada à tarde devido à onda de calor
Tamal Mukhopadhyay/Unsplash

Normalmente aberto ao público até às 20h00, o emblemático monumento na capital grega tem as temperaturas do solo a chegar aos 55 graus centígrados e as autoridades decidiram fechá-lo a partir do meio dia

As autoridades gregas encerraram esta terça-feira a Acrópole e outros locais históricos ao público durante várias horas da tarde até sexta-feira, devido à onda de calor que afeta o país, considerada a mais grave em 30 anos.

O clima extremo deverá manter-se durante toda a semana, depois de as temperaturas terem atingido os 46 graus Celsius (ºC) na segunda-feira, ultrapassando o recorde registado em 1987, quando uma onda de calor do mesmo tipo provocou 1.300 mortos.

A Acrópole de Atenas, que está normalmente aberta no verão das 8h às 20h, terá horário reduzido até sexta-feira, fechando ao público do meio-dia às 17h. A decisão foi tomada depois de a temperatura no solo da Acrópole ter atingido 55 ºC.

De acordo com a Proteção Civil grega, todos os sistemas de prevenção estão em alerta máximo, especialmente o controlo aéreo e terrestre das áreas onde podem ocorrer incêndios, embora o risco seja muito elevado na maioria das regiões do país.

Os bombeiros lutam há vários dias para extinguir um incêndio na ilha de Rodes, e após a evacuação preventiva de algumas aldeias tem sido possível evitar mais danos. Também ocorreram incêndios nos últimos dias na região central da Grécia, onde foi registada a temperatura recorde de 46,3 ºC, na segunda-feira, na aldeia de Makrakomi.

O operador grego de distribuição de eletricidade anunciou que durante o dia de hoje, nas horas de mais calor, haverá cortes intermitentes de energia em algumas partes do país para evitar um apagão generalizado.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, apelou à população para limitar ao máximo o consumo desnecessário de eletricidade. Mitsotakis admitiu na altura que a Grécia estava a viver a "pior vaga de calor desde 1987".
Em todo o país, foram criadas salas climatizadas, abertas todo o dia, para que pessoas mais vulneráveis se possam refugiar do calor.

A Associação Médica de Atenas apelou ao público para levar a sério a onda de calor e exortou os cidadãos a não viajar durante as horas mais quentes, a beber muita água, a evitar beber bebidas alcoólicas e a tomar banho frequentemente com água morna.

Segundo os peritos, as condições meteorológicas são particularmente perigosas, especialmente porque as noites são extremamente quentes, com o termómetro próximo dos 30 ºC.

Nos meios de comunicação social de hoje, muitas pessoas recordam os horrores de 1987, quando uma onda de calor de 11 dias em julho deixou 1.300 mortos, a grande maioria na região de Atenas.

A grande diferença entre então e agora, sublinham os especialistas, é que nessa altura poucas casas tinham ar condicionado e não tinham sido criados pontos de arrefecimento.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas