FOLHA DE ROSTO
Caderno de Atividades
LÍNGUA PORTUGUESA
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
2009
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Roberto Requião
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde
DIRETORIA GERAL
Ricardo Fernandes Bezerra
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
Alayde Maria Pinto Digiovanni
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Mary Lane Hutner
2009
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA
Edilson José Krupek
Iris Mirian Miranda do Valle
Keila Vieira de Lima
Luciana Cristina Vargas da Cruz Camillo
Mougly da Luz Queiroz
Solange Maria do Nascimento
Tatiani Daiana de Novaes
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA
NRE Apucarana Afife Fontanini
NRE Área Metropolitana Norte Maria Lúcia Furtado
NRE Área Metropolitana Sul Relindes Ianke Leite
NRE Assis Chateaubriand Ana Paula Ramão da Silva
NRE Campo Mourão Jane Cristina Beltramini Berto
NRE Cascavel Edna Anita Lopes Soares
NRE Cianorte Alessandra da Silva Rodrigues
NRE Cornélio Procópio Maria Aparecida de Barros
NRE Curitiba Margarida Erzinger de Oliveira
NRE Curitiba Luciana de Cássia Camargo
NRE Dois Vizinhos Ignes Nuernberg Thibes
NRE Foz de Iguaçu Valdecy A. Orsioli Salatini
NRE Francisco Beltrão Ivaneide Rovani
NRE Goioerê Edna Aparecida Filipim
NRE Guarapuava Mariza Aparecida Buss
NRE Ibaiti Hilda Morais do Paraizo Ribeiro
NRE Irati Janete Pereira
NRE Ivaiporã Pamela da Silva Camocardi
NRE Jacarezinho Maria Elena Raimundo
NRE Laranjeiras do Sul Elizangela da Rosa
NRE Loanda Ticiana Zelide Ravache
NRE Londrina Leslie Felismino Barbosa
NRE Maringá Leonor Vasques R. Martinez
NRE Paranaguá Hulda Ladevig
NRE Paranavaí Laura Maria de Andrade da Silva
NRE Pato Branco Varilene Verdi Figueiredo
NRE Pitanga Marli Nascimento Teixeira
NRE Ponta Grossa Rita de Cássia Capri
NRE Telêmaco Borba Estela Fátima Baptistuci Morbi
NRE Toledo Simone Silvia Bedin Coelho
NRE Umuarama Marcela H. Baggio Violada
NRE União da Vitória Marcia R. Konig Semianko
NRE Wenceslau Braz Marli Coutinho de Carvalho
Prezado(a) aluno(a)
O Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, com a
colaboração dos Núcleos Regionais, produziu este caderno pedagógico que possibilita
a você, aluno da rede de ensino público do Estado do Paraná, aprofundar seus conhecimentos lingüísticos, familiarizar-se com a estrutura das questões e objetivos desse
formato de avaliação da Prova Brasil – a qual é aplicada pelo Ministério da Educação
para todos os alunos matriculados na 4ª série do Ensino Fundamental.
Nesse sentido, este caderno pode auxiliar tanto você, aluno, como o seu professor,
no que se refere ao entendimento de como os conteúdos são apresentados nas questões aplicadas.
A idéia é que vocês discutam, resolvam e conheçam essas questões, para que
possam aprofundar seus estudos nos conteúdos já desenvolvidos na sala de aula e,
assim, melhorar o processo de ensino-aprendizagem que ocorre nas escolas públicas
do Estado do Paraná.
Departamento de Educação Básica
8Matemática – Prova Brasil - 2009
9
sumário
Apresentação 11
Conteúdos de Língua Portuguesa 12
Procedimentos de Leitura 13
Implicações do Suporte,
do Gênero e/ou do Enunciador na
Compreensão do Texto
30
Relação entre Textos 36
Coerência e Coesão no
Processamento do Texto 46
Relações entre Recursos Expressivos
e Efeitos de Sentido 62
Variação Lingüística 71
Gabarito 74
11Caderno de Atividades
Apresentação
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é composto por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), realizada por amostragem
das Redes de Ensino tem foco nas gestões dos sistemas educacionais; e a Avaliação
Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) enfoca cada unidade escolar e recebe, em
suas divulgações, o nome de Prova Brasil.
As avaliações do SAEB são aplicadas por amostra em alunos de 4ª e 8ª séries do
Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio. As informações obtidas a partir dos
levantamentos do Saeb também permitem acompanhar a evolução da qualidade da
Educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na definição
de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, com vistas
ao desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades
nele existentes.
12Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Matriz de Referência de Língua Portuguesa - SAEB/
PROVA BRASIL
1. Procedimentos de Leitura
2. Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na Compreensão do
Texto
3. Relação entre Textos
4. Coerência e Coesão no Processamento do Texto
5. Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
6. Variação Lingüística
Conteúdos de Língua Portuguesa –
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
13Caderno de Atividades
Procedimentos de Leitura
Na prática da leitura, o aluno deverá localizar informações explícitas e inferir as
implícitas em um texto. As informações implícitas exigem maior capacidade para que
possam ser inferidas, exige que o leitor extrapole o texto e reconheça o que não está
textualmente registrado e sim subentendido ou pressuposto. É preciso identificar não
apenas a idéia, mas também ler as entrelinhas, o que exige do aluno um conhecimento
de mundo, e outras leituras.
Na leitura e interpretação dos textos deve-se também distinguir os fatos apresentados da opinião formada acerca desses fatos em textos narrativos e argumentativos.
Reconhecer essa diferença é importantíssimo para que o aluno possa tornar-se mais
crítico, de modo a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que lhe é dada pelo autor do texto.
Descritores
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto.
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse respeito.
14Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia o texto:
Um cardápio variado
Os besouros estão em toda parte do planeta. Para eles, a natureza é uma fonte inesgotável de alimentos. Veja só:
O serra pau tem esse nome porque se alimenta de madeira. Uma espécie é chamada de rola-bosta, por sua preferência por excrementos, enquanto outra tem hábitos
mais “refinados”, pois só come pétalas de flores.
O bicudo e a broca são terríveis para a lavoura do algodão; o bicudo come a flor
antes dela abrir-se, enquanto a broca ataca a raiz, enfraquecendo a planta.
A joaninha, que também é um besouro, ajuda a combater as pragas das plantações.
Ela chega a comer cerca de 20 pulgões por dia.
Há também besouros que adoram uma biblioteca, mas ali não vão para uma boa
leitura, e sim para devorar os livros. Nesse caso, são as suas larvas que perfuram as
capas dos livros, causando o maior estrago.
Fonte: Adaptado de Globo Ciência: Ano 2, nº. 20.
1. O besouro que prejudica a agricultura é o:
a) Serra pau.
b) Bicudo.
c) Joaninha.
d) Rola-bosta.
Leia a fábula abaixo:
O leão e o rato
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo,
quando o Rato suplicou:
Atividades
15Caderno de Atividades
- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua
bondade.
Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por
caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre.
Então disse:
- O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava
receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
Moral:
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.
Fonte: http://sitededicas.uol.com.br/fabula3a.htm
2. Quando o rato dirige-se ao leão trata-o como “Senhor”. Essa forma de tratamento
indica:
a) Inferioridade do leão.
b) Superioridade do rato.
c) Respeito do rato para com o leão.
d) Humildade do leão.
Leia o texto:
A galinha medrosa
Logo ao nascer do sol, uma galinha medrosa, que acordou antes das outras, saiu
do galinheiro.
Ainda tonta de sono e meio distraída, viu a própria sombra atrás dela e levou o maior
susto:
- Cocó... cococó... cocoricó... socorro! Tem um bicho horroroso me perseguindo!
Cocoricó... cocoricó...
16Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
E saiu correndo pra lá e pra cá, toda arrepiada, soltando penas para tudo quanto é
lado.
A barulheira acordou as outras galinhas que, assustadas saíram do galinheiro (...)
Fonte: LACOCCA, Liliana e Michele. A galinha e a sombra. SP: Ática, 1990.
3. De acordo com o texto, o que provocou medo na galinha:
a) Acordar com o nascer do sol.
b) Ver sua própria sombra.
c) Acordar antes das outras.
d) Ver um bicho no galinheiro.
Leia o texto abaixo que pertence ao “Manual de Etiqueta: 33 dicas de como
enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade”.
[21] “Ao fazer compras, leve sua
própria sacola, de preferência as de
pano resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo
Young. Com esse gesto simples,
você deixará de participar da farra
das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das
grandes cidades.
4. O conselho dado por Ricardo Young pretende:
a) Contribuir para a preservação do meio ambiente.
b) Evitar desperdício das sacolas plásticas.
c) Vender mais sacolas de pano.
d) Evitar entupimento dos bueiros.
17Caderno de Atividades
Leia a reportagem da revista Recreio para responder as questões 5 e 6:
Dentes limpinhos
As primeiras escovas de dentes surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas
de pêlos de porco trançados em varinhas de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois por pêlos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam umidade
e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras
escovas com cerdas de náilon, usadas até hoje.
Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.
5. As escovas de hoje são feitas de:
a) Pêlos de cavalo.
b) Cerdas de náilon.
c) Cerdas da China.
d) Pêlos de porco.
6. Segundo o texto, as escovas de pêlo de cavalo foram substituídas pelas de náilon porque:
a) havia pouca matéria prima.
b) os pêlos de cavalo era anti-higiênicos .
c) os pêlos de cavalo causavam dor na gengiva.
d) os pêlos de cavalo juntavam umidade e criavam mofo.
Leia o texto a seguir:
Poodle
Atualmente o poodle é considerado um dos cães mais populares do mundo, principalmente no Brasil.
18Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Infelizmente, devido à reprodução sem controle, a maioria dos cães que vemos hoje
não estão de acordo com o padrão oficial da raça. É recomendável a aquisição de filhotes somente através de criadores confiáveis.
A origem da raça não é bem conhecida, mas há indícios de que o poodle seja originário da França.
O poodle é um cão ativo e muito inteligente, por isso, de fácil treinamento. Segundo
o livro A inteligência dos Cães, de Stanley Coren, o poodle é a segunda raça mais inteligente e obediente para o trabalho.
Atualmente o poodle é consagrado como um excelente cão de companhia. Extremamente dócil, carinhoso e brincalhão, é um ótimo amigo das crianças.
Fonte: Adaptação: http://amigocao.cjb.net
7. No trecho do segundo parágrafo: “É recomendável a aquisição de filhotes somente através de criadores confiáveis”, a palavra em destaque indica:
a) Um problema.
b) Um pedido.
c) Uma sugestão.
d) Um desejo.
Leia a fábula para responder as questões 8 e 9:
O asno e a carga de sal
Um asno carregado de sal atravessava um rio. Um passo em falso e ei-lo dentro da
água. O sal então derreteu e o asno se levantou mais leve. Ficou todo feliz. Um pouco
depois, estando carregado de esponja às margens do mesmo rio, pensou que se caísse
de novo ficaria mais leve e caiu de propósito nas águas. O que aconteceu? As esponjas
ficaram encharcadas e, impossibilitado de se erguer, o asno morreu afogado.
Algumas pessoas são vítimas de suas próprias artimanhas.
Fonte: Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M Pocket, 1997, p. 139-140.
19Caderno de Atividades
8. Na expressão retirada do texto, “... pensou que se caísse de novo ficaria mais
leve e caiu de propósito nas águas...”, a expressão em negrito pode significar
também:
a) Casualmente
b) Intencionalmente.
c) Coincidentemente.
d) Proporcionalmente.
9. As ações do Asno dão idéia de:
a) Certeza.
b) Fraqueza.
c) Estranheza.
d) Esperteza.
Leia o texto abaixo para responder a questão 10:
O Brasil no Pólo Sul
Foi no verão de 1982 para 1983 que os brasileiros fizeram as primeiras pesquisas
científicas na Antártica. Por lá, a temperatura no verão é mais amena: em média zero
grau centígrado.
Os brasileiros viajaram nos navios oceanográficos Barão de Teffé, da Marinha, e
Professor W. Besnard, da Universidade de São Paulo. Era o início do Proantar (Programa Antártico Brasileiro). No verão seguinte, começou a funcionar a Estação Antártica
Comandante Ferraz, que abriga os pesquisadores brasileiros no continente gelado.
Localizada na ilha Rei George, no arquipélago Shetland do Sul, ela funciona até
hoje quase como se fosse uma cidadezinha. Existem alojamentos, laboratórios, sala
de estar, cozinha, ginásio de esportes, biblioteca, sala de comunicações e lugar para
pouso de helicóptero.
Fonte: Almanaque Recreio - São Paulo: Editora Abril, 2003 – p.151.
20Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
10. No trecho: “No verão seguinte, começou a funcionar a Estação Antártica Comandante Ferraz”, a palavra destacada indica:
a) As quatro estações do ano.
b) O local que abriga os pesquisadores.
c) A próxima parada do metrô.
d) O inverno no Pólo Sul.
Leia a experiência abaixo para responder a questão 11:
Papel congelado
Material:
• Congelador ou local ao ar livre, em dia de temperatura muito baixa
• Papel pesado (espesso)
• Aquarelas ou anilinas coloridas e pincel
• Água
• Vasilha rasa
• Assadeira sem bordas
Experiência artística:
1. Mergulhe o papel em uma vasilha rasa com água até que esteja totalmente molhado.
2. Coloque o papel molhado sobre uma assadeira.
3. Coloque a assadeira e o papel no congelador, ou fora dele, para congelar.
4. Quando congelado, remova o papel do congelador e pinte sobre o papel antes que
ele descongele.
21Caderno de Atividades
Variações:
Congele diferentes tipos de papel para pintar – papel toalha, filtro de café, papel
cartão, papel sulfite, etc.
Desenhe com giz sobre o papel congelado.
Pinte com guache sobre o papel congelado.
Fonte: KOHL, MaryAnn F. Descobrindo a ciência pela arte: propostas de experiências. Porto Alegre: Artmed, 2003. p.23.
11. No texto a palavra variações indica:
a) Os produtos que devem ser utilizados para fazer a experiência.
b) Como fazer o papel congelado.
c) Outras possibilidades de se realizar a experiência.
d) O resultado obtido com a realização da experiência.
12. No ditado popular “Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”, as
palavras destacadas significam:
a) Parte do dia antes do almoço e neste.
b) Depois e agora.
c) Parte do dia antes do almoço e agora.
d) Um dia após hoje e neste momento.
Leia a tirinha:
Fonte: http://www.enem.inep.gov.br/quiz/3/QUIZ%20ENEM_03_html_m5c1d9c55.jpg.
22Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
13. Uma das definições da palavra bateria é “associações de pilhas ou acumuladores elétricos”. Considerando a leitura do texto, responda: Qual o sentido da palavra BATERIA na tirinha, levando em conta o contexto em que foi empregada?
a) Associação de pilhas ou acumuladores elétricos.
b) Fonte de voltagem contínua.
c) Conjunto de instrumentos de percussão.
d) Energia, disposição.
Leia a fábula abaixo:
O Galo e a Raposa
No meio dos galhos de uma árvore bem alta, um galo estava empoleirado e cantava a
todo volume. Sua voz esganiçada ecoava na floresta. Ouvindo aquele som tão conhecido,
uma raposa que estava caçando se aproximou da árvore. Ao ver o galo lá no alto, a raposa começou a imaginar algum jeito de fazer o outro descer. Com a voz mais boazinha do
mundo, cumprimentou o galo dizendo:
- Ó meu querido primo, por acaso você ficou sabendo da proclamação de paz e harmonia universal entre todos os tipos de bichos da terra, da água e do ar? Acabou essa história
de ficar tentando agarrar os outros para come-los. Agora vai ser tudo na base do amor e da
amizade. Desça para a gente conversar com calma sobre as grandes novidades!
O galo, que sabia que não dava para acreditar em nada do que a raposa dizia, fingiu
que estava vendo uma coisa lá longe. Curiosa, a raposa quis saber o que ele estava olhando com ar tão preocupado.
- Bem, disse o galo -, acho que estou vendo uma matilha de cães ali adiante.
- Nesse caso é melhor eu ir embora – disse a raposa.
- O que é isso, prima? – disse o galo. - Por favor, não vá ainda! Já estou descendo! Não
vá me dizer que está com medo dos cachorros neste tempo de paz?!
- Não, não é medo – disse a raposa -, mas... e se eles ainda não estiverem sabendo da
proclamação?
Moral:
Cuidado com as amizades muito repentinas.
Fonte: Fábulas de Esopo. Trad. Heloisa Jahn. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1999. p.22.
23Caderno de Atividades
14. A intenção do galo ao falar que estava vendo uma matilha foi de:
a) Enganar a raposa para salvar sua vida.
b) Aguçar a curiosidade da raposa.
c) Mostrar que lá do alto ele podia ver mais que a raposa.
d) Avisar que estavam chegando animais para a proclamação da paz.
Leia o poema:
O Pato
Vinícius de Moraes/Toquinho
Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
La vem o Pato
Para ver o que é que há.
O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/vmi10.html
24Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
15. O motivo do pato ir para panela, foi:
a) Travessura.
b) Cautela.
c) Firmeza.
d) Confiança.
Leia a piada abaixo para responder a questão 16:
Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí, cansou de andar e sentou-se numa cadeira belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:
- Meu filho, você não pode sentar aí. Esta cadeira é do Pedro I.
E o Juquinha:
- Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!
Fonte: Lucas Samuel, Jaboatão/Pernambuco. Revista Ciência Hoje das crianças, nº 78 - Março/1998. Ano
11, p.28 - Seção: cartas.
16. O Pedro I da piada era:
a) Amigo do Juquinha.
b) Guarda do museu.
c) Professor de história.
d) Imperador do Brasil.
25Caderno de Atividades
Leia a reportagem abaixo:
Diretor de musicais critica ‘espetaculozinhos oportunistas’
O teatro infantil não é dividido em megaproduções com personagens de TV e pequenas peças ligadas a clássicos de Literatura. Boa fatia é abocanhada por grandes
musicais. Amanhã, estréia do show “Hi-5”, entra em cartaz “Mágico de Oz”.
É o mesmo lançado em 2003 e visto por 1,5 milhão. Billy Bond, diretor deste
musical e de outros bem-sucedidos (“Les Misérables”, “A Bela e a Fera”) não quer se
misturar a “espetaculozinhos oportunistas baseados em sucessos da TV”. “Não é um
bonequinho da moda, é um clássico que passa mensagem e não só proporciona ao
público um momentozinho”, dispara.
A psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão diz que, se os pais tiverem de
optar entre um show da TV ou um clássico, o segundo é melhor. “Mas shows ligados à
TV também podem ser bons porque a criança sabe o enredo e se liga na apresentação.
O importante é criar o hábito de ir ao teatro” (LM)
Fonte: Folha de São Paulo, 4 de julho de 2008, E1
17. O tema central da reportagem é:
a) Não existe relação entre teatro e cultura.
b) Defesa de apresentação de clássicos da literatura nos espetáculos infantis.
c) A defesa de shows como “Hi-5”.
d) Teatros infantis baseados em personagens de TV são mais indicados para o
público infantil.
Leia o texto:
Dentes limpinhos
As primeiras escovas de dentes surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas de
pêlos de porco trançados em varinhas de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois
por pêlos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam umidade e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras escovas
com cerdas de náilon, usadas até hoje.
Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.
26Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
18. A idéia central do texto é:
a) Utilidade dos animais.
b) Higiene dental.
c) Pêlos de animais.
d) Invenção de escova de dente.
Leia o texto:
IMIM 1OO
Yoshiko era apenas uma criança quando saiu do Japão, sua terra-natal. Depois de
52 dias de viagem no navio Kasato Maru, finalmente ela desembarcou no Brasil com
seus pais e um irmão em 18 de junho de 1908. No mesmo navio, havia outras 164 famílias japonesas, todas em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Por aqui, Yoshiko encontrou muitas coisas diferentes. Estranhou a comida, a língua,
as roupas, o clima... Mas o jeito era encarar o trabalho nas lavouras de café e ajuntar
dinheiro logo para regressar ao Japão. Assim, Yoshiko e sua família se instalaram no
interior de São Paulo. A vida não era fácil e o salário também não era dos melhores.
Mesmo assim, a cada ano, mais e mais japoneses cruzavam o oceano em direção ao
Brasil.
O tempo passou. Quando Yoshiko e sua família finalmente conseguiram juntar um
bom dinheiro, a Segunda Guerra Mundial estourou. Aí, tudo ficou mais difícil. O jeito foi
continuar no Brasil por mais uns anos.
Só que, com o fim da Guerra, em 1945, já não fazia mais sentido voltar para o Japão.
Yoshiko conheceu um outro imigrante japonês e se casou, formando uma família no
Brasil.
Nos anos 60, os filhos de Yoshiko decidiram se mudar para a cidade grande para estudar. Como outros filhos de imigrantes também tomaram essa decisão, cidades como
São Paulo ficaram lotadas de japoneses, principalmente no bairro da Liberdade.
Fonte: Revista Nosso Amiguinho. Pesquisa. Texto: Fernando Torres. Junho de 2008. p.17.
27Caderno de Atividades
19. O assunto principal do texto é:
a) A culinária japonesa e brasileira.
b) A viagem no Kasato Maru.
c) A imigração Japonesa.
d) O retorno de Yoshiko ao Japão.
Leia o texto abaixo:
O desperdício da água
A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar,
porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez mais difícil captar
água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada
vez mais longe, o que encarece o processo e consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as pessoas condições mais dignas de higiene.
Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las, etc.
Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm
20. A alternativa que contempla a opinião do autor é:
a) “Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe(...).”
b) “São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las,
etc.”
c) “A maioria das pessoas não têm o costume de desperdiçar água(...).”
d) “A maioria das pessoas têm o costume de desperdiçar água, mas isso tem de
mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito(...).”
28Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia a fábula de Esopo:
O Lobo e o Cão
Esopo
Encontraram-se na estrada
Um cão e um lobo. E este disse:
“Que sorte amaldiçoada!
Feliz seria, se um dia
Como te vejo me visse
Andas gordo e bem tratado,
Vendes saúde e alegria:
Ando triste e arrepiado,
Sem ter onde cair morto!
Gozas de todo o conforto,
E estás cada vez mais moço;
E eu, para matar a fome,
Nem acho às vezes um osso!
Esta vida me consome...
Dize-me tu, companheiro:
Onde achas tanto dinheiro?”
Disse-lhe o cão:
“Lobo amigo!
Serás feliz, se quiseres
Deixar tudo e vir comigo;
Vives assim porque queres...
Terás comida à vontade,
Terás afeto e carinho,
Mimos e felicidade,
Na boa casa em que vivo!”
Foram-se os dois. Em caminho,
Disse o lobo, interessado:
“Que é isto? Por que motivo
Tens o pescoço esfolado?”
“É que, às vezes, amarrado
Me deixam durante o dia...”
“Amarrado? Adeus, amigo!
“Disse o lobo: Não te sigo!
Muito bem me parecia
Que era demais a riqueza...
Adeus! Inveja não sinto:
Quero viver como vivo!
Deixa-me antes com a pobreza!
- Antes livre, mas faminto,
Do que gordo, mas cativo!”
Adap. Olavo Bilac
Fonte: MACHADO, Ana Maria. Literatura em minha casa.
Vol. 1 - Cinco estrelas. Rio de Janeiro. Objetiva: 2001.
29Caderno de Atividades
21. Os versos que expressam uma opinião são:
a) - Antes livre, mas faminto,
Do que gordo, mas cativo!
b) Dize-me tu, companheiro:
Onde achas tanto dinheiro?
c) “Que é isto? Por que motivo
Tens o pescoço esfolado?”
d) Encontraram-se na estrada
Um cão e um lobo. E este disse:
Leia o texto:
Descuido com a natureza
Os efeitos da poluição e destruição da natureza são desastrosos: se um rio é contaminado, a
população inteira sofre as consequências. A poluição está prejudicando os rios, mares e lagos;
em poucos anos, um rio sujeito a poluição poderá estar completamente morto. Para despoluir um
rio gasta-se muito dinheiro, tempo e o pior: mais
uma enorme quantidade de água. Os mananciais também estão em constante ameaça, pois
acabam recebendo a sujeira das cidades, levada
pela enxurrada junto com outros detritos.
Fonte: Adaptação: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm
22. O tema tratado no texto é:
a) Poluição da água.
b) Poluição da natureza.
c) Conservação da água.
d) Conservação da natureza
30Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Implicações do Suporte, do Gênero e/ou
do Enunciador na Compreensão do Texto
O aluno deverá distinguir os gêneros variados, veiculados em diferentes suportes,
como jornais, revistas, livros didáticos ou literários. A identificação da finalidade de um
texto em função de suas características, como o conteúdo, a utilização ou não de recursos gráficos e o estilo de linguagem.
Descritores
D5 - Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos, etc).
D9 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.Observe o rótulo abaixo:
Atividades
Observe o rótulo abaixo:
31Caderno de Atividades
23. O rótulo do chocolate em pó Nescau procura reforçar o valor nutricional do produto em questão utilizando a palavra energia. Que recurso utilizado no rótulo
está melhor relacionado à palavra energia?
a) A imagem do raio.
b) A informação nutricional.
c) O logotipo da Nestlé.
d) O quadro com uma dica Nescau.
Observe o quadrinho da Mafalda:
Fonte: QUINO. Joaquim. Toda Mafalda. São Paulo. Martins Fontes, ed. 6, 2003.
24. A expressão de Mafalda, no último quadrinho, revela:
a) Satisfação.
b) Aborrecimento.
c) Alegria.
d) Realização.
32Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia a tirinha abaixo e responda:
Fonte: http://www.turmadamonica.com.br/index.htm - Quadrinhos - Tira 184.
25. Em que consiste o humor na tirinha?
a) Na forma como o Cebolinha e a Magali estavam andando.
b) No movimento do Cebolinha para marcar o caminho de volta.
c) Na certeza do Cebolinha de que eles não ficariam perdidos.
d) No fato da Magali comer as pipocas que o Cebolinha estava usando para
marcar o caminho.
O texto abaixo pertence ao “Manual de Etiqueta: 33 dicas de como enfrentar o
aquecimento global e outros desafios da atualidade”.
[21] “Ao fazer compras, leve sua
própria sacola, de preferência as de
pano resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo
Young. Com esse gesto simples,
você deixará de participar da farra
das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das
grandes cidades.
33Caderno de Atividades
26. O conselho dado por Ricardo Young tem por finalidade:
a) Divertir o leitor.
b) Influenciar o leitor para que ele mude de atitude.
c) Vender um produto ao leitor.
d) Contar uma história ao leitor.
Leia os textos A e B: Sinopse do filme
Texto A
O casamento dos Trapalhões
Quatro irmãos, Didi (Renato Aragão), Dedé (Dedé Santana), Mussum (Mussum) e
Zacarias (Zacarias), são caipiras que vivem na área rural. Didi vai até uma cidade próxima e, após entrar em uma briga com Expedito, conquista Joana, que o segue até o
seu rancho. Eles resolvem se casar, apesar dela não se sentir muito à vontade com a
presença dos seus irmãos, que são bem pouco educados. Quando Joana consegue
melhorar o jeito deles, Didi diz que recebeu uma carta da irmã perguntando se os filhos dela podem ficar no rancho, pois vão cantar e tocar na festa do rodeio da cidade.
Joana fica animada, principalmente quando os irmãos e sobrinhos de Didi arrumam
namoradas e todos vão para o rancho. Mas Expedito descobriu que eles moram no Vale
Profundo e organizou um grupo para atacar o lugar.
Fonte: http://www.adorocinema.com.br/filmes/casamento-dos-trapalhoes/casamento-dos-trapalhoes.
sp#Curiosidades
34Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Texto B: Críticas ao filme
O casamento dos Trapalhões
Resumo
Crítica do leitor
Cyntia:
“Um filme divertido, dá pra rir, mas muito bobo.”
Israel Gusmão:
“Como sempre DIDI e companhia estão demais.”
Luciano Rodrigues:
“Um dos melhores filmes com o quarteto Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.”
André Luiz:
“Grande sucesso de público e bem a cara dos anos 80. Que saudades dos
Trapalhões.”
Pedro Henrique Pereira:
“Não é um dos melhores filmes dos Trapalhões, mas diverte.”
Fábio Ananias Moisés:
“Não gostei, achei super chato e muito sem graça. Não assisto mais.”
Natália:
“Legalzinho, mas um pouco idiota (também, o filme é do Didi).”
Paulo José Emmer:
“Um filme simples e gostoso de se assistir.”
Fonte: http://www.adorocinema.com.br/filmes/casamento-dos-trapalhoes/casamento-dos-trapalhoes.
asp#Curiosidades
27. Se uma pessoa quisesse ter informações sobre o filme “O casamento dos Trapalhões”, ela leria:
a) O texto B para saber o enredo e o texto A para conhecer a opinião de outras
pessoas sobre o filme.
b) O texto A para saber o enredo e o texto B para conhecer a opinião de outras
pessoas sobre o filme.
c) O texto A para saber o enredo e o texto B para conhecer as pessoas que
assistiram ao filme.
d) O texto A para conhecer todos os profissionais que trabalharam no filme e o
texto B para saber a opinião das pessoas que trabalharam no filme.
35Caderno de Atividades
Observe o encarte do filme “A Bela e a Fera”:
28. A finalidade do texto acima é de:
a) Advertir sobre o uso de um produto.
b) Informar sobre vida de alguém.
c) Apresentar dados sobre um filme.
d) Explicar como usar um objeto.
36Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Relação entre textos
O aluno deverá assumir uma atitude crítica e reflexiva em relação às diferentes idéias
relativas ao mesmo tema encontradas em um mesmo ou em diferentes textos, ou seja,
idéias que se cruzam no interior dos textos lidos, ou aquelas encontradas em textos diferentes, mas que tratam do mesmo tema.
Dessa forma, o aluno pode ter maior compreensão das intenções de quem escreve.
Estas atividades envolvem a comparação de textos de diversos gêneros, tanto os
produzidos pelos alunos, como os extraídos da Internet, jornais, revistas, livros, textos
publicitários ou não. A relação entre textos são essenciais para se analisar o modo de
tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação
dos textos.
Descritor:
D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que eles foram
produzidos e daquelas em que serão recebidos.
Atividades
Leia a notícia e o infográfico para responder a questão 29.
Assembléia de SP aprova regras para cão considerado “violento”
A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei que estabelece regras
de segurança para a posse e condução de cães considerados “violentos”. A votação
ocorreu em sessão extraordinária na noite de ontem.
37Caderno de Atividades
Conforme o projeto, de autoria do Executivo, os cães das raças pit bull, rotweiller e mastim napolitano deverão sair às ruas com guia curta de condução, enforcador
e focinheira. Quem não cumprir a medida estará sujeito a multa de 10 Ufesp Unidade
Fiscal do Estado). Hoje, o valor seria de R$ 111,49. No caso de reincidência, o valor da
multa será dobrado.
Conforme o projeto, qualquer pessoa poderá acionar a polícia ao ver um cão
dessas três raças sem os devidos “equipamentos”. A proposta também obriga os proprietários dos animais em mantê-los em condições adequadas de segurança que impossibilitem a evasão dos cães.
Fonte: Folha Online – 23 outubro 2003 – 13h 37min
Observe o infográfico:
Fonte: http://veja.abril.com.br/220798/p_108.html
29. Os dois textos informam sobre:
a) Passeio de cães de guarda sem focinheira.
b) Comercial de produtos para cães.
c) Como prender um cão feroz.
d) Cães ferozes.
38Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia os textos I e II para responder as questões:
Texto I
Manual de etiqueta sustentável
50 Dicas para enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade.
“Passe adiante este manual. Discuta-o com os amigos, vizinhos, o pessoal do prédio. Dissiminar as práticas aqui sugeridas é uma atitude sustentável. Depois de lido e
discutido, recicle a revista. Ou faça origamis, calço de mesa. Aproveite o embalo para
ajudar uma ONG. Melhor: invente sua própria ONG e cobre ações de seus representantes. O futuro a gente faz agora”.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/cartilha/
Texto II
“Nossas idéias comprometidas com o bem comum, são como sementes. Se as guardamos, nunca darão frutos. Se as distribuímos, estamos possibilitando que os outros as
plantem e colham os frutos de um novo mundo, melhor e possível.”
Beatriz Dornelas
Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=21414
30. Os textos lidos tratam do mesmo assunto. Sobre o que eles falam:
a) A necessidade de plantar árvores.
b) A valorização da conversa entre os amigos.
c) Os cuidados que devemos ter ao plantar e colher.
d) A importância de partilhar idéias e práticas visando o bem comum.
Leia os textos retirados do livro “Bem-te-li”, produzido por alunos da 4ª série:
“É comum grandes áreas de floresta e reservas ambientais serem devastadas pelas
queimadas causadas por agricultores. Para preparar a terra para novas plantações, põem
fogo no mato seco, sem nenhum cuidado. Aí o fogo se alastra, queimando tudo. Quantos
desastres ecológicos já aconteceram desse jeito? Seria bom se o homem do campo fosse
orientado para o preparo da terra, sem precisar fazer queimadas”.
Fonte: Felipe Freire de Aragão, 13 anos. Livro Bem-te-li. 4ª Série. p. 168.
39Caderno de Atividades
“Não dá para aceitar a atitude de alguns brasileiros que sujam nossas praias, parques e ruas, e, quando viajam para o exterior, dão uma de educados.
Lixo esparramado é um problema de saúde, além de deixar a cidade feia. Assim,
é preciso que a população se interesse pelo ambiente, não apenas da boca prá fora.
Se cada um tirar sua própria sujeira do caminho de todos, vamos conseguir viver num
lugar mais limpo e melhor”.
Fonte: Caio Sergio M. Brasil Borges, 11 anos.Livro Bem-te-li. 4ª série, p.168.
31. Os dois textos tratam:
a) Das reservas ambientais.
b) Da falta de cuidados com o meio ambiente.
c) Do lixo nas cidades.
d) Dos cuidados com o preparo da terra.
Leia os textos I e II:
Texto I
Palavras
Há palavras verdadeiramente mágicas.
O que há de mais assustador nos monstros é a palavra “monstro”.
Se eles se chamassem leques ou ventarolas, ou outro nome assim, todo arejado de
vogais, quase tudo se perderia do fascinante horror de Frankenstein...
Fonte: QUINTANA, Mário. Sapo Amarelo. Ed. Mercado Aberto. 1984.
40Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Texto II
Receita de acordar palavras
palavras são como estrelas
facas ou flores
elas têm raízes pétalas espinhos
são lisas ásperas leves ou densas
para acordá-las basta um sopro
em sua alma
e como pássaros
vão encontrar seu caminho
Fonte: MURRAY, Roseana. Receitas de olhar. São Paulo: FTD, 1997.
32. Os dois textos têm em comum:
a) Palavras mágicas.
b) Palavras assustadoras.
c) O segredo das palavras.
d) Palavras fascinantes ou ásperas.
Leia as fábulas:
Texto I
A cigarra e as formigas
No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra
faminta lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não
reservaste também o teu alimento?” A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava
melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno.
A fábula mostra que não se deve negligenciar em nenhum trabalho, para evitar tristeza
e perigos.
Fonte: Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M Pocket, 1997.
41Caderno de Atividades
Texto II
Muita comoção e tristeza no adeus à Cigarra
Milhares de insetos compareceram, ontem, ao enterro da Cigarra. Muita tristeza e
revolta marcaram o adeus à maior cantora que a Floresta já teve. Várias manifestações
de carinho aconteceram durante toda a cerimônia. O prefeito Lagarto e a primeira dama
Borboleta compareceram ao funeral. Eles pediram às autoridades pressa nas investigações para que o verdadeiro culpado pela morte da cantora seja punido. O público não
deixou de homenagear sua querida artista. Os fãs entoaram os sucessos da Cigarra
que faziam a alegria dos habitantes da Floresta durante o verão. Um outro grupo erguia
faixas de protesto chamando a principal suspeita da morte, a Formiga, de cruel e de
egoísta. Nenhuma formiga foi vista no enterro.
Fonte: Donizete Aparecido Batista – Professor da Rede Pública do Estado do Paraná.
33. Os dois textos apresentam:
a) O egoísmo da formiga.
b) A morte da cigarra cantora.
c) A fome da formiga.
d) O trabalho da formiga.
42Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia os textos e responda a questão:
Texto I
Quando oiei a terrra ardendo
Quá fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai,
Pur que tamanha judiação
Qui braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Pru farta da água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortá pro meu sertão
Quando os verde dos teus óio
Se espáia na prantação
Eu te asseguro, num chore não, viu?
Que eu vortarei, viu, meu coração.
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Texto II
[...] As secas que ocorrem no Sertão do Nordeste são conhecidas desde o século
XVI. O governo Federal, desde a grande seca de 1877-1879, vem adotando uma política de combate aos efeitos da seca através, principalmente, de açudes e da distribuição
de verbas aos prefeitos das áreas atingidas pelas secas. Essa política, no entanto, tem
servido muito mais para beneficiar os grandes fazendeiros e os políticos locais do que
para resolver os graves problemas que afligem os sertanejos pobres: a destruição das
lavouras, a fome, o êxodo rural, etc.[...]
Marcos de Amorim Coelho
43Caderno de Atividades
34. Os textos apresentam:
a) Uma política favorecendo os fazendeiros.
b) A seca na região do Nordeste.
c) O combate aos efeitos da seca.
d) A tristeza do sertanejo.
Leia os textos abaixo:
Boitatá
Dizem que é uma cobra de fogo que vive nas matas. É protetora da natureza e ataca
qualquer um que queime os campos ou mate animais sem necessidade. Nos estados
do Nordeste, o boitatá é conhecido também como “fogo que corre”.
Fonte: Almanaque Recreio – São Paulo: Abril. 2003- p.93.
Curupira
De acordo com a tradição popular, o Curupira é um menino índio bem cabeludo que
protege os animais e as matas. Seus pés são virados para trás e por isso deixa rastros
que enganam os caçadores. Quando eles pensam que ele foi em uma direção, na verdade foi na direção oposta.
Fonte: Almanaque Recreio – São Paulo: Abril. 2003- p.93.
35. Os dois textos descrevem:
a) animais que existem nas florestas brasileiras.
b) Pessoas que protegem as florestas.
c) Lendas e mitos brasileiros.
d) Povos que habitam a floresta.
44Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia os textos I e II:
Texto I
O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas, ou
seja, umas dependem das outras. Cada sistema, cada órgão é responsável por uma
ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do
nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter na temperatura adequada à
vida.
Fonte: http://www.webciencia.com/11_00menu.htm - Acesso em 15/06/08.
Texto II
Há milhões de anos, o corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar ao ambiente e desenvolver o seu ser. Nosso corpo é uma mistura de elementos químicos feita na medida certa. As partes do corpo humano funcionam de maneira integrada
e em harmonia com as outras. É fundamental entendermos o funcionamento do corpo
humano a fim de adquirirmos uma mentalidade saudável em relação a nossa vida.
Fonte: http://www.webciencia.com/11_00menu.htm - Acesso em 15/06/08
36. Os dois textos tratam de:
a) Saúde.
b) Corpo humano.
c) Doenças.
d) Meio-ambiente.
45Caderno de Atividades
Leia as manchetes abaixo:
Meu gato tem um olho azul e outro marrom
Li no G1 uma reportagem sobre uma gata da Arábia Saudita portadora de olhos de
cores diferentes. O que chamou a minha atenção foi o fato de eu também ter um gato
com as mesmas características dessa gata saudita encontrada em Riyadh. A diferença
é que meu gato é persa, nasceu no Brasil e mora aqui em casa, em Foz do Iguaçu. O
nome dele é Bunny. Ele tem um olho azul e outro marrom.
Fonte: http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL102277-8491,00.html
Cadela com marca de coração ganha mãe
Julie, a cachorrinha de Goiatuba (GO) que ficou famosa por ter uma mancha em
formato de coração, ganhou uma mãe adotiva. A cadela Xuxa, que vive na mesma casa
que Julie, nunca deu à luz, mas adotou o filhote e passou inclusive a amamentá-lo.
Fonte: http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL97102-8491,00.html
37. As duas manchetes acima estão se referindo a:
a) Bichos que possuem olhos de cores diferentes.
b) Gatos da Arábia Saudita que possuem marcas de coração.
c) Cachorro do Paraná que possui olhos de cores diferentes.
d) Animais de estimação que possuem características incomuns à espécie.
46Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Encontramos nesse item os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão.
Considerando que a coerência é a lógica entre as idéias expostas no texto, para que
ela exista é necessário que a idéia apresentada se relacione ao todo do texto dentro de
uma seqüência e progressão de idéias.
Para que as idéias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem
interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, com vocábulos
que têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos. Dessa forma, as
peças que interligam o texto, como pronomes, conjunções e preposições, promovendo o sentido entre as idéias são chamadas coesão textual. Enfatizamos, nesta série,
apenas os pronomes como elementos coesivos. Assim, definiríamos coesão como a
organização entre os elementos que articulam as idéias de um texto.
O aluno deverá compreender o texto não como um simples agrupamento de frases
justapostas, mas como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes.
A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada interpretação de seus componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor
tem uma apreensão geral do assunto do texto.
Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita identificar os elementos que compõem o texto: narrador, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço; e quais
são as relações entre eles na construção da narrativa.
Coerência e coesão no
processamento do texto
47Caderno de Atividades
Descritores:
D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
D7 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D8 - Estabelecer a relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto.
D12 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
Atividades
Observe o texto abaixo para responder as questões 38 e 39:
O reformador do mundo
Américo Pisca- Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo,
para ele estava errado e a Natureza só fazia asneiras.
Asneiras, Américo?
Pois então? ... Aqui mesmo neste pomar, tens prova disso. Ali está uma jabuticabeira
enorme sustentando frutas pequeninas, e, lá adiante uma colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira.
Não era lógico que fosse justamente ao contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas passando as jabuticabeiras para a aboboreira
e as abóboras para as jabuticabeiras. Não acha que tenho razão?
Assim discorrendo, Américo provou que tudo estava errado e que só ele era capaz
de dispor, com inteligência, o mundo.
Mas o melhor concluiu é não pensar nisto e tirar uma soneca à sombra destas árvores,
não achas?
E Pisca- Pisca, pisca- piscando que não acabava mais, estirou-se de papo acima à
sombra da jabuticabeira.
48Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo reformado inteirinho pelas
suas mãos. Uma beleza!
De repente, no melhor da festa, plaft! uma jabuticaba que cai e lhe esborracha o
nariz.
Américo desperta de um pulo; medita sobre o caso e reconhece, afinal, que o mundo não é tão malfeito assim.
E segue para casa, refletindo:
Que espiga! Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria
sido eu?
Monteiro Lobato
38. No trecho “... Aqui mesmo neste pomar, tens prova disso.” A palavra em destaque refere-se:
a) Ao mundo que para ele estava errado e a natureza só fazia asneira.
b) A Américo Pisca- Pisca.
c) Aqui mesmo neste pomar.
d) Ao hábito de pôr defeito em todas as coisas.
39. No frase: “Sonhou com o mundo novo reformado inteirinho pelas suas mãos.
Uma beleza!”, o termo em destaque refere-se às mãos:
a) Do Mundo.
b) Do Pisca-pisca.
c) Das jabuticabeiras.
d) Da Natureza.
Leia a fábula abaixo:
O leão e o rato
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao
que o Rato suplicou:
49Caderno de Atividades
- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua
bondade.
Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por
caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre.
Então disse:
- O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava
receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
Esopo
Moral:
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.
Fonte: http://sitededicas.uol.com.br/fabula3a.htm
40. Na frase “Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo...” A palavra destacada refere-se ao:
a) Leão.
b) Rato.
c) Caçador.
d) Narrador.
Leia a fábula abaixo:
A Cigarra e a Formiga
A cigarra passou todo o verão cantando, juntando seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga pedir que lhe desse o
que comer.
A formiga então perguntou a ela:
50Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
- E o que é que você fez durante todo o verão?
- Durante o verão eu cantei – disse a cigarra.
E a formiga respondeu:
Muito bem, pois agora dance!
Fonte: ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD, 1993.
41. No trecho: “Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga pedir que
lhe desse o que comer”. A palavra destacada se refere a:
a) Casa.
b) Formiga.
c) Inverno.
d) Cigarra.
51Caderno de Atividades
Leia o texto abaixo:
Lado a lado, bem bolado
Ricardinho andava sem sorte. Acho até que, se ele fosse jogar cara-ou-coroa ou
par-ou-ímpar dez vezes seguidas, perderia todas.
O caso é que ele tinha aprendido que “em cima” se escreve separado e “embaixo”
se escreve junto. Mas, na hora de escrever suas redações, ele seeeeempre se confundia e acabava fazendo tudo ao contrário.
Foi queixar-se prá Vovó. Afinal, a Vovó tinha sido professora a vida inteira e sabia
tudo, tudinho mesmo de todas as coisas...
Fonte: Revista Nova Escola. Vol. 4. Edição Especial. p.18.
42. No trecho: “ Foi queixar- se pra Vovó.” O termo sublinhado refere-se:
a) À Vovó.
b) A tudinho.
c) A Ricardinho.
d) À sorte.
Leia o texto:
A hora certa de aprender
10:00 – E moleza para os mais velhos
Priscila Razon, de 15 anos, começa a se espreguiçar. Ela estuda na mesma escola
de Larissa, mas suas aulas são à tarde. Só no meio da manhã o cérebro da jovem dá os
comandos para o corpo pular da cama. Outros hormônios dessa fase do crescimento
fazem com que seu relógio biológico se atrase em algumas horas. Por isso, o dia está
apenas começando para ela.
Fonte: : Revista Nova Escola. Vol. 4. Edição Especial. p.18
52Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
43. No trecho “o dia está apenas começando para ela”. A palavra em negrito se
refere a:
a) Escola.
b) Priscila.
c) Larissa.
d) Horas.
Leia a reportagem abaixo e responda a questão:
Diretor de musicais critica
‘espetaculozinhos oportunistas’
O teatro infantil não é dividido em megaproduções com personagens de TV e pequenas peças ligadas a clássicos de Literatura. Boa fatia é abocanhada por grandes
musicais. Amanhã, estréia do show “Hi-5”, entra em cartaz “Mágico de Oz”.
É o mesmo lançado em 2003 e visto por 1,5 milhão. Billy Bond, diretor deste musical
e de outros bem-sucedidos (“Les Misérables”, “A Bela e a Fera”) não quer se misturar a
“espetaculozinhos oportunistas baseados em sucessos da TV”. “Não é um bonequinho
da moda, é um clássico que passa mensagem e não só proporciona ao público um
momentozinho”, dispara.
A psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão diz que, se os pais tiverem de optar
entre um show da TV ou um clássico, o segundo é melhor. “Mas shows ligados à TV
também podem ser bons porque a criança sabe o enredo e se liga na apresentação. O
importante é criar o hábito de ir ao teatro” (LM)
Fonte: Folha de São Paulo. 4 de julho de 2008, E1
44. “É o mesmo lançado em 2003 e visto por 1,5 milhão”. A expressão destacada
refere-se a:
a) Show Hi-5.
b) Mágico de Oz.
c) Show de TV.
d) Teatro infantil.
53Caderno de Atividades
Leia o texto abaixo:
Cuidado com a dengue
Os casos de dengue estão aumentando por todo o país e precisamos combater
esse mal. É claro que, para isso, precisamos acabar com o mosquito AEDES AEGYPTI,
transmissor da doença.
Almanaque do Chico Bento, nº 73 – Globo – 2003 – p. 35.
45. No trecho: “Os casos de dengue estão aumentando por todo o país e precisamos combater esse mal”, a palavra em destaque refere-se:
a) À dengue.
b) Ao país.
c) A nós.
d) Ao mosquito.
Leia o texto:
Gruta da comadre onça
A onça caiu da árvore e ficou doente. Como não pudesse caçar, padecia de fome.
Aí, chamou a irara e disse:
- Comadre Irara, corra o mundo e diga à bicharada que estou à morte e que venham
me visitar.
A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, começaram a visitar a onça.
Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato. Veio também o
jabuti.
Mas o jabuti, antes de entrar na toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu só
rastros entrantes: não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:
- Hum!... Nesta casa, quem entra não sai. Em vez de visitar a onça doente, eu vou
rezar por ela...
E foi o único que se salvou.
Fonte: PASSOS, Lucina Maria Marinho. Alegria do Saber, 2006, p.46.
54Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
46. Por que motivo o jabuti não entrou na gruta?
a) Por não conseguir chegar até lá.
b) Faltou coragem para entrar.
c) Por descobrir a real intenção da onça.
d) Porque não teve dó da onça.
Leia o texto abaixo:
A incapacidade de ser verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo
dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra
no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos feito um queijo, ele
provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi
proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela
chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo
céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o doutor Epaminondas abanou a
cabeça:
- Não há nada a fazer, dona Colo. Este menino é mesmo um caso de poesia.
Fonte: Adaptação: ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis.
Record. Rio de Janeiro, 1981.
47. Para o doutor Epaminondas, o problema do menino, personagem do texto acima é:
a) Ser mentiroso.
b) Ser criativo.
c) Enganar a mãe.
d) Ficar de castigo.
55Caderno de Atividades
Leia o texto abaixo:
A gralha vaidosa
Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou
uma data para que todos eles comparecessem diante de seu trono. O mais bonito seria
declarado rei.
Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaros foram tomar banho e alisar as
penas às margens de um arroio. A gralha também estava lá no meio dos outros, só que
tinha certeza de que nunca ia ser a escolhida, porque suas penas eram muito feias.
“Vamos dar um jeito”, pensou ela.
Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo
chão; a gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi
deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter; Júpiter examinou todo mundo
e escolheu a gralha para rei. Já ia fazer a declaração oficial quando todos os outros
pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas penas falsas uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era.
Moral:
Belas penas não fazem belos pássaros.
Fonte: http://www.metaforas.com.br/infantis/agralhavaidosa.htm
48. O problema da gralha vaidosa começou quando ela:
a) Decidiu participar do concurso.
b) Teve as penas arrancadas.
c) Apresentou-se diante de Júpiter.
d) Usou as penas que não eram dela.
56Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia o texto abaixo:
Os dois amigos e o urso
Dois amigos caminhavam por um bosque quando, de repente, aparece um urso e
começa a perseguí-los. Um dos amigos, muito assustado, trepou numa árvore, O outro,
abandonado à própria sorte, jogou-se no chão, fingindo-se de morto.
O urso ao vê-lo, aproximou-se pouco a pouco. Porém, este animal, que não se alimenta de cadáveres, segundo dizem, começou a olhá-lo, tocá-lo: observá-lo, examinálo. Mas como nosso amigo não se movia e quase nem respirava, é abandonado pelo
urso, que foi embora falando: “Está tão morto como meu bisavô”.
Então o amigo que estava na árvore, alardeando sua amizade, desce correndo e
o abraça. Comenta sobre a sorte que teve o amigo por ter saído ileso de situação tão
perigosa e lhe diz:
— Sabe, parece-me que o urso lhe disse alguma coisa no ouvido, enquanto o cheirava. Diga-me, o que foi que ele lhe disse?
E nosso amigo responde:
— Só uma coisa: “Retira tua amizade da pessoa que, se te vê em perigo, te abandona”.
F. M. de SAMANIEGO
Fonte: La Fontaine. Fábulas. Tradução de Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Revan, 1997.
49. O urso foi embora porque:
a) Os amigos se ajudaram mutuamente.
b) O urso não estava com fome.
c) Viu o amigo abandonado.
d) O urso não se alimenta de cadáveres.
57Caderno de Atividades
Leia o texto abaixo:
Vira-pulga
“Eu sou um cachorro de cidade. Não tenho raça nenhuma, me chamam injustamente
de vira-lata, quando na verdade deviam me chamar de fura-saco, pois não existe mais
lata de lixo hoje pela rua. Apesar de ser um vira-lata, ou melhor, um fura-saco, eu tenho
nome: Palito, que foi dado por minha dona, que achava o meu latido muito fino...”
Fonte: Diléa Frate. Histórias de acordar. São Paulo. Companhia das Letrinhas. 1996. p. 69.
50. O cachorro se chama Palito porque:
a) Late finíssimo.
b) É um cachorro de rua.
c) É um fura-saco.
d) Não tem nenhuma raça.
58Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia o poema de Cecília Meireles:
O lagarto medroso
O lagarto parece uma folha
Verde e amarela.
E reside entre as folhas, o tanque
e a escada de pedra.
De repente sai da folhagem
depressa, depressa,
olha o sol, mira as nuvens e corre
por cima da pedra.
Bebe o sol, bebe o dia parado,
Sua forma tão quieta,
Não se sabe se é bicho, se é folha
caída na pedra.
Quando alguém se aproxima,
- Oh! Que sombra é aquela? -
o lagarto logo se esconde
entre as folhas e a pedra.
Mas, no abrigo, levanta a cabeça
Assustada e esperta:
que gigantes são esses que passam
pela escada de pedra?
Assim vive, cheio de medo
Intimidado e alerta,
o lagarto (de que todos gostam),
entre as folhas, o tanque e a pedra.
59Caderno de Atividades
Cuidadoso e curioso,
O lagarto observa.
E não vê que os gigantes sorriem
Para ele, da pedra.
Fonte: Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo & inéditos. São Paulo, Mewlhoramentos/MEC, 1972.
51. Na sexta linha do poema, a expressão “depressa, depressa” dá a idéia de:
a) Explicação.
b) Modo.
c) Lugar.
d) Dúvida.
Observe a propaganda:
52. No trecho: “Sou Maluquinho, mas não sou louco de estragar meus livros!”. A
palavra destacada estabelece uma relação de:
a) Conclusão.
b) Explicação.
60Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
c) Contradição.
d) Alternância .
Leia o texto:
Fandango (dança cultura popular)
É mais comum no sul e sudeste do país, principalmente no litoral. Os participantes formam rodas ou pares. Em algumas variações, os dançarinos arrastam os pés,
enquanto em outras, batem os pés para marcar o ritmo. Para isso, os homens usam
botinas com saltos ou tamancos de madeira. O acompanhamento musical é feito por
viola, rabeca, pandeiro e sanfona. Nos estados do Nordeste, o fandango também é
conhecido como marujada.
Fonte: Almanaque Recreio. São Paulo: Editora Abril. 2003. p. 92.
53. No trecho “Em algumas variações, os dançarinos arrastam os pés, enquanto
em outras, batem os pés para marcar o ritmo”, as expressões em destaque dão
idéia de:
a) Ordem.
b) Modo.
c) Causa.
d) Lugar.
Leia o texto abaixo:
O Sapo e o Escorpião
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:
“Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?”
O sapo respondeu: “Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado
e vou afundar.”
61Caderno de Atividades
Disse o escorpião: “Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.”
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião
e perguntou: “Por quê? Por quê?”
E o escorpião respondeu: “Porque sou um escorpião e essa é a minha natureza.” “E
eu não posso mudá-la.”
Fonte: www.geocities.com/~esabio/http://www.escorpiao.vet.br/parabola.html
Leia a fala do escorpião no final da fábula e responda.
Na expressão: E eu não posso mudá-la “, o la refere-se à:
a) Água do rio.
b) Margem do rio.
c) Natureza do escorpião.
d) Voz do escorpião.
62Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Relação entre recursos expressivos
e efeitos de sentido.
O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido,
o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento
de estratégias de antecipação de informações que levam o leitor à construção de significados.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos
expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, entre outros. Os
poemas também se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.
Vale destacar que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interrogação etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e
o tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por
exemplo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao
explorar o texto perceba como esses elementos constroem a significação, na situação
comunicativa em que se apresentam.
Descritores:
D13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
63Caderno de Atividades
Atividades
Leia o texto abaixo:
Tarefa difícil
Ainda é cedo quando um jovem entra na fazenda à procura de serviço. Logo é atendido pelo fazendeiro, que lhe dá a primeira tarefa.
- Tome este banquinho e este balde. Vá ali naquele galpão e tire o leite da Malhada.
É minha vaquinha leiteira.
- Certamente, senhor! Vou agora mesmo!
Bastante animado, lá vai o rapaz.
Não demora muito e ouvem-se mugidos e gritaria. O rapaz sai apressadamente do
galpão segurando o banquinho em uma mão e o balde, sem nenhuma gota de leite, na
outra.
- O que houve? - Perguntou o fazendeiro.
- Senhor, tirar leite da vaca até que é fácil, mas fazer ela sentar no banquinho, não
dá mesmo!
Fonte: Livro Bem-te-li. 4ª série. FTD. p. 98.
54. Há traços de humor no trecho:
a) Tome este banquinho e este balde.
b) O rapaz sai apressadamente do galpão.
c) Fazer ela sentar no banquinho, não dá mesmo!
d) É minha vaquinha leiteira.
64Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Leia o texto:
A professora tenta ensinar matemática para o Joãozinho.
- Se eu te der quatro chocolates hoje e mais três amanhã, você fica com...com...
com?
O garoto:
- Contente.
Fonte: BUCHWEITZ, Donaldo. (org.) Piadas para você morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001.
55. A parte do texto que provoca humor é:
a) A professora ensinar matemática para o Joãozinho.
b) A professora dar quatro chocolates para Joãozinho.
c) A pergunta da professora ao Joãozinho.
d) A resposta que Joãozinho deu à professora.
Leia o texto abaixo:
Ninguém que saber de mim,
Triste reclama o Joaquim,-
As minhas noites são chatas,
Estou “entregue às baratas”!
56. No trecho: Estou “entregue às baratas”!, as aspas servem para dizer que Joaquim se sente:
a) Animado.
b) Abandonado.
c) Nervoso.
d) Sujo.
65Caderno de Atividades
Leia o texto abaixo:
Juquinha
Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí cansou de andar, sentou-se numa cadeira
belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:
- Meu filho, não pode sentar nesta cadeira não. Esta cadeira é do Pedro I.
E o Juquinha:
- Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!
57. Nessa anedota o humor é criado:
a) Porque Juquinha cansou de andar.
b) Porque Juquinha não compreendeu o sentido da fala do guarda.
c) Porque o museu era histórico.
d) Porque a belíssima cadeira estava no centro da sala.
Operário
O operário pegou o minguado salário em notas fedorentas, rasgadas, imundas.
Olhou para o caixa com cara tão desconsolada que o caixa disse:
- Espero que você não tenha medo de micróbios!
- Micróbios? Que micróbios podem sobreviver com um salário desses?
58. Há um traço de humor no trecho:
a) O operário pegou o minguado salário.
b) Espero que não tenha medo de micróbios!
c) Que micróbios podem sobreviver com um salário desses?
d) Notas fedorentas, rasgadas e imundas.
66Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Observe a tirinha abaixo:
Fonte: http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira2.htm
59. Identifique na tira o efeito de humor
a) Os dois cachorros queriam sair com a cachorrinha por isso estavam lutando.
b) Nenhum dos cachorros queria sair com a cachorrinha por isso estavam lutando.
c) A cachorrinha queria sair somente com Bidu.
d) A cachorrinha não queria sai com nenhum dos cachorros.
Observe a tirinha abaixo:
Fonte: http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira2.htm
67Caderno de Atividades
60. O humor na tirinha é provocado porque:
a) Cascão não percebe a presença das moscas na sua cabeça.
b) Cascão ficou bravo.
c) Cascão não percebe a presença de sua amiga Mônica.
d) As moscas saem voando.
Leia a piada abaixo para responder a questão:
Joãozinho chega para a professora e pergunta:
- Professora, alguém pode ser culpado por alguma coisa que não fez?
- Mas é claro que não, Joãozinho!
- Ufa! Eu não fiz o dever de casa.
Fonte: http://www.piadas.com.br/piada.php?id=50616&cod=1&tablerow=9
61. O humor nesta piada consiste:
a) Na expressão “alguém pode ser culpado por alguma coisa que não fez”.
b) Na expressão “Mas é claro que não, Joãozinho!”
c) Na expressão “Ufa! Eu não fiz o dever de casa.”
d) No diálogo estabelecido entre Joãozinho e a professora.
Observe a tirinha:
68Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
62. O humor nessa tirinha consiste:
a) Na expressão “malabarismo”.
b) Na expressão “Que livro estas lendo, Xaxado?”
c) Nas expressões “aprendeste alguma coisa” e “sobreviver sem água”.
d) Nas expressões “malabarismo” e“sobreviver sem água”.
Leia a piada abaixo:
A supervisora vai a uma escola da Zona Rural para avaliar a qualidade de aprendizagem dos alunos. Pede permissão à professora e faz algumas perguntas aos alunos.
- Você, qual é o seu nome?
- Nerso.
- Nélson, por favor, diga-me um verbo.
- Azur.
- Não é azur, é azul! E azul não é um verbo, é adjetivo!
A supervisora chama outro aluno.
- Você, fale-me um verbo.
- Biscreta.
- Não, isso não é um verbo, e também não é biscreta, e, sim, bicicleta, que é substantivo!
- Você aí no fundo, um verbo, por favor.
- Ospedar.
- Muito bem! Qual é o seu nome?
- João.
- Até que enfim, João, encontrei um que sabe! Forme uma frase com o verbo hospedar.
- Sim, professora. “ Os pedar da biscreta são azur!”
Fonte: Ciranda Cultural – Donald Buchweitz – Coleção 50 piadas
69Caderno de Atividades
63. Há traços de humor no trecho:
a) “A supervisora vai a uma escola...”
b) “Pede permissão à professora...”
c) “Você aí no fundo, um verbo, por favor...”
d) “Os pedar da biscreta são azur!”
Leia o poema de Cecília Meireles
Bolhas
Olha a bolha d’água
no galho!
Olha o orvalho!
Olha a bolha de vinho
na rolha!
Olha a bolha!
Olha a bolha na mão
que trabalha.
Olha a bolha de sabão
na ponta da palha:
brilha, espelha
e se espalha.
Olha a bolha!
Olha a bolha
que molha
a mão do menino:
A bolha da chuva da calha!
Cecília Meireles
70Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
64. No verso “Olha a bolha!” O ponto de exclamação expressa:
a) Um susto
b) Um convite.
c) Uma admiração.
d) Uma ordem.
Leia o texto abaixo:
O Sapo e o Escorpião
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.
O escorpião vinha fazer um pedido:
“Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?”
O sapo respondeu: “Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado
e vou afundar.”
Disse o escorpião: “Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.”
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião
e perguntou: “Por quê? Por quê?”
E o escorpião respondeu: “Porque sou um escorpião e essa é a minha natureza. E
eu não posso mudá-la.”
Fonte: Página do Sábio: www.geocities.com/~esabio/http://www.escorpiao.vet.br/parabola.html
65. Na frase : “Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão
largo?” O termo “sapinho” significa:
a) Referência a um sapo pequeno.
b) Referência a um sapo insignificante.
c) Referência a um modo carinhoso e solícito de chamar o sapo.
d) Referência a um modo irônico e de deboche de chamar o sapo.
71Caderno de Atividades
Variação lingüística
Este tópico refere-se às inúmeras manifestações e possibilidades da fala. No domínio do lar, as pessoas exercem papéis sociais de pai, mãe, filho, avó, tio. Quando observamos um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verificamos características lingüísticas que marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são intergeracionais
(geração mais velha/geração mais nova).
A percepção da variação lingüística é essencial para a conscientização lingüística
do aluno, permitindo que ele construa uma postura não-preconceituosa em relação a
usos lingüísticos distintos dos seus.
É importante além dessa percepção, compreender as razões dos diferentes usos, a
utilização da linguagem formal, a informal, a técnica ou as linguagens relacionadas aos falantes, como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das pessoas mais velhas, etc.
É necessário transmitirmos ao aluno a noção do valor social que é atribuído a essas
variações, sem, no entanto, permitir que ele desvalorize sua realidade ou a de outros.
Descritor:
D10 – Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um
texto.
72Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Atividades
Leia o texto abaixo:
O socorro
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão – coveiro – era cavar. Mas, de
repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair.
Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio.
Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no
fundo da cova, desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias.
Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouvia um som humano, embora o
cemitério estivesse cheio dos pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois
da meia-noite é que lá vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou.
Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que
havia: “O que é que há?” O coveiro então gritou, desesperado: “Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!”. “Mas, coitado!” – condoeu-se o bêbado – “Tem toda
razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!” E,
pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
Millôr Fernandes
Fonte: http://www.consciencia.net/2004/mes/03/millor-socorro.html - acesso em 15/06/08.
66. “O que é que há?” Quem fez essa pergunta foi:
a) O mortinho.
b) A cabeça ébria.
c) O coveiro.
d) O narrador.
73Caderno de Atividades
Leia o texto:
O pulo
A Onça encontrou o Gato e pediu:
- Amigo Gato, você me ensina a pular?
O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou.
Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade, parecia um gato gigante.
- Você é um professor maravilhoso, amigo Gato!
Dizia a Onça, agradando(...).
Fonte: Francisco Marques. Contos e lendas populares.
67. Nessa fábula, quem disse que a onça “parecia um gato gigante” foi o:
a) Professor.
b) Gato.
c) Leitor.
d) Narrador.
74Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
1
B 27
B 53
B
2
C 28
C 54
C
3
B 29
D 55
C
4
A 30
D 56
D
5
B 31
B 57
B
6
D 32
C 58
B
7
C 33
A 59
C
8
B 34
B 60
B
9
D 35
C 61
A
10
B 36
B 62
C
11
C 37
D 63
D
12
B 38
A 64
D
13
D 39
B 65
C
14
A 40
A 66
D
15
A 41
D 67
B
16
D 42
C 68
D
17
B 43
B
18
D 44
B
19
C 45
A
20
D 46
C
21
A 47
B
22
A 48
D
23
A 49
D
24
B 50
A
25
D 51
B
26
B 52
C
Gabarito
FOLHA DE ROSTO
Caderno de Atividades
MATEMÁTICA
Anos Finais do Ensino Fundamental
2009
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Roberto Requião
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde
DIRETORIA GERAL
Ricardo Fernandes Bezerra
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
Alayde Maria Pinto Digiovanni
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Mary Lane Hutner
2009
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
EQUIPE TÉCNICO–PEDAGÓGICA
Andre Candido Delavy Rodrigues
Claudia Vanessa Cavichiolo
Helenice F. Seara
Lisiane Cristina Amplatz
Marcia Viviane Barbeta Manosso
Renata Cristina Lopes
Maria de Lourdes Deneca – NRE Apucarana
Eliana Provenci – NRE Área Metropolitana Norte
Sandra Cristina Petermann - NRE Área Metropolitana Sul
Vilma Rinaldi Bisconsini - NRE Assis Chateaubriand
Chirley Augusto da Silva Moura – NRE Campo Mourão
Cleusa Apda D. N. de Souza – NRE Cascavel
Sônia Regina Felix – NRE Cianorte
Maristela de Oliveira – NRE Cornélio Procópio
Lucimar Donizete Gusmão – NRE Curitiba
Orli Constancia Albano – NRE Dois Vizinhos
Marcia Crestina de Oliveira – NRE Foz do Iguaçu
Analice Scalssavara Comim – NRE Francisco Beltrão
Vacil da Silva – NRE Goierê
Zeneide Gornaski Ribeiro – NRE Gruarapuava
Rejane Fadel Olivetti – NRE Ibaiti
Elizandra Angélica G. da Lus – NRE Irati
Helena Pianca – NRE Ivaiporã
Isumi Shimakawa Watanabe – NRE Jacarezinho
Marli Turmina Marqueviski – NRE Laranjeiras do Sul
Luciana Santelli – NRE Loanda
Simone Luccas – NRE Londrina
Marisa Castilho Dias – NRE Maringá
Vania Fanini Guimarães – NRE Paranaguá
Elizabet Luiza Martins – NRE Paranavaí
Claudina Aparecida Plakitka – NRE Pato Branco
Sildia Stafim – NRE Pitanga
Maristel do Nascimento – NRE Ponta Grossa
Gefersson Luiz dos Santos – NRE Telêmaco Borba
José Adailton Dechechi – NRE Toledo
Valdelice Bento Fontes – NRE Umuarama
Ivonete Montipo Voidaleski – NRE União da Vitória
Cibele Takemoto Ribas – NRE Wenceslau Braz
Prezado(a) aluno(a)
O Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, com a
colaboração dos Núcleos Regionais, produziu este caderno pedagógico que possibilita
a você, aluno da rede de ensino público do Estado do Paraná, aprofundar seus conhecimentos matemáticos, familiarizar-se com a estrutura das questões e objetivos desse
formato de avaliação da Prova Brasil – a qual é aplicada pelo Ministério da Educação
para todos os alunos matriculados na 8ª série do Ensino Fundamental.
Nesse sentido, este caderno pode auxiliar tanto você, aluno, como o seu professor,
no que se refere ao entendimento de como os conteúdos são apresentados nas questões aplicadas.
A idéia é que vocês discutam, resolvam e conheçam essas questões, para que
possam aprofundar seus estudos nos conteúdos já desenvolvidos na sala de aula e,
assim, melhorar o processo de ensino-aprendizagem que ocorre nas escolas públicas
do Estado do Paraná.
Departamento de Educação Básica
8Matemática – Prova Brasil - 2009
9
sumário
Apresentação 11
Conteúdos dos Anos Finais
do Ensino Fundamental 12
Geometrias 13
Grandezas e Medidas 23
Números e Álgebra 27
Tratamento da Informação 43
Gabarito 47
11
Caderno de Atividades
Apresentação
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é composto por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), realizada por amostragem das
Redes de Ensino focando as gestões dos sistemas educacionais; e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) focando cada unidade escolar e recebe em suas
divulgações, o nome de Prova Brasil.
As avaliações do SAEB são aplicadas por amostra em alunos de 4ª e 8ª séries do
Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio, as quais são utilizadas para determinar o Ideb, que foi criado pelo MEC para atender à necessidade de se estabelecer
padrões e critérios para acompanhar o sistema de ensino no país. O índice combina
taxas de aprovação, repetência e evasão com os resultados das avaliações de desempenho como a Prova Brasil (4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental) e do SAEB (Sistema
de Avaliação da Educação Básica, para os alunos do Ensino Médio).
As informações obtidas a partir dos levantamentos do SAEB também permitem
acompanhar a evolução da qualidade da Educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo MEC e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na
definição de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como
no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, com
vistas ao desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades nele existentes.
12Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Temas da Matriz de Referência de Matemática – SAEB/PROVA BRASIL
I – Espaço e Forma;
II – Grandezas e Medidas;
III – Números e Operações /Álgebra e Funções;
IV – Tratamento da Informação.
Conteúdos Estruturantes de Matemática da Educação Básica
1. Geometrias
2. Grandezas e Medidas
3. Números e Álgebra
4. Tratamento da Informação
Conteúdos de Matemática – Anos
Finais do Ensino Fundamental
13
Caderno de Atividades
Neste conteúdo espera-se o reconhecimento de figuras geométricas planas e espaciais por meio de suas definições e da identificação de algumas propriedades. Com
respeito à geometria analítica, o estudante deve saber interpretar informações dadas
em coordenadas cartesianas. Os elementos e algumas relações do círculo e da circunferência são reconhecidos e o aluno deve ser capaz de resolver problemas que exijam
manipulações não muito simples das relações métricas do triângulo retângulo.
Descritores
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras
representações gráficas.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com suas planificações.
D3 – Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e
ângulos.
D4 – Identificar relação entre quadriláteros, por meio de suas propriedades.
D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro,
da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas.
D6 – Reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros, identificando ângulos
retos e não-retos.
D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação
homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se
modificam ou não se alteram.
Geometrias
14Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
D8 – Resolver o problema utilizando a propriedade dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno
nos polígonos regulares).
D9 – Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas cartesianas.
D10 – Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas significativos.
D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações.
Conteúdos Básicos: Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Geometria Não-Euclidiana.
Atividades
1. O mapa a seguir mostra algumas ruas do centro da cidade de Curitiba (Paraná).
(Fonte: http://webservices.maplink2.com.br/viajeaqui/mapa.aspx)
Identifique as coordenadas
para localizar no mapa a
Praça Tiradentes:
a) A2
b) D2
c) E5
d) F1
15
Caderno de Atividades
2. O desenho a seguir apresenta o mapeamento das carteiras dos alunos em uma
sala de aula. Observe o desenho e assinale a alternativa correta.
Filas: 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
Cintia Silvio Carmem Davi Adriano
Lucia Nelson Paulo Renato Michele
Julia Cleuza Maria Eduarda Mirian
a) Paulo está sentado na terceira carteira da 2ª fila.
b) Lucia está sentada três carteiras antes de Michele.
c) Cleuza está na 3ª fila sentada duas carteiras antes de Davi.
d) Davi está na 4ª fila e Adriano está sentado ao seu lado na 5ª fila.
3. Solange e João estavam caminhando no Parque Central de sua cidade, conforme
o mapa a seguir:
Em relação ao Parque Central, João segue a Avenida Leste-Oeste por 1 quadra
na direção oeste e 3 quadras na direção norte, já Solange segue 2 quadras pela
Avenida na direção leste e 3 quadras na direção sul. Em quais estabelecimentos
eles chegaram, respectivamente?
a) Supermercado e Hospital.
b) Escola e Centro Comercial.
c) Hospital e Banco.
d) Banco e Escola.
16Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
4. Este é o mapa de um bairro cujos quarteirões são quadrados de 100 m de lado:
A afirmação falsa é:
a) Para ir de carro de A até B percorreu-se no mínimo 400 km
b) A rua João não é perpendicular à rua Luís
c) A rua Clara e a rua Ana são perpendiculares
d) A rua Rui e a rua Oto são paralelas
5. Observe as figuras a seguir:
17
Caderno de Atividades
Estas figuras correspondem, respectivamente a:
a) Uma pirâmide de base triangular e a um prisma de base retangular.
b) Uma pirâmide de base quadrada e a um prisma de base hexagonal.
c) Um prisma de base quadrada e a uma pirâmide de base hexagonal.
d) Um prisma de base triangular e uma pirâmide de base retangular.
6. Comparando os ângulos das figuras a seguir, pode-se dizer que os triângulos
são:
a) congruentes.
b) eqüiláteros.
c) isósceles.
d) retângulos.
7. Observe os triângulos apresentados na seqüência:
Indique uma característica presente em todas as figuras apresentadas.
a) Os triângulos possuem um ângulo maior que 90 graus.
b) Os triângulos possuem um ângulo reto.
18Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
c) Os ângulos são menores que 90 graus.
d) Não apresentam características comuns.
8. Ao arrumar a mesa para o jantar, Paula dobrou o guardanapo em forma de um
triângulo isósceles. Qual é a medida do ângulo â?
a) â = 20°
b) â = 40°
c) â = 70°
d) â = 140°
9. Marina está confeccionando uma caixa para colocar um presente para sua mãe.
Como ela quer uma caixa bem original, desenhou no papel a base para o fundo
da sua caixa. O desenho tem a forma de um quadrilátero com todos os lados com
a mesma medida, dois ângulos agudos e dois obtusos. Qual o quadrilátero que
será utilizado por Marina para confeccionar a caixa?
a) trapézio isósceles.
b) losango.
c) trapézio retângulo.
d) retângulo.
10. Paulo está confeccionando um papagaio de papel para uma competição que
acontecerá em sua cidade no final de semana, conforme desenho abaixo. Para
impressionar, Paulo deseja confeccionar um papagaio que tenha dimensões cinco vezes maiores que o de seu papagaio atual. Para isso ele deve:
19
Caderno de Atividades
a) dividir as dimensões do papagaio atual por 5.
b) multiplicar as dimensões do papagaio atual por 5.
c) multiplicar as dimensões do papagaio atual por 2.
d) dividir as dimensões do papagaio atual por 2.
11. Quantos graus percorrem o ponteiro dos minutos de um relógio em 20 minutos?
a) 90o
b) 120o
c) 124o
d) 135o
12. Claudia pretende fazer um pôster de uma foto para colocar em seu quarto. As
medidas da foto que pretende ampliar são 9 cm x 12 cm. Como ficarão as medidas do lado do pôster, se a foto original for ampliada 4 vezes?
a) Os lados do pôster terão 4 cm a mais que a foto original.
b) Os lados do pôster terão seus lados divididos por 4.
c) Apenas uma das medidas dos lados será multiplicada por 4.
d) As medidas dos lados serão multiplicadas por 4.
20Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
13. Um artesão está confeccionando caixas de madeira para vender. Entre os formatos escolhidos para as caixas, está um pentágono regular. Sabendo que a
soma dos ângulos internos desse polígono mede 540o
, para confeccionar a caixa, quanto deve medir cada ângulo interno?
a) 90o
b) 108o
c) 120o
d) 144o
14. Pedro comprou ingressos para o cinema e sentou na poltrona (J; 9). No esquema
abaixo, estão localizados pontos que representam algumas poltronas no cinema.
Qual deles representa a poltrona escolhida por Pedro?
a) K
b) P
c) W
d) Z
15. Cada um dos círculos a seguir, possui raio de 4 cm. A altura e a largura da pilha,
respectivamente, medem:
a) 8 cm e 16 cm.
b) 16cm e 8 cm.
c) 16cm e 32 cm.
d) 32cm e 16 cm.
21
Caderno de Atividades
16. Quantos metros de fio são necessários para ligar a ponta de um poste de 8m de
altura até a entrada de energia elétrica de uma casa, localizada em uma caixa
que fica a 2m do solo, distante 8m do poste?
a) 4m
b) 6m
c) 8m
d) 10m
17. Observe o esquema a seguir com a localização de uma escola e um Supermercado.
D
C
B
A
0 1
Supermercado
Escola
2 3 4
Se, nesse esquema, o supermercado pode ser indicado pelo ponto (1, A), então
a escola pode ser indicada pelo ponto:
a) (1; C)
b) (C; 10)
c) (3; C)
d) (C; 3)
22Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
a) Na reta vermelha, quando x = -2, o correspondente no eixo y = 0.
b) Na reta azul, quando x = -1, o correspondente no eixo y = -1.
c) Na reta azul, quando x = 1, o correspondente no eixo y = 1.
d) Na reta vermelha, quando x = 2, o correspondente y = 0.
18. O gráfico mostra duas retas no plano cartesiano, uma na cor azul e outra na cor vermelha. Analise os dados e indique qual das opções apresentadas está correta.
23
Caderno de Atividades
Conteúdos Básicos: Medidas de comprimento, medidas de massa,
medidas de área, medidas de volume, medidas de tempo, medidas de
ângulos, sistema monetário, medidas de temperatura, medidas de ângulos, relações métricas no triângulo retângulo, trigonometria no triângulo
retângulo.
Observação: Alguns conteúdos básicos de Grandezas e Medidas estão contemplados em Geometrias.
Grandezas e Medidas
A comparação de grandezas de mesma natureza que dá origem à idéia de medida
é muito antiga. Por exemplo, ao utilizar partes do corpo para registrar medidas: palmo,
pé, jarda e polegada. Com o tempo surgiram medidas convencionais como o metro
para medir altura, o quilômetro para medir grandes distâncias, o litro para medir capacidade e o quilômetro por hora para medir a velocidade. Nesse momento é esperado
do aluno a compreensão das medidas ou sistemas convencionais para o cálculo de
perímetros, áreas, volumes e relações entre as diferentes unidades de medida.
Descritores
D12 – Resolver o problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.
D13 – Resolver o problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas.
D14 – Resolver o problema envolvendo noções de volume.
D15 – Resolver o problema envolvendo relações entre diferentes unidades de medida.
24Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
atividades
19. Observe o mapa a seguir que apresenta um trecho de uma ciclovia na capital do
Paraná.
Cada quadra tem o comprimento de 100m. A linha verde representa a ciclovia, se
um ciclista percorrer duas vezes todo esse trecho vai andar:
a) 300 m
b) 400 m
c) 800 m
d) 1 600 m
25
Caderno de Atividades
20. Uma piscina quadrada foi construída num terreno retangular, conforme figura a
seguir:
O proprietário deseja gramar todo o terreno em volta da piscina. Calcule quanto
ele vai gastar sabendo-se que o 1m² de grama custa R$ 5,60.
a) R$ 89,60
b) R$ 358,40
c) R$ 448,00
d) R$ 537,60
21. A figura a seguir, representa um terreno em forma de trapézio e o proprietário do
terreno pretende cercá-lo com uma tela. Quantos metros de tela serão necessários?
a) 96 metros
b) 104 metros
c) 124 metros
d) 128 metros
22. Um pedreiro precisa concretar uma laje de formato retangular, com dimensões 4 m
por 6 m, e espessura igual a 0,1 m. Qual o volume de concreto necessário?
a) 2,4 m³
b) 2,6 m³
c) 2,7m³
d) 3,4 m³
23. cubo representado na figura a seguir foi montado com 8 cubinhos iguais.
26Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Quantos cubinhos devem ser acrescentados para formar um outro cubo maior
contendo 27 cubinhos?
a) 4
b) 8
c) 12
d) 19
24. O sólido da figura é composto por dois blocos retangulares. Qual é o volume do
sólido?
a) 17050 cm3
b) 17150 cm3
c) 18250 cm3
d) 18750 cm3
25. Uma balconista vendeu 70 centímetros de tecido a um freguês. Essa balconista
preencheu corretamente a nota fiscal, escrevendo:
a) 0,07 m
b) 0,070 m
c) 0,070 cm
d) 0,70 m
26. Numa sacola estão 3 kg de batata, 750 g de feijão, 400 g de queijo, 250 g de
azeitona e 500 g de arroz. Qual é o peso total dos alimentos?
a) 1,9 kg
b) 3,85 kg
c) 4,75 kg
d) 4,9 kg
27
Caderno de Atividades
Números e Álgebra
Abordar as atividades com a localização de inteiros e racionais na reta numérica,
o reconhecimento das diferentes representações dos números racionais, a realização
de cálculos com números racionais, a resolução de problemas envolvendo porcentagens, a resolução de cálculos algébricos, a identificação de expressões algébricas
que representam os valores de uma seqüência numérica, a identificação de equações
e desigualdades do primeiro grau em problemas significativos, a identificação de um
sistema de equações do primeiro grau e da relação entre essas equações e suas representações geométricas.
Descritores
D16 – Identificar a localização de números inteiros na reta numérica.
D17 – Identificar a localização de números racionais na reta numérica.
D18 – Efetuar cálculos com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D19 – Resolver o problema com números naturais envolvendo diferentes significados
das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D20 – Resolver o problema com números inteiros envolvendo as operações (adição,
subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional.
D22 – Identificar a fração como representação que pode estar associada a diferentes
significados.
D23 – Identificar as frações equivalentes.
28Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
D24 – Reconhecer as representações decimais dos números racionais como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando a existência de “ordens”
como décimos, centésimos e milésimos.
D25 – Efetuar os cálculos que envolvam operações com números racionais (adição,
subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D26 – Resolver o problema com números racionais que envolvam as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D27 – Efetuar os cálculos simples com valores aproximados de radicais.
D28 – Resolver o problema que envolva porcentagem.
D29 – Resolver o problema que envolva variações proporcionais, diretas ou inversas
entre grandezas.
D30 – Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica.
D31 – Resolver o problema que envolva equação de segundo grau.
D32 – Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade observada em
seqüências de números ou figuras (padrões).
D33 – Identificar uma equação ou uma inequação de primeiro grau que expressa um
problema.
D34 – Identificar um sistema de equações do primeiro grau que expressa um problema.
D35 – Identificar a relação entre as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações de primeiro grau.
Conteúdos Básicos: Sistemas de Numeração, Números Naturais,
Múltiplos e divisores, Potenciação e Radiciação, Números Fracionários,
Números Decimais, Números Inteiros, Números racionais, Equação e
Inequação do 1º grau, Razão e proporção, Regra de Três, Números Irracionais, Sistemas de Equações do 1º grau, Propriedades das Potências,
Monômios e Polinômios, Produtos Notáveis, Números Reais, Propriedades dos Radicais, Equação do 2º grau, Teorema de Pitágoras, Equações
Irracionais, Equações Biquadradas, Regra de Três Composta.
29
Caderno de Atividades
atividades
27. Considerando que na reta numérica abaixo o ponto K corresponde ao número
inteiro 5 e o ponto D ao número inteiro -2, indique o ponto correspondente ao
número inteiro um.
a) ponto E
b) ponto G
c) ponto B
d) ponto J
28. Observe a reta a seguir, na qual as letras representam números inteiros.
Dada a seqüência ( 3; 4; - 2; - 4 ), assinale a seqüência de letras correspondente:
a) B, C, G, E
b) B, C, F, H
c) C, B, F, H
d) C, B, G, E
29. Na reta numérica a seguir, um dos números localizado entre o –2 e – 1 pode
ser:
a) – 1
5
5
4
b)
9
5
c)
d) – 5
4
30Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
30. Qual é o resultado da expressão dada pelo triplo do quadrado de -5, somando
com a quarta potência de -3 e menos o dobro de 6.
a) - 168
b) - 24
c) 144
d) 294
31. Paguei R$ 74,00 por uma bolsa e uma sandália. A bolsa foi R$ 23,00 mais barata
do que a sandália. Qual o preço da sandália?
a) R$ 23,00
b) R$ 25,50
c) R$ 45,50
d) R$ 48,50
32. Em um dia de inverno foi registrada ao meio-dia, em uma cidade, a temperatura
de 10o
C. Passadas algumas horas, nesse mesmo dia, a temperatura na cidade
diminui 15o
C, assim os termômetros passaram a registrar:
a) -10o
C
b) - 5o
C
c) 5o
C
d) 25o
C
33. No inverno os termômetros registraram, à tarde, a temperatura de 6°C acima de
zero. Sabendo que durante a noite a temperatura baixou 7,5°C, a temperatura
registrada pelos termômetros, nessa noite foi de:
a) - 13,5°C
b) - 1,5°C
c) 1,5°C
d) 13,5°C
31
Caderno de Atividades
Fonte: http://smartkids.terra.com.br/passatempos/disciplinas/fracoes.html
34. Bianca e suas amigas saíram para comer uma pizza. Depois de 20 minutos de
conversa elas já haviam comido 50 % da pizza. Qual fração abaixo representa o
total da pizza que elas já comeram?
2
4
a)
5
4
b)
3
8
c)
4
2
d)
35. Marcos é vendedor em uma loja de bonés. No final do mês, ao verificar as vendas
da loja, percebeu que, de um total de 25 bonés, havia vendido 12. Qual a fração
que representa o número de bonés que ficaram no estoque?
12
25
a)
9
25
b)
13
25
c)
1
25
d)
36. Regina, Bruno, Carlos e Mariana participaram de uma olimpíada de Matemática. Do total das questões propostas Regina acertou
2
5
, Bruno acertou
1
2
,
Carlos acertou
3
8
e Mariana acertou
2
4
. Houve um empate entre dois deles.
Identifique os dois participantes que acertaram o mesmo número de questões.
a) Regina e Bruno
b) Bruno e Carlos
c) Carlos e Mariana
d) Bruno e Mariana
32Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
37. Pensando em modernizar sua casa, uma arquiteta desenhou uma faixa na parede de seu quarto, como mostra a figura abaixo, que será pintada de azul e rosa.
Até o momento, o pintor só utilizou a tinta azul. A fração que representa a parte
pintada da faixa é igual a:
2
4
a)
5
4
b)
3
8
c)
4
2
d)
38. Paulo e Roberto têm, juntos, R$ 340,00. Paulo comprou ingresso para o jogo de
futebol com 1/5 do que possuía. Roberto gastou 2/3 do que possuía na compra
de ingresso para um show de música. Efetuadas essas despesas, eles ficaram
com quantias iguais. Nesse caso, podemos afirmar que
a) Paulo tinha R$ 140,00 a mais que Roberto.
b) Roberto tinha menos que o dobro da quantia de dinheiro que Paulo.
c) Paulo tinha R$ 100,00 a menos que Roberto.
d) Roberto tinha o dobro de Paulo mais R$ 40,00.
39. Júnior estava participando de uma maratona. O percurso total da prova é de
42,195 Km. Sabendo-se que ainda faltam 16,4 Km para ele completar a prova,
qual a distância já percorrida por Júnior?
a) 25,920 Km
b) 25,795 Km
c) 23,795 Km
d) 40,555 Km
33
Caderno de Atividades
40. Com um total de 3,695 Km de extensão e obedecendo aos mais rígidos conceitos
relativos à segurança, à funcionalidade e à qualidade, o Autódromo Internacional
de Curitiba se apresenta como referência para o novo milênio. A figura a seguir
mostra o desenho da pista do autódromo Internacional.
O texto traz informações sobre a extensão da pista do autódromo. Podemos dizer
que essa extensão corresponde a:
a) 3 km + 695 centésimos do quilômetro.
b) 3 km + 695 milésimos do quilômetro.
c) 3 km + 695 décimos do quilômetro.
d) 3 km + 695 milionésimos do quilômetro.
41. No mês de setembro, o saldo bancário de Joana era de R$ 115,00. Durante o
mês ela pagou duas dívidas utilizando dois cheques, um no valor de R$ 126,50 e
outro no valor de R$ 23,00. Qual o saldo de Joana no final desse mês?
a) - R$149,50
b) - R$ 34,50
c) R$ 34,50
d) R$ 149,50
34Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
42. Pedro foi ao banco, retirou um extrato de sua conta e notou que estava com um
saldo negativo de R$ 356,00. Sabendo que serão debitados em sua conta dois
cheques, sendo um de R$ 53,50 e outro de R$ 85,00, quanto Pedro precisa depositar para deixar a conta com um saldo positivo de R$ 30,00?
a) R$ 187,50
b) R$ 217,50
c) R$ 247,50
d) R$ 524,50
43. A capacidade do tanque de gasolina do carro de João é de 50 litros. As figuras
mostram o medidor de gasolina do carro no momento de partida e no momento
de chegada de uma viagem feita por João. Quantos litros de gasolina ele gastou
na viagem?
a) 12,5
b) 25
c) 37,5
d) 50
44. De acordo com a tabela a seguir, marque a resposta correta:
BRASIL ÍNDIA
Densidade demográfica (hab/km2
) 18,72 304,2
Área (km2
) 8.547.404 3.287.263
Fonte: ONU e IBGE - http://www.colband.com.br/ativ/nete/matweb/6serie/4obi-1999.htm
Segundo a tabela, podemos afirmar que:
35
Caderno de Atividades
a) A área do Brasil é 2,6 vezes menor que a área da Índia.
b) A população da Índia é 16,25 vezes maior que a do Brasil.
c) A densidade demográfica do Brasil é menor que o da Índia porque sua área
é menor.
d) A população da Índia é 6,25 vezes maior que a do Brasil.
45. Em um concurso estão inscritos 275 candidatos dos quais 176 são homens. A
taxa percentual de mulheres é de:
a) 36
b) 56
c) 64
d) 99
46. Marcos participou de uma olimpíada de matemática da escola. Ele acertou 72%
das 150 questões. O número de questões que ele errou foi de:
a) 28
b) 42
c) 78
d) 108
47. Se o salário de Antônio passou de R$ 700,00 para R$ 850,00 num período em que
a inflação mensal foi de 4%, então, o reajuste foi:
a) Abaixo da inflação.
b) Acima da inflação.
c) Igual à inflação.
d) Não é possível de se calcular.
48. Márcia faz doces para vender e sua última encomenda para uma festa de aniversário de criança foi de 400 brigadeiros. Para obter essa quantidade ela usou
36Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Escala 1: 20 000 000
cinco latas de leite condensado. Agora, ela recebeu uma encomenda de 720
brigadeiros. Para fazer essa quantidade, ela gastará:
a) 6 latas de leite condensado.
b) 7 latas de leite condensado.
c) 8 latas de leite condensado.
d) 9 latas de leite condensado.
49. O consumo de determinadas frutas é benéfico à saúde. Um exemplo é a pêra,
cujo consumo auxilia na circulação do sangue, no controle da pressão arterial e
facilita a digestão. Cada 100g dessa fruta equivale a 56 calorias. Uma pessoa
que ingere 450g dessa fruta, fornece ao organismo:
a) 156 calorias
b) 252 calorias
c) 468 calorias
d) 504 calorias
50. André vai realizar uma viagem em seu estado. Conforme é apresentado no mapa a
seguir, a distância de Ijuí – Porto Alegre é de 2 cm aproximadamente. Veja qual é a
escala do mapa e descubra a distância real aproximada entre as duas cidades.
37
Caderno de Atividades
a) 20 Km
b) 40 Km
c) 200 Km
d) 400 Km
51. Um carro percorre 5 km, enquanto no mesmo intervalo de tempo um homem caminha 40 m. Observando a razão entre os espaços percorridos pelo carro e pelo
homem, concluímos que:
a) o carro percorre 125 m enquanto o homem percorre 1 m.
b) o carro percorre 5 000 m enquanto o homem percorre 4 m.
c) o carro percorre 500 m enquanto o homem percorre 40 m.
d) o carro percorre 1 250 m enquanto o homem percorre 1 m.
52. Em uma cidade do Paraná, a corrida de táxi é cobrada da seguinte maneira:
R$ 3,50 de bandeirada (valor inicial mínimo estipulado para uma corrida), mais
R$ 1,60 por quilômetro rodado. A fórmula que expressa o valor C da corrida em
X quilômetros é:
C = 3,50 + 1,60 X. Qual o valor que uma pessoa pagará por uma corrida de 13
Km?
a) R$ 5,10
b) R$ 20,08
c) R$ 23,50
d) R$ 24,30
53. O nível N de óleo de um reservatório varia com o tempo t, contado em horas, conforme a equação: N = t2 + 5t – 24 = 0. Em quanto tempo o nível de óleo chegará
a zero?
a) 3 horas
b) 4 horas
38Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
c) 5 horas
d) 8 horas
54. O valor pago por uma corrida de táxi em uma cidade é dado pela equação
P=5+1,5K, onde R$ 5,00 é uma quantia fixa correspondente a chamada bandeirada, e R$ 1,50 por quilômetro percorrido K. Se uma pessoa ao final da corrida
pagou R$ 50,00, quantos quilômetros percorreu o táxi?
a) 20km
b) 30km
c) 35km
d) 40km
55. Com o dinheiro que economizou de sua mesada, Márcia pretende comprar um
MP4 e um tênis que custa R$ 154,00. A soma do dobro do preço do MP4 com o
preço do tênis é R$ 334,00. A expressão que representa esse problema é:
a) 334 – x = 154
b) 2x – 154 = 334
c) x + 2 x = 154 + 334
d) 2x + 154 = 334
56. Observe a figura a seguir: com quatro palitos podemos fazer um quadrado; com
sete palitos, podemos formar uma fileira com dois quadrados e com dez palitos,
uma fileira com três quadrados, e assim sucessivamente. Indique a expressão
que representa o número de palitos necessários para se formar uma fileira com
n palitos.
a) 2n + 2
b) 2n + 3
c) 3n + 1
d) 3n + 2
39
Caderno de Atividades
57. Na situação a seguir, indique a equação que nos permite encontrar o número
procurado. Amanda vai realizar uma viagem e estava com 81 reais, gastou 9
reais com um almoço durante a viagem e comprou 6 refrigerantes e 6 salgados
que custaram o mesmo valor cada um, para consumir durante a viajem. Qual a
equação que melhor expressa o problema?
a) 6x - 9 = 81
b) 6x + 9 - 81 = 0
c) 12x = 81 + 9
d) 12x + 9 = 81
58. A expressão representa a compra de camisetas feita por uma loja na qual obteve
R$100,00 de desconto: C = 15a + 10b + 18c + 12d - 100
Os preços das quatro marcas de camisetas são dados na tabela a seguir, então
o valor dessa compra com o desconto foi de:
a) R$ 511,00
b) R$ 611,00
c) R$ 621,00
d) R$ 711,00
59. Observe a seqüência de figuras e identifique qual é a expressão algébrica que
representa a seqüência da quantidade de quadradinhos, onde cada lado é representado por n.
a) n2
b) n2
+42
c) n2
+(n+1)2
d) (n+2)2
60. No início de uma festa, tinham 200 jovens. Depois o número de rapazes dobrou
e o de moças aumentou 40. Com isso o número de rapazes ficou o mesmo que o
de moças. Quantos rapazes e quantas moças havia no início da festa?
CAMISETA PREÇO
a R$ 5,00
b R$ 8,00
c R$ 12,00
d R$ 20,00
40Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
a) 80 rapazes e 120 moças.
b) 120 rapazes e 80 moças.
c) 160 rapazes e 120 moças.
d) 160 rapazes e 160 moças.
61. Na lanchonete de uma escola o preço do salgado é R$ 2,00 e o preço do sanduíche é R$ 3,00, que são os lanches vendidos. Em uma manhã foram vendidos
70 lanches. O valor arrecadado em todo o dia foi de R$ 180,00. Qual sistema a
seguir representa o problema?
x + y = 70
2x + y = 180 a)
x + 3y = 50
2x + y = 180 b)
x + y = 70
2x + 3y = 180 c)
2x + 3y = 70
x + y = 180 d)
62. Em uma garagem há carros e motos totalizando 30 veículos. O administrador da
garagem abaixou-se e contou 82 pneus. Com isso, o administrador concluiu que
na garagem há:
a) 19 motos e 11 carros.
b) 10 carros e 20 motos.
c) 11 carros e 19 motos.
d) 12 carros e 18 motos.
41
Caderno de Atividades
63. Observe o gráfico a seguir:
Esse gráfico é a solução (representação geométrica) do sistema:
x + y = 12
x – y = 2 a)
x + y = 7
2x + 4y = 22 b)
x + y = 7
2x – y = - 1 c)
x + 2y = 5
2x + y = - 2 d)
64. Observe o gráfico a seguir e indique a solução do sistema que representa o gráfico:
x + y = 4
x – y = 2 a)
x + y = 4
x – y = 4 b)
x + 2y = 4
x – 2y = 2 c)
x + 2y = 4
2y = 2 d)
42Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
a) b)
c) d)
65. A velocidade de um automóvel varia com a aceleração constante em função do
tempo, obedecendo a seguinte equação v = 10 + 2.t.
O gráfico que melhor representa a equação anterior é :
a) V
t
b) V
t
c) V
t
d) V
t
66. Os sistemas de equações apresentam uma interpretação gráfica. Indique o gráfico que melhor representa o sistema a seguir:
x + y = 2
x – y = 0
43
Caderno de Atividades
Tratamento da Informação
Esse conteúdo explicita a importância de mostrar ao aluno a utilização dos conhecimentos adquiridos em sua vida escolar para interpretar informações de jornais, revistas
e outras mídias.
Descritores
D36 – Resolver o problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou
gráficos.
D37 – Associar as informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.
Conteúdos Básicos: Dados, tabelas e gráficos, Porcentagem, Pesquisa Estatística, Média Aritmética, Moda e mediana, Juros simples, Gráfico e Informação, População e amostra, Noções de Análise Combinatória, Noções de Probabilidade, Estatística, Juros Composto.
44Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
atividades
67. A tabela a seguir traz a população dos cinco municípios mais populosos do
Paraná:
Municípios mais populosos do Estado do Paraná
Município População (habitantes)
A Curitiba 1.587.315
B Londrina 447.065
C Maringá 288.653
D Ponta Grossa 273.616
E Foz do Iguaçú 258.543
IBGE: Censo demográfico, 2.000
Ao observar os dados da tabela, podemos afirmar que:
a) A soma da população dos municípios B, C, D e E é maior que a de Curitiba.
b) Curitiba tem aproximadamente o triplo de habitantes de Ponta Grossa e Foz
do Iguaçu.
c) Foz do Iguaçu tem mais do que o dobro da população de Londrina.
d) A diferença da população de Curitiba e Maringá é de 1 milhão de habitantes.
68. Em uma pesquisa onde 2 673 pessoas foram entrevistadas com o seguinte questionamento: O que leva as pessoas a se mudarem para os condomínios fechados
fora das grandes cidades?
As respostas foram organizadas no gráfico a seguir, após análise do gráfico,
pode-se afirmar que, aproximadamente:
a) 321 pessoas mudam devido
ao conforto.
b) 588 pessoas mudam devido à
tranqüilidade.
c) 749 pessoas mudam devido
ao espaço.
d) 1 016 pessoas mudam devido
à segurança.
segurança
38%
tranquilidade
28%
espaço
12%
conforto
22%
45
Caderno de Atividades
69. A professora Lisiane de Matemática realizou um levantamento para saber a preferência musical dos alunos das 7ª séries A e B. O gráfico seguinte mostra o
resultado obtido por ela:
Nº de alunos
Preferência musical dos alunos da 7ª série A eB
30
25
20
15
10
5
0
Rock Pop Hip Hop Rap Sertaneja MPB
Com base no gráfico anterior é possível dizer que:
a) O estilo musical preferido pela maioria dos alunos é Hip Hop.
b) A maioria dos alunos prefere Sertaneja.
c) O estilo musical preferido pela maioria dos alunos é Pop.
d) O estilo musical menos ouvido é MPB.
70. O gráfico a seguir mostra os resultados de jogos na Copa de 2006.
De acordo com o gráfico é correto afirmar que:
a) O Brasil marcou 7 gols.
b) A média de gols marcados pelo Brasil
foi de 2 gols por jogo.
c) 2% dos gols foram marcados contra a
Holanda (HOL).
d) O Brasil marcou mais gols contra a Camarões (CAM) do que contra a Itália
(ITA).
3
2
1
0
Rus
cam
SUE
EUA
HOL
SUE
ITA
adversários
Gols marcados pelo Brasil na copa de 2006
gols do Brasil
46Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
71. O gráfico a seguir apresenta as vendas de equipamentos agrícolas de uma indústria:
Venda de Equipamentos Agrícolas
meses
unidades vendidas
0
10
20
30
40
50
jan fev mar abr mai jun
Pode-se afirmar que:
a) foram vendidos 90 equipamentos até abril.
b) as vendas aumentaram mês a mês.
c) foram vendidos 100 equipamentos até junho.
d) o faturamento da indústria aumentou de março para abril.
72. A tabela a seguir mostra os rendimentos mensais com as respectivas alíquotas e
deduções do imposto de renda – I.R.
TABELA DO IMPOSTO DE RENDA EM 1999 PARA PESSOAS FÍSICAS
Rendimento em novembro (R$) Alíquota (%)
Até 900 isento
Acima de 900 até 1800 15
Acima de 1800 27,5
Neste período, o salário mensal de Renata era de R$ 2 500,00, então:
a) Renata era isenta.
b) Renata deve pagar R$ 375,00 de I. R.
c) Renata deve pagar R$ 495,00 de I. R.
d) d) Renata deve pagar R$ 687,50 de I. R.
47
Caderno de Atividades
1
c 31
d 61
c
2
d 32
b 62
c
3
d 33
b 63
b
4
c 34
a 64
a
5
b 35
c 65
b
6
a 36
d 66
b
7
b 37
a 67
b
8
b 38
d 68
d
9
b 39
b 69
c
10
b 40
b 70
b
11
b 41
b 71
a
12
d 42
d 72
d
13
b 43
b
14
a 44
d
15
c 45
a
16
d 46
b
17
c 47
b
18
b 48
d
19
d 49
b
20
c 50
d
21
b 51
a
22
a 52
d
23
d 53
a
24
d 54
b
25
d 55
d
26
d 56
c
27
b 57
d
28
b 58
a
29
d 59
a
30
d 60
a
GABARITO
FOLHA DE ROSTO
Caderno de Atividades
MATEMÁTICA
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
2009
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Roberto Requião
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde
DIRETORIA GERAL
Ricardo Fernandes Bezerra
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
Alayde Maria Pinto Digiovanni
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Mary Lane Hutner
2009
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
EQUIPE TÉCNICO–PEDAGÓGICA
Andre Candido Delavy Rodrigues
Claudia Vanessa Cavichiolo
Helenice F. Seara
Lisiane Cristina Amplatz
Marcia Viviane Barbeta Manosso
Renata Cristina Lopes
Maria de Lourdes Deneca – NRE Apucarana
Eliana Provenci – NRE Área Metropolitana Norte
Sandra Cristina Petermann - NRE Área Metropolitana Sul
Vilma Rinaldi Bisconsini - NRE Assis Chateaubriand
Chirley Augusto da Silva Moura – NRE Campo Mourão
Cleusa Apda D. N. de Souza – NRE Cascavel
Sônia Regina Felix – NRE Cianorte
Maristela de Oliveira – NRE Cornélio Procópio
Lucimar Donizete Gusmão – NRE Curitiba
Orli Constancia Albano – NRE Dois Vizinhos
Marcia Crestina de Oliveira – NRE Foz do Iguaçu
Analice Scalssavara Comim – NRE Francisco Beltrão
Vacil da Silva – NRE Goierê
Zeneide Gornaski Ribeiro – NRE Gruarapuava
Rejane Fadel Olivetti – NRE Ibaiti
Elizandra Angélica G. da Lus – NRE Irati
Helena Pianca – NRE Ivaiporã
Isumi Shimakawa Watanabe – NRE Jacarezinho
Marli Turmina Marqueviski – NRE Laranjeiras do Sul
Luciana Santelli – NRE Loanda
Simone Luccas – NRE Londrina
Marisa Castilho Dias – NRE Maringá
Vania Fanini Guimarães – NRE Paranaguá
Elizabet Luiza Martins – NRE Paranavaí
Claudina Aparecida Plakitka – NRE Pato Branco
Sildia Stafim – NRE Pitanga
Maristel do Nascimento – NRE Ponta Grossa
Gefersson Luiz dos Santos – NRE Telêmaco Borba
José Adailton Dechechi – NRE Toledo
Valdelice Bento Fontes – NRE Umuarama
Ivonete Montipo Voidaleski – NRE União da Vitória
Cibele Takemoto Ribas – NRE Wenceslau Braz
Prezado(a) aluno(a)
O Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, com a
colaboração dos Núcleos Regionais, produziu este caderno pedagógico que possibilita
a você, aluno da rede de ensino público do Estado do Paraná, aprofundar seus conhecimentos matemáticos, familiarizar-se com a estrutura das questões e objetivos desse
formato de avaliação da Prova Brasil – a qual é aplicada pelo Ministério da Educação
para todos os alunos matriculados na 4ª série do Ensino Fundamental.
Nesse sentido, este caderno pode auxiliar tanto você, aluno, como o seu professor,
no que se refere ao entendimento de como os conteúdos são apresentados nas questões aplicadas.
A idéia é que vocês discutam, resolvam e conheçam essas questões, para que
possam aprofundar seus estudos nos conteúdos já desenvolvidos na sala de aula e,
assim, melhorar o processo de ensino-aprendizagem que ocorre nas escolas públicas
do Estado do Paraná.
Departamento de Educação Básica
8Matemática – Prova Brasil - 2009
9
sumário
Apresentação 11
Conteúdos dos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental 12
Geometrias 13
Grandezas e Medidas 23
Números e Operações 27
Tratamento da Informação 43
Gabarito 47
11
Caderno de Atividades
Apresentação
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é composto por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), realizada por amostragem das
Redes de Ensino focando as gestões dos sistemas educacionais; e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) focando cada unidade escolar e recebe em suas
divulgações, o nome de Prova Brasil.
As avaliações do SAEB são aplicadas por amostra em alunos de 4ª e 8ª séries do
Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio, as quais são utilizadas para determinar o Ideb, que foi criado pelo MEC para atender à necessidade de se estabelecer
padrões e critérios para acompanhar o sistema de ensino no país. O índice combina
taxas de aprovação, repetência e evasão com os resultados das avaliações de desempenho como a Prova Brasil (4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental) e do SAEB (Sistema
de Avaliação da Educação Básica, para os alunos do Ensino Médio).
As informações obtidas a partir dos levantamentos do SAEB também permitem
acompanhar a evolução da qualidade da Educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo MEC e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na
definição de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como
no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, com
vistas ao desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades nele existentes.
12Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Conteúdos de Matemática –
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Temas da Matriz de Referência de Matemática – SAEB/PROVA BRASIL
I – Espaço e Forma;
II – Grandezas e Medidas;
III – Números e Operações /Álgebra e Funções;
IV – Tratamento da Informação.
Conteúdos Estruturantes de Matemática da Educação Básica
1. Geometrias
2. Grandezas e Medidas
3. Números e Operações
4. Tratamento da Informação
13
Caderno de Atividades
Geometrias
Geometrias / Espaço e Forma
A compreensão do espaço com suas dimensões e formas de constituição são elementos necessários para a formação do aluno na fase inicial de estudos de geometria.
Os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo de Matemática porque, por meio deles, o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar, de forma organizada e concisa, o mundo
em que vive. O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de
números e medidas, estimulando a criança a observar, perceber semelhanças, diferenças e identificar regularidades.
Deve também observar que uma figura geométrica é constituída por uma, duas ou
três dimensões, identificando algumas propriedades e estabelecendo classificações.
A identificação de uma localização ou deslocamento, a percepção de relações dos
objetos no espaço com a utilização do vocabulário correto são, também, noções importantes para essa fase de aprendizagem do aluno.
Descritores
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras
representações gráficas.
D2 – Identificar as propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos,
relacionando figuras tridimensionais com suas planificações.
D3 – Identificar as propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais
pelo número de lados, pelos tipos de ângulos.
D4 – Identificar os quadriláteros observando as posições relativas entre seus lados
(paralelos, concorrentes, perpendiculares).
14Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
1. O desenho a seguir, representa a posição de frutas em uma banca de feira:
D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro,
da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas.
Atividades
Você está de frente para essa banca de frutas. Qual a localização das maçãs?
a) É a segunda fruta a partir da minha esquerda na parte de cima.
b) É a quinta fruta a partir da minha direita na parte de baixo.
c) É a segunda fruta a partir da minha esquerda na parte do meio.
d) É a segunda fruta a partir da minha direita na parte de cima.
Conteúdos Básicos: Geometria Plana; e Geometria Espacial.
15
Caderno de Atividades
2. Observe a localização do carro e responda:
• Para chegar ao Museu, o carro terá que virar à direita ou à esquerda na Rua
Acre?
• A entrada do Museu fica na Rua Goiás.
Para o carro estacionar na frente do Museu, deve virar à direita ou à esquerda?
A resposta correta para o carro chegar ao museu seguindo a mesma direção que
está é:
a) virar duas vezes para a direita.
b) virar duas vezes para a esquerda.
c) primeiro virar à esquerda e depois à direita.
d) primeiro virar à direita e depois à esquerda.
16Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
3. A figura 1 a seguir representa a planificação da figura 2, o cubo.
Com base na planificação da figura 2, podemos dizer que um cubo possui:
a) 4 faces
b) 3 faces
c) 8 faces
d) 6 faces
4. Esta pilha de lanterna tem, aproximadamente, a forma:
a) da pirâmide
b) do cubo
c) do cilindro
d) da esfera
5. Em uma das aulas de matemática, aprendi sobre os poliedros e os corpos redondos. Em seguida, fui ao supermercado. Lá comprei uma caixa de sabão em
pó, uma lata de óleo e uma bola. No caixa percebi que os três produtos tinham,
respectivamente, a forma de:
a) cubo, cone e circunferência.
b) paralelepípedo, cone e esfera.
c) cubo, cilindro e circunferência.
d) paralelepípedo, cilindro e esfera.
17
Caderno de Atividades
6. No desenho a seguir é possível identificar quantos retângulos?
a) 2
b) 8
c) 10
d) 11
7. Observe os triângulos:
Indique uma característica comum entre eles.
a) Possuem um ângulo maior que 90 graus.
b) Possuem um ângulo reto.
c) Todos os ângulos são menores que 90 graus.
d) Não apresentam características em comum.
8. Um campo de futebol tem o formato de uma figura com quatro lados, como podemos observar no esquema representado a seguir. Qual quadrilátero é esse?
a) losango
b) quadrado
c) trapézio
d) retângulo
18Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
9. Os desenhos a seguir representam o formato de um jardim que será construído em uma praça da cidade. Inicialmente pensou-se num jardim pequeno, mas
devido ao grande entusiasmo que causou na população da cidade, o prefeito
solicitou que fizessem um novo projeto, com desenho maior. O novo projeto terá
área:
a) 2 vezes maior que o primeiro.
b) 3 vezes maior que o primeiro.
c) 4 vezes maior que o primeiro.
d) 6 vezes maior que o primeiro.
19
Caderno de Atividades
A comparação de grandezas de mesma natureza que dá origem à idéia de medida
é muito antiga. A medição tinha como referência as dimensões do corpo humano, além
de destacar aspectos curiosos como o fato de que, em determinadas civilizações, as
medidas do corpo do rei eram tomadas como padrão.
Para certas aplicações, foram utilizadas medidas que, com o tempo, tornaram-se
convencionais. A velocidade, o tempo e a massa são exemplos de grandezas para as
quais foram convencionadas algumas medidas. Desse modo, é importante que os alunos reconheçam as diferentes situações que os levam a lidar com grandezas físicas,
para que identifiquem que atributo será medido e o que significa a medida.
O aluno deve compreender que podem ser convencionadas medidas ou, que podem ser utilizados sistemas convencionais para o cálculo de perímetros, áreas, valores
monetários e trocas de moedas e cédulas.
Descritores
D6 – Estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida convencionais
ou não.
D7 – Resolver os problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml.
D8 – Estabelecer as relações entre unidades de medida de tempo.
D9 – Estabelecer as relações entre o horário de início e término e/ou o intervalo da
duração de um evento ou acontecimento.
D10 – Num problema, estabelecer as trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em função de seus valores.
Grandezas e Medidas
20Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Atividades
10. João Pedro montou uma barraca de sucos na festa da escola, vendeu 50 copos
de 200ml. Sabendo-se que ele havia feito 12 litros de suco. Quantos litros sobraram?
a) 1litro
b) 2 litros
c) 5 litros
d) 10 litros
11. Papai viaja muito. A última viagem durou 63 dias. Esse tempo é o mesmo que:
a) 8 semanas e 3 dias.
b) 9 semanas.
c) 10 semanas.
d) 12 semanas e 3 dias.
12. Joana alugou um carro para fazer uma viagem de 36 km. Sabendo que o carro
percorre 12 km com 1 litro de gasolina e que o litro custa R$ 2,20, o gasto que ela
teve com o combustível foi:
D11 – Resolver os problemas envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.
D12 – Resolver os problemas envolvendo o cálculo ou estimativa de áreas de figuras
planas, desenhadas em malhas quadriculadas.
Conteúdos Básicos: Medidas de comprimento, medidas de massa,
medidas de área, medidas de volume, medidas de tempo, medidas de
ângulos e sistema monetário.
21
Caderno de Atividades
a) R$ 2,20
b) R$ 5,20
c) R$ 6,60
d) R$ 12,00
13. Numa festa foram preparados 4 kg de feijão, 8 kg de arroz e 6 kg de carne. Quantos gramas de comida foram preparadas no total?
a) 18 g
b) 180 g
c) 1800 g
d) 18000 g
14. Uma escola resolveu fazer uma gincana, onde uma das provas é arrecadar 100
Kg de alimentos. A turma de Mary conseguiu no primeiro dia os seguintes alimentos: 5 pacotes de arroz de 1kg, 2 pacotes de farinha de trigo de 5 kg, 4 pacotes de café de 250g e 3 pacotes de macarrão de 500g. Quantos quilogramas
(kg) de alimentos essa turma deverá arrecadar para atingir os 100 kg:
a) 78 kg
b) 81kg e 250 g
c) 82 kg e 500 g
d) 86 kg
15. Caio percorreu 3000 metros de bicicleta em 30 minutos. Quantos quilômetros
(km) ele percorrerá em 1 hora?
a) 6 km
b) 9 km
c) 60 km
d) 90 km
22Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
16. A distância da casa de André até a escola é de 1200m. Quantos quilômetros (km)
André percorre, em um dia, para ir e voltar da escola?
a) 1,2 km
b) 2,4 km
c) 12 km
d) 2400 km
17. Carlos trabalha em uma empresa, onde os funcionários possuem horário semanal. Sabendo que no período da manhã ele deve cumprir 3 horas e 30 minutos
de trabalho, qual será o horário de saída para o almoço, de acordo com a tabela
a seguir?
Entrada Saída
Manhã 8h 30min ?
Tarde 13h 30min 18h
a) 11 h
b) 11 h 30 min
c) 12 h
d) 12 h 30 min
18. Márcia planejou uma viagem. Se ela viajar 6 horas e meia por dia, durante 5 dias,
o total de horas dessa viagem será igual a:
a) 30 horas.
b) 31 horas e meia.
c) 32 horas e meia.
d) 40 horas.
23
Caderno de Atividades
19. Uma partida de futebol demora uma hora e meia. Estamos a 15 minutos do final
da partida. Quantos minutos de jogo já se passaram?
a) 15 minutos.
b) 75 minutos.
c) 90 minutos.
d) 105 minutos.
20. Renata começou a gravar um programa de TV às 17 horas e 35 minutos e terminou às 18 horas e 23 minutos. Qual foi o tempo de gravação?
a) 48 minutos.
b) 72 minutos.
c) 78 minutos.
d) 93 minutos.
21. Na semana cultural da escola uma partida de vôlei começou às 10 horas e 30
minutos e terminou às 11 horas e 17 minutos. A alternativa que indica a duração
dessa partida é:
a) 43 minutos.
b) 47 minutos.
c) 1 hora e 13 minutos.
d) 1 hora e 17 minutos.
22. Observe a tabela a seguir:
ANIMAL VELOCIDADE em km/h
Leão 80
Cavalo 75
Coelho 55
Girafa 50
Gato doméstico 48
Elefante 40
Esquilo 20 km/h – 1 quilômetro em 1 hora
24Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Com base na tabela, podemos dizer que em duas horas e meia uma girafa pode
correr:
a) 50 km
b) 55 km
c) 100 km
d) 125 km
23. Na escola em que Simone estuda, foi apresentada uma peça teatral sobre a
importância da reciclagem de lixo. O relógio a seguir mostra a hora de início e
término da peça.
Quanto tempo de duração teve a apresentação?
a) 1 hora.
b) 20 minutos.
c) 45 minutos.
d) 55 minutos.
24. Luciana tem duas cédulas de R$5,00, quatro moedas de R$1,00, oito moedas de
R$0,10 e cinco moedas de R$0,50. Somadas as cédulas e as moedas, quantos
reais Luciana possui?
a) R$ 6,60
b) R$ 12,30
25
Caderno de Atividades
c) R$ 17,30
d) R$ 19,00
25. Na bilheteria de um teatro, o responsável começa o trabalho com três notas de
R$5,00, quatro notas de R$2,00 e duas moedas de R$0,50 para facilitar o troco.
Com quanto ele começou a trabalhar?
a) R$ 7,50
b) R$ 14,50
c) R$ 23,10
d) R$ 24,00
26. Joana tinha R$ 200,00 e gastou, dessa quantia, três notas de 20 reais, quatro
notas de 10 reais, duas de 5 reais, cinco notas de 1 real e dez moedas de 0,50
centavos. Quantos reais sobraram?
a) R$ 80,00
b) R$ 84,50
c) R$ 120,00
d) R$ 163,50
27. O desenho a seguir representa o contorno do pátio de uma escola. Sabendo-se
que cada quadradinho do desenho abaixo mede 2 m de lado, calcule quantos
metros andaria uma pessoa que resolvesse contornar o pátio da escola.
a) 24 m
b) 48 m
c) 50 m
d) 52 m
26Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
28. Considerando um quadradinho como unidade de área nas figuras a seguir:
Tem respectivamente, área igual a:
a) 4, 6 e 9.
b) 8, 8 e 9.
c) 4, 8 e 9.
d) 8, 6 e 9.
29. Geraldo quer trocar sua nota de R$100,00 por notas de menor valor. Qual opção
corresponde ao mesmo valor?
a) 2 notas de R$ 20,00 e 4 notas de R$ 5,00.
b) 3 notas de R$ 10,00 e 1 nota de R$ 50,00.
c) 3 notas de R$ 50,00 e 2 notas de R$ 10,00.
d) 4 notas de R$ 20,00 e 2 notas de R$ 10,00.
30. O desenho a seguir representa a área do pátio de uma escola. Sabendo-se que
cada quadradinho do desenho abaixo mede 1 m de lado calcule a área do pátio
da escola.
a) 26 m²
b) 34 m²
c) 36 m²
d) 52 m²
27
Caderno de Atividades
Números e Operações
Neste conteúdo é abordada a resolução de situações-problema que envolvam:
contagem, medidas e significados das operações; leitura e escrita, ordenação e cálculos de números naturais e racionais; noções de porcentagem (25%, 50% e 100%) e
comprovação dos resultados por meio de estratégias de verificação.
Descritores
D13 – Reconhecer e utilizar as características do sistema de numeração decimal, tais
como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor posicional.
D14 – Identificar a localização de números naturais na reta numérica.
D15 – Reconhecer a decomposição de números naturais nas suas diversas ordens.
D16 – Reconhecer a composição e a decomposição de números naturais em sua forma polinomial.
D17 – Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.
D18 – Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.
D19 – Resolver o problema com números naturais, envolvendo diferentes significados
da adição ou subtração: juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou negativa), comparação e mais de uma transformação (positiva ou negativa).
D20 – Resolver o problema com números naturais, envolvendo diferentes significados
da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, idéia de proporcionalidade, configuração retangular e combinatória.
28Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Conteúdos Básicos: Sistema de Numeração, Números Naturais, Múltiplos e Divisores, Potenciação e Radiciação, Números Fracionários e Números Decimais.
D21 – Identificar as diferentes representações de um mesmo número racional.
D22 – Identificar a localização de números racionais representados na forma decimal
na reta numérica.
D23 – Resolver o problema utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro.
D24 – Identificar a fração como a representação que pode estar associada a diferentes
significados.
D25 – Resolver o problema com números racionais expressos na forma decimal envolvendo diferentes significados da adição ou subtração.
D26 – Resolver o problema envolvendo as noções de porcentagem (25%, 50%,
100%).
Atividades
31. Um feirante levou dois centos de laranjas para vender na feira, dessas, vendeu
um cento, quatro dezenas e oito unidades. O número de laranjas que sobrou foi:
a) 48
b) 52
c) 148
d) 152
32. Em uma cidade, o número de carros é formado por seis milhares, mais sete centenas, mais oito dezenas e mais seis unidades que são iguais a:
a) 6786
b) 6876
29
Caderno de Atividades
34. Observe o anúncio do jornal. Posso afirmar que a ordem dos algarismos 7 e 4
mostradas no valor do carro são respectivamente:
a) 1ª ordem ; 2º ordem.
b) 2ª ordem ; 4º ordem
c) 3ª ordem ; 5ª ordem.
d) 3ª ordem; 6ª ordem.
VENDO - Carro usado - R$ 14 070,00 - Único
dono, mecânica OK, verde, nunca foi batido,
ano 1995, fone: 3325-0560
c) 7686
d) 8766
33. O homem antigo inventou um instrumento para contar e fazer cálculos chamado
ábaco. Dentre vários tipos de ábaco, um deles é composto de hastes verticais
em que são encaixados pequenos anéis. O valor de cada anel muda de acordo
com a posição da haste na qual será colocado. A haste na 1ª posição à direita
representa a casa das unidades; na 2ª, a das dezenas; na 3ª, a das centenas, e
assim por diante.
O número representado no ábaco da figura anterior é:
a) 42648.
b) 46482.
c) 84624.
d) 86424.
30Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Podemos afirmar que ficarão na seguinte ordem:
a) 0, 96, 500, 702, 909 e 1000
b) 0,280, 702, 500, 96, 909 e 1000
c) 0, 280, 909, 96, 500, 702 e 1000
d) 0, 96, 280, 500, 702, 909 e 1000
36. Numa estrada que liga as cidades P e D serão colocados telefones nos quilômetros de numeração par, conforme a figura.
Quantos pares de telefones podemos identificar entre as cidades P e D?
a) 60 telefones.
b) 120 telefones.
c) 70 telefones.
d) 119 telefones.
35. Localizem na semi-reta os números: 280, 96, 702, 909.
31
Caderno de Atividades
37. Na reta numérica a seguir, estão localizados vários pontos. O ponto C representa
o número 100 e o ponto F representa o número 250. Sabendo que a diferença
entre o valor de um ponto e o valor de outro ponto consecutivo é de 50 unidades,
em qual ponto estará localizado o número 350?
a) E
b) F
c) H
d) J
38. Uma das características do sistema de numeração indo-arábico que é utilizado
por nós, é ser um sistema posicional. Isso quer dizer que um mesmo algarismo
pode ocupar posições diversas em um número e representar quantidades diferentes. Tendo como base esse princípio, no número 90 080 o algarismo 9 ocupa
a ordem da:
a) dezena de milhar.
b) unidade simples.
c) dezena simples.
d) centena simples.
39. Observe o numeral 128784, sua decomposição é:
a) 128+784 unidades
b) 10000+20000+700+80+4
c) 100+20+8+784
d) 100000+20000+8000+700+80+4
40. Uma papelaria, em janeiro, tendo em vista o início das aulas, comprou uma remessa grande de cadernos. Ao receber a encomenda, a papelaria recebeu 2
caixas de 1000 cadernos, 3 caixas de 100 cadernos, 2 pacotes de 10 cadernos.
Quantos cadernos a papelaria comprou?
32Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
a) 2320 cadernos.
b) 2689 cadernos.
c) 2950 cadernos.
d) 3100 cadernos.
41. A biblioteca de uma escola tem 1 milhar de livros didáticos, 4 centenas de livros
de literatura, 2 dezenas de livros de arte e 4 dicionários. Quantos livros há na
biblioteca da escola?
a) 1242 livros.
b) 1244 livros.
c) 1404 livros.
d) 1424 livros.
42. Numa viagem de 650 km, Donizete e sua família percorreram 256 km e fizeram
uma parada para o almoço. Quantos quilômetros eles ainda têm que percorrer
para terminar a viagem?
a) 390 km
b) 394 km
c) 650 km
d) 906 km
43. Em uma cesta, há 21 laranjas e na outra há 13 laranjas. Quantas laranjas devem
ser passadas de uma cesta à outra para que as duas fiquem com a mesma quantidade de laranjas?
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
33
Caderno de Atividades
44. Setecentos e cinqüenta mil computadores serão distribuídos igualmente entre as
escolas do Estado do Paraná, pelo governo estadual. Cada escola vai receber 50
computadores. Quantas escolas receberão computadores?
a) 15
b) 150
c) 1500
d) 15000
45. Uma escola tem 350 alunos e a cantina vendeu 4 025 hambúrgueres em setembro. Qual foi o consumo médio por aluno, nesse mês?
a) 9
b) 10,5
c) 11,5
d) 12
46. Pedro está ajudando a organizar a biblioteca da escola. Ele deverá repartir igualmente 924 livros em 3 prateleiras. Quantos livros ele deverá colocar em cada prateleira?
a) 308 livros
b) 208 livros
c) 307 livros
d) 408 livros
47. Observe os números do “mundo da imaginação”.
1 ------- ϒ
10 ------ ϕ
100 ----- ∆
1000 ---- ∇
34Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Se os habitantes deste mundo escrevem o número 121 assim: ∆ϕϕϒ
Dessa forma, pode-se afirmar que os números 21, 242 e 1312 são escritos:
a)
b)
c)
d)
48. Para distribuir na festa do dia das crianças, a professora Marisa comprou uma
caixa com 935 balas: 108 são de abacaxi, 325 são de framboesa e as restantes
são de morango. Quantas balas de morango a Professora Marisa comprou?
a) 217
b) 433
c) 502
d) 1368
49. Numa uma floricultura foram vendidas em um dia a quantidade de três dúzias de
margaridas, o dobro dessa quantidade de rosas e mais duas dúzias de cravos.
Quantas flores foram vendidas?
a) 66
b) 84
c) 110
d) 132
50. Gisele tem R$ 512,00 e Marcelo tem R$ 607,00. Nessa situação é verdade que:
a) juntos, eles têm R$ 1 107,00.
b) faltam R$ 90,00 para Gisele ter o mesmo que Marcelo.
c) Marcelo tem o dobro do que tem Gisele.
d) Marcelo tem R$ 95,00 a mais que Gisele.
35
Caderno de Atividades
51. João tinha 135 bolinhas de gude. Em uma partida com Pedro, perdeu 54, mas em
outra partida, ganhou 75. Com quantas bolinhas de gude João ficou?
a) 56
b) 81
c) 156
d) 264
52. Uma TV de vinte polegadas pode ser comprada em 10 pagamentos de R$ 66,39
ou em 5 pagamentos de R$ 104,47. Se for comprada em 5 vezes, a economia em
relação ao valor final pago em 10 vezes será de:
a) R$ 38,08
b) R$ 141,55
c) R$ 190,40
d) R$ 380,57
53. Em uma questão da prova de Matemática, a professora pediu para que os alunos
representassem o número 0,05 em forma de fração. Mariana representou assim
5
10
, Fabiano representou 10
5
, Fernanda 5
100
e Marcela 5
1000
. Qual deles
acertou a questão?
a) Mariana
b) Fabiano
c) Fernanda
d) Marcela
54. Clara comprou três ingressos para o circo e pagou um total de R$ 27,00. Ela precisa cobrar o valor dos ingressos de duas amigas que irão com ela ao circo. Qual
o valor que ela deve cobrar de cada uma?
a) R$ 8,00
b) R$ 9,00
36Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
=
1
2
= 0,5 = 50
100
= 50%
=
1
4
= 0,25 = 40
100
= 40%
=
3
3
= 0,3 = 30
100
= 30%
=
1
2
= 0,2 = 20
100
= 30%
c) R$ 13,50
d) R$ 18,00
55. Jonas deverá arrecadar R$60,00 em dinheiro para fazer uma festa surpresa para
seu colega, já arrecadou cinco notas de R$2,00, seis notas de R$1,00, 10 moedas de R$0,50, vinte moedas de R$ 0,25 e 30 moedas de R$0,10. Quanto deverá
arrecadar ainda para completar os R$60,00?
a) R$ 20,00
b) R$ 29,00
c) R$ 31,00
d) R$ 41,00
56. Num ponto turístico, é oferecido passeio de balão aos visitantes. Em cada viagem
o balão leva 6 pessoas. Cada pessoa paga R$ 24,50 pelo passeio. Quantos reais
ganharão o baloneiro se fizer 15 passeios com o balão lotado?
a) R$ 149,00
b) R$ 367,50
c) R$ 457,50
d) R$ 2 205,00
57. Aprendemos que fracionar é dividir, desta forma, observe as partes pintadas
das figuras, as quais estão representadas na forma de fração, número decimal
e porcentagem. Verifique qual delas apresenta todas as igualdades e formas de
representações corretas.
a)
b)
c)
d)
37
Caderno de Atividades
58. João está participando de uma corrida de bicicletas, na qual o percurso total da
prova é de 45 km. Ele já percorreu 1
3
deste percurso. Isso significa que ele já
percorreu:
a) 9 km
b) 10 km
c) 12 km
d) 15 km
59. Júnior e seu amigo Edgar fazem coleção de carrinhos em miniatura. Júnior possui
32 carrinhos e Edgar o triplo dessa quantia. Quantos carrinhos Edgar possui?
a) 29 carrinhos
b) 35 carrinhos
c) 64 carrinhos
d) 96 carrinhos
60. Colocando os números decimais 2,05; 2,12; 2,1; 2,25 em ordem crescente, têmse:
a) 2,05; 2,12; 2,1; 2,25
b) 2,05; 2,1; 2,12; 2,25
c) 2,1; 2,12; 2,05; 2,25
d) 2,1; 2,12; 2,25; 2,05
61. Maria foi à mercearia com R$11,00. Comprou um quilo de arroz por R$1,27, meio
quilo de carne por R$3,27, um litro de leite por R$1,08 e um iogurte por R$ 0,95.
Sobrou de troco:
a) R$ 1,00
b) R$ 4,43
c) R$ 5,65
d) R$ 8,25
38Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
62. Júlia comprou alguns pães na padaria e recebeu de troco várias moedas. Ao chegar em casa com os pães, sua mãe disse que ela poderia ficar com as moedas
para comprar um doce. Júlia tinha recebido de troco duas moedas de R$0,25,
quatro moedas de R$0,10, sete moedas de R$0,05. Qual o valor que Júlia ganhou
em moedas?
a) R$ 1,05
b) R$ 1,10
c) R$ 1,15
d) R$ 1,25
63. Na reta numérica abaixo, o ponto identificado pela seta representa qual número
decimal?
a) 0,4
b) 0,45
c) 4,5
d) 5,5
64. O número representado pela fração 1
4
é:
a) 0,10
b) 0,25
c) 0,4
d) 0,45
65. Sônia foi até a panificadora comprar biscoito. Para brincar com o vendedor, pediu 1
4
de um quilo. Quantos gramas de biscoito Sônia pretendia comprar?
a) 200g
b) 250g
c) 400g
d) 500g
0 1 2 3 4 5 6
39
Caderno de Atividades
66. Observe as figuras a seguir:
A parte pintada destas figuras é representada pelas frações?
a) 1
2
e
1
4
b) 1
4
e
4
1
c) 1
4
e
1
3
d) 2
4
e
1
4
67. Você sabe que as frações estão presentes no nosso dia a dia. Então você pode
afirmar que 1
4
de um dia, 1
4
de uma hora, 1
4
de um quilo, 1
4
de um litro
e
1
4
de um ano é respectivamente o mesmo que:
a) 4 h, 45min, 500g, 200ml e 9meses.
b) 6 h, 15 min, 250g, 250ml e 3 meses.
c) 8 h, 20 min, 250g, 500ml e 4 meses.
d) 12 h, 30min, 500g, 600ml e 6meses.
68. Numa residência, no mês de agosto, o consumo de energia elétrica foi de 68,25
Kwh. No mês de setembro foram utilizados, por um período maior, os eletrodomésticos, assim o gasto foi de 72,48 Kwh. Quanto foi o gasto a mais em Kwh no
mês de setembro?
a) 4,23 kwh
b) 4,62 kwh
40Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
c) 5,20 kwh
d) 5,88 kwh
69. Claudina saiu com uma amiga e resolveram comer uma pizza, que foi dividida em
oito pedaços. Cada uma comeu dois pedaços. A porcentagem de pizza comida
por cada uma foi de:
a) 25%
b) 50%
c) 60%
d) 75%
70. A 4ª série da professora Helena tem 36 alunos. Ela organizou um passeio onde
todos os alunos foram. Como em todo passeio deve-se levar lanche, a professora distribuiu da seguinte maneira: 25% dos alunos levaram refrigerantes, 25%
levaram doces e 50% levaram salgados. A porcentagem de alunos que levaram
refrigerantes e salgados é de:
a) 25%
b) 50%
c) 75%
d) 100%
71. Para a estréia de um filme, foram colocados à venda 120 ingressos, que correspondem ao número total de poltronas do cinema. Foram vendidos 50% desses
ingressos. Quantas pessoas assistiram ao filme?
a) 30
b) 40
c) 50
d) 60
41
Caderno de Atividades
72. Observe a tabela de carros mais vendidos conforme a cor:
COR DO CARRO QUANTIDADES PORCENTAGENS
Prata 18 30%
Preto ou cinza 15 25%
Branco 12 20%
Verde ou azul 9 ............
Outros 6 10%
A porcentagem que falta para completar os cem por cem (100%) da tabela anterior é de:
a) 10%
b) 12%
c) 15%
d) 20%
73. A coleção de CD e DVD de Bruno estão em um armário, distribuído conforme
representa a figura a seguir:
Que porcentagem da coleção de Bruno correspondem aos jogos?
a) 20%
b) 25%
c) 30%
d) 75%
42Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
Saber ler as diferentes representações de informação, que são expressas por tabelas e gráficos, tão presentes nos jornais e revistas é fundamental para compreensão
do cotidiano pelo aluno. O desenvolvimento deste conteúdo trará as noções de coleta,
organização e descrição de dados; leitura e interpretação de dados apresentados de
maneira organizada (tabelas e gráficos); utilização das informações dadas; identificação das possíveis maneiras de combinar elementos de uma coleção e de contabilizálas usando estratégias pessoais.
Descritores
D27 – Ler as informações e dados apresentados em tabelas.
D28 – Ler as informações e dados apresentados em gráficos (particularmente em gráficos de colunas).
Conteúdos Básicos: Dados, tabelas, gráficos e porcentagem.
Tratamento da Informação
43
Caderno de Atividades
Atividades
74. A tabela a seguir mostra o número de pessoas que fizeram uma refeição no restaurante “Cantinho do sabor”:
DATA NÚMERO DE PESSOAS
julho 226
agosto 279
setembro 325
outubro 149
novembro 193
Conforme a tabela, o total de pessoas que fizeram refeição nos meses de julho,
agosto e setembro foram:
a) 342 pessoas
b) 730 pessoas
c) 830 pessoas
d) 1172 pessoas
75. Na tabela a seguir, é representado o ano das primeiras publicações de algumas
revistas:
REVISTAS ANO DAS PRIMEIRAS PUBLICAÇÕES
Mickey 1928
Zé Carioca 1945
Pato Donald 1950
Garfield 1978
Senninha 1994
A revista que foi publicada na década de 50 foi:
a) Zé Carioca
b) Mickey
44Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
c) Garfield
d) Pato Donald
76. A tabela a seguir traz a população dos cinco municípios mais populosos do
Paraná:
Municípios mais populosos do Estado do Paraná
Município População (hab.)
A Curitiba 1.587.315
B Londrina 447.065
C Maringá 288.653
D Ponta Grossa 273.616
E Foz do Iguaçú 258.543
IBGE: Censo demográfico, 2.000
Ao observar os dados da tabela, concluímos que a diferença entre a população
de Londrina e Maringá, é de:
a) 158.412 habitantes
b) 159.512 habitantes
c) 185.412 habitantes
d) 202.612 habitantes
77. Está apresentada na tabela seguinte, os pontos de um campeonato de futebol.
Time A B C D E F
Pontos ganhos 3 1 0 0 4 0
Pontos perdidos 0 0 3 2 0 5
A classificação final do campeonato em ordem decrescente, do 1º ao último
lugar, é:
a) A, C, D, B, E, F.
b) B, D, A, C, E, F.
c) E, A, B, D, C, F.
d) F, E, A, C, D, B.
45
Caderno de Atividades
Candidato Número de votos
Antonio 235
João 108
Marina 320
Alberto 70
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
5
4
3
2
1
0
78. Quatro candidatos disputaram as eleições para direção de uma escola. A tabela
a seguir mostra o número de votos obtidos. Qual candidato ganhou a eleição?
a) Alberto
b) João
c) Marina
d) Antonio
79. Durante a campanha de vacinação contra gripe, aplicada em idosos a partir de
60 anos, o posto de saúde de uma cidade faz um controle para saber quantas
pessoas foram vacinadas. A tabela a seguir mostra o controle realizado nos últimos quatro anos. Em que ano foi vacinado o maior número de mulheres?
Ano Número de idosos vacinados
Homens Mulheres
2004 105 243
2005 136 256
2006 120 234
2007 142 228
a) 2004
b) 2005
c) 2006
d) 2007
80. O gráfico a seguir representa o número de aniversariantes da turma em cada
mês. Qual mês teve mais aniversários?
a) maio
b) outubro
c) fevereiro
d) janeiro
46Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009
81. O gráfico de colunas representa o tempo do banho, em minutos, uma família com
sete pessoas, sendo 3 meninas (A,B,C), 2 meninos (D,E), mãe (M) e pai (P).
Qual o tempo total de banho das mulheres da casa?
M P A B C D E
30
25
20
15
10
5
0
T
E
M
P
O
(MIN)
M
P
A
B
C
D
E
a) 55 minutos.
b) 70 minutos.
c) 1 hora e 5 minutos.
d) 1 hora e 15 minutos.
82. Sr. Luís é dono de uma loja de brinquedos. No final de julho, ele resolveu fazer um
gráfico apresentando a quantidade de brinquedos que vendeu durante o mês.
Veja o gráfico a seguir:
boneca carrinho jogos bolas
40
30
20
10
0
Quais são os dois brinquedos mais comprados?
a) boneca e bolas.
b) carrinho e boneca.
c) carrinho e bolas.
d) carrinho e jogos.
47
Caderno de Atividades
1
d 31
b 61
b
2
b 32
a 62
d
3
d 33
a 63
c
4
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10
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b
GABARITO
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS
DO SEMIÁRIDO NORDESTINO.
CONSIDERATIONS ON CLIMATE AND WATER RESOURCES OF THE
NORTHEASTERN SEMIARID.
CONSIDERACIONES DEL CLIMA Y RECURSOS HÍDRICOS DE
SEMIÁRIDO NORESTE.
Maria Elisa Zanella
Doutora em Meio Ambiente pela UFPR
Professora do Departamento de Geografia – Universidade Federal do Ceará
Campus do Pici - Bloco 902 - Fortaleza - CE
Email: [email protected]
Resumo: O semiárido nordestino apresenta elevadas taxas de insolação, altas
temperaturas e baixas amplitudes térmicas mensais, características típicas de regiões
tropicais. É marcado por baixos totais pluviométricos, irregular distribuição da chuva
no tempo e no espaço, altas taxas de evapotranspiração e elevado déficit hídrico. Tais
condições climáticas, associadas às características geológicas dominantes (rochas
cristalinas), influenciam na menor disponibilidade dos recursos hídricos para a região,
com repercurssão negativas para as populações que lá habitam. As políticas públicas
adotadas para minimizar o problema são a construção de açudes, a perfuração de
poços artesianos, a construção de cisternas rurais, a implantação de barragens
subterrâneas, a dessalinização e aproveitamento da água salobra e o transporte de
água a grandes distâncias a partir de adutoras e canais. Contudo, a falta de água
ainda é presente na região, denotando que as soluções adotadas não resolveram
definitivamente o problema.
Palavras chave: Clima; Recursos Hídricos; Semiárido.
Abstract: The northeastern semiarid region has high rates of sunshine , high
temperatures and low monthly temperature ranges , characteristics typical of tropical
regions . It is marked by low rainfall totals, irregular rainfall distribution in time and
space, high rates of evapotranspiration and high water deficit. Such climatic conditions
associated with the dominant geological features ( crystalline rocks ) , influence the
lower availability of water resources for the region , with negative repercussion for the
people who live there. Public policies adopted to minimize the problem are the
construction of dams , the drilling of boreholes , construction of rural tanks , the
deployment of underground dams , desalination and use of brackish water and
transporting water over long distances from water mains and channels . However , the
lack of water is still present in the region , indicating that the solutions adopted are not
definitely solved the problem.
Keywords: Climate; Water Resources; Semiarid.
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
Resumen: El nordeste semiárido tiene altas tasas de insolación , altas temperaturas y
bajo rango de temperatura mensual , características típicas de las regiones tropicales.
Se caracteriza por los totales bajo de lluvia, distribución de las precipitaciones
irregulares en el tiempo y en el espacio , las altas tasas de evapotranspiración y el
déficit de agua. Dichas condiciones climáticas asociadas a las características
geológicas dominantes (rocas cristalinas ), influyen en la menor disponibilidad de
recursos hídricos para la región, con repercusiones negativas para las poblaciones
que viven allí. Las políticas públicas adoptadas para minimizar el problema es la
construcción de presas, la perforación de pozos, la construcción de tanques rurales , el
despliegue de las presas subterráneas , desalinización y uso de agua salobre y el
transporte de agua a través de largas distancias de tuberías y canales. Sin embargo ,
la falta de agua es todavía presente en la región, lo que significa que las soluciones
adoptadas definitivamente no resuelven el problema.
Palabras clave: Clima; Recursos Hídricos; Semiáridas.
Introdução
A história do Nordeste brasileiro está associada a história da seca, a falta de
água. Os efeitos da seca se apresentam sob diversas formas, seja pela perda da
safra agrícola, pelo aumento do desemprego rural, pela falta de água para as
populações, pelas migrações campo-cidade que sempre estiveram presente no
semiárido.
Os problemas ligados a água vem gerando preocupação e motivando
estudos em diferentes áreas do conhecimento. O clima, como um dos elementos
formadores da paisagem, é de relevante importância já que influencia o regime dos
rios, o escoamento fluvial e a disponibilidade hídrica de uma região.
As características climáticas do Nordeste brasileiro, representadas pela
sazonalidade da precipitação e pela alta variabilidade das chuvas, mantém uma
relação direta com o comportamento fluvial. A distribuição da chuva no tempo e no
espaço, associada às formações geológicas dominantemente cristalinas, são fatores
condicionantes do regime dos rios e das reservas subterrâneas e, portanto, da
disponibildiade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos para a região.
O semiárido possui reduzido volume de escoamento superficial em sua rede
de drenagem, apresentando coeficientes de escoamento muito baixos. Além disso,
existem problemas associados à qualidade, comprometendo a sua utilização.
O presente artigo traz algumas considerações acerca das características
climáticas e dos recursos hídricos da região Nordeste, considerando principalmente, o
semiárido.
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
128
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
Breves considerações sobre o clima do Nordeste
O semiárido nordestino apresenta elevadas taxas de insolação, elevadas
temperaturas e baixas amplitudes térmicas. Os totais pluviométricos são baixos e
apresentam alta variabilidade no tempo e no espaço. Ocorrem, ainda, elevadas taxas
de evapotranspiração e elevado déficit hídrico.
As elevadas taxas de insolação e as altas temperaturas são decorrência da sua
posição latitudinal já que a região é submetida a forte radiação solar durante o ano
todo. Assim, a maior parte do Nordeste apresenta temperaturas médias que variam
entre 26 e 28º C. Apenas áreas situadas em altitude mais elevadas apresentam
médias inferiores a 26º C. Em locais mais específicos, influenciados por altitudes
superiores a 1000m (em áreas da Chapada Diamantina e da Borborema, por
exemplo), as médias são inferiores a 20º C. Além disso, a região apresenta baixa
amplitude térmica que varia de 5º C a menos de 2º C, do sul da Bahia ao litoral
setentrional (NIMER, 1989).
As elevadas taxas de evapotranspiração estão associadas as elevadas
temperaturas. Conforme considerações de Vieira (2003), o déficit de
evapotranspiração real em relação à evapotranspiração potencial varia de 50 mm, até
valores superiores a 1.000 mm, denotando alto índice de aridez para a região.
Em se tratando da precipitação, o Nordeste semiárido apresenta totais
pluviométricos baixos e distribuição marcadamente sazonal das chuvas. A estação
chuvosa dura em torno de 3 a 5 meses, enquanto a estação seca se prolonga por 7 a
9 meses, em média. Isso se deve a atuação de diferentes sistemas atmosféricos, cuja
permanência sobre a região é relativamente curta.
Dinâmica atmosférica regional, distribuição das chuvas e problemas
associados.
A dinâmica atmosférica da Região é controlada por diferentes massas de ar e
seus respectivos centros de ação. No Nordeste brasileiro se destaca a atuação do
Anticiclone Semifixo do Atlântico Sul, associado a Massa Tropical Atlântica e a Massa
Equatorial Atlântica. Sopram dominantemente ventos do quadrante E-SE, tratando-se
dos alísios do Hemisfério Sul. Tais massas de ar, em função de sua voriticidade
anticiclônica e subsidência superior trazem estabilidade para o tempo, estabelecendo
o período seco para a região que no semiárido pode durar até 9 meses. A
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
129
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
estabilidade é interrompida pela atuação de diferentes sistemas atmosféricos que
causam chuva em áreas e períodos sazonais diferenciados.
Na porção Setentrional do NE brasileiro o mecanismo produtor de chuva mais
importante é a Zona de Convergência Intertropical – ZCIT, que atua na região entre
fevereiro e maio, atingindo os estados do MA, PI, CE, RN, PB e PE e extremo norte
da BA. Ela se forma na confluência dos alísios de NE e SE e se desloca para a região
em meados de verão, atingindo sua posição mais meridional no outono. Corresponde
a uma área de intensa atividade convectiva, que pode abranger até 500km de
largura, acompanhadas de baixas pressões, alta nebulosidade e muita chuva.
(FERREIRA & MELLO, 2005). De acordo com Nímer (1989), tal sistema pode
provocar chuvas até sobre os paralelos 9 a 10º S, ou seja, nas imediações do
“cotovelo” do rio São Francisco sobre a região do Razo da Catariana. Em maio ela
retorna em direção ao Hemisfério Norte, quando se inicia o período seco para o setor
setentrional do Nordeste.
No extremo Sul e Sudoeste atua a Zona de Convergência do Atlântico Sul
– ZCAS, atingindo principalmente a Bahia. Tal sistema influencia na região entre
novembro e março, sendo que as chuvas se concentram principalmente entre
novembro e fevereiro. A ZCAS resulta da intensificação do calor e da umidade
provenientes do encontro de massas de ar quentes e úmidas da Amazônia e do
Atlântico Sul. (MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007). A ZCAS pode avançar para
latitudes mais baixas atingindo assim, o S e SW do região.
Na porção Sul e Leste, atingindo principalmente os estados da Bahia, Sergipe
a Alagoas, a Frente Polar – FP, em seu ramo oceânico, gera chuvas principalmente
no inverno. A FP se forma no encontro da Massa Tropical Atlântica com a Massa
Polar Atlântica gerando instabilidade a partir da ascensão forçada do ar quente,
provocando intensa nebulosidade e precipitação.
Na porção Leste do Nordeste, os Distúrbios Ondulatórios de Leste – DOL
também denominados de Ondas de Leste – OL, trazem chuva para a Zona da Mata e
o Agreste nos meses do inverno e secundariamente no outono. Os DOL se formam no
campo de pressão atmosférica, na faixa tropical, na área de influência dos ventos
alísios, e se deslocam de leste para oeste, ou seja, da costa da África até o litoral
leste do Brasil (FERREIRA & MELLO, 2005).
Na região atuam, ainda, os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis, as Linhas de
Instabilidades e os Complexos Convectivos de Mesoescala, que contribuem para a
ocorrência de chuvas, incrementando os totais anuais para a região.
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
Com relação aos valores pluviométricos e a distribuição espacial da
precipitação há diferenças significativas para a região Nordeste com totais que
decrescem da periferia em direção ao interior.
No Oeste da região, abrangendo principalmente o Maranhão ocorrem chuvas
com totais superiores a 1500mm, destacando-se como sistema a ZCIT, ao Norte,
conjugada com Instabilidades Tropicais que ocorrem no interior de massa de ar vinda
da Amazônia (NIMER, 1989).
Na porção Leste da região, no litoral que vai do Rio Grande do Norte até a
Bahia, ocorrem totais pluviométricos igualmente significativos. Trata-se de chuvas
provocadas por DOL, cujos valores são superiores a 1.250mm, podendo chegar a
mais de 2000 mm em Pernambuco (Barreiros registra 2.464 em média) e na Bahia
(Ilhéus atinge valor médio de 2.115mm). (NIMER, 1989). Os totais mais
representativos se destacam no inverno e secundariamente no outono. No litoral do
Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco as chuvas podem ocorrer conjugadas
com a ZCIT, principalmente no outono, e no litoral de Alagoas, Sergipe e Bahia,
podem ocorrer juntamente com a FP.
No extremo Sul e Sudoeste da região ocorrem chuvas provocadas pela ZCAS,
cujos totais pluviométricos são mais representativos nos meses do verão, com valores
superiores a 1000m anuais. No Sul da Bahia ocorrem, ainda, chuvas provocadas
pela FP que contribui para os valores totais de precipitação registrados.
A pluviometria da região Nordeste decresce da periferia para o interior, sendo
que na maior parte dos estados do PI, CE, RN, PB, PE e BA ocorrem totais que
variam de 800 a 500 mm, além de locais com valores inferiores a 400mm como é o
caso do Razo da Catariana, na Bahia e da Depressão de Patos, na Paraíba,
conforme as considerações de Nimer (1989).
Além de apresentar a maior parte de seu território com valores pluviométricos
baixos, a variabilidade da precipitação interanual é muito elevada, principalmente no
semiárido. Fenômenos oceânicos-atmosféricos são os responsáveis pela
variabilidade que ocorre de um ano para outro. Em anos de El Niño, quando as águas
do Pacífico estão mais aquecidas no centro-leste, toda a convecção se desloca para
leste, alterando o posicionamento da Célula de Walker. Com a continuidade da
circulação atmosférica, o ar quente daquela região é empurrado, originando um ramo
descendente sobre o oceano Atlântico, próximo à região Nordeste do Brasil e à
Amazônia oriental. De acordo com a intensidade desta célula de circulação e de sua
fase de ocorrência, pode haver inibição da formação de nuvens e da descida da ZCIT
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
131
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
para posições mais meridionais, e como consequência diminuição das chuvas no
Nordeste Brasileiro. Assim, o fenômeno El Niño é um dos responsáveis pela redução
das chuvas no setor setentrional do NE brasileiro (FERREIRA & MELLO, 2005).
Contudo, inúmeros estudos têm apontado para a influência do Oceano
Atlântico Tropical (Dipolo do Atlântico) na distribuição das chuvas nas regiões tropicais
do continente sul-americano, principalmente sobre o norte do NE brasileiro, dentre os
quais se destacam os de Hastenrath e Heller (1977); Moura e Shukla (1996), Uvo el.
al. (1994), dentre outros.
O fenômeno El Niño, dependendo da intensidade e período do ano em que
ocorre, principalmente quando acontece com a fase positiva do dipolo do Atlântico,
que é desfavorável à ocorrência de chuvas, é um dos responsáveis por anos
considerados secos ou muito secos, principalmente na porção setentrional da região.
O fenômeno de La Niña, ao contrário, associado ao Dipolo negativo do Atlântico, que
é favorável às chuvas, é normalmente associado a anos normais, chuvosos ou muito
chuvosos na região (FERREIRA & MELLO, 2005).
Tais fenômenos repercutem em sérios problemas associados as chuvas. Em
anos com totais pluviométricos muito baixos, registram-se secas para a região, com
repercussões socioeconômicas sérias, enquanto em anos muito chuvosos são
observadas inundações que causam muitos prejuízos, principalmente para as áreas
urbanas.
As figuras 01 e 02 representam os desastres naturais associados à dinâmica
climática entre 2003 e 2012, tendo-se a título de exemplo, o estado do Ceará, cujo
território encontra-se quase que totalmente nos domínios do semiárido. Os desastres
naturais foram considerados a partir das portarias de Situação de Emergência, um
dos critérios adotados pelo EM-DAT para que se configure a condição de desastre
natural.
Observa-se que, para o período analisado, as secas foram mais recorrentes e
geraram um número muito superior de Situação de Emergência em relação às
enchentes. A maioria dos municípios do estado do Ceará tiveram problemas
associados a seca ou estiagem nos anos de 2003, 2005, 2006, 2007, 2008, 2010 e
2012. Os maiores problemas são observados em 2005, 2007 e 2012, onde a quase
totalidade dos municípios decretaram Situação de Emergência.
Com relação às portarias pelo excesso de chuvas, destacam-se os anos de
2004 e 2009 com um número maior de casos registrados de enchentes, com maior
evidência para o ano de 2009, cujos totais pluviométricos foram muito superiores à
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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
média de chuvas nos diferentes municípios cearenses, onde inúmeros impactos foram
ocasionados pelas chuvas intensas daquele ano.
Dessa forma, atesta-se como problema mais marcante para o semiárido
nordestino a falta de chuva, que repercute em secas periódicas, afetando
sobremaneira os recursos hídricos da região.
Figura 01 – Desastres Naturais associados a Seca/Estiagem no Ceará
Fonte: Olimpio, 2013
Figura 02 – Desastres Naturais associados à Enchentes no Ceará
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Fonte: Olimpio, 2013.
Os recursos hídricos superficiais e subterrâneos do Semiárido
Embora apresente baixos totais pluviométricos em relação às demais regiões
do país, o semiárido brasileiro é um dos mais chuvosos do planeta, com precipitação
média anual de 750 mm. Em algumas áreas a precipitação média não ultrapassa os
400 mm anuais. A evapotranspiração potencial média pode chegar a 2.500 mm ano,
gerando elevados déficits hídricos. (MONTENGRO & MONTENEGRO, 2012).
Trata-se de uma região pobre em volume de escoamento de águas
superficiais. Tal situação deve-se às características climáticas e também à estrutura
geológica dominante, onde há prodimínio de solos raros formados sobre rochas do
embasamento cristalino, principalmente metamórficas e igneas, resultando em baixas
trocas de água entre o rio e o substrato adjacente. O resultado é uma densa rede de
rios de regime temporário, cuja lâmina de água escoa durante o período chuvoso,
secando completamente nos meses subsequentes (CIRILO, 2008) .
Os rios de regime temporários são encontrados principalmente na área que vai
do estado do Ceará, até a parte setentrional da Bahia. Um dos principais é o
Jaguaribe, localizado no Ceará, dada a sua extensão e ao seu potencial de
aproveitamento de água, já que nele se encontram dois dos maiores açudes do
Nordeste: o Castanhão e o Orós. No entando, alguns rios ao terem suas nascentes
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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
em áreas úmidas constituem-se em drenagens perenes, cujo exemplo mais
importante é o rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais,
onde os totais pluviométricos são bastante elevados. Tem-se ainda rios perenes no
Maranhão, Piauí e Bahia, com destaque para o Rio Parnaíba (CIRILO, 2008).
O potencial hídrico superficial é representado pela vazão média de um longo
período em uma seção do rio. É um indicador importante para uma primeira
avaliação da carência ou abundância de recursos hídricos em uma região (CIRILO,
2008).
A figura 03 indica a potencialidade hídrica superficial das bacias hidrográficas
que drenam o Nordeste, como resultado de estudos hidrológicos desenvolvidos para
o trabalho da ANA/MMA – Atlas Nordeste – Abastecimento urbano de Água (ANA,
2005).
De acordo com a figura, observa-se que existem duas áreas indicadas como
de elevado risco hídrico. Tais áreas correspondem a aquelas cujos totais
pluviométricos são mais baixos o que repercute em menores valores de vazão média.
Abrangem espaços mais representativos do semiárido dos estados do Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia.
Figura 03 – Potencialidades Hídrica no Nordeste brasileiro
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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
Fonte: ANA, 2005
Com relação aos recursos hídricos subterrâneos, o nordeste semiárido é
formado dominantemente por rochas cristalinas, perfazendo aproximadamnete 80%
de seu território. As rochas cristalinas não se constituem em um bom aquífero,
principalmente no semiárido onde o manto de decomposição é pouco espesso. Além
disso, as rochas cristalinas são menos porosas e dificultam a penetração e o
acúmulo de água subterrânea. Contudo, nestas rochas, em virtude de esforços
tectônicos, há a preseça de falhas e fraturas que permitem o armazenamento de água
e é nestes espaços onde podem se encontrar águas para serem utilizadas pelas
populações.
Nos terrenos cristalinos, a produtividade dos poços depende da presença, da
abertura e da conectividade das fraturas, características que determinam a
capacidade de conduzir e armazenar água das rochas. Nas regiões semiáridas, em
que prevalece o intemperismo físico, o manto é pouco espesso ou inexistente,
restringindo ainda mais a potencialidade dos terrenos cristalinos.
Em virtude das caracterísitcas geológicas dominantes e do clima semiárido a
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
136
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
água apresenta, em muitos locais, altos teores de sais, tornando-a salobra e imprória
para o consumo humano e para a irrigação. Além disso, os poços apresentam baixa
vazão, da ordem de 1 m3/h (CIRILO, 2008).
Figura 04 – Características Geológicas do Nordeste Brasileiro
Fonte: Demetrio et al., 2007
Contudo há áreas importantes do território nordestino cuja constituição
geológica é sedimentar, havendo grandes reservas de água subterrânea. Destaque
aqui para os estados que se localizam na Bacia Sedimentar do Parnaíba, a exemplo
do Piauí, onde grande parte do território está nos domínios do clima semiárido e em
virtude das caracteristicas geológicas sedimentares apresenta elevado potencial de
águas subterrâneas. A Bahia também apresenta território representativo assentado
em rochas sedimentares mais permeáveis associados à Bacia Tucano-Jatobá e a
Salitre-Jacaré, cuja reserva de água subterrânea é representativa. Além disso, as
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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
águas subterrâneas são de melhor qualidade e a vazão, conforme aponta Cirilo
(2008), pode chegar a dezenas e centenas de m3/h de forma contínua.
Rebouças (1997) destaca que as reservas subterrâneas do Nordeste permitem
a captação de vinte bilhões de m3/ano, sem colocar as reservas existentes em risco.
Tal volume equivale a 60% da capacidade do reservatório de sobradinho, na Bahia, e
aproximadamete o triplo da capacidade do Açude Castanhão, no Ceará. A partir de tal
consideração, Cirilo (2008 , p.66) argumenta que :
...as águas subterrâneas nas reservas sedimentares do semiárido
devem ser usadas criteriosamente, de preferência para o
abastecimento humano (diversas cidades do Nordeste situadas
sobras as bacias sedimentares ou próxcimas a elas são abastecidas
por essas fontes), e não faz sentido considerar que essa
potencialidade seja capaz de atender às demandas regionais, até
porque seriam necessárias grandes transferências de água para
isso.
Tal argumento é ressaltado pelo autor, dado que as reservas subterrâneas
apresentam concentração espacial, cuja localização se destaca no Piauí e na Bahia.
Além disso, em muitos lençóis a profundidade encarece os custos para a sua
implantação e ainda, há muitas incertezas sobre os mecanismos de recarga dos
aquíferos no semiárido e uma exploração intensiva pode colocar em risco tais fontes.
Em se tratando de qualidade da água dos rios que drenam o semiárido o
principal problema é o lançamento de esgotos domésticos. Nas cidades, a ineficiência
na coleta, no tratamento e na disposição final dos resíduos sólidos vem causando a
poluição dos corpos d’água superficiais e subterrâneos, comprometendo o
aproveitamento dos mananciais e causando problemas de saúde. Em rios com baixa
disponibilidade hídrica, principalmente os que se encontram na região do semiárido,
o problema de assimilação de cargas orgânicas está associado, sobretudo, às baixas
vazões dos corpos d’água. A exploração mineral, o lançamento de efluentes
industriais, as cargas de natureza difusa decorrentes da drenagem de solos urbanos e
agrícolas e os resíduos sólidos ainda mal localizados são problemas que também tem
sido observados. Outro aspecto relevante dos problemas associados a qualidade da
água no semiárido refere-se a eutrofização dos corpos d’água, bastante comuns em
reservatórios, principalmente os de pequeno porte.
Do ponte de vista da gestão dos recursos hídricos as principais políticas
públicas em desenvolvimento no semiárido brasileiro são a construção de açudes, a
perfuração de poços artesianos, a construção de cisternas rurais, a implantação de
barragens subterrâneas, a dessalinização a aproveitamento da água salobra, o
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
138
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
reaproveitamento de águas servidas e o transporte de água a grandes distâncias a
partir de adutoras e canais, conforme apontam Cirilo (2008), Montenegro &
Montenegro (2012), dentre outros estudiosos dos recursos hídricos do Nordeste. As
considerações aqui abordadas tem como referência as contruibuições de referidos
autores.
A açudagem é uma das práticas de maior destaque das políticas de
armazenamento de água e amplamente adotada no semiárido nordestino. As
primeiras iniciativas remontam ao século XIX, com maior expansão a partir da década
de 60 do século XX. De acordo com Cirilo (2008), os açudes podem ser enquadrados
em duas classes principais: os de médio e grande porte, com capacidade de
acumulação de bilhões de metros cúbicos, e os de pequeno porte (barreiros),
bastante presente no espaço nordestino, com capacidades que podem chegar a
centenas de milhares de metros cúbicos. Como exemplos de açudes de grande porte
estão os de Orós, com 2,5 bilhões de m3 e Castanhão, com 6,7 bilhões de m3, ambos
no Ceará, além dos lagos de Sobradinho, com 34,1bilhões de m3, Itaparica, com 11
bilhões de m3 e Xingó, com 3,8 bilhões de m3, utilizados sobretudo para a geração de
energia elétrica (MONTENEGRO & MONTENEGRO, 2012). Segundo referidos
autores, a SUDENE teve papel decisivo na implantação de açudes no semiárido
voltados principalmente para abastecimento e para a irrigação.
Em se tratando da perfuração de poços artesianos, deve-se considerar que
a potencialidade de águas subterrâneas do Nordeste é bastante limitada devido à
predominância de embasamento cristalino. Os poços perfurados no cristalino
nordestino, para aproveitar água de suas fraturas, apresentam, em geral, vazão
limitada e alto teores de sais. Suassuna & Audry (1995) analisaram as águas dos
poços no Nordeste brasileiro e idenficaram problemas de salinidade e sodicidade para
o semiárido, constatando que 75% das águas apresentam elevada teores de sais,
limitando seu uso. Do ponto de vista das bacias subterrâneas sedimentares do
Nordeste, de acordo com Rebouças (1997), há possibilidade de captação anual da
ordem de 20 bilhões de m3. Apesar do alto potencial, deve-se observar que tais
bacias concentram-se principalmente no Piauí e na Bahia, e que a água se situa a
grandes profundidades, limitando a viabilidade econômica da sua explotação (CIRILO,
2008; MONTENEGRO & MONTENEGRO, 2012).
As cisternas rurais têm sido outra forma de captação de águas das chuva
que é realizada a partir telhados de casas e que tem sido fundamental para o
abastecimento doméstico da população rural do semiárido. Tais técnicas ganharam
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
139
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
forte impulso a partir da década de 90, a partir de Programas Governamentais e Nãogovernamentais na construção de cisternas rurais, principalmente a cisterna de
placas. As ONGs vem tendo importante constribuição no processo de instalação das
cisternas, envolvendo inclusive, amplas discussões acerca da distribuição e uso da
água.
As barragens subterrâneas são construídas tranversalmente aos vales
aluviais, a partir da impermeabilização total ou parcial do fluxo, afim de interceptar o
escoamento em subsuperfície. São indicadas em vales de reduzida espessura da
zona saturada e onde as águas não apresentam elevados teores de sais. Vários são
os exemplos de sucesso de implantação de barragens subterrâneas que tem
possibilitado o cultivo de diversos produtos agrícolas (MONTENEGRO &
MONTENEGRO, 2012). O papel das ONGs tem sido importante na implantação
dessas técnicas de aproveitamento de águas no semiárido nordestino.
A instalação de dessalinizadores, associados à poços artesianos localizados
no cristalino tem se constituido em ação governamental, tanto a nível federal quanto
estadual. Inúmeras comunidades rurais vem se beneficiando com o sistema embora
os custos de manutenção e operação dos dessalinizadores ainda sejam bastante
elevados. O maior desafio está na produção de rejeito com alta concentração de sais
que não pode ser lançado diretamente ao solo ou corpos hídricos, dado ao forte
impacto causado ao meio ambiente. De acordo com Montenegro & Montenegro
(2004) algumas soluções tem sido adotadas para o destino do rejeito como: uso de
tanques com lâminas d´água delgadas para aumentar a velocidade de evaporação e
possibilitar a deposição de sais; acumulação em tanques para a criação de peixes
como a tilápia rosa e o camarão marinho; além do cultivo de planta introduzida da
Austrália (Atriplex nummularia) com capacidade de absorção de sais.
Em se tratando do reaproveitamento de águas servidas as iniciativas ainda
são bastante tímidas, conforme exposto por Cirilo (2008, p. 74) a partir das
considerações de Campello Neto et. al. (2007):
... No Nordete o reúso da água para atividades industriais vem
surgindo em setores com o produção de confecções. Ainda é muito
tímida, praticamente resumindo-se a projetos-piloto, a reutilização de
efluentes sanitários, tratados ou não, para atividades agrícolas.
De acordo com Montenegro & Montenegro (2012) as Universidades e Centros
de Pesquisa têm desenvolvido estudos e aprimorado tecnologias para os tratamentos
de águas servidas e para a disposição controlada de esgotos com tratamento primário
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
140
Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
ou secundário ao solo.
Finalmente o transporte de água a grande distâncias por meio de adutoras
e canais, tem sido utilizado para captar água a partir de reservatórios de grande porte
ou de poços profundos de áreas sedimentares, sendo várias as obras deste tipo no
semiárido, a exemplo do Canal da Integração, no estado do Ceará, e a ampla rede
de adutoras no Rio Grande do Norte. A Adutora do Pajeú é outro sistema importante
que possibilitará atender a 19 municípios no estado de Pernambuco (MONTENEGRO
& MONTENEGRO, 2012).
A transposição do rio São Francisco se destaca neste aspecto. Ela tem como
objetivo conduzir água para 12 milhões de habitantes do Agreste e do Sertão dos
estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Essas águas serão
destinadas, prioritariamente, ao consumo da população urbana de 390 municípios
daqueles estados. A integração do rio São Francisco com bacias dos rios temporários
do semiárido será realizada a partir da retirada contínua de 26,4 m³/s de água, sendo
que 16,4 m³/s (0,88%) seguirão para o Eixo Norte e 10 m³/s (0,54%) para o Eixo
Leste. Em anos nos quais o armazenamento do reservatório de Sobradinho superar
sua capacidade, o volume captado deverá ser ampliado para até 127 m³/s,
aumentando a oferta de água para múltiplos usos (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO,
2014).
Mais detalhes sobre a transposição podem ser encontrados em Brasil (2000),
Cirilo (2008), Montenegro & Montenegro (2012), dentre outros autores. No site do
Ministério da Integração pode-se dispor de informações sobre o andamento atual das
obras de transposição.
Embora as alternativas para a minimização do problema associado aos
recursos hídricos sempre foram prioridade por parte dos gestores públicos, a falta de
água ainda é muito presente na região, principalmente em anos secos e muito secos,
denotando que as soluções adotadas ainda não foram suficientes para resolver
definitivamente o problema.
Considerações Finais
A associação de baixas precipitações, distribuição irregular das chuvas,
delgado manto intempérico, vegetação esparsa (caatinga) interferem sobremaneira na
quantidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos no semiárido nordestino.
Além disso, existem problemas associados à qualidade deste recurso, que, muitas
Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella
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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.
vezes, limita a sua utilização.
Em se tratando da gestão dos recursos hídricos as principais políticas
públicas para o semiárido brasileiro têm sido a construção de açudes, a perfuração
de poços artesianos, a construção de cisternas para abastecer as populações rurais,
a implantação de barragens subterrâneas, a dessalinização a aproveitamento da água
que apresenta elevados teores de sais, o reaproveitamento de águas servidas e o
transporte de água a grades distâncias a partir de adutoras e canais, destacando-se a
transposição do rio São Francisco. Tais ações vem contribuindo para minimizar os
efeitos das secas na região.
As diversas alternativas para minimizar o problema da água sempre
estiveram em pauta por parte dos gestores públicos, contudo, a falta desse recurso
ainda é largamente evidenciada, principalmente em anos com baixos totais
pluviométricos, mostrando que há muito a ser feito para que o problema seja
definitivamente solucionado e toda a população possa ter acesso a água e, de boa
qualidade.
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Recebido em: 01/05/2014
Aceito para publicação em: 20/06/2014
0 FEUDALISMO EM PORTUGAL
S u a in f l u e n c ia üobr e a l e g is l a ç ã o .
N a t ur eza dest a nch pr im e ir o s t em po s
DA MlNARCHIA.
A península ibérica, como accentua C. Pedroso, (1)
não teva, conforme aconteceu a outros paizes da Europa
e nomeadamente á Allemanha e França, um feudalis m o regular ; comtudo a jurisprudência portugueza, des dobramento, nos tempos primitivos da monarchia, das
leis wisigothicas, peia introducção do Codex Legum, já sob a denominação hespanhola de Fuero Juzgo, foi
em sua essencia feudal, como o assevera, entre outr s,
Villa Nova de Portugal citado por Cândido Men des. (2)
(1) Historia Universal.
(2) Cod, Philippino, Introd.
- 58 -
Para chegarmos á demonstração da verdade deste con ceito, torna-se-nos necessário remontar a epochas ante riores á fundação da monarchia de Affjnso H enriques,
e apreciar, ainda que de passagem, a índole e as influ encias a que obedeceu a formação do direito na Hespanha.
Embora mais rigorosamente exacta, ou analytica, a
divisão de Coelho da Rocha (3) em as sete epochas em
que estuda a evolução do direito e a m aicha da legisla ção portugueza, corresponde bem ao nosso escopo a clas sificação do Dr. Martins Junior, (4) nos tres grandes
periodos que denomina romano, godo e nacional, retro cedendo para o passado, mais do que ao nosso fito pa rece-nos necessário, atá ao primitivo povoamento do
sólo hespanhol, para tomar em consideração, como
ponto de partida, a epocha em que o paiz, subm ettido
ás armas victoriosas de Scipião, o Africano, ficou
sob a vigência da legislação denominada f rniu a pro víncia ou como, melhor ainda que Raphael de Labra pelo
illustre contemporâneo citado, ensina Coe ho da R ocha:
epocha em que foi regido p ilas leis que recebiam (as
terras conquistadas) quando erão reduzidas a provincias, formula provincios; por aquellas que de Roma se
expediam expressamente para o governo das provincias,
e, finalmente, pelos editos dos magistrados respectivos,
cuja collecção formou depois o chamado edito provin cial. » (5)
E ’, pois, partindo do facto historico que nos recorda
a conquista romana, que o citado mestre conclue, na
sua phrase elegante, haver sido o direito romano a
(3) Ensaios Sobre a Hist. do Gov. e Legl. de Portugal,
(4) H ist. do Dirt. Nacional.
(5) Obra citada, p ag . 9.
- 59 —
mais antiga est'-atificação jurídica da patria portugueza,
recorrendo ao subsidio de escriptores eminentes, entre
os quaes destacaremos o grande espirito que tão alto
nome trouxe ás letras portuguezas em os nossos dias,
A. Herculano, de quem são as seguintes palavras : « a
H espanhaque fôra a quem ais energicamente resistiu á as similação, foi tambam a que mais completamente a acceitou. » (G)
E nem sabemos que, entre os povos submettidos ás
legiões do povo rei, algum houvesse completamente re sistido á influencia de sua forte civilisação ou deixado
da assimilar o sau direito, se não em sua plenitude,
ao menos em grande parte, sem embargo das modifi cações, que acjntecimentos posteriores lhe determi nassem.
E isso na própria H espanha se verificou e prova-o ple namente e^se mesmo segundo periodo, chamado godo
paio Dr. Martins Junior, e que começa, conforme A.
Harculano, com a invasão dos wisigodos sob o commando de Ataulpho, quando estabeleceram na península
a sua dominação, tres vezes secular.
Foi assim que, como sob o império do povo romano em
relação ao sau direito, aqueUe dominio tambem trouxe
m oiific tçõas á legislação peninsular, e nem podia dei xar de trazal-as, aliás profundas ; porquanto os novos
conquistadores, sa não revogaram de vez as leis que en contraram m jpaiz, introduziram ao lado dellas suas leis
p.\\>prHS, seus costumes e suas tradiçõas, a cujo con1 1f. i * v ]i'.l'u S5 fo.-i > g r a im lm e n ta modificando,
para tomarem, no correr do tempo, a feição peculiar, se
não cederem inlem mente á indcle cerectcristica do dire t ) dos vencedores.
;6) H ist. de Portugal, Introd.
-60 —
Não foi o direito romano puro ou antigo, o ideal j u rídico, que cimentou a conquista der Ataulpho ; a própria
Lex Romana 'Wisigothorum, que com ella principiou a
reger os destinos do povo hispânico, era uma simples
compilação organizada por ordem de Alarico II, a seu
turno conquistador tambem, a qu 1 já havia modificado,
na mesma patria dos Cezares, aquelle direito, como po sitivamente escreve Guinoulhiac, á cuja auctoridade re corre o já citado mestre, observando que os commentarios, sob o titulo de interpretatio, intercallados
em seguimento aos textos conservados do antigo direi to romano no Breviario de Alarico ou de Aniano, como é
mais vulgarmente c >nhscido este codigo, modificaram o
sentido primitivo dos textos, devendo se procurar nes tes commentarios o verdadeiro direito romano no reinado
wisigcthico.
E é o proprio brilhante mestre da Escola do Recife,
de cujas conclusões ser-nos-á permittido descordar, quem
com C. Mendes, salienta a dualidade de legislação a
que nos referimos, dizendo que ao lado do direito romanisado, que era a lei pessoal dos vencidos, esteve
sempre o direito proprio dos vencedores, isto é, o direi to dos barbaros, por elle denominado gennanisante, a
isto accrescentando C. Mendes, que, no tempo da do minação wisigothica, havia duas nações, dous povos na
península.
Accresce, porém, que não foi esta a legislação que
prevaleceu na H espanha em todo o decurso do dominio
wisigothico, por ter sido alterada. Como ensina C Men des, (7) no anno625 o rei Chindaswindo fez organizar
novo codigo, revogando o primitivo, qus p.>r tal temos
(7)' Obra c it, In trod ., pag. 13.
— 61 —
o Breviario de Aniano, e foi este codigo reformado
que veio a constituir, propriamente fallando, a legisla'
ção dos wisigodos na Hespanha ; porquanto sendo
mais tarde, não só confirmado pelo successor daquelle
rei, seu filho Receswindo, foi tambem augmentado com
as leis que tinhão sido promulgadas ou modificadas por
outros reis e bem assim fragmentos de legislação, cuja
origem é desconhecida, extrahidos provavelmente aos
costumes das antigas tribus germanicas, como accrescenta o Dr. Martins Junior.
Foi este o código que, publicado no reinado de R e ceswindo, como o affirma o já citado C. Mendes, tomou
o nome de Fuero Juzgo, sob o qual tornou-se celebre e
vigorou na Hespanha durante o resto da dominação
wisigothica e a sobreviveu ; legislação que, evidente mente em sentido ampliativo, diz este escriptor ter do minado a Hespanha catholica, phrase que de industria
copiamos, porque deduzimos delia um a razão, e talvez
a mais forte, pela qual a dominação mourisca não poude
plantar naquelle sólo sua legislação, aliás sempre repellida.
Esses dous codigos, portanto, o Breviarum Alaricianum e o Codex Legum ou Fuero Juzg o, representam sem
contradição a legislação com que os wisigodos dotaram
a Hespanha, e em bbra alguns escriptores, como o já re ferido jurisconsulto e publicista, queirão nelles enxer gar uma mão romana, reconhecem, comtudo, que o di reito romano fôra completamente abolido, conforme d is posição taxativa do segundo desses codigos.
E, neste sentido, é o proprio Dr. Martins Ju nio r quem,
estabelecendo o direito romano como a mais antiga estratiíicação jurídica de Portugal, reconheceu que elle fôra,
com o Breviario, apparentemente supplantado, e com o
Fuero Juzg o, modificado pelo elemento germânico,
*
— 62 —
D’ aqui é-nos licito concluir, em abono da opinião de
Villa Nova de Portugal, que, não obstante ter o direito
romano ministrado subsidio áquella legislação, não fêl-o
de modo que evitasse totalmente a influencia, senão o
predomínio daquelle elemento que, aliàs muito posterior mente, ainda affeiçoava ao regitnen feudal a legislação por tugueza. Se, como dissemos, foi o codigo de iieceswindo que regeu todo o periodo da dominação wisigothica, não é menos certo, como escreve C. da Ro cha, que não só elle foi a lei dos hespanhoes até aos
tempos modernos, como aquelle com que foi fundada
e por muito tempo viveu a monarchia lusitana.
Sahiria do nosso escopo a analyse detida da legisla ção citada; basta-nos, porém, accentuar que, embora a
Lex Wisigothorum passe pelo codigo de mór philosophia
da edade media, assentava, como todas as legislações
daquelle tempo, na desegualdade e differença de cathegorias entre os cidadãos.
Não se encontram em semelhante codigo princípios
geraes, tendentes a defesa do direito sob base egual
para todos ; preceitos que, como os dos nossos moder nos codigos, nivellam todos os homens deante da lei,
de modo que só ella é superior. Não, nlli differentes
erão os direitos, conforme se tratasse de ecclesiasticos
ou de nobres, de vassallos, ingênuos, libertos ou servos.
A’ clerezia competiam na ordem civil, como de longa
data gosava na politica, as mais accentuadas prerogativas ; os bispos não podiam demandar ou ser demanda dos em juizo pessoalmente ; podia-se, entretanto, recor rer para elles das sentenças dos juizes inferiores e até das
dos condes; demais, a intervenção do clero em quasi
todos os negocios ordinários da vida civil era consa grada por lei.
P e outro lado, erão os nobres os juizes nos districtos
- 6 3 -
em que exerciam a suzerania ; em seus senhorios, erão
os unicos dispensadores da justiça. Cercados de pri vilégios de toda a ordem, ião até ao ponto de, em ma téria de provas, serem-lhes estas despensadas, preferindose-lhes o juramento ; de onde acontecia serem absolvi dos, em certos^casos crimes, medeante este tão somente,
recorrendo-se, em outros casos, á prova d ’agua quente. E
deante de semelhante lei de excepção, ébem \"de ver a
ociosidade da disposição copiada do direito romano, que
lhes prohibia o patrocinio em juizo de causas alheias,
disposição determinada provável, mas inutilmente, no
pensamento de corrigir os excessos e a prepotencia, a
que seus privilégios naturalmente os levavam.
A intolerância religiosa era um característico assignalado desta legislação, que prescrevia a perseguição dos
que não professavam o catholicismo, e principalmente
a dos judeos. Os reis obrigavam-se por juramento,
ao subirem ao throno, a não toleral-os ; a desputa so bre religião era punida com açoutes, descalvação, de gredo e mutilação, e os bispose sacerdotes erão os ju i zes e executores das leis.
Foi isto que fez dizer a Montesquieu, citado por C. da
Rocha, « que aos codigos dos wisigodos deviam-se to das as maximas, todos os princípios e todos os usos
da inquisição, não tendo os frades senão copiado as
leis outr’ora feitas pelos padres contra os judeus. »
O systema penal foi o que de mais atroz deshonrou a
justiça criminal, inspirado, não nesta, mas sim em sen .
timentos de vingança e de terror. A pena de talião, as
infamantes de todo o genero, como a fustigação, a cas tração, etc. ; a decepação das mãos, do nariz ; o arrancamento de olhos, e tantas outras egualmente barba ras e egualmente inefficazes, erão de constante applicação, sem embargo de poderem ser em muitos casos
— 64 —
commutadâs por meio de composições pecuniari as ou
^a entrega do delinqüente ao offendido ou a seus paren tes, que podiam vendei o ou matal-o.
E ’ este verdadeiro quadro de puros horrores, que
arranca a Letourneau (8) o seguinte co. ceito do systema penal da edade média :
«Tous ces traits, si grossiers, proclament
«bien haut que la justice medioéval s ’inspi-
«rait uniquem ente et sans vergogne du
«primitive besoin de vengeance, et ce be-
«soin se satisfaisait avec d ’autant moin d ’es-
«crupule q u ’ il était devenu un droit sanc-
«tionné par les lois, approuvé par 1'Eglise.»
E o que mais atróz tornava semelhante legislação,
era que ella não se applicava indistinctamente a todos
àquelles que se tornavam passiveis de sua penalidade;
porquanto a applicação dependia da qualidade do delin qüente, conforme fosse nobre ou peão, servo ou in gênuo e, por acaso, nessa desegualdade, tão revol tante em face das ideias modernas por egual acatadas
em todos os codigos penaes d o nosso seculo, aquella
legislação deixava frequentemente inpunes reus dos
peiores crimes, em quanto puniam-se com penas requintadamente crueis agentes d e a c to s .q u e as mais severas
leis criminaes dos nossos dias não classificariam se não entre as especies consideradas como simples con travenções.
No que entendiam com o direito privado ou a legis lação civil, pouco abundantes erão as leis dos w i sigodos ; erão os seus princípios tirados do direito
romano em grande parte, mas quasi todos modificados
sob a influencia dos seus costumes, dando-se-lhes, como
(8) L' Evolution Juridique, pag. 481,
— 65 —
já vimos da citação de Guinoulhiac, uma interpreta ção que os germanisára, como reconhece o Dr. Mar tins Junior. De sorte que, nem sob este aspecto, em que
mais profunda devia fazer-se sentir a influencia do di reito romano, a lsgislação que nos occupa libertou-se da
acção exercida pelo systema em vóga e que dominou
toda a media edade.
A legislação processual, talvez, apresentava melhor
aspecto, se considerarmos que a marcha prescripta não
era tão precipitada que privasse as partes dos prasos e
meios para deducção de sua defesa, embora não esteja
isenta da censura de haver se conformado com o sys tema de provas arrancadas pelo processo das ordalias e
torturas, ainda que usado com menos rigor do que em ou tros paizes, aonde tal processo foi observado com todo o
hediondo requinte de seu lugubre ritual.
Em matéria de juizes e jurisdicção, era complicadíssi ma a lei dos vvisigodos. Ao lado de juizes árbitros,
escolhidos pelas partes, havia juizes de nomeação do
rei. Neste sentido, como diz C. da Rocha, parece que
o unico principio fixo que regulava ajurisdicção civil,
era o governo militar. T odos os que exerciam este go verno, administravam justiça em seus districtos, recor rendo-se dos inferiores para os duques ou condes,
em alguns casos pai'a os bispos, e em outros, para o
rei. Entretanto parece, apezar da confusão que reina so bre o assumpto, que aos duques pertencia o governo
das províncias e aos condes, o das cidades com jurisdic ção civil e militar.
Passando da judiciaria para a organisação politica
dos wisigodos, sente-se nesta tambem o mesmo espiri to medieval que afteiçoou as leis daquella e que se
revela por excepções e privilégios innumeraveis, no destanciamento das classes entre si e no predomínio absolu
-66 —
to de um as sobre outras, tão característico do systema
feudal.
Desconhecidos até a invasão das províncias que ião
conquistando ao império romano, pouco se sabe dos
costumes e leis dos godos antes dessa epocha. Os escrip-
*ores rom anos descrevem-os como barbaros, mas, para
estes, barbaros erão todos aquelles que não faziam par te do im perio dos Cezares ; os escriptores da edade me dia, porém, nol-o s pintão sob luz muito mais favoravel e, a certos res peito, com indiscutível superioridade
sobre os próprios romanos. Falland ) do? g o io s ,C . da
Rocha, nos seus já citados excallentes Ensaios Sobre a
Historia do Direito e Legislação de Portugal, em poucas
palavras accentua os traços característicos desse povo, que
devia absorver tod is as raças que povoaram, antes e de pois delle, o sòlo hisp nico, para constituir a nacio nalidade que devia dominar definitivamente na penínsu la, plantando as instituições que sobreviveram, em bora progressivamente modificadas até aos nossos dias :
« Sabios, hospitaleiros, atrevidos sem temeridade, cons- \\
tantes e infatigaveis em suas emprezas, diz aquelle exí mio escriptor, tinhãoum espirito penetrante e disposto para
a civilisação. A guerra era a sua paixão dominante ;
mas no meio de seus furores encontra-se a humanidade
para com os vencidos e o acatamento ás cousas santas.»
Amavam os godos sobretudo a liberdade, sentimento
queera-lhes profundamente robustecido pelo genero de
vida errante, que levavam, e a este se timento, talvez,
deveram elles terem podido triumphar de quantas vicissitudes sobrevieram ao seu império, durante os sete
séculos de dominação mourisca, em que, rechassados para as asperezas das Asturias, começaram
essa epopéa, cujas derradeiras palavras, na phrase más cula de Herculano, deviam ser entalhadas pelas es
padas de Fernando e Izabel nos muros de Granada,
sem que de sua passagem pelo só'o ibérico outros tra ços podessem deixar os invasores alem desses monu mentos impereciveis, que o genio oriental plantou em
Granada, (Jordova, Sevilha e tantas outras, para attestação perenne da magnificência do império dos cren tes em terras de Hespanha .
A forma de governo dos wisigodos era a monarcbia
electiva.. Este enunciado, entretanto, não deve tradu zir o estado de adeantamento que, sem mais critério,
se poderia delle concluir, attendendo-se a que é a
forma electiva a que os proprios tempos modernos co nhecem de mais democrático nas organisações políti cas. O facto era que, naqualla primitiva organisação,
a nação não sò não intervinha na eleição, porquanto
faziam-a apenas as duas classes privilegiadas, nobreza
e clero, como o mesmo principio era de continuo pos tergado pelo regimen das usurpações, que ia elim inan do os reis pelo assassinato e collocando no throno os
usurpadores, apoiados nas facçjes e independente do
suffragio. E tal a frequencia com que o facto se repro duzia, que o 4o. Concilio de Toledo, auno 633, ju l gou dever decretar, que o successor da corôa seria es colhido em concilio commum dos nobres e prel dos.
Accentuemos, porém, um facto de relevancia p a ra a de monstração, que pretendemos fazer da natureza da legisla ção que nos ocupa: o poder dos reis era muito limitado
como o foi o de quasi todos os que reinaram
durante o predomínio do feudalismo ; não sò dividia-o
o rei com a nobreza que, a seu lado, exercia poderes
soberanos em seus senhorios, como em grande parte
era circumscripto pelos concilios, nos quaes se trata vam já os negócios ecclesiasticjs, já os politicos, e, final,
mente, os proprios negocios civis e criminaes, sendo suas
— 68 -
resoluções sanccionadas com penas civis e ecclesiasticas
e executadas pelo poder secular em nome do concilio.
E ’, como se exprime Letourneau, (9) que, em direito,
o rei feudal não passava de um simples senhor ou suzerano tambem, posto que melhormente aquinhoado do
que os outros. O rei não distribuia justiça por si m e s mo ou por delegedos seus, mas seguiam-se abaixo da
sua as jurisdicções que erão exercidas pelos vassallos em
os seus respectivos feudos. O conselho do rei, ou a
sua corte de justiça, não exercia jurisdicção senão nos
limites dos dominios reaes, poderíamos dizer, do feudo
real, e só comprehendia os barões e os vassallos do m es mo rei.
A preponderancia do clero em todos os actos da vi da nacional é um facto saliente na historia da península. Começada com Constantino, foi progressivamente
se afflrmando, até que chegou a exercer poderosa influencia
no espirito de independencia dos godos, a ponto de obe decerem antes a Deus, de quem tinhão os bispos c o mo oráculos, do que aos homens, ainda que estes fossem
os reis, que tinhão como feitura sua.
Os bispos, pois, chamados em auxilio da realeza, se
apoderaram de quantas prerogativas poderam crear-se e
constituíram a classe privilegiada por excellencia, depois
da qual seguiam-se os nobres, apoiados, uns e outros,
principalmente, como escreve Colheo da Rocha, nos pri vilégios oriundos do senhorio de largos paizes, que go -
vernavam e desfructavam em toda plenitude, com insig nificante dependencia do rei.
Eis, pois, a legislação sob a qual inici u P )rtugal sua
existencia de nação indepe dente e que, com as alterações
que lhe troxeram os acontecimentos posteriores, alli
(9) Obr. cit, pag. 463,
- 69 —
vigorou antes do seculo XVI, representando o direito
vigente na primeira parte do terceiro periodo, a que o
Dr. Martins Ju nio r cham a nacional, isto é, da 5 .a epocha de Coelho da Rocha e que vae do XII ao se culo XIV.
Semelhante legislação, como a considera Villa Nova
de Poríugal já citado, era toda feudal ; o romanisrno
ainda a não tinha effectivamente modificado, como pos teriormente aconteceu ; e para acceitarmos de preferen cia a licção deste escriptor, muito embora a opinião de
outros de incontestável merecimento e auctoridade, va rias razões actuam em nosso espirito. Vejamol-as :
Se recorrermos á h is to ria d a fundação originaria da
monarchia portugueza, a veremos surgida de uma doa ção feudal. Como é sabido, a Henrique de Besançon,
principe capetingio da casa de Borgonha, deu Afionso
VI de Castella o condado de Porto Cale, por cccasião
de seu casamento com Thereza, princeza bastarda, poden do annexar-lhe, como ensina o Padre Galanti, (9) todo o
mais territorio que podesse tomar aos mouros.
Esta doação, que foi um a liberalidade conseqüente dos
direitos suzeranos do rei de Castella,' foi regulada pelo
principio feudal, pas'sando aquelle principe a exercer no
conJado que assim lhe era transmittido, os direitos que
competiam a todo suzerano, reconhecendo, entretanto,
sua qualidade de feudatario da corôa leoneza.
E do mesmo modo, quando 55 annos depois, D. Af-,
fonso Henriques, que succedera a seu pae no governo
do condado, obedecendo ao espirito de revolta tão freqüen te nos suzeranos da edade media e açulado por seus fidal gos, baniu a regente su a mãe e assum iu o titulo de rei,
que seus súbditos já lhe davão desde a batalha do Cam po
(9) H ist, do Brasil.
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de Ourique era 1129, ainda f >i a um acto de puro feuda lismo que recorreu, para garantir-se na posse e goso
do estado, que avictoria de Valdevez (1140) acabava de
arrancar definitivamente aos dominios de Aílbnso VII.
Foi assim que, recorrendo ao supremo distribuidor
de corôas e estados daquelles remotos tempos, o S u m -
mo Pontifice, fêl-o collocando Portugal sob a immedia.
ta protecção da Egreja, constituindo-se em feudo e feudatario do papado, medeante o censo annual de quatro
onças de ouro ; e desde então, como escreve C. da Ro cha, (10) os pontífices romanos se ingeriram nos nego cias de Portugal, recebendo delles os novos monarchas,
como de um feudo, a confirmação da corôa, circumstancia esta em que não vemos mais que a reproducção
da tradicional confirmação do feudo na pessoa do des cendente do feudatario fallecido, o qual ao suzerano re novava os votos de seu antepassado.
Convem notar, por outro lado, qua aquella vassallagem foi sempre reconhecida e paga á Roma até fins do
reinado de D. Diniz, no seculo IV X , epocha em que,
ainda apparece uma reclamação do Papa João X X II,
neste sentido. Só desta data em deante teria essa vassalagem cahido em desuso, pelo menos j á não se encon tra menção alguma a tal respeito nos documentos do
tempo.
Como é sabido, repartiam os reis por sua nobreza as
conquistas que iào fazendo de accordo e segundo as leis
do feudalismo, e os reis de Castella e Leão, como tam bém o praticaram os proprios monarchas sarracenos,
conservaram essas leis e respectivos costumes. Como
vimos, a Lex Wisigothorum, com que viveram aquelles
reis e que regeu o povo hespanhol, sob a denominação
^10] Obr. cit., pag.44.
de Fuero Juzgo, até dias da edade moderna, segundo a
licção de C. da Rocha, se foi em parte inspirada no di reito romano, não o foi no antigo direito daquelles velhos
dominadores do mundo, mas apenas em princípios delle
decorrentes, porém profundamente modificados ou, para
servirmo-nos da phrase do Dr. Martins Junior, germanisados, que lhe conservaram o cunho feudal que distingue
toda a legislação da edade media.
Aquella pratica, entretanto, não circumscreveu-seao sólo dH espanha, mas passou para o novo reino com o des cendente da casa de Borgonha, e seu filho, ao fundar
a monarchia, não fez mais que' continuar as leis, tra dições e costumes de seus maiores, e especialmente
sob esse aspecto da divisão e doação das terras do
reino, larga e copiosa foi a applicação por elle e seus
descendentes feita.
E’ assim, que vemos ter D. Affonso Henriques fun dado ou dotado, com todas as prerogativas e privilégios
das doações feudaes, mais de 150 egrejas ou mosteiros,
tendo sido em semelhante partica de perto acompanha do por seus successores ; e nem sò elle e estes, a sua
nobreza, imitando-os, tambem estendeu- profusamente
tal systema de doação, 'de sorte que tornou-se a Egreja senhora de immensos bens em Portugal, consisten.
tes em vastos senhorios, a que estavam annexos o ser viço militar, caracteristico do systema feudal, e todos os
extraordinarios privilégios decorrentes das leis e costutumes que regulavam aquelle regimen.
De outro lado, os nobres monopolisavam directatamente, ou por seus vassallos, bens de não menor vas tidão e valor, recebidos da liberalidade dos soberanos
sob as mesmas condições ou de accordo com o mes mo regimen ; de modo que Portugal veio a ficar, dentro
em pouco, dividido, entre a clerezia e a nobreza, em
tantas suzeranias quantos er.lo os senhorios co nstituí dos, já p'ir liberalidade da corôa, j á pela dos que ha viam daquella recebido em primeira mão o parcellado
territorio.
E nem só na posse da terra, tambem no monopolio
dos cargos o mesmo systema se observava; de um lado,
os arcebispos, os bispos, os abbades, conegos e tc., e
de outro, os commendadores e cavalleiros das ordens
militares, e m uitos erão estas, erão os unicos agentes e
empregados do governo em todos os ramos importantes
da administração.
Entretanto, se bem que fosse o rei o chefe supremo
dessa administração, em realidade, vis a vis de taes se nhorios, não era mais que o senhor titular de todos esses
feudos por elles possuidos ; e de facto, singular coinci dência dessa organização, era menos obedecido que o
Pontifice, para quem todos recorriam e em quem todos
reconheciam a dupla qualidade de vigário de Christo e
de suzerano de Portugal, qualidade esta em que avocava
por si mesm o ou por intermedio de seus delegados,
o conhecimento dos negocios mais importantes do reino.
A acção superior dos concilios, composta na sua
maioria de prelados e completados pelos nobres, era sen tida em quasi todos os actos da governaçílo do paiz, de cidindo os mais importantes negocios do estado, repre sentando suas assembléas deliberantes, legislando, como
já vimos, sobre matéria civil e criminal e atè constitu indo, em muitos casos, um tribunal de appellaçílo,
não sendo as suas deliberações executadas em nome
do rei, mas executando-as este, e já o notamos, em no me e por auctoridade do proprio concilio, o que era ex pressamente declarado sob as palavras consensu, auctorifale, 'concilio e outiv.f equivalentes
— 73 -
Isto dava ao governo de Portugal um caracter profun damente aristocratio, circumstancia que faz dizer a C.
da Rocha, (11) «esta na verdade è a forma do system a
feudal, que dominava na Europa e nas H tspanhas e de
cujus elementos se compunha a nova monarchia portugueza. »
U m facto característico da vassallagem de Portugal ao
Pontificado foi a destituição de D. Sancho II pelo Papa
Innocencio IV a pedido da nobreza, e a conseqüente
investidura de Affonso III, apezar de ser a successão
hereditaria, factò que ainda vem em abono da nossa affirmação, de que os monarchas portuguezes recebiam d°
Papa a confirmação da corôa, como das mãos ao suzerano recebiam os vassallos a confirmação do feudo.
Na organização da nobreza, que antes do Mestre de
Aviz, não foi modificada, outro traço profundamente ca racterístico da vigência do regimen feudal se encontra.
Assim, fundada a monarchia, não alterou, mas con servou como encontrára as mesmas prerogativas politicas
ou civis, que constituíam os privilégios dessa classe,
em cujas insígnias de guerra viã\"o-se ainda o pendão e a
caldeira, simbolos da obrigação, que se não extinguira,
de sustentar e conduzirão campo um troço de homens
d ’armas proporcionado aos districtos d e q u e e ra donataria.
Esta obrigação tanto era um a consequencia logica e
necessaria do feudalismo, o serviço principal dos feudos,
quanto foi sua causa efficiente a necessidade de crear
exercitos, ou, como diz Pouhaer, (12) o fim originário
das enfeudações.
E entre aquelles privilégios, nenhum melhor illustra a
nossa demonstração do que o de ter Couto e Honras, que,
(11) Obr. cit., pag. 50.\"
(12) Essai sur CH ist, Gener. du Droit,
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sob a denominação de foros, gosavam nâo somente os
nobres, senão tambem os clérigos, que erão senhores
de feudos.
Se, como define a Hist. e Mem. da Acad. R. das Seiencias, a que recorre C. da Rocha, ter couto e honras
significava — poder isentar a terra do serviço militar e
das fortificações e das pensões e de todo reconhecimento e
serviços, (13) não é menos verdade que apezar da dis pensa do serviço militar, os privilégios resultantes de
taes fóros nem erão menos extraordinarios, nem fugiam
da natureza dos que erão inherentes ou conseqüentes
do regimen feudal. E ’ assim que esses fóros subtraiam
á acção das leis geraes do reino as terras por elles regi das, collocando-as sob o exclusivo governo dos seus
donatarios, que alli imperavam em verdadeiros senho res absolutos, não só percebendo os direitos reaes,
como as cizas e outros, podendo á vontade extorquir
dos moradores as contribuições que entendessem, como
exerciam por si ou por juizes de sua privativa nomeação
plena jurisdicção civil e criminal.
E o principio teve tal generalidade, foi de tão absoluta
applicação em Portugal, que coutadas, já se não repu tavam somente as terras regularmente doadas, mas as
mesmas villas aonde os donatarios construíam edifícios,
os logares aonde educavam seus filhos, e até os seus pa rentes presumiam-se defendidos ou amparados pelos mes mos privilégios e excepções.
São conhecidas as abominações a que semelhante le gislação deu logar, e bem as illustra o facto narrado por
Cantu, (14) de um castellão, que fez cortar as mãos a
um aguazil. chamado Lobo, que fôra a suas terras na
(13) Obr. cit., nota 2 ao § 81.
(14) Hist. Univ.
exemção d j u n m a n ia io d e penhora expedido contra um
dos seus vassallos, e mandando pregal-as na entrada do
castello, declarava que — lobo algum jamais lhepenetrára impunemente nos dominios! E o mesmo C. da
Rocha traz o facto de Estevam Peris de Moluy, fazendo
enforcar, no tempo de Sancho II, a um mordomo real
que fôra em serviço da mesma natureza a um logar so bre que elle se tinha arrogado o senhorio alem de outros
deegual jaez que capitula na nota 1 da sua por vezes
citada obra, a pags. 69.
Esforços faziam os monarchas portuguezes para limi tar ou supprimir taes regalias. A D. Diniz se altribuem os primeiros actos mais decisivos neste sentido,
mas sem que conseguisse extirpar o mal que apenas
poude suavisar, e ainda no reinado de D. Affonso
IV repettiam-se as tentativas de suppressão desses pri vilégios, sem melhor successo que sob seu predecessor.
Um dos meios empregados por D. Diniz para aquelle
fim, foi o recurso que permittiu, para si ou seus juizes,
das decisões dos juizes e outras auctoridades dos cout\"S,
decisões de que antes só havia recurso para o proprio
donatario; este principio, entretanto, só mais tarde,
nas Cortes de Atouguia de 1372, foi firmado, estabe lecendo-se as causas de que não podiam os donatarios
conhecer e revalidando-se a doutrina da appellação para
as justiças do rei tanto em matéria civel como crime,
sendo tambem, então, firmado o outro principio — de que
as terras dos donatarios estavam sujeitas aos correge dores do rei.
Este ultimo principio, porém, foi recebido com de cidida resistencia, só se conseguindo a submissão a ellé
no decurso de longos annos e com difficuldades de toda
ordem, que derão logar por vezes a luctas e profundas
rebeldias.
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Não gosavam de taes fóros somente os nobres, mas
sim todos os senhorios ; de sorte que esta só conside’
ração mostra-nos Portugal inteiro submettido a este
regimen, uma vez que, como já vimos, acha\\a-se elle
parcellado entre nobreza e clerezia e assim subtrahido
o territorio á acção de qualquer outro poder, que não fos se o dos donatarios ou suzeranos.
Entretanto, a prerogativa popular era uma cousa in forme, de existencia tão duvidosa, que se pode dizer
não ter tido delia noticia aquella edade. Uma ou o u tra cidade, e isso mesmo por graça especial, mandava
procuradores ás Cortes. Dominava sobre tudo o prin cipio aristocratico, solidamente arraigado nos costu mes do tempo ; os districtos que não pertenciam ao se nhorio do rei ou de algum donatario, só por consenti mento directo podiam eleger um procurador, mas, co mo deduzimos de C. da Rocha, tal era a preponderancia
do principio feudal, que quando isso lhe era ao povo
permittido, contrahia este para com o seu representante
a obrigação de prestar-lhe o respeito e serviços devidos aos
senhorios.
Os que combatem a natureza feudal do direito portuguez nos tempos primitivos da monarchia, não con testam, e nem podiam contestar, os pontos capitaes
que acabamos de accentuar, pois que são factos historicos scientiücamente authenticados e dos quaes se não
pode deduzir conclusão differente do conceito de Villa
Nova de Portugal.
O proprio Dr. Martins Junior, que esposa doutrina
differente, apoiando-se em Julio de Vilhena, a cuja auctoridade recorre, (15) não destroe aquelle conceito, antes
(15) Obr. cit.. pag. 83.
o affirma categoricamente, qua ido reconhece a auctoridade do Fuero Juzgo, a que chama « lei germanica dos
Wisigodos, (16) nos primeiros tempos da monarchia.
Na mesma pagina citada, o brilhante mestre indica a
divergencia radical da lei dos godos, introduzida! em
Portugal ao fundar-se o reino, com o direito romano : «a
instituição dotal, o regimen de bens no casamento. Em
matéria de direito publico e processo, erão verdadeira mente barbaras as disposições adoptadas: odiosos pri vilégios separavam as classes e os indivíduos, submettidos todos a um ferrenho espirito de intolerancia reli giosa; penas e provas atrozes e infamantes, como o talião,
as ordalias etc., faziam dos tribunaes um a especie de m a tadouros. A justiça e-a administrada na maior parte dos
casos pelos detentores do governo militar, havendo
recursos de alguns delles para os condes, duques, bispo
e rei. »
E se ajuntarmos a isto as palavras de Guinoulhiac
pelo mesmo mestre citad is a pag. 68: «or cette interpretatio change, en bein des endroits, le sens primitif du
texte et c’est lá qu’il faut chercher les modifications apportées a 1’anciem Droit romain par le Breviare,zt, par suite,
le veritable droit romain en vigueur dans les royaume des
Wisigoths » ; e se não perdermos de vista que o Fuero
Juzgo ó a traducção daquelle Breviario, poderemos
perguntar — aonde ficou o direito romano, nessas distincções, nessas suppressões, nessas limitações, emfim,
nessa interpretatio, que propriamente constituiram o di reito vigente na peninsula ?
E para quem attenta para a influencia e acção dos
concilios sobre a elaboração do primitivo direito portu-
(16) Obr. cit/., pag. 7.0.
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guez, calcado sobre o direito canonico, é indubitavel a
predominancia do principio feudal, que era, em subs tancia, a base da organisação dos mesmos concilios.
Por outro lado, dando como provado aquelle escriptor e mestre, que os primitivos tempos da monarchia
luzitana forão quasi exclusivamente regidos pela legis’
lação foraleira, reconhece o principio feudal, de que o
foral não foi mais que uma expre?são em Portugal.
Para este conceito basta a classificação dos foraes feita
por A.Herculano, e de que se aproveitou o douto mestre
da Escola do Recife, em as quatro especies, a saber, 1 .*
pacto social ou constituicão dos concelhos ou municípios;
2.* legislação civil; 3 . ’ emphyteuse ou emprazamentos ; 4.\", finalmente, um composto de todas essas espe cies, quando o foral visava, não especialmente qualquer
dos fins das indicadas especies, mas a reorganisação ge ral dos concelhos ou a diminuição da tyra mia ou vio lência dos donatarios.
Essa legislação foraleira, porém, que ainda sem suc cesso, só por D. Manoel foi reformada muitos annos de pois, não destruiu o feudalismo da primitiva legisla ção portugueza, embora a organisação dos concelhos,
como o foi a das communas no seculo XI, (17) devesse
ser uma prova da decadenciado regimen feudal; e o não
destruiu, porque, como as mesmas communas naquelle
seculo e posteriormente, que reconheciam a suzerania
do senhorio, (18) a seu turno reconheciam os conce lhos a do donatario, tanto assim que, como vemos da
classificação de A. Herculano, foraes ha que forão concedi dos no intuito de obviará tyrannia ou violência dos mosmos donatarios, o que só se poderia dar pela dependencia em que destes permaneciam taes concelhos.
(17) C. Pedroso, obr. cit., pag. 259.
(18) Letourneau, obr. cit., pag. 259.
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Esta legislação, pois, qua tão largo dominou na pri meira epocha da monarchia luzitania, ó, a nosso ver, uma
affirmação categórica do predomínio do regimen feudal em
Portugal, visto como nenhuma mais do que esta legisla ção firmou direitos de excepção, radicou privilégios e di vidiu o territorio em tantas pequenas suzeranias, rivaes e
independentes, quantas forfio as doações feitas ou .confir madas pelos foraes.
E nem só na primeira epocha da monarchia, se por
tal devemos tomar apenas o tempo em que floresceu a
dynastia de Borgonha ; na que se lhe seguiu, perdurou
ainda por largos annos este estado de cousas, até que
desappareceram seus últimos traços sob a mão energica
e centralizadora do Marqnez de Pombal, no reinado de
D. José.
Se sob D. João I e os reis da dynastia que fundára, a
velha nobreza secular viu seus . privilégios cortados ou
sensivelmente diminuídos, em compensão não teve Por tugal epocha de maior poderio e mais absoluta influ encia da aristocracia ecclesiastica ; e assim lhe pagava D.
João o braço forte que esta lhe emprestàra e em que se
arrimára contra os velhos solares inclinados para Castella nas pretenções ao throno, que o successo de Aljubarrota devia garantir ao bastardo de D. Pedro. Foi essa a
epocha em que .is bullas da Santa Sé, como escreve C.
da Rocha, (18)passaram a constituir a parte principal
do direito publico portuguez.
E era logico que do apoio ministrado se indemnizasse
largamente a clerezia em privilégios e isenções na ordem
civil proporcionados aos de ordem politica de que ao thro no ajudára a despojar aquelles velhos solares, para jun-
(19) P . cit., pag, 106.
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tal-os á prerogativa real, ainda que, excedendo de muito
as previsões do rei, o enfrentasse depois com tal pujan ça que para os proprios desvarios só indulgência con quistasse, como se colhe do acto de João II, narrado por
C. da Rocha, que ameaçava de morte os ferradores que
ferrassem as bestas muares dos prelados, de receio de a
estes impor directamente obediencia ás leis que lhes
prohibiam o uso dessas alimarias. E foi assim que,
embora abandonada ou esquecida a palavra feudo, conse guiu Roma, directamente ou apoiada na sua clerezia
de solar e espada, exercer de facto no seculo X V I á
mesma acção e influencia que tres séculos antes D. Diniz tentára enfraquecer-lhe.
Desta arte, a própria corôa que trabalhára para das rotas
parcellas do feudalismo fazer surgira velha unidade classica, apoiada nos jurisconsultos romanistas desse tem po, a quem com tanta propriedade o nosso sabio Can'
dido*Mendes chama—os archictectos do absolutismo real,
dá uma nova fórma ao principio medieval, na instituição
dos morgados, largamente favorecida sob D. João I, na
phrase de G. da Rocha, como meio de perpetuar a a n tiguidade das familias, adoptando-se para esta institui ção, com que se queria principalmente recompensar a no va fldalguia, que ao Mestre de Aviz tornára facil a usurpação da successão de Affonso Henriques, a mesma for ma da successão dos feudos.
E asssim, viveu o principio e viveu mesmo ao lado
da legislação que maior golpe lhe desfechára : a codi ficação que sob o nome de ordenações resistiu a todos
os acontecimentos e atravessou os tempos até aos nos sos dias.
Outubro de 1898.
T h e o ph il o R ib e ir o .