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P:01

FOLHA DE ROSTO

Caderno de Atividades

LÍNGUA PORTUGUESA

Anos Iniciais do Ensino Fundamental

2009

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

P:03

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Roberto Requião

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

DIRETORIA GERAL

Ricardo Fernandes Bezerra

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

Alayde Maria Pinto Digiovanni

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Mary Lane Hutner

2009

P:04

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA

Edilson José Krupek

Iris Mirian Miranda do Valle

Keila Vieira de Lima

Luciana Cristina Vargas da Cruz Camillo

Mougly da Luz Queiroz

Solange Maria do Nascimento

Tatiani Daiana de Novaes

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA

NRE Apucarana Afife Fontanini

NRE Área Metropolitana Norte Maria Lúcia Furtado

NRE Área Metropolitana Sul Relindes Ianke Leite

NRE Assis Chateaubriand Ana Paula Ramão da Silva

NRE Campo Mourão Jane Cristina Beltramini Berto

NRE Cascavel Edna Anita Lopes Soares

NRE Cianorte Alessandra da Silva Rodrigues

NRE Cornélio Procópio Maria Aparecida de Barros

NRE Curitiba Margarida Erzinger de Oliveira

NRE Curitiba Luciana de Cássia Camargo

NRE Dois Vizinhos Ignes Nuernberg Thibes

NRE Foz de Iguaçu Valdecy A. Orsioli Salatini

NRE Francisco Beltrão Ivaneide Rovani

NRE Goioerê Edna Aparecida Filipim

NRE Guarapuava Mariza Aparecida Buss

NRE Ibaiti Hilda Morais do Paraizo Ribeiro

NRE Irati Janete Pereira

NRE Ivaiporã Pamela da Silva Camocardi

NRE Jacarezinho Maria Elena Raimundo

NRE Laranjeiras do Sul Elizangela da Rosa

NRE Loanda Ticiana Zelide Ravache

NRE Londrina Leslie Felismino Barbosa

NRE Maringá Leonor Vasques R. Martinez

NRE Paranaguá Hulda Ladevig

NRE Paranavaí Laura Maria de Andrade da Silva

NRE Pato Branco Varilene Verdi Figueiredo

NRE Pitanga Marli Nascimento Teixeira

NRE Ponta Grossa Rita de Cássia Capri

NRE Telêmaco Borba Estela Fátima Baptistuci Morbi

NRE Toledo Simone Silvia Bedin Coelho

NRE Umuarama Marcela H. Baggio Violada

NRE União da Vitória Marcia R. Konig Semianko

NRE Wenceslau Braz Marli Coutinho de Carvalho

P:07

Prezado(a) aluno(a)

O Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, com a

colaboração dos Núcleos Regionais, produziu este caderno pedagógico que possibilita

a você, aluno da rede de ensino público do Estado do Paraná, aprofundar seus conhecimentos lingüísticos, familiarizar-se com a estrutura das questões e objetivos desse

formato de avaliação da Prova Brasil – a qual é aplicada pelo Ministério da Educação

para todos os alunos matriculados na 4ª série do Ensino Fundamental.

Nesse sentido, este caderno pode auxiliar tanto você, aluno, como o seu professor,

no que se refere ao entendimento de como os conteúdos são apresentados nas questões aplicadas.

A idéia é que vocês discutam, resolvam e conheçam essas questões, para que

possam aprofundar seus estudos nos conteúdos já desenvolvidos na sala de aula e,

assim, melhorar o processo de ensino-aprendizagem que ocorre nas escolas públicas

do Estado do Paraná.

Departamento de Educação Básica

P:08

8Matemática – Prova Brasil - 2009

P:09

9

sumário

Apresentação 11

Conteúdos de Língua Portuguesa 12

Procedimentos de Leitura 13

Implicações do Suporte,

do Gênero e/ou do Enunciador na

Compreensão do Texto

30

Relação entre Textos 36

Coerência e Coesão no

Processamento do Texto 46

Relações entre Recursos Expressivos

e Efeitos de Sentido 62

Variação Lingüística 71

Gabarito 74

P:11

11Caderno de Atividades

Apresentação

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é composto por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), realizada por amostragem

das Redes de Ensino tem foco nas gestões dos sistemas educacionais; e a Avaliação

Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) enfoca cada unidade escolar e recebe, em

suas divulgações, o nome de Prova Brasil.

As avaliações do SAEB são aplicadas por amostra em alunos de 4ª e 8ª séries do

Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio. As informações obtidas a partir dos

levantamentos do Saeb também permitem acompanhar a evolução da qualidade da

Educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na definição

de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, com vistas

ao desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades

nele existentes.

P:12

12Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Matriz de Referência de Língua Portuguesa - SAEB/

PROVA BRASIL

1. Procedimentos de Leitura

2. Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na Compreensão do

Texto

3. Relação entre Textos

4. Coerência e Coesão no Processamento do Texto

5. Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido

6. Variação Lingüística

Conteúdos de Língua Portuguesa –

Anos Iniciais do Ensino Fundamental

P:13

13Caderno de Atividades

Procedimentos de Leitura

Na prática da leitura, o aluno deverá localizar informações explícitas e inferir as

implícitas em um texto. As informações implícitas exigem maior capacidade para que

possam ser inferidas, exige que o leitor extrapole o texto e reconheça o que não está

textualmente registrado e sim subentendido ou pressuposto. É preciso identificar não

apenas a idéia, mas também ler as entrelinhas, o que exige do aluno um conhecimento

de mundo, e outras leituras.

Na leitura e interpretação dos textos deve-se também distinguir os fatos apresentados da opinião formada acerca desses fatos em textos narrativos e argumentativos.

Reconhecer essa diferença é importantíssimo para que o aluno possa tornar-se mais

crítico, de modo a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que lhe é dada pelo autor do texto.

Descritores

D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

D6 – Identificar o tema de um texto.

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse respeito.

P:14

14Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia o texto:

Um cardápio variado

Os besouros estão em toda parte do planeta. Para eles, a natureza é uma fonte inesgotável de alimentos. Veja só:

O serra pau tem esse nome porque se alimenta de madeira. Uma espécie é chamada de rola-bosta, por sua preferência por excrementos, enquanto outra tem hábitos

mais “refinados”, pois só come pétalas de flores.

O bicudo e a broca são terríveis para a lavoura do algodão; o bicudo come a flor

antes dela abrir-se, enquanto a broca ataca a raiz, enfraquecendo a planta.

A joaninha, que também é um besouro, ajuda a combater as pragas das plantações.

Ela chega a comer cerca de 20 pulgões por dia.

Há também besouros que adoram uma biblioteca, mas ali não vão para uma boa

leitura, e sim para devorar os livros. Nesse caso, são as suas larvas que perfuram as

capas dos livros, causando o maior estrago.

Fonte: Adaptado de Globo Ciência: Ano 2, nº. 20.

1. O besouro que prejudica a agricultura é o:

a) Serra pau.

b) Bicudo.

c) Joaninha.

d) Rola-bosta.

Leia a fábula abaixo:

O leão e o rato

Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo,

quando o Rato suplicou:

Atividades

P:15

15Caderno de Atividades

- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua

bondade.

Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.

Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por

caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.

O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre.

Então disse:

- O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava

receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.

Moral:

Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.

Fonte: http://sitededicas.uol.com.br/fabula3a.htm

2. Quando o rato dirige-se ao leão trata-o como “Senhor”. Essa forma de tratamento

indica:

a) Inferioridade do leão.

b) Superioridade do rato.

c) Respeito do rato para com o leão.

d) Humildade do leão.

Leia o texto:

A galinha medrosa

Logo ao nascer do sol, uma galinha medrosa, que acordou antes das outras, saiu

do galinheiro.

Ainda tonta de sono e meio distraída, viu a própria sombra atrás dela e levou o maior

susto:

- Cocó... cococó... cocoricó... socorro! Tem um bicho horroroso me perseguindo!

Cocoricó... cocoricó...

P:16

16Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

E saiu correndo pra lá e pra cá, toda arrepiada, soltando penas para tudo quanto é

lado.

A barulheira acordou as outras galinhas que, assustadas saíram do galinheiro (...)

Fonte: LACOCCA, Liliana e Michele. A galinha e a sombra. SP: Ática, 1990.

3. De acordo com o texto, o que provocou medo na galinha:

a) Acordar com o nascer do sol.

b) Ver sua própria sombra.

c) Acordar antes das outras.

d) Ver um bicho no galinheiro.

Leia o texto abaixo que pertence ao “Manual de Etiqueta: 33 dicas de como

enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade”.

[21] “Ao fazer compras, leve sua

própria sacola, de preferência as de

pano resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo

Young. Com esse gesto simples,

você deixará de participar da farra

das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das

grandes cidades.

4. O conselho dado por Ricardo Young pretende:

a) Contribuir para a preservação do meio ambiente.

b) Evitar desperdício das sacolas plásticas.

c) Vender mais sacolas de pano.

d) Evitar entupimento dos bueiros.

P:17

17Caderno de Atividades

Leia a reportagem da revista Recreio para responder as questões 5 e 6:

Dentes limpinhos

As primeiras escovas de dentes surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas

de pêlos de porco trançados em varinhas de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois por pêlos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam umidade

e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras

escovas com cerdas de náilon, usadas até hoje.

Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.

5. As escovas de hoje são feitas de:

a) Pêlos de cavalo.

b) Cerdas de náilon.

c) Cerdas da China.

d) Pêlos de porco.

6. Segundo o texto, as escovas de pêlo de cavalo foram substituídas pelas de náilon porque:

a) havia pouca matéria prima.

b) os pêlos de cavalo era anti-higiênicos .

c) os pêlos de cavalo causavam dor na gengiva.

d) os pêlos de cavalo juntavam umidade e criavam mofo.

Leia o texto a seguir:

Poodle

Atualmente o poodle é considerado um dos cães mais populares do mundo, principalmente no Brasil.

P:18

18Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Infelizmente, devido à reprodução sem controle, a maioria dos cães que vemos hoje

não estão de acordo com o padrão oficial da raça. É recomendável a aquisição de filhotes somente através de criadores confiáveis.

A origem da raça não é bem conhecida, mas há indícios de que o poodle seja originário da França.

O poodle é um cão ativo e muito inteligente, por isso, de fácil treinamento. Segundo

o livro A inteligência dos Cães, de Stanley Coren, o poodle é a segunda raça mais inteligente e obediente para o trabalho.

Atualmente o poodle é consagrado como um excelente cão de companhia. Extremamente dócil, carinhoso e brincalhão, é um ótimo amigo das crianças.

Fonte: Adaptação: http://amigocao.cjb.net

7. No trecho do segundo parágrafo: “É recomendável a aquisição de filhotes somente através de criadores confiáveis”, a palavra em destaque indica:

a) Um problema.

b) Um pedido.

c) Uma sugestão.

d) Um desejo.

Leia a fábula para responder as questões 8 e 9:

O asno e a carga de sal

Um asno carregado de sal atravessava um rio. Um passo em falso e ei-lo dentro da

água. O sal então derreteu e o asno se levantou mais leve. Ficou todo feliz. Um pouco

depois, estando carregado de esponja às margens do mesmo rio, pensou que se caísse

de novo ficaria mais leve e caiu de propósito nas águas. O que aconteceu? As esponjas

ficaram encharcadas e, impossibilitado de se erguer, o asno morreu afogado.

Algumas pessoas são vítimas de suas próprias artimanhas.

Fonte: Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M Pocket, 1997, p. 139-140.

P:19

19Caderno de Atividades

8. Na expressão retirada do texto, “... pensou que se caísse de novo ficaria mais

leve e caiu de propósito nas águas...”, a expressão em negrito pode significar

também:

a) Casualmente

b) Intencionalmente.

c) Coincidentemente.

d) Proporcionalmente.

9. As ações do Asno dão idéia de:

a) Certeza.

b) Fraqueza.

c) Estranheza.

d) Esperteza.

Leia o texto abaixo para responder a questão 10:

O Brasil no Pólo Sul

Foi no verão de 1982 para 1983 que os brasileiros fizeram as primeiras pesquisas

científicas na Antártica. Por lá, a temperatura no verão é mais amena: em média zero

grau centígrado.

Os brasileiros viajaram nos navios oceanográficos Barão de Teffé, da Marinha, e

Professor W. Besnard, da Universidade de São Paulo. Era o início do Proantar (Programa Antártico Brasileiro). No verão seguinte, começou a funcionar a Estação Antártica

Comandante Ferraz, que abriga os pesquisadores brasileiros no continente gelado.

Localizada na ilha Rei George, no arquipélago Shetland do Sul, ela funciona até

hoje quase como se fosse uma cidadezinha. Existem alojamentos, laboratórios, sala

de estar, cozinha, ginásio de esportes, biblioteca, sala de comunicações e lugar para

pouso de helicóptero.

Fonte: Almanaque Recreio - São Paulo: Editora Abril, 2003 – p.151.

P:20

20Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

10. No trecho: “No verão seguinte, começou a funcionar a Estação Antártica Comandante Ferraz”, a palavra destacada indica:

a) As quatro estações do ano.

b) O local que abriga os pesquisadores.

c) A próxima parada do metrô.

d) O inverno no Pólo Sul.

Leia a experiência abaixo para responder a questão 11:

Papel congelado

Material:

• Congelador ou local ao ar livre, em dia de temperatura muito baixa

• Papel pesado (espesso)

• Aquarelas ou anilinas coloridas e pincel

• Água

• Vasilha rasa

• Assadeira sem bordas

Experiência artística:

1. Mergulhe o papel em uma vasilha rasa com água até que esteja totalmente molhado.

2. Coloque o papel molhado sobre uma assadeira.

3. Coloque a assadeira e o papel no congelador, ou fora dele, para congelar.

4. Quando congelado, remova o papel do congelador e pinte sobre o papel antes que

ele descongele.

P:21

21Caderno de Atividades

Variações:

Congele diferentes tipos de papel para pintar – papel toalha, filtro de café, papel

cartão, papel sulfite, etc.

Desenhe com giz sobre o papel congelado.

Pinte com guache sobre o papel congelado.

Fonte: KOHL, MaryAnn F. Descobrindo a ciência pela arte: propostas de experiências. Porto Alegre: Artmed, 2003. p.23.

11. No texto a palavra variações indica:

a) Os produtos que devem ser utilizados para fazer a experiência.

b) Como fazer o papel congelado.

c) Outras possibilidades de se realizar a experiência.

d) O resultado obtido com a realização da experiência.

12. No ditado popular “Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”, as

palavras destacadas significam:

a) Parte do dia antes do almoço e neste.

b) Depois e agora.

c) Parte do dia antes do almoço e agora.

d) Um dia após hoje e neste momento.

Leia a tirinha:

Fonte: http://www.enem.inep.gov.br/quiz/3/QUIZ%20ENEM_03_html_m5c1d9c55.jpg.

P:22

22Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

13. Uma das definições da palavra bateria é “associações de pilhas ou acumuladores elétricos”. Considerando a leitura do texto, responda: Qual o sentido da palavra BATERIA na tirinha, levando em conta o contexto em que foi empregada?

a) Associação de pilhas ou acumuladores elétricos.

b) Fonte de voltagem contínua.

c) Conjunto de instrumentos de percussão.

d) Energia, disposição.

Leia a fábula abaixo:

O Galo e a Raposa

No meio dos galhos de uma árvore bem alta, um galo estava empoleirado e cantava a

todo volume. Sua voz esganiçada ecoava na floresta. Ouvindo aquele som tão conhecido,

uma raposa que estava caçando se aproximou da árvore. Ao ver o galo lá no alto, a raposa começou a imaginar algum jeito de fazer o outro descer. Com a voz mais boazinha do

mundo, cumprimentou o galo dizendo:

- Ó meu querido primo, por acaso você ficou sabendo da proclamação de paz e harmonia universal entre todos os tipos de bichos da terra, da água e do ar? Acabou essa história

de ficar tentando agarrar os outros para come-los. Agora vai ser tudo na base do amor e da

amizade. Desça para a gente conversar com calma sobre as grandes novidades!

O galo, que sabia que não dava para acreditar em nada do que a raposa dizia, fingiu

que estava vendo uma coisa lá longe. Curiosa, a raposa quis saber o que ele estava olhando com ar tão preocupado.

- Bem, disse o galo -, acho que estou vendo uma matilha de cães ali adiante.

- Nesse caso é melhor eu ir embora – disse a raposa.

- O que é isso, prima? – disse o galo. - Por favor, não vá ainda! Já estou descendo! Não

vá me dizer que está com medo dos cachorros neste tempo de paz?!

- Não, não é medo – disse a raposa -, mas... e se eles ainda não estiverem sabendo da

proclamação?

Moral:

Cuidado com as amizades muito repentinas.

Fonte: Fábulas de Esopo. Trad. Heloisa Jahn. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1999. p.22.

P:23

23Caderno de Atividades

14. A intenção do galo ao falar que estava vendo uma matilha foi de:

a) Enganar a raposa para salvar sua vida.

b) Aguçar a curiosidade da raposa.

c) Mostrar que lá do alto ele podia ver mais que a raposa.

d) Avisar que estavam chegando animais para a proclamação da paz.

Leia o poema:

O Pato

Vinícius de Moraes/Toquinho

Lá vem o Pato

Pata aqui, pata acolá

La vem o Pato

Para ver o que é que há.

O Pato pateta

Pintou o caneco

Surrou a galinha

Bateu no marreco

Pulou do poleiro

No pé do cavalo

Levou um coice

Criou um galo

Comeu um pedaço

De jenipapo

Ficou engasgado

Com dor no papo

Caiu no poço

Quebrou a tigela

Tantas fez o moço

Que foi pra panela.

Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/vmi10.html

P:24

24Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

15. O motivo do pato ir para panela, foi:

a) Travessura.

b) Cautela.

c) Firmeza.

d) Confiança.

Leia a piada abaixo para responder a questão 16:

Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí, cansou de andar e sentou-se numa cadeira belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:

- Meu filho, você não pode sentar aí. Esta cadeira é do Pedro I.

E o Juquinha:

- Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!

Fonte: Lucas Samuel, Jaboatão/Pernambuco. Revista Ciência Hoje das crianças, nº 78 - Março/1998. Ano

11, p.28 - Seção: cartas.

16. O Pedro I da piada era:

a) Amigo do Juquinha.

b) Guarda do museu.

c) Professor de história.

d) Imperador do Brasil.

P:25

25Caderno de Atividades

Leia a reportagem abaixo:

Diretor de musicais critica ‘espetaculozinhos oportunistas’

O teatro infantil não é dividido em megaproduções com personagens de TV e pequenas peças ligadas a clássicos de Literatura. Boa fatia é abocanhada por grandes

musicais. Amanhã, estréia do show “Hi-5”, entra em cartaz “Mágico de Oz”.

É o mesmo lançado em 2003 e visto por 1,5 milhão. Billy Bond, diretor deste

musical e de outros bem-sucedidos (“Les Misérables”, “A Bela e a Fera”) não quer se

misturar a “espetaculozinhos oportunistas baseados em sucessos da TV”. “Não é um

bonequinho da moda, é um clássico que passa mensagem e não só proporciona ao

público um momentozinho”, dispara.

A psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão diz que, se os pais tiverem de

optar entre um show da TV ou um clássico, o segundo é melhor. “Mas shows ligados à

TV também podem ser bons porque a criança sabe o enredo e se liga na apresentação.

O importante é criar o hábito de ir ao teatro” (LM)

Fonte: Folha de São Paulo, 4 de julho de 2008, E1

17. O tema central da reportagem é:

a) Não existe relação entre teatro e cultura.

b) Defesa de apresentação de clássicos da literatura nos espetáculos infantis.

c) A defesa de shows como “Hi-5”.

d) Teatros infantis baseados em personagens de TV são mais indicados para o

público infantil.

Leia o texto:

Dentes limpinhos

As primeiras escovas de dentes surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas de

pêlos de porco trançados em varinhas de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois

por pêlos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam umidade e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras escovas

com cerdas de náilon, usadas até hoje.

Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.

P:26

26Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

18. A idéia central do texto é:

a) Utilidade dos animais.

b) Higiene dental.

c) Pêlos de animais.

d) Invenção de escova de dente.

Leia o texto:

IMIM 1OO

Yoshiko era apenas uma criança quando saiu do Japão, sua terra-natal. Depois de

52 dias de viagem no navio Kasato Maru, finalmente ela desembarcou no Brasil com

seus pais e um irmão em 18 de junho de 1908. No mesmo navio, havia outras 164 famílias japonesas, todas em busca de trabalho e melhores condições de vida.

Por aqui, Yoshiko encontrou muitas coisas diferentes. Estranhou a comida, a língua,

as roupas, o clima... Mas o jeito era encarar o trabalho nas lavouras de café e ajuntar

dinheiro logo para regressar ao Japão. Assim, Yoshiko e sua família se instalaram no

interior de São Paulo. A vida não era fácil e o salário também não era dos melhores.

Mesmo assim, a cada ano, mais e mais japoneses cruzavam o oceano em direção ao

Brasil.

O tempo passou. Quando Yoshiko e sua família finalmente conseguiram juntar um

bom dinheiro, a Segunda Guerra Mundial estourou. Aí, tudo ficou mais difícil. O jeito foi

continuar no Brasil por mais uns anos.

Só que, com o fim da Guerra, em 1945, já não fazia mais sentido voltar para o Japão.

Yoshiko conheceu um outro imigrante japonês e se casou, formando uma família no

Brasil.

Nos anos 60, os filhos de Yoshiko decidiram se mudar para a cidade grande para estudar. Como outros filhos de imigrantes também tomaram essa decisão, cidades como

São Paulo ficaram lotadas de japoneses, principalmente no bairro da Liberdade.

Fonte: Revista Nosso Amiguinho. Pesquisa. Texto: Fernando Torres. Junho de 2008. p.17.

P:27

27Caderno de Atividades

19. O assunto principal do texto é:

a) A culinária japonesa e brasileira.

b) A viagem no Kasato Maru.

c) A imigração Japonesa.

d) O retorno de Yoshiko ao Japão.

Leia o texto abaixo:

O desperdício da água

A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar,

porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez mais difícil captar

água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada

vez mais longe, o que encarece o processo e consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as pessoas condições mais dignas de higiene.

Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las, etc.

Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm

20. A alternativa que contempla a opinião do autor é:

a) “Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe(...).”

b) “São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las,

etc.”

c) “A maioria das pessoas não têm o costume de desperdiçar água(...).”

d) “A maioria das pessoas têm o costume de desperdiçar água, mas isso tem de

mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito(...).”

P:28

28Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia a fábula de Esopo:

O Lobo e o Cão

Esopo

Encontraram-se na estrada

Um cão e um lobo. E este disse:

“Que sorte amaldiçoada!

Feliz seria, se um dia

Como te vejo me visse

Andas gordo e bem tratado,

Vendes saúde e alegria:

Ando triste e arrepiado,

Sem ter onde cair morto!

Gozas de todo o conforto,

E estás cada vez mais moço;

E eu, para matar a fome,

Nem acho às vezes um osso!

Esta vida me consome...

Dize-me tu, companheiro:

Onde achas tanto dinheiro?”

Disse-lhe o cão:

“Lobo amigo!

Serás feliz, se quiseres

Deixar tudo e vir comigo;

Vives assim porque queres...

Terás comida à vontade,

Terás afeto e carinho,

Mimos e felicidade,

Na boa casa em que vivo!”

Foram-se os dois. Em caminho,

Disse o lobo, interessado:

“Que é isto? Por que motivo

Tens o pescoço esfolado?”

“É que, às vezes, amarrado

Me deixam durante o dia...”

“Amarrado? Adeus, amigo!

“Disse o lobo: Não te sigo!

Muito bem me parecia

Que era demais a riqueza...

Adeus! Inveja não sinto:

Quero viver como vivo!

Deixa-me antes com a pobreza!

- Antes livre, mas faminto,

Do que gordo, mas cativo!”

Adap. Olavo Bilac

Fonte: MACHADO, Ana Maria. Literatura em minha casa.

Vol. 1 - Cinco estrelas. Rio de Janeiro. Objetiva: 2001.

P:29

29Caderno de Atividades

21. Os versos que expressam uma opinião são:

a) - Antes livre, mas faminto,

Do que gordo, mas cativo!

b) Dize-me tu, companheiro:

Onde achas tanto dinheiro?

c) “Que é isto? Por que motivo

Tens o pescoço esfolado?”

d) Encontraram-se na estrada

Um cão e um lobo. E este disse:

Leia o texto:

Descuido com a natureza

Os efeitos da poluição e destruição da natureza são desastrosos: se um rio é contaminado, a

população inteira sofre as consequências. A poluição está prejudicando os rios, mares e lagos;

em poucos anos, um rio sujeito a poluição poderá estar completamente morto. Para despoluir um

rio gasta-se muito dinheiro, tempo e o pior: mais

uma enorme quantidade de água. Os mananciais também estão em constante ameaça, pois

acabam recebendo a sujeira das cidades, levada

pela enxurrada junto com outros detritos.

Fonte: Adaptação: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm

22. O tema tratado no texto é:

a) Poluição da água.

b) Poluição da natureza.

c) Conservação da água.

d) Conservação da natureza

P:30

30Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Implicações do Suporte, do Gênero e/ou

do Enunciador na Compreensão do Texto

O aluno deverá distinguir os gêneros variados, veiculados em diferentes suportes,

como jornais, revistas, livros didáticos ou literários. A identificação da finalidade de um

texto em função de suas características, como o conteúdo, a utilização ou não de recursos gráficos e o estilo de linguagem.

Descritores

D5 - Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos, etc).

D9 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.Observe o rótulo abaixo:

Atividades

Observe o rótulo abaixo:

P:31

31Caderno de Atividades

23. O rótulo do chocolate em pó Nescau procura reforçar o valor nutricional do produto em questão utilizando a palavra energia. Que recurso utilizado no rótulo

está melhor relacionado à palavra energia?

a) A imagem do raio.

b) A informação nutricional.

c) O logotipo da Nestlé.

d) O quadro com uma dica Nescau.

Observe o quadrinho da Mafalda:

Fonte: QUINO. Joaquim. Toda Mafalda. São Paulo. Martins Fontes, ed. 6, 2003.

24. A expressão de Mafalda, no último quadrinho, revela:

a) Satisfação.

b) Aborrecimento.

c) Alegria.

d) Realização.

P:32

32Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia a tirinha abaixo e responda:

Fonte: http://www.turmadamonica.com.br/index.htm - Quadrinhos - Tira 184.

25. Em que consiste o humor na tirinha?

a) Na forma como o Cebolinha e a Magali estavam andando.

b) No movimento do Cebolinha para marcar o caminho de volta.

c) Na certeza do Cebolinha de que eles não ficariam perdidos.

d) No fato da Magali comer as pipocas que o Cebolinha estava usando para

marcar o caminho.

O texto abaixo pertence ao “Manual de Etiqueta: 33 dicas de como enfrentar o

aquecimento global e outros desafios da atualidade”.

[21] “Ao fazer compras, leve sua

própria sacola, de preferência as de

pano resistente”, aconselha o presidente do Instituto Ethos, Ricardo

Young. Com esse gesto simples,

você deixará de participar da farra

das sacolinhas plásticas, que entopem cada vez mais os lixões das

grandes cidades.

P:33

33Caderno de Atividades

26. O conselho dado por Ricardo Young tem por finalidade:

a) Divertir o leitor.

b) Influenciar o leitor para que ele mude de atitude.

c) Vender um produto ao leitor.

d) Contar uma história ao leitor.

Leia os textos A e B: Sinopse do filme

Texto A

O casamento dos Trapalhões

Quatro irmãos, Didi (Renato Aragão), Dedé (Dedé Santana), Mussum (Mussum) e

Zacarias (Zacarias), são caipiras que vivem na área rural. Didi vai até uma cidade próxima e, após entrar em uma briga com Expedito, conquista Joana, que o segue até o

seu rancho. Eles resolvem se casar, apesar dela não se sentir muito à vontade com a

presença dos seus irmãos, que são bem pouco educados. Quando Joana consegue

melhorar o jeito deles, Didi diz que recebeu uma carta da irmã perguntando se os filhos dela podem ficar no rancho, pois vão cantar e tocar na festa do rodeio da cidade.

Joana fica animada, principalmente quando os irmãos e sobrinhos de Didi arrumam

namoradas e todos vão para o rancho. Mas Expedito descobriu que eles moram no Vale

Profundo e organizou um grupo para atacar o lugar.

Fonte: http://www.adorocinema.com.br/filmes/casamento-dos-trapalhoes/casamento-dos-trapalhoes.

sp#Curiosidades

P:34

34Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Texto B: Críticas ao filme

O casamento dos Trapalhões

Resumo

Crítica do leitor

Cyntia:

“Um filme divertido, dá pra rir, mas muito bobo.”

Israel Gusmão:

“Como sempre DIDI e companhia estão demais.”

Luciano Rodrigues:

“Um dos melhores filmes com o quarteto Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.”

André Luiz:

“Grande sucesso de público e bem a cara dos anos 80. Que saudades dos

Trapalhões.”

Pedro Henrique Pereira:

“Não é um dos melhores filmes dos Trapalhões, mas diverte.”

Fábio Ananias Moisés:

“Não gostei, achei super chato e muito sem graça. Não assisto mais.”

Natália:

“Legalzinho, mas um pouco idiota (também, o filme é do Didi).”

Paulo José Emmer:

“Um filme simples e gostoso de se assistir.”

Fonte: http://www.adorocinema.com.br/filmes/casamento-dos-trapalhoes/casamento-dos-trapalhoes.

asp#Curiosidades

27. Se uma pessoa quisesse ter informações sobre o filme “O casamento dos Trapalhões”, ela leria:

a) O texto B para saber o enredo e o texto A para conhecer a opinião de outras

pessoas sobre o filme.

b) O texto A para saber o enredo e o texto B para conhecer a opinião de outras

pessoas sobre o filme.

c) O texto A para saber o enredo e o texto B para conhecer as pessoas que

assistiram ao filme.

d) O texto A para conhecer todos os profissionais que trabalharam no filme e o

texto B para saber a opinião das pessoas que trabalharam no filme.

P:35

35Caderno de Atividades

Observe o encarte do filme “A Bela e a Fera”:

28. A finalidade do texto acima é de:

a) Advertir sobre o uso de um produto.

b) Informar sobre vida de alguém.

c) Apresentar dados sobre um filme.

d) Explicar como usar um objeto.

P:36

36Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Relação entre textos

O aluno deverá assumir uma atitude crítica e reflexiva em relação às diferentes idéias

relativas ao mesmo tema encontradas em um mesmo ou em diferentes textos, ou seja,

idéias que se cruzam no interior dos textos lidos, ou aquelas encontradas em textos diferentes, mas que tratam do mesmo tema.

Dessa forma, o aluno pode ter maior compreensão das intenções de quem escreve.

Estas atividades envolvem a comparação de textos de diversos gêneros, tanto os

produzidos pelos alunos, como os extraídos da Internet, jornais, revistas, livros, textos

publicitários ou não. A relação entre textos são essenciais para se analisar o modo de

tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação

dos textos.

Descritor:

D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que eles foram

produzidos e daquelas em que serão recebidos.

Atividades

Leia a notícia e o infográfico para responder a questão 29.

Assembléia de SP aprova regras para cão considerado “violento”

A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei que estabelece regras

de segurança para a posse e condução de cães considerados “violentos”. A votação

ocorreu em sessão extraordinária na noite de ontem.

P:37

37Caderno de Atividades

Conforme o projeto, de autoria do Executivo, os cães das raças pit bull, rotweiller e mastim napolitano deverão sair às ruas com guia curta de condução, enforcador

e focinheira. Quem não cumprir a medida estará sujeito a multa de 10 Ufesp Unidade

Fiscal do Estado). Hoje, o valor seria de R$ 111,49. No caso de reincidência, o valor da

multa será dobrado.

Conforme o projeto, qualquer pessoa poderá acionar a polícia ao ver um cão

dessas três raças sem os devidos “equipamentos”. A proposta também obriga os proprietários dos animais em mantê-los em condições adequadas de segurança que impossibilitem a evasão dos cães.

Fonte: Folha Online – 23 outubro 2003 – 13h 37min

Observe o infográfico:

Fonte: http://veja.abril.com.br/220798/p_108.html

29. Os dois textos informam sobre:

a) Passeio de cães de guarda sem focinheira.

b) Comercial de produtos para cães.

c) Como prender um cão feroz.

d) Cães ferozes.

P:38

38Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia os textos I e II para responder as questões:

Texto I

Manual de etiqueta sustentável

50 Dicas para enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade.

“Passe adiante este manual. Discuta-o com os amigos, vizinhos, o pessoal do prédio. Dissiminar as práticas aqui sugeridas é uma atitude sustentável. Depois de lido e

discutido, recicle a revista. Ou faça origamis, calço de mesa. Aproveite o embalo para

ajudar uma ONG. Melhor: invente sua própria ONG e cobre ações de seus representantes. O futuro a gente faz agora”.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/cartilha/

Texto II

“Nossas idéias comprometidas com o bem comum, são como sementes. Se as guardamos, nunca darão frutos. Se as distribuímos, estamos possibilitando que os outros as

plantem e colham os frutos de um novo mundo, melhor e possível.”

Beatriz Dornelas

Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=21414

30. Os textos lidos tratam do mesmo assunto. Sobre o que eles falam:

a) A necessidade de plantar árvores.

b) A valorização da conversa entre os amigos.

c) Os cuidados que devemos ter ao plantar e colher.

d) A importância de partilhar idéias e práticas visando o bem comum.

Leia os textos retirados do livro “Bem-te-li”, produzido por alunos da 4ª série:

“É comum grandes áreas de floresta e reservas ambientais serem devastadas pelas

queimadas causadas por agricultores. Para preparar a terra para novas plantações, põem

fogo no mato seco, sem nenhum cuidado. Aí o fogo se alastra, queimando tudo. Quantos

desastres ecológicos já aconteceram desse jeito? Seria bom se o homem do campo fosse

orientado para o preparo da terra, sem precisar fazer queimadas”.

Fonte: Felipe Freire de Aragão, 13 anos. Livro Bem-te-li. 4ª Série. p. 168.

P:39

39Caderno de Atividades

“Não dá para aceitar a atitude de alguns brasileiros que sujam nossas praias, parques e ruas, e, quando viajam para o exterior, dão uma de educados.

Lixo esparramado é um problema de saúde, além de deixar a cidade feia. Assim,

é preciso que a população se interesse pelo ambiente, não apenas da boca prá fora.

Se cada um tirar sua própria sujeira do caminho de todos, vamos conseguir viver num

lugar mais limpo e melhor”.

Fonte: Caio Sergio M. Brasil Borges, 11 anos.Livro Bem-te-li. 4ª série, p.168.

31. Os dois textos tratam:

a) Das reservas ambientais.

b) Da falta de cuidados com o meio ambiente.

c) Do lixo nas cidades.

d) Dos cuidados com o preparo da terra.

Leia os textos I e II:

Texto I

Palavras

Há palavras verdadeiramente mágicas.

O que há de mais assustador nos monstros é a palavra “monstro”.

Se eles se chamassem leques ou ventarolas, ou outro nome assim, todo arejado de

vogais, quase tudo se perderia do fascinante horror de Frankenstein...

Fonte: QUINTANA, Mário. Sapo Amarelo. Ed. Mercado Aberto. 1984.

P:40

40Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Texto II

Receita de acordar palavras

palavras são como estrelas

facas ou flores

elas têm raízes pétalas espinhos

são lisas ásperas leves ou densas

para acordá-las basta um sopro

em sua alma

e como pássaros

vão encontrar seu caminho

Fonte: MURRAY, Roseana. Receitas de olhar. São Paulo: FTD, 1997.

32. Os dois textos têm em comum:

a) Palavras mágicas.

b) Palavras assustadoras.

c) O segredo das palavras.

d) Palavras fascinantes ou ásperas.

Leia as fábulas:

Texto I

A cigarra e as formigas

No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra

faminta lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não

reservaste também o teu alimento?” A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava

melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno.

A fábula mostra que não se deve negligenciar em nenhum trabalho, para evitar tristeza

e perigos.

Fonte: Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M Pocket, 1997.

P:41

41Caderno de Atividades

Texto II

Muita comoção e tristeza no adeus à Cigarra

Milhares de insetos compareceram, ontem, ao enterro da Cigarra. Muita tristeza e

revolta marcaram o adeus à maior cantora que a Floresta já teve. Várias manifestações

de carinho aconteceram durante toda a cerimônia. O prefeito Lagarto e a primeira dama

Borboleta compareceram ao funeral. Eles pediram às autoridades pressa nas investigações para que o verdadeiro culpado pela morte da cantora seja punido. O público não

deixou de homenagear sua querida artista. Os fãs entoaram os sucessos da Cigarra

que faziam a alegria dos habitantes da Floresta durante o verão. Um outro grupo erguia

faixas de protesto chamando a principal suspeita da morte, a Formiga, de cruel e de

egoísta. Nenhuma formiga foi vista no enterro.

Fonte: Donizete Aparecido Batista – Professor da Rede Pública do Estado do Paraná.

33. Os dois textos apresentam:

a) O egoísmo da formiga.

b) A morte da cigarra cantora.

c) A fome da formiga.

d) O trabalho da formiga.

P:42

42Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia os textos e responda a questão:

Texto I

Quando oiei a terrra ardendo

Quá fogueira de São João

Eu perguntei a Deus do céu, ai,

Pur que tamanha judiação

Qui braseiro, que fornaia

Nem um pé de prantação

Pru farta da água perdi meu gado

Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca

Bateu asas do sertão

Entonce eu disse, adeus Rosinha

Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas léguas

Numa triste solidão

Espero a chuva cair de novo

Pra mim vortá pro meu sertão

Quando os verde dos teus óio

Se espáia na prantação

Eu te asseguro, num chore não, viu?

Que eu vortarei, viu, meu coração.

Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

Texto II

[...] As secas que ocorrem no Sertão do Nordeste são conhecidas desde o século

XVI. O governo Federal, desde a grande seca de 1877-1879, vem adotando uma política de combate aos efeitos da seca através, principalmente, de açudes e da distribuição

de verbas aos prefeitos das áreas atingidas pelas secas. Essa política, no entanto, tem

servido muito mais para beneficiar os grandes fazendeiros e os políticos locais do que

para resolver os graves problemas que afligem os sertanejos pobres: a destruição das

lavouras, a fome, o êxodo rural, etc.[...]

Marcos de Amorim Coelho

P:43

43Caderno de Atividades

34. Os textos apresentam:

a) Uma política favorecendo os fazendeiros.

b) A seca na região do Nordeste.

c) O combate aos efeitos da seca.

d) A tristeza do sertanejo.

Leia os textos abaixo:

Boitatá

Dizem que é uma cobra de fogo que vive nas matas. É protetora da natureza e ataca

qualquer um que queime os campos ou mate animais sem necessidade. Nos estados

do Nordeste, o boitatá é conhecido também como “fogo que corre”.

Fonte: Almanaque Recreio – São Paulo: Abril. 2003- p.93.

Curupira

De acordo com a tradição popular, o Curupira é um menino índio bem cabeludo que

protege os animais e as matas. Seus pés são virados para trás e por isso deixa rastros

que enganam os caçadores. Quando eles pensam que ele foi em uma direção, na verdade foi na direção oposta.

Fonte: Almanaque Recreio – São Paulo: Abril. 2003- p.93.

35. Os dois textos descrevem:

a) animais que existem nas florestas brasileiras.

b) Pessoas que protegem as florestas.

c) Lendas e mitos brasileiros.

d) Povos que habitam a floresta.

P:44

44Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia os textos I e II:

Texto I

O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas, ou

seja, umas dependem das outras. Cada sistema, cada órgão é responsável por uma

ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do

nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter na temperatura adequada à

vida.

Fonte: http://www.webciencia.com/11_00menu.htm - Acesso em 15/06/08.

Texto II

Há milhões de anos, o corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar ao ambiente e desenvolver o seu ser. Nosso corpo é uma mistura de elementos químicos feita na medida certa. As partes do corpo humano funcionam de maneira integrada

e em harmonia com as outras. É fundamental entendermos o funcionamento do corpo

humano a fim de adquirirmos uma mentalidade saudável em relação a nossa vida.

Fonte: http://www.webciencia.com/11_00menu.htm - Acesso em 15/06/08

36. Os dois textos tratam de:

a) Saúde.

b) Corpo humano.

c) Doenças.

d) Meio-ambiente.

P:45

45Caderno de Atividades

Leia as manchetes abaixo:

Meu gato tem um olho azul e outro marrom

Li no G1 uma reportagem sobre uma gata da Arábia Saudita portadora de olhos de

cores diferentes. O que chamou a minha atenção foi o fato de eu também ter um gato

com as mesmas características dessa gata saudita encontrada em Riyadh. A diferença

é que meu gato é persa, nasceu no Brasil e mora aqui em casa, em Foz do Iguaçu. O

nome dele é Bunny. Ele tem um olho azul e outro marrom.

Fonte: http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL102277-8491,00.html

Cadela com marca de coração ganha mãe

Julie, a cachorrinha de Goiatuba (GO) que ficou famosa por ter uma mancha em

formato de coração, ganhou uma mãe adotiva. A cadela Xuxa, que vive na mesma casa

que Julie, nunca deu à luz, mas adotou o filhote e passou inclusive a amamentá-lo.

Fonte: http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL97102-8491,00.html

37. As duas manchetes acima estão se referindo a:

a) Bichos que possuem olhos de cores diferentes.

b) Gatos da Arábia Saudita que possuem marcas de coração.

c) Cachorro do Paraná que possui olhos de cores diferentes.

d) Animais de estimação que possuem características incomuns à espécie.

P:46

46Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Encontramos nesse item os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão.

Considerando que a coerência é a lógica entre as idéias expostas no texto, para que

ela exista é necessário que a idéia apresentada se relacione ao todo do texto dentro de

uma seqüência e progressão de idéias.

Para que as idéias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem

interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, com vocábulos

que têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos. Dessa forma, as

peças que interligam o texto, como pronomes, conjunções e preposições, promovendo o sentido entre as idéias são chamadas coesão textual. Enfatizamos, nesta série,

apenas os pronomes como elementos coesivos. Assim, definiríamos coesão como a

organização entre os elementos que articulam as idéias de um texto.

O aluno deverá compreender o texto não como um simples agrupamento de frases

justapostas, mas como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes.

A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada interpretação de seus componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor

tem uma apreensão geral do assunto do texto.

Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita identificar os elementos que compõem o texto: narrador, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço; e quais

são as relações entre eles na construção da narrativa.

Coerência e coesão no

processamento do texto

P:47

47Caderno de Atividades

Descritores:

D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

D7 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

D8 - Estabelecer a relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto.

D12 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.

Atividades

Observe o texto abaixo para responder as questões 38 e 39:

O reformador do mundo

Américo Pisca- Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo,

para ele estava errado e a Natureza só fazia asneiras.

Asneiras, Américo?

Pois então? ... Aqui mesmo neste pomar, tens prova disso. Ali está uma jabuticabeira

enorme sustentando frutas pequeninas, e, lá adiante uma colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira.

Não era lógico que fosse justamente ao contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas passando as jabuticabeiras para a aboboreira

e as abóboras para as jabuticabeiras. Não acha que tenho razão?

Assim discorrendo, Américo provou que tudo estava errado e que só ele era capaz

de dispor, com inteligência, o mundo.

Mas o melhor concluiu é não pensar nisto e tirar uma soneca à sombra destas árvores,

não achas?

E Pisca- Pisca, pisca- piscando que não acabava mais, estirou-se de papo acima à

sombra da jabuticabeira.

P:48

48Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo reformado inteirinho pelas

suas mãos. Uma beleza!

De repente, no melhor da festa, plaft! uma jabuticaba que cai e lhe esborracha o

nariz.

Américo desperta de um pulo; medita sobre o caso e reconhece, afinal, que o mundo não é tão malfeito assim.

E segue para casa, refletindo:

Que espiga! Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria

sido eu?

Monteiro Lobato

38. No trecho “... Aqui mesmo neste pomar, tens prova disso.” A palavra em destaque refere-se:

a) Ao mundo que para ele estava errado e a natureza só fazia asneira.

b) A Américo Pisca- Pisca.

c) Aqui mesmo neste pomar.

d) Ao hábito de pôr defeito em todas as coisas.

39. No frase: “Sonhou com o mundo novo reformado inteirinho pelas suas mãos.

Uma beleza!”, o termo em destaque refere-se às mãos:

a) Do Mundo.

b) Do Pisca-pisca.

c) Das jabuticabeiras.

d) Da Natureza.

Leia a fábula abaixo:

O leão e o rato

Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao

que o Rato suplicou:

P:49

49Caderno de Atividades

- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua

bondade.

Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.

Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por

caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.

O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre.

Então disse:

- O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava

receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.

Esopo

Moral:

Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.

Fonte: http://sitededicas.uol.com.br/fabula3a.htm

40. Na frase “Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo...” A palavra destacada refere-se ao:

a) Leão.

b) Rato.

c) Caçador.

d) Narrador.

Leia a fábula abaixo:

A Cigarra e a Formiga

A cigarra passou todo o verão cantando, juntando seus grãos.

Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga pedir que lhe desse o

que comer.

A formiga então perguntou a ela:

P:50

50Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

- E o que é que você fez durante todo o verão?

- Durante o verão eu cantei – disse a cigarra.

E a formiga respondeu:

Muito bem, pois agora dance!

Fonte: ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD, 1993.

41. No trecho: “Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga pedir que

lhe desse o que comer”. A palavra destacada se refere a:

a) Casa.

b) Formiga.

c) Inverno.

d) Cigarra.

P:51

51Caderno de Atividades

Leia o texto abaixo:

Lado a lado, bem bolado

Ricardinho andava sem sorte. Acho até que, se ele fosse jogar cara-ou-coroa ou

par-ou-ímpar dez vezes seguidas, perderia todas.

O caso é que ele tinha aprendido que “em cima” se escreve separado e “embaixo”

se escreve junto. Mas, na hora de escrever suas redações, ele seeeeempre se confundia e acabava fazendo tudo ao contrário.

Foi queixar-se prá Vovó. Afinal, a Vovó tinha sido professora a vida inteira e sabia

tudo, tudinho mesmo de todas as coisas...

Fonte: Revista Nova Escola. Vol. 4. Edição Especial. p.18.

42. No trecho: “ Foi queixar- se pra Vovó.” O termo sublinhado refere-se:

a) À Vovó.

b) A tudinho.

c) A Ricardinho.

d) À sorte.

Leia o texto:

A hora certa de aprender

10:00 – E moleza para os mais velhos

Priscila Razon, de 15 anos, começa a se espreguiçar. Ela estuda na mesma escola

de Larissa, mas suas aulas são à tarde. Só no meio da manhã o cérebro da jovem dá os

comandos para o corpo pular da cama. Outros hormônios dessa fase do crescimento

fazem com que seu relógio biológico se atrase em algumas horas. Por isso, o dia está

apenas começando para ela.

Fonte: : Revista Nova Escola. Vol. 4. Edição Especial. p.18

P:52

52Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

43. No trecho “o dia está apenas começando para ela”. A palavra em negrito se

refere a:

a) Escola.

b) Priscila.

c) Larissa.

d) Horas.

Leia a reportagem abaixo e responda a questão:

Diretor de musicais critica

‘espetaculozinhos oportunistas’

O teatro infantil não é dividido em megaproduções com personagens de TV e pequenas peças ligadas a clássicos de Literatura. Boa fatia é abocanhada por grandes

musicais. Amanhã, estréia do show “Hi-5”, entra em cartaz “Mágico de Oz”.

É o mesmo lançado em 2003 e visto por 1,5 milhão. Billy Bond, diretor deste musical

e de outros bem-sucedidos (“Les Misérables”, “A Bela e a Fera”) não quer se misturar a

“espetaculozinhos oportunistas baseados em sucessos da TV”. “Não é um bonequinho

da moda, é um clássico que passa mensagem e não só proporciona ao público um

momentozinho”, dispara.

A psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão diz que, se os pais tiverem de optar

entre um show da TV ou um clássico, o segundo é melhor. “Mas shows ligados à TV

também podem ser bons porque a criança sabe o enredo e se liga na apresentação. O

importante é criar o hábito de ir ao teatro” (LM)

Fonte: Folha de São Paulo. 4 de julho de 2008, E1

44. “É o mesmo lançado em 2003 e visto por 1,5 milhão”. A expressão destacada

refere-se a:

a) Show Hi-5.

b) Mágico de Oz.

c) Show de TV.

d) Teatro infantil.

P:53

53Caderno de Atividades

Leia o texto abaixo:

Cuidado com a dengue

Os casos de dengue estão aumentando por todo o país e precisamos combater

esse mal. É claro que, para isso, precisamos acabar com o mosquito AEDES AEGYPTI,

transmissor da doença.

Almanaque do Chico Bento, nº 73 – Globo – 2003 – p. 35.

45. No trecho: “Os casos de dengue estão aumentando por todo o país e precisamos combater esse mal”, a palavra em destaque refere-se:

a) À dengue.

b) Ao país.

c) A nós.

d) Ao mosquito.

Leia o texto:

Gruta da comadre onça

A onça caiu da árvore e ficou doente. Como não pudesse caçar, padecia de fome.

Aí, chamou a irara e disse:

- Comadre Irara, corra o mundo e diga à bicharada que estou à morte e que venham

me visitar.

A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, começaram a visitar a onça.

Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato. Veio também o

jabuti.

Mas o jabuti, antes de entrar na toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu só

rastros entrantes: não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:

- Hum!... Nesta casa, quem entra não sai. Em vez de visitar a onça doente, eu vou

rezar por ela...

E foi o único que se salvou.

Fonte: PASSOS, Lucina Maria Marinho. Alegria do Saber, 2006, p.46.

P:54

54Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

46. Por que motivo o jabuti não entrou na gruta?

a) Por não conseguir chegar até lá.

b) Faltou coragem para entrar.

c) Por descobrir a real intenção da onça.

d) Porque não teve dó da onça.

Leia o texto abaixo:

A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo

dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra

no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos feito um queijo, ele

provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi

proibido de jogar futebol durante quinze dias.

Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela

chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo

céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o doutor Epaminondas abanou a

cabeça:

- Não há nada a fazer, dona Colo. Este menino é mesmo um caso de poesia.

Fonte: Adaptação: ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis.

Record. Rio de Janeiro, 1981.

47. Para o doutor Epaminondas, o problema do menino, personagem do texto acima é:

a) Ser mentiroso.

b) Ser criativo.

c) Enganar a mãe.

d) Ficar de castigo.

P:55

55Caderno de Atividades

Leia o texto abaixo:

A gralha vaidosa

Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou

uma data para que todos eles comparecessem diante de seu trono. O mais bonito seria

declarado rei.

Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaros foram tomar banho e alisar as

penas às margens de um arroio. A gralha também estava lá no meio dos outros, só que

tinha certeza de que nunca ia ser a escolhida, porque suas penas eram muito feias.

“Vamos dar um jeito”, pensou ela.

Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo

chão; a gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi

deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter; Júpiter examinou todo mundo

e escolheu a gralha para rei. Já ia fazer a declaração oficial quando todos os outros

pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas penas falsas uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era.

Moral:

Belas penas não fazem belos pássaros.

Fonte: http://www.metaforas.com.br/infantis/agralhavaidosa.htm

48. O problema da gralha vaidosa começou quando ela:

a) Decidiu participar do concurso.

b) Teve as penas arrancadas.

c) Apresentou-se diante de Júpiter.

d) Usou as penas que não eram dela.

P:56

56Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia o texto abaixo:

Os dois amigos e o urso

Dois amigos caminhavam por um bosque quando, de repente, aparece um urso e

começa a perseguí-los. Um dos amigos, muito assustado, trepou numa árvore, O outro,

abandonado à própria sorte, jogou-se no chão, fingindo-se de morto.

O urso ao vê-lo, aproximou-se pouco a pouco. Porém, este animal, que não se alimenta de cadáveres, segundo dizem, começou a olhá-lo, tocá-lo: observá-lo, examinálo. Mas como nosso amigo não se movia e quase nem respirava, é abandonado pelo

urso, que foi embora falando: “Está tão morto como meu bisavô”.

Então o amigo que estava na árvore, alardeando sua amizade, desce correndo e

o abraça. Comenta sobre a sorte que teve o amigo por ter saído ileso de situação tão

perigosa e lhe diz:

— Sabe, parece-me que o urso lhe disse alguma coisa no ouvido, enquanto o cheirava. Diga-me, o que foi que ele lhe disse?

E nosso amigo responde:

— Só uma coisa: “Retira tua amizade da pessoa que, se te vê em perigo, te abandona”.

F. M. de SAMANIEGO

Fonte: La Fontaine. Fábulas. Tradução de Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Revan, 1997.

49. O urso foi embora porque:

a) Os amigos se ajudaram mutuamente.

b) O urso não estava com fome.

c) Viu o amigo abandonado.

d) O urso não se alimenta de cadáveres.

P:57

57Caderno de Atividades

Leia o texto abaixo:

Vira-pulga

“Eu sou um cachorro de cidade. Não tenho raça nenhuma, me chamam injustamente

de vira-lata, quando na verdade deviam me chamar de fura-saco, pois não existe mais

lata de lixo hoje pela rua. Apesar de ser um vira-lata, ou melhor, um fura-saco, eu tenho

nome: Palito, que foi dado por minha dona, que achava o meu latido muito fino...”

Fonte: Diléa Frate. Histórias de acordar. São Paulo. Companhia das Letrinhas. 1996. p. 69.

50. O cachorro se chama Palito porque:

a) Late finíssimo.

b) É um cachorro de rua.

c) É um fura-saco.

d) Não tem nenhuma raça.

P:58

58Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia o poema de Cecília Meireles:

O lagarto medroso

O lagarto parece uma folha

Verde e amarela.

E reside entre as folhas, o tanque

e a escada de pedra.

De repente sai da folhagem

depressa, depressa,

olha o sol, mira as nuvens e corre

por cima da pedra.

Bebe o sol, bebe o dia parado,

Sua forma tão quieta,

Não se sabe se é bicho, se é folha

caída na pedra.

Quando alguém se aproxima,

- Oh! Que sombra é aquela? -

o lagarto logo se esconde

entre as folhas e a pedra.

Mas, no abrigo, levanta a cabeça

Assustada e esperta:

que gigantes são esses que passam

pela escada de pedra?

Assim vive, cheio de medo

Intimidado e alerta,

o lagarto (de que todos gostam),

entre as folhas, o tanque e a pedra.

P:59

59Caderno de Atividades

Cuidadoso e curioso,

O lagarto observa.

E não vê que os gigantes sorriem

Para ele, da pedra.

Fonte: Cecília Meireles. Ou isto ou aquilo & inéditos. São Paulo, Mewlhoramentos/MEC, 1972.

51. Na sexta linha do poema, a expressão “depressa, depressa” dá a idéia de:

a) Explicação.

b) Modo.

c) Lugar.

d) Dúvida.

Observe a propaganda:

52. No trecho: “Sou Maluquinho, mas não sou louco de estragar meus livros!”. A

palavra destacada estabelece uma relação de:

a) Conclusão.

b) Explicação.

P:60

60Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

c) Contradição.

d) Alternância .

Leia o texto:

Fandango (dança cultura popular)

É mais comum no sul e sudeste do país, principalmente no litoral. Os participantes formam rodas ou pares. Em algumas variações, os dançarinos arrastam os pés,

enquanto em outras, batem os pés para marcar o ritmo. Para isso, os homens usam

botinas com saltos ou tamancos de madeira. O acompanhamento musical é feito por

viola, rabeca, pandeiro e sanfona. Nos estados do Nordeste, o fandango também é

conhecido como marujada.

Fonte: Almanaque Recreio. São Paulo: Editora Abril. 2003. p. 92.

53. No trecho “Em algumas variações, os dançarinos arrastam os pés, enquanto

em outras, batem os pés para marcar o ritmo”, as expressões em destaque dão

idéia de:

a) Ordem.

b) Modo.

c) Causa.

d) Lugar.

Leia o texto abaixo:

O Sapo e o Escorpião

Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.

O escorpião vinha fazer um pedido:

“Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?”

O sapo respondeu: “Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado

e vou afundar.”

P:61

61Caderno de Atividades

Disse o escorpião: “Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.”

Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.

No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.

Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião

e perguntou: “Por quê? Por quê?”

E o escorpião respondeu: “Porque sou um escorpião e essa é a minha natureza.” “E

eu não posso mudá-la.”

Fonte: www.geocities.com/~esabio/http://www.escorpiao.vet.br/parabola.html

Leia a fala do escorpião no final da fábula e responda.

Na expressão: E eu não posso mudá-la “, o la refere-se à:

a) Água do rio.

b) Margem do rio.

c) Natureza do escorpião.

d) Voz do escorpião.

P:62

62Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Relação entre recursos expressivos

e efeitos de sentido.

O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido,

o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento

de estratégias de antecipação de informações que levam o leitor à construção de significados.

Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos

expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, entre outros. Os

poemas também se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.

Vale destacar que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interrogação etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e

o tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por

exemplo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao

explorar o texto perceba como esses elementos constroem a significação, na situação

comunicativa em que se apresentam.

Descritores:

D13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

D14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

P:63

63Caderno de Atividades

Atividades

Leia o texto abaixo:

Tarefa difícil

Ainda é cedo quando um jovem entra na fazenda à procura de serviço. Logo é atendido pelo fazendeiro, que lhe dá a primeira tarefa.

- Tome este banquinho e este balde. Vá ali naquele galpão e tire o leite da Malhada.

É minha vaquinha leiteira.

- Certamente, senhor! Vou agora mesmo!

Bastante animado, lá vai o rapaz.

Não demora muito e ouvem-se mugidos e gritaria. O rapaz sai apressadamente do

galpão segurando o banquinho em uma mão e o balde, sem nenhuma gota de leite, na

outra.

- O que houve? - Perguntou o fazendeiro.

- Senhor, tirar leite da vaca até que é fácil, mas fazer ela sentar no banquinho, não

dá mesmo!

Fonte: Livro Bem-te-li. 4ª série. FTD. p. 98.

54. Há traços de humor no trecho:

a) Tome este banquinho e este balde.

b) O rapaz sai apressadamente do galpão.

c) Fazer ela sentar no banquinho, não dá mesmo!

d) É minha vaquinha leiteira.

P:64

64Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Leia o texto:

A professora tenta ensinar matemática para o Joãozinho.

- Se eu te der quatro chocolates hoje e mais três amanhã, você fica com...com...

com?

O garoto:

- Contente.

Fonte: BUCHWEITZ, Donaldo. (org.) Piadas para você morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001.

55. A parte do texto que provoca humor é:

a) A professora ensinar matemática para o Joãozinho.

b) A professora dar quatro chocolates para Joãozinho.

c) A pergunta da professora ao Joãozinho.

d) A resposta que Joãozinho deu à professora.

Leia o texto abaixo:

Ninguém que saber de mim,

Triste reclama o Joaquim,-

As minhas noites são chatas,

Estou “entregue às baratas”!

56. No trecho: Estou “entregue às baratas”!, as aspas servem para dizer que Joaquim se sente:

a) Animado.

b) Abandonado.

c) Nervoso.

d) Sujo.

P:65

65Caderno de Atividades

Leia o texto abaixo:

Juquinha

Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí cansou de andar, sentou-se numa cadeira

belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:

- Meu filho, não pode sentar nesta cadeira não. Esta cadeira é do Pedro I.

E o Juquinha:

- Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!

57. Nessa anedota o humor é criado:

a) Porque Juquinha cansou de andar.

b) Porque Juquinha não compreendeu o sentido da fala do guarda.

c) Porque o museu era histórico.

d) Porque a belíssima cadeira estava no centro da sala.

Operário

O operário pegou o minguado salário em notas fedorentas, rasgadas, imundas.

Olhou para o caixa com cara tão desconsolada que o caixa disse:

- Espero que você não tenha medo de micróbios!

- Micróbios? Que micróbios podem sobreviver com um salário desses?

58. Há um traço de humor no trecho:

a) O operário pegou o minguado salário.

b) Espero que não tenha medo de micróbios!

c) Que micróbios podem sobreviver com um salário desses?

d) Notas fedorentas, rasgadas e imundas.

P:66

66Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Observe a tirinha abaixo:

Fonte: http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira2.htm

59. Identifique na tira o efeito de humor

a) Os dois cachorros queriam sair com a cachorrinha por isso estavam lutando.

b) Nenhum dos cachorros queria sair com a cachorrinha por isso estavam lutando.

c) A cachorrinha queria sair somente com Bidu.

d) A cachorrinha não queria sai com nenhum dos cachorros.

Observe a tirinha abaixo:

Fonte: http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira2.htm

P:67

67Caderno de Atividades

60. O humor na tirinha é provocado porque:

a) Cascão não percebe a presença das moscas na sua cabeça.

b) Cascão ficou bravo.

c) Cascão não percebe a presença de sua amiga Mônica.

d) As moscas saem voando.

Leia a piada abaixo para responder a questão:

Joãozinho chega para a professora e pergunta:

- Professora, alguém pode ser culpado por alguma coisa que não fez?

- Mas é claro que não, Joãozinho!

- Ufa! Eu não fiz o dever de casa.

Fonte: http://www.piadas.com.br/piada.php?id=50616&cod=1&tablerow=9

61. O humor nesta piada consiste:

a) Na expressão “alguém pode ser culpado por alguma coisa que não fez”.

b) Na expressão “Mas é claro que não, Joãozinho!”

c) Na expressão “Ufa! Eu não fiz o dever de casa.”

d) No diálogo estabelecido entre Joãozinho e a professora.

Observe a tirinha:

P:68

68Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

62. O humor nessa tirinha consiste:

a) Na expressão “malabarismo”.

b) Na expressão “Que livro estas lendo, Xaxado?”

c) Nas expressões “aprendeste alguma coisa” e “sobreviver sem água”.

d) Nas expressões “malabarismo” e“sobreviver sem água”.

Leia a piada abaixo:

A supervisora vai a uma escola da Zona Rural para avaliar a qualidade de aprendizagem dos alunos. Pede permissão à professora e faz algumas perguntas aos alunos.

- Você, qual é o seu nome?

- Nerso.

- Nélson, por favor, diga-me um verbo.

- Azur.

- Não é azur, é azul! E azul não é um verbo, é adjetivo!

A supervisora chama outro aluno.

- Você, fale-me um verbo.

- Biscreta.

- Não, isso não é um verbo, e também não é biscreta, e, sim, bicicleta, que é substantivo!

- Você aí no fundo, um verbo, por favor.

- Ospedar.

- Muito bem! Qual é o seu nome?

- João.

- Até que enfim, João, encontrei um que sabe! Forme uma frase com o verbo hospedar.

- Sim, professora. “ Os pedar da biscreta são azur!”

Fonte: Ciranda Cultural – Donald Buchweitz – Coleção 50 piadas

P:69

69Caderno de Atividades

63. Há traços de humor no trecho:

a) “A supervisora vai a uma escola...”

b) “Pede permissão à professora...”

c) “Você aí no fundo, um verbo, por favor...”

d) “Os pedar da biscreta são azur!”

Leia o poema de Cecília Meireles

Bolhas

Olha a bolha d’água

no galho!

Olha o orvalho!

Olha a bolha de vinho

na rolha!

Olha a bolha!

Olha a bolha na mão

que trabalha.

Olha a bolha de sabão

na ponta da palha:

brilha, espelha

e se espalha.

Olha a bolha!

Olha a bolha

que molha

a mão do menino:

A bolha da chuva da calha!

Cecília Meireles

P:70

70Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

64. No verso “Olha a bolha!” O ponto de exclamação expressa:

a) Um susto

b) Um convite.

c) Uma admiração.

d) Uma ordem.

Leia o texto abaixo:

O Sapo e o Escorpião

Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio.

O escorpião vinha fazer um pedido:

“Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?”

O sapo respondeu: “Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado

e vou afundar.”

Disse o escorpião: “Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.”

Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio.

No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.

Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião

e perguntou: “Por quê? Por quê?”

E o escorpião respondeu: “Porque sou um escorpião e essa é a minha natureza. E

eu não posso mudá-la.”

Fonte: Página do Sábio: www.geocities.com/~esabio/http://www.escorpiao.vet.br/parabola.html

65. Na frase : “Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão

largo?” O termo “sapinho” significa:

a) Referência a um sapo pequeno.

b) Referência a um sapo insignificante.

c) Referência a um modo carinhoso e solícito de chamar o sapo.

d) Referência a um modo irônico e de deboche de chamar o sapo.

P:71

71Caderno de Atividades

Variação lingüística

Este tópico refere-se às inúmeras manifestações e possibilidades da fala. No domínio do lar, as pessoas exercem papéis sociais de pai, mãe, filho, avó, tio. Quando observamos um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verificamos características lingüísticas que marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são intergeracionais

(geração mais velha/geração mais nova).

A percepção da variação lingüística é essencial para a conscientização lingüística

do aluno, permitindo que ele construa uma postura não-preconceituosa em relação a

usos lingüísticos distintos dos seus.

É importante além dessa percepção, compreender as razões dos diferentes usos, a

utilização da linguagem formal, a informal, a técnica ou as linguagens relacionadas aos falantes, como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das pessoas mais velhas, etc.

É necessário transmitirmos ao aluno a noção do valor social que é atribuído a essas

variações, sem, no entanto, permitir que ele desvalorize sua realidade ou a de outros.

Descritor:

D10 – Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um

texto.

P:72

72Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Atividades

Leia o texto abaixo:

O socorro

Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão – coveiro – era cavar. Mas, de

repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair.

Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio.

Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no

fundo da cova, desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias.

Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouvia um som humano, embora o

cemitério estivesse cheio dos pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois

da meia-noite é que lá vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou.

Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que

havia: “O que é que há?” O coveiro então gritou, desesperado: “Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!”. “Mas, coitado!” – condoeu-se o bêbado – “Tem toda

razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!” E,

pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.

Millôr Fernandes

Fonte: http://www.consciencia.net/2004/mes/03/millor-socorro.html - acesso em 15/06/08.

66. “O que é que há?” Quem fez essa pergunta foi:

a) O mortinho.

b) A cabeça ébria.

c) O coveiro.

d) O narrador.

P:73

73Caderno de Atividades

Leia o texto:

O pulo

A Onça encontrou o Gato e pediu:

- Amigo Gato, você me ensina a pular?

O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou.

Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade, parecia um gato gigante.

- Você é um professor maravilhoso, amigo Gato!

Dizia a Onça, agradando(...).

Fonte: Francisco Marques. Contos e lendas populares.

67. Nessa fábula, quem disse que a onça “parecia um gato gigante” foi o:

a) Professor.

b) Gato.

c) Leitor.

d) Narrador.

P:74

74Língua Portuguesa – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

1

B 27

B 53

B

2

C 28

C 54

C

3

B 29

D 55

C

4

A 30

D 56

D

5

B 31

B 57

B

6

D 32

C 58

B

7

C 33

A 59

C

8

B 34

B 60

B

9

D 35

C 61

A

10

B 36

B 62

C

11

C 37

D 63

D

12

B 38

A 64

D

13

D 39

B 65

C

14

A 40

A 66

D

15

A 41

D 67

B

16

D 42

C 68

D

17

B 43

B

18

D 44

B

19

C 45

A

20

D 46

C

21

A 47

B

22

A 48

D

23

A 49

D

24

B 50

A

25

D 51

B

26

B 52

C

Gabarito

P:75

FOLHA DE ROSTO

Caderno de Atividades

MATEMÁTICA

Anos Finais do Ensino Fundamental

2009

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

P:77

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Roberto Requião

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

DIRETORIA GERAL

Ricardo Fernandes Bezerra

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

Alayde Maria Pinto Digiovanni

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Mary Lane Hutner

2009

P:78

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

EQUIPE TÉCNICO–PEDAGÓGICA

Andre Candido Delavy Rodrigues

Claudia Vanessa Cavichiolo

Helenice F. Seara

Lisiane Cristina Amplatz

Marcia Viviane Barbeta Manosso

Renata Cristina Lopes

Maria de Lourdes Deneca – NRE Apucarana

Eliana Provenci – NRE Área Metropolitana Norte

Sandra Cristina Petermann - NRE Área Metropolitana Sul

Vilma Rinaldi Bisconsini - NRE Assis Chateaubriand

Chirley Augusto da Silva Moura – NRE Campo Mourão

Cleusa Apda D. N. de Souza – NRE Cascavel

Sônia Regina Felix – NRE Cianorte

Maristela de Oliveira – NRE Cornélio Procópio

Lucimar Donizete Gusmão – NRE Curitiba

Orli Constancia Albano – NRE Dois Vizinhos

Marcia Crestina de Oliveira – NRE Foz do Iguaçu

Analice Scalssavara Comim – NRE Francisco Beltrão

Vacil da Silva – NRE Goierê

Zeneide Gornaski Ribeiro – NRE Gruarapuava

Rejane Fadel Olivetti – NRE Ibaiti

Elizandra Angélica G. da Lus – NRE Irati

Helena Pianca – NRE Ivaiporã

Isumi Shimakawa Watanabe – NRE Jacarezinho

Marli Turmina Marqueviski – NRE Laranjeiras do Sul

Luciana Santelli – NRE Loanda

Simone Luccas – NRE Londrina

Marisa Castilho Dias – NRE Maringá

Vania Fanini Guimarães – NRE Paranaguá

Elizabet Luiza Martins – NRE Paranavaí

Claudina Aparecida Plakitka – NRE Pato Branco

Sildia Stafim – NRE Pitanga

Maristel do Nascimento – NRE Ponta Grossa

Gefersson Luiz dos Santos – NRE Telêmaco Borba

José Adailton Dechechi – NRE Toledo

Valdelice Bento Fontes – NRE Umuarama

Ivonete Montipo Voidaleski – NRE União da Vitória

Cibele Takemoto Ribas – NRE Wenceslau Braz

P:81

Prezado(a) aluno(a)

O Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, com a

colaboração dos Núcleos Regionais, produziu este caderno pedagógico que possibilita

a você, aluno da rede de ensino público do Estado do Paraná, aprofundar seus conhecimentos matemáticos, familiarizar-se com a estrutura das questões e objetivos desse

formato de avaliação da Prova Brasil – a qual é aplicada pelo Ministério da Educação

para todos os alunos matriculados na 8ª série do Ensino Fundamental.

Nesse sentido, este caderno pode auxiliar tanto você, aluno, como o seu professor,

no que se refere ao entendimento de como os conteúdos são apresentados nas questões aplicadas.

A idéia é que vocês discutam, resolvam e conheçam essas questões, para que

possam aprofundar seus estudos nos conteúdos já desenvolvidos na sala de aula e,

assim, melhorar o processo de ensino-aprendizagem que ocorre nas escolas públicas

do Estado do Paraná.

Departamento de Educação Básica

P:82

8Matemática – Prova Brasil - 2009

P:83

9

sumário

Apresentação 11

Conteúdos dos Anos Finais

do Ensino Fundamental 12

Geometrias 13

Grandezas e Medidas 23

Números e Álgebra 27

Tratamento da Informação 43

Gabarito 47

P:85

11

Caderno de Atividades

Apresentação

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é composto por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), realizada por amostragem das

Redes de Ensino focando as gestões dos sistemas educacionais; e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) focando cada unidade escolar e recebe em suas

divulgações, o nome de Prova Brasil.

As avaliações do SAEB são aplicadas por amostra em alunos de 4ª e 8ª séries do

Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio, as quais são utilizadas para determinar o Ideb, que foi criado pelo MEC para atender à necessidade de se estabelecer

padrões e critérios para acompanhar o sistema de ensino no país. O índice combina

taxas de aprovação, repetência e evasão com os resultados das avaliações de desempenho como a Prova Brasil (4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental) e do SAEB (Sistema

de Avaliação da Educação Básica, para os alunos do Ensino Médio).

As informações obtidas a partir dos levantamentos do SAEB também permitem

acompanhar a evolução da qualidade da Educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo MEC e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na

definição de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como

no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, com

vistas ao desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades nele existentes.

P:86

12Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Temas da Matriz de Referência de Matemática – SAEB/PROVA BRASIL

I – Espaço e Forma;

II – Grandezas e Medidas;

III – Números e Operações /Álgebra e Funções;

IV – Tratamento da Informação.

Conteúdos Estruturantes de Matemática da Educação Básica

1. Geometrias

2. Grandezas e Medidas

3. Números e Álgebra

4. Tratamento da Informação

Conteúdos de Matemática – Anos

Finais do Ensino Fundamental

P:87

13

Caderno de Atividades

Neste conteúdo espera-se o reconhecimento de figuras geométricas planas e espaciais por meio de suas definições e da identificação de algumas propriedades. Com

respeito à geometria analítica, o estudante deve saber interpretar informações dadas

em coordenadas cartesianas. Os elementos e algumas relações do círculo e da circunferência são reconhecidos e o aluno deve ser capaz de resolver problemas que exijam

manipulações não muito simples das relações métricas do triângulo retângulo.

Descritores

D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras

representações gráficas.

D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com suas planificações.

D3 – Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e

ângulos.

D4 – Identificar relação entre quadriláteros, por meio de suas propriedades.

D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro,

da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas.

D6 – Reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros, identificando ângulos

retos e não-retos.

D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação

homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se

modificam ou não se alteram.

Geometrias

P:88

14Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

D8 – Resolver o problema utilizando a propriedade dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno

nos polígonos regulares).

D9 – Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas cartesianas.

D10 – Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas significativos.

D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações.

Conteúdos Básicos: Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Geometria Não-Euclidiana.

Atividades

1. O mapa a seguir mostra algumas ruas do centro da cidade de Curitiba (Paraná).

(Fonte: http://webservices.maplink2.com.br/viajeaqui/mapa.aspx)

Identifique as coordenadas

para localizar no mapa a

Praça Tiradentes:

a) A2

b) D2

c) E5

d) F1

P:89

15

Caderno de Atividades

2. O desenho a seguir apresenta o mapeamento das carteiras dos alunos em uma

sala de aula. Observe o desenho e assinale a alternativa correta.

Filas: 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª

Cintia Silvio Carmem Davi Adriano

Lucia Nelson Paulo Renato Michele

Julia Cleuza Maria Eduarda Mirian

a) Paulo está sentado na terceira carteira da 2ª fila.

b) Lucia está sentada três carteiras antes de Michele.

c) Cleuza está na 3ª fila sentada duas carteiras antes de Davi.

d) Davi está na 4ª fila e Adriano está sentado ao seu lado na 5ª fila.

3. Solange e João estavam caminhando no Parque Central de sua cidade, conforme

o mapa a seguir:

Em relação ao Parque Central, João segue a Avenida Leste-Oeste por 1 quadra

na direção oeste e 3 quadras na direção norte, já Solange segue 2 quadras pela

Avenida na direção leste e 3 quadras na direção sul. Em quais estabelecimentos

eles chegaram, respectivamente?

a) Supermercado e Hospital.

b) Escola e Centro Comercial.

c) Hospital e Banco.

d) Banco e Escola.

P:90

16Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

4. Este é o mapa de um bairro cujos quarteirões são quadrados de 100 m de lado:

A afirmação falsa é:

a) Para ir de carro de A até B percorreu-se no mínimo 400 km

b) A rua João não é perpendicular à rua Luís

c) A rua Clara e a rua Ana são perpendiculares

d) A rua Rui e a rua Oto são paralelas

5. Observe as figuras a seguir:

P:91

17

Caderno de Atividades

Estas figuras correspondem, respectivamente a:

a) Uma pirâmide de base triangular e a um prisma de base retangular.

b) Uma pirâmide de base quadrada e a um prisma de base hexagonal.

c) Um prisma de base quadrada e a uma pirâmide de base hexagonal.

d) Um prisma de base triangular e uma pirâmide de base retangular.

6. Comparando os ângulos das figuras a seguir, pode-se dizer que os triângulos

são:

a) congruentes.

b) eqüiláteros.

c) isósceles.

d) retângulos.

7. Observe os triângulos apresentados na seqüência:

Indique uma característica presente em todas as figuras apresentadas.

a) Os triângulos possuem um ângulo maior que 90 graus.

b) Os triângulos possuem um ângulo reto.

P:92

18Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

c) Os ângulos são menores que 90 graus.

d) Não apresentam características comuns.

8. Ao arrumar a mesa para o jantar, Paula dobrou o guardanapo em forma de um

triângulo isósceles. Qual é a medida do ângulo â?

a) â = 20°

b) â = 40°

c) â = 70°

d) â = 140°

9. Marina está confeccionando uma caixa para colocar um presente para sua mãe.

Como ela quer uma caixa bem original, desenhou no papel a base para o fundo

da sua caixa. O desenho tem a forma de um quadrilátero com todos os lados com

a mesma medida, dois ângulos agudos e dois obtusos. Qual o quadrilátero que

será utilizado por Marina para confeccionar a caixa?

a) trapézio isósceles.

b) losango.

c) trapézio retângulo.

d) retângulo.

10. Paulo está confeccionando um papagaio de papel para uma competição que

acontecerá em sua cidade no final de semana, conforme desenho abaixo. Para

impressionar, Paulo deseja confeccionar um papagaio que tenha dimensões cinco vezes maiores que o de seu papagaio atual. Para isso ele deve:

P:93

19

Caderno de Atividades

a) dividir as dimensões do papagaio atual por 5.

b) multiplicar as dimensões do papagaio atual por 5.

c) multiplicar as dimensões do papagaio atual por 2.

d) dividir as dimensões do papagaio atual por 2.

11. Quantos graus percorrem o ponteiro dos minutos de um relógio em 20 minutos?

a) 90o

b) 120o

c) 124o

d) 135o

12. Claudia pretende fazer um pôster de uma foto para colocar em seu quarto. As

medidas da foto que pretende ampliar são 9 cm x 12 cm. Como ficarão as medidas do lado do pôster, se a foto original for ampliada 4 vezes?

a) Os lados do pôster terão 4 cm a mais que a foto original.

b) Os lados do pôster terão seus lados divididos por 4.

c) Apenas uma das medidas dos lados será multiplicada por 4.

d) As medidas dos lados serão multiplicadas por 4.

P:94

20Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

13. Um artesão está confeccionando caixas de madeira para vender. Entre os formatos escolhidos para as caixas, está um pentágono regular. Sabendo que a

soma dos ângulos internos desse polígono mede 540o

, para confeccionar a caixa, quanto deve medir cada ângulo interno?

a) 90o

b) 108o

c) 120o

d) 144o

14. Pedro comprou ingressos para o cinema e sentou na poltrona (J; 9). No esquema

abaixo, estão localizados pontos que representam algumas poltronas no cinema.

Qual deles representa a poltrona escolhida por Pedro?

a) K

b) P

c) W

d) Z

15. Cada um dos círculos a seguir, possui raio de 4 cm. A altura e a largura da pilha,

respectivamente, medem:

a) 8 cm e 16 cm.

b) 16cm e 8 cm.

c) 16cm e 32 cm.

d) 32cm e 16 cm.

P:95

21

Caderno de Atividades

16. Quantos metros de fio são necessários para ligar a ponta de um poste de 8m de

altura até a entrada de energia elétrica de uma casa, localizada em uma caixa

que fica a 2m do solo, distante 8m do poste?

a) 4m

b) 6m

c) 8m

d) 10m

17. Observe o esquema a seguir com a localização de uma escola e um Supermercado.

D

C

B

A

0 1

Supermercado

Escola

2 3 4

Se, nesse esquema, o supermercado pode ser indicado pelo ponto (1, A), então

a escola pode ser indicada pelo ponto:

a) (1; C)

b) (C; 10)

c) (3; C)

d) (C; 3)

P:96

22Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

a) Na reta vermelha, quando x = -2, o correspondente no eixo y = 0.

b) Na reta azul, quando x = -1, o correspondente no eixo y = -1.

c) Na reta azul, quando x = 1, o correspondente no eixo y = 1.

d) Na reta vermelha, quando x = 2, o correspondente y = 0.

18. O gráfico mostra duas retas no plano cartesiano, uma na cor azul e outra na cor vermelha. Analise os dados e indique qual das opções apresentadas está correta.

P:97

23

Caderno de Atividades

Conteúdos Básicos: Medidas de comprimento, medidas de massa,

medidas de área, medidas de volume, medidas de tempo, medidas de

ângulos, sistema monetário, medidas de temperatura, medidas de ângulos, relações métricas no triângulo retângulo, trigonometria no triângulo

retângulo.

Observação: Alguns conteúdos básicos de Grandezas e Medidas estão contemplados em Geometrias.

Grandezas e Medidas

A comparação de grandezas de mesma natureza que dá origem à idéia de medida

é muito antiga. Por exemplo, ao utilizar partes do corpo para registrar medidas: palmo,

pé, jarda e polegada. Com o tempo surgiram medidas convencionais como o metro

para medir altura, o quilômetro para medir grandes distâncias, o litro para medir capacidade e o quilômetro por hora para medir a velocidade. Nesse momento é esperado

do aluno a compreensão das medidas ou sistemas convencionais para o cálculo de

perímetros, áreas, volumes e relações entre as diferentes unidades de medida.

Descritores

D12 – Resolver o problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.

D13 – Resolver o problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas.

D14 – Resolver o problema envolvendo noções de volume.

D15 – Resolver o problema envolvendo relações entre diferentes unidades de medida.

P:98

24Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

atividades

19. Observe o mapa a seguir que apresenta um trecho de uma ciclovia na capital do

Paraná.

Cada quadra tem o comprimento de 100m. A linha verde representa a ciclovia, se

um ciclista percorrer duas vezes todo esse trecho vai andar:

a) 300 m

b) 400 m

c) 800 m

d) 1 600 m

P:99

25

Caderno de Atividades

20. Uma piscina quadrada foi construída num terreno retangular, conforme figura a

seguir:

O proprietário deseja gramar todo o terreno em volta da piscina. Calcule quanto

ele vai gastar sabendo-se que o 1m² de grama custa R$ 5,60.

a) R$ 89,60

b) R$ 358,40

c) R$ 448,00

d) R$ 537,60

21. A figura a seguir, representa um terreno em forma de trapézio e o proprietário do

terreno pretende cercá-lo com uma tela. Quantos metros de tela serão necessários?

a) 96 metros

b) 104 metros

c) 124 metros

d) 128 metros

22. Um pedreiro precisa concretar uma laje de formato retangular, com dimensões 4 m

por 6 m, e espessura igual a 0,1 m. Qual o volume de concreto necessário?

a) 2,4 m³

b) 2,6 m³

c) 2,7m³

d) 3,4 m³

23. cubo representado na figura a seguir foi montado com 8 cubinhos iguais.

P:100

26Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Quantos cubinhos devem ser acrescentados para formar um outro cubo maior

contendo 27 cubinhos?

a) 4

b) 8

c) 12

d) 19

24. O sólido da figura é composto por dois blocos retangulares. Qual é o volume do

sólido?

a) 17050 cm3

b) 17150 cm3

c) 18250 cm3

d) 18750 cm3

25. Uma balconista vendeu 70 centímetros de tecido a um freguês. Essa balconista

preencheu corretamente a nota fiscal, escrevendo:

a) 0,07 m

b) 0,070 m

c) 0,070 cm

d) 0,70 m

26. Numa sacola estão 3 kg de batata, 750 g de feijão, 400 g de queijo, 250 g de

azeitona e 500 g de arroz. Qual é o peso total dos alimentos?

a) 1,9 kg

b) 3,85 kg

c) 4,75 kg

d) 4,9 kg

P:101

27

Caderno de Atividades

Números e Álgebra

Abordar as atividades com a localização de inteiros e racionais na reta numérica,

o reconhecimento das diferentes representações dos números racionais, a realização

de cálculos com números racionais, a resolução de problemas envolvendo porcentagens, a resolução de cálculos algébricos, a identificação de expressões algébricas

que representam os valores de uma seqüência numérica, a identificação de equações

e desigualdades do primeiro grau em problemas significativos, a identificação de um

sistema de equações do primeiro grau e da relação entre essas equações e suas representações geométricas.

Descritores

D16 – Identificar a localização de números inteiros na reta numérica.

D17 – Identificar a localização de números racionais na reta numérica.

D18 – Efetuar cálculos com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).

D19 – Resolver o problema com números naturais envolvendo diferentes significados

das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).

D20 – Resolver o problema com números inteiros envolvendo as operações (adição,

subtração, multiplicação, divisão e potenciação).

D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional.

D22 – Identificar a fração como representação que pode estar associada a diferentes

significados.

D23 – Identificar as frações equivalentes.

P:102

28Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

D24 – Reconhecer as representações decimais dos números racionais como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando a existência de “ordens”

como décimos, centésimos e milésimos.

D25 – Efetuar os cálculos que envolvam operações com números racionais (adição,

subtração, multiplicação, divisão e potenciação).

D26 – Resolver o problema com números racionais que envolvam as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).

D27 – Efetuar os cálculos simples com valores aproximados de radicais.

D28 – Resolver o problema que envolva porcentagem.

D29 – Resolver o problema que envolva variações proporcionais, diretas ou inversas

entre grandezas.

D30 – Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica.

D31 – Resolver o problema que envolva equação de segundo grau.

D32 – Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade observada em

seqüências de números ou figuras (padrões).

D33 – Identificar uma equação ou uma inequação de primeiro grau que expressa um

problema.

D34 – Identificar um sistema de equações do primeiro grau que expressa um problema.

D35 – Identificar a relação entre as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações de primeiro grau.

Conteúdos Básicos: Sistemas de Numeração, Números Naturais,

Múltiplos e divisores, Potenciação e Radiciação, Números Fracionários,

Números Decimais, Números Inteiros, Números racionais, Equação e

Inequação do 1º grau, Razão e proporção, Regra de Três, Números Irracionais, Sistemas de Equações do 1º grau, Propriedades das Potências,

Monômios e Polinômios, Produtos Notáveis, Números Reais, Propriedades dos Radicais, Equação do 2º grau, Teorema de Pitágoras, Equações

Irracionais, Equações Biquadradas, Regra de Três Composta.

P:103

29

Caderno de Atividades

atividades

27. Considerando que na reta numérica abaixo o ponto K corresponde ao número

inteiro 5 e o ponto D ao número inteiro -2, indique o ponto correspondente ao

número inteiro um.

a) ponto E

b) ponto G

c) ponto B

d) ponto J

28. Observe a reta a seguir, na qual as letras representam números inteiros.

Dada a seqüência ( 3; 4; - 2; - 4 ), assinale a seqüência de letras correspondente:

a) B, C, G, E

b) B, C, F, H

c) C, B, F, H

d) C, B, G, E

29. Na reta numérica a seguir, um dos números localizado entre o –2 e – 1 pode

ser:

a) – 1

5

5

4

b)

9

5

c)

d) – 5

4

P:104

30Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

30. Qual é o resultado da expressão dada pelo triplo do quadrado de -5, somando

com a quarta potência de -3 e menos o dobro de 6.

a) - 168

b) - 24

c) 144

d) 294

31. Paguei R$ 74,00 por uma bolsa e uma sandália. A bolsa foi R$ 23,00 mais barata

do que a sandália. Qual o preço da sandália?

a) R$ 23,00

b) R$ 25,50

c) R$ 45,50

d) R$ 48,50

32. Em um dia de inverno foi registrada ao meio-dia, em uma cidade, a temperatura

de 10o

C. Passadas algumas horas, nesse mesmo dia, a temperatura na cidade

diminui 15o

C, assim os termômetros passaram a registrar:

a) -10o

C

b) - 5o

C

c) 5o

C

d) 25o

C

33. No inverno os termômetros registraram, à tarde, a temperatura de 6°C acima de

zero. Sabendo que durante a noite a temperatura baixou 7,5°C, a temperatura

registrada pelos termômetros, nessa noite foi de:

a) - 13,5°C

b) - 1,5°C

c) 1,5°C

d) 13,5°C

P:105

31

Caderno de Atividades

Fonte: http://smartkids.terra.com.br/passatempos/disciplinas/fracoes.html

34. Bianca e suas amigas saíram para comer uma pizza. Depois de 20 minutos de

conversa elas já haviam comido 50 % da pizza. Qual fração abaixo representa o

total da pizza que elas já comeram?

2

4

a)

5

4

b)

3

8

c)

4

2

d)

35. Marcos é vendedor em uma loja de bonés. No final do mês, ao verificar as vendas

da loja, percebeu que, de um total de 25 bonés, havia vendido 12. Qual a fração

que representa o número de bonés que ficaram no estoque?

12

25

a)

9

25

b)

13

25

c)

1

25

d)

36. Regina, Bruno, Carlos e Mariana participaram de uma olimpíada de Matemática. Do total das questões propostas Regina acertou

2

5

, Bruno acertou

1

2

,

Carlos acertou

3

8

e Mariana acertou

2

4

. Houve um empate entre dois deles.

Identifique os dois participantes que acertaram o mesmo número de questões.

a) Regina e Bruno

b) Bruno e Carlos

c) Carlos e Mariana

d) Bruno e Mariana

P:106

32Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

37. Pensando em modernizar sua casa, uma arquiteta desenhou uma faixa na parede de seu quarto, como mostra a figura abaixo, que será pintada de azul e rosa.

Até o momento, o pintor só utilizou a tinta azul. A fração que representa a parte

pintada da faixa é igual a:

2

4

a)

5

4

b)

3

8

c)

4

2

d)

38. Paulo e Roberto têm, juntos, R$ 340,00. Paulo comprou ingresso para o jogo de

futebol com 1/5 do que possuía. Roberto gastou 2/3 do que possuía na compra

de ingresso para um show de música. Efetuadas essas despesas, eles ficaram

com quantias iguais. Nesse caso, podemos afirmar que

a) Paulo tinha R$ 140,00 a mais que Roberto.

b) Roberto tinha menos que o dobro da quantia de dinheiro que Paulo.

c) Paulo tinha R$ 100,00 a menos que Roberto.

d) Roberto tinha o dobro de Paulo mais R$ 40,00.

39. Júnior estava participando de uma maratona. O percurso total da prova é de

42,195 Km. Sabendo-se que ainda faltam 16,4 Km para ele completar a prova,

qual a distância já percorrida por Júnior?

a) 25,920 Km

b) 25,795 Km

c) 23,795 Km

d) 40,555 Km

P:107

33

Caderno de Atividades

40. Com um total de 3,695 Km de extensão e obedecendo aos mais rígidos conceitos

relativos à segurança, à funcionalidade e à qualidade, o Autódromo Internacional

de Curitiba se apresenta como referência para o novo milênio. A figura a seguir

mostra o desenho da pista do autódromo Internacional.

O texto traz informações sobre a extensão da pista do autódromo. Podemos dizer

que essa extensão corresponde a:

a) 3 km + 695 centésimos do quilômetro.

b) 3 km + 695 milésimos do quilômetro.

c) 3 km + 695 décimos do quilômetro.

d) 3 km + 695 milionésimos do quilômetro.

41. No mês de setembro, o saldo bancário de Joana era de R$ 115,00. Durante o

mês ela pagou duas dívidas utilizando dois cheques, um no valor de R$ 126,50 e

outro no valor de R$ 23,00. Qual o saldo de Joana no final desse mês?

a) - R$149,50

b) - R$ 34,50

c) R$ 34,50

d) R$ 149,50

P:108

34Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

42. Pedro foi ao banco, retirou um extrato de sua conta e notou que estava com um

saldo negativo de R$ 356,00. Sabendo que serão debitados em sua conta dois

cheques, sendo um de R$ 53,50 e outro de R$ 85,00, quanto Pedro precisa depositar para deixar a conta com um saldo positivo de R$ 30,00?

a) R$ 187,50

b) R$ 217,50

c) R$ 247,50

d) R$ 524,50

43. A capacidade do tanque de gasolina do carro de João é de 50 litros. As figuras

mostram o medidor de gasolina do carro no momento de partida e no momento

de chegada de uma viagem feita por João. Quantos litros de gasolina ele gastou

na viagem?

a) 12,5

b) 25

c) 37,5

d) 50

44. De acordo com a tabela a seguir, marque a resposta correta:

BRASIL ÍNDIA

Densidade demográfica (hab/km2

) 18,72 304,2

Área (km2

) 8.547.404 3.287.263

Fonte: ONU e IBGE - http://www.colband.com.br/ativ/nete/matweb/6serie/4obi-1999.htm

Segundo a tabela, podemos afirmar que:

P:109

35

Caderno de Atividades

a) A área do Brasil é 2,6 vezes menor que a área da Índia.

b) A população da Índia é 16,25 vezes maior que a do Brasil.

c) A densidade demográfica do Brasil é menor que o da Índia porque sua área

é menor.

d) A população da Índia é 6,25 vezes maior que a do Brasil.

45. Em um concurso estão inscritos 275 candidatos dos quais 176 são homens. A

taxa percentual de mulheres é de:

a) 36

b) 56

c) 64

d) 99

46. Marcos participou de uma olimpíada de matemática da escola. Ele acertou 72%

das 150 questões. O número de questões que ele errou foi de:

a) 28

b) 42

c) 78

d) 108

47. Se o salário de Antônio passou de R$ 700,00 para R$ 850,00 num período em que

a inflação mensal foi de 4%, então, o reajuste foi:

a) Abaixo da inflação.

b) Acima da inflação.

c) Igual à inflação.

d) Não é possível de se calcular.

48. Márcia faz doces para vender e sua última encomenda para uma festa de aniversário de criança foi de 400 brigadeiros. Para obter essa quantidade ela usou

P:110

36Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Escala 1: 20 000 000

cinco latas de leite condensado. Agora, ela recebeu uma encomenda de 720

brigadeiros. Para fazer essa quantidade, ela gastará:

a) 6 latas de leite condensado.

b) 7 latas de leite condensado.

c) 8 latas de leite condensado.

d) 9 latas de leite condensado.

49. O consumo de determinadas frutas é benéfico à saúde. Um exemplo é a pêra,

cujo consumo auxilia na circulação do sangue, no controle da pressão arterial e

facilita a digestão. Cada 100g dessa fruta equivale a 56 calorias. Uma pessoa

que ingere 450g dessa fruta, fornece ao organismo:

a) 156 calorias

b) 252 calorias

c) 468 calorias

d) 504 calorias

50. André vai realizar uma viagem em seu estado. Conforme é apresentado no mapa a

seguir, a distância de Ijuí – Porto Alegre é de 2 cm aproximadamente. Veja qual é a

escala do mapa e descubra a distância real aproximada entre as duas cidades.

P:111

37

Caderno de Atividades

a) 20 Km

b) 40 Km

c) 200 Km

d) 400 Km

51. Um carro percorre 5 km, enquanto no mesmo intervalo de tempo um homem caminha 40 m. Observando a razão entre os espaços percorridos pelo carro e pelo

homem, concluímos que:

a) o carro percorre 125 m enquanto o homem percorre 1 m.

b) o carro percorre 5 000 m enquanto o homem percorre 4 m.

c) o carro percorre 500 m enquanto o homem percorre 40 m.

d) o carro percorre 1 250 m enquanto o homem percorre 1 m.

52. Em uma cidade do Paraná, a corrida de táxi é cobrada da seguinte maneira:

R$ 3,50 de bandeirada (valor inicial mínimo estipulado para uma corrida), mais

R$ 1,60 por quilômetro rodado. A fórmula que expressa o valor C da corrida em

X quilômetros é:

C = 3,50 + 1,60 X. Qual o valor que uma pessoa pagará por uma corrida de 13

Km?

a) R$ 5,10

b) R$ 20,08

c) R$ 23,50

d) R$ 24,30

53. O nível N de óleo de um reservatório varia com o tempo t, contado em horas, conforme a equação: N = t2 + 5t – 24 = 0. Em quanto tempo o nível de óleo chegará

a zero?

a) 3 horas

b) 4 horas

P:112

38Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

c) 5 horas

d) 8 horas

54. O valor pago por uma corrida de táxi em uma cidade é dado pela equação

P=5+1,5K, onde R$ 5,00 é uma quantia fixa correspondente a chamada bandeirada, e R$ 1,50 por quilômetro percorrido K. Se uma pessoa ao final da corrida

pagou R$ 50,00, quantos quilômetros percorreu o táxi?

a) 20km

b) 30km

c) 35km

d) 40km

55. Com o dinheiro que economizou de sua mesada, Márcia pretende comprar um

MP4 e um tênis que custa R$ 154,00. A soma do dobro do preço do MP4 com o

preço do tênis é R$ 334,00. A expressão que representa esse problema é:

a) 334 – x = 154

b) 2x – 154 = 334

c) x + 2 x = 154 + 334

d) 2x + 154 = 334

56. Observe a figura a seguir: com quatro palitos podemos fazer um quadrado; com

sete palitos, podemos formar uma fileira com dois quadrados e com dez palitos,

uma fileira com três quadrados, e assim sucessivamente. Indique a expressão

que representa o número de palitos necessários para se formar uma fileira com

n palitos.

a) 2n + 2

b) 2n + 3

c) 3n + 1

d) 3n + 2

P:113

39

Caderno de Atividades

57. Na situação a seguir, indique a equação que nos permite encontrar o número

procurado. Amanda vai realizar uma viagem e estava com 81 reais, gastou 9

reais com um almoço durante a viagem e comprou 6 refrigerantes e 6 salgados

que custaram o mesmo valor cada um, para consumir durante a viajem. Qual a

equação que melhor expressa o problema?

a) 6x - 9 = 81

b) 6x + 9 - 81 = 0

c) 12x = 81 + 9

d) 12x + 9 = 81

58. A expressão representa a compra de camisetas feita por uma loja na qual obteve

R$100,00 de desconto: C = 15a + 10b + 18c + 12d - 100

Os preços das quatro marcas de camisetas são dados na tabela a seguir, então

o valor dessa compra com o desconto foi de:

a) R$ 511,00

b) R$ 611,00

c) R$ 621,00

d) R$ 711,00

59. Observe a seqüência de figuras e identifique qual é a expressão algébrica que

representa a seqüência da quantidade de quadradinhos, onde cada lado é representado por n.

a) n2

b) n2

+42

c) n2

+(n+1)2

d) (n+2)2

60. No início de uma festa, tinham 200 jovens. Depois o número de rapazes dobrou

e o de moças aumentou 40. Com isso o número de rapazes ficou o mesmo que o

de moças. Quantos rapazes e quantas moças havia no início da festa?

CAMISETA PREÇO

a R$ 5,00

b R$ 8,00

c R$ 12,00

d R$ 20,00

P:114

40Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

a) 80 rapazes e 120 moças.

b) 120 rapazes e 80 moças.

c) 160 rapazes e 120 moças.

d) 160 rapazes e 160 moças.

61. Na lanchonete de uma escola o preço do salgado é R$ 2,00 e o preço do sanduíche é R$ 3,00, que são os lanches vendidos. Em uma manhã foram vendidos

70 lanches. O valor arrecadado em todo o dia foi de R$ 180,00. Qual sistema a

seguir representa o problema?

x + y = 70

2x + y = 180 a)

x + 3y = 50

2x + y = 180 b)

x + y = 70

2x + 3y = 180 c)

2x + 3y = 70

x + y = 180 d)

62. Em uma garagem há carros e motos totalizando 30 veículos. O administrador da

garagem abaixou-se e contou 82 pneus. Com isso, o administrador concluiu que

na garagem há:

a) 19 motos e 11 carros.

b) 10 carros e 20 motos.

c) 11 carros e 19 motos.

d) 12 carros e 18 motos.

P:115

41

Caderno de Atividades

63. Observe o gráfico a seguir:

Esse gráfico é a solução (representação geométrica) do sistema:

x + y = 12

x – y = 2 a)

x + y = 7

2x + 4y = 22 b)

x + y = 7

2x – y = - 1 c)

x + 2y = 5

2x + y = - 2 d)

64. Observe o gráfico a seguir e indique a solução do sistema que representa o gráfico:

x + y = 4

x – y = 2 a)

x + y = 4

x – y = 4 b)

x + 2y = 4

x – 2y = 2 c)

x + 2y = 4

2y = 2 d)

P:116

42Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

a) b)

c) d)

65. A velocidade de um automóvel varia com a aceleração constante em função do

tempo, obedecendo a seguinte equação v = 10 + 2.t.

O gráfico que melhor representa a equação anterior é :

a) V

t

b) V

t

c) V

t

d) V

t

66. Os sistemas de equações apresentam uma interpretação gráfica. Indique o gráfico que melhor representa o sistema a seguir:

x + y = 2

x – y = 0

P:117

43

Caderno de Atividades

Tratamento da Informação

Esse conteúdo explicita a importância de mostrar ao aluno a utilização dos conhecimentos adquiridos em sua vida escolar para interpretar informações de jornais, revistas

e outras mídias.

Descritores

D36 – Resolver o problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou

gráficos.

D37 – Associar as informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.

Conteúdos Básicos: Dados, tabelas e gráficos, Porcentagem, Pesquisa Estatística, Média Aritmética, Moda e mediana, Juros simples, Gráfico e Informação, População e amostra, Noções de Análise Combinatória, Noções de Probabilidade, Estatística, Juros Composto.

P:118

44Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

atividades

67. A tabela a seguir traz a população dos cinco municípios mais populosos do

Paraná:

Municípios mais populosos do Estado do Paraná

Município População (habitantes)

A Curitiba 1.587.315

B Londrina 447.065

C Maringá 288.653

D Ponta Grossa 273.616

E Foz do Iguaçú 258.543

IBGE: Censo demográfico, 2.000

Ao observar os dados da tabela, podemos afirmar que:

a) A soma da população dos municípios B, C, D e E é maior que a de Curitiba.

b) Curitiba tem aproximadamente o triplo de habitantes de Ponta Grossa e Foz

do Iguaçu.

c) Foz do Iguaçu tem mais do que o dobro da população de Londrina.

d) A diferença da população de Curitiba e Maringá é de 1 milhão de habitantes.

68. Em uma pesquisa onde 2 673 pessoas foram entrevistadas com o seguinte questionamento: O que leva as pessoas a se mudarem para os condomínios fechados

fora das grandes cidades?

As respostas foram organizadas no gráfico a seguir, após análise do gráfico,

pode-se afirmar que, aproximadamente:

a) 321 pessoas mudam devido

ao conforto.

b) 588 pessoas mudam devido à

tranqüilidade.

c) 749 pessoas mudam devido

ao espaço.

d) 1 016 pessoas mudam devido

à segurança.

segurança

38%

tranquilidade

28%

espaço

12%

conforto

22%

P:119

45

Caderno de Atividades

69. A professora Lisiane de Matemática realizou um levantamento para saber a preferência musical dos alunos das 7ª séries A e B. O gráfico seguinte mostra o

resultado obtido por ela:

Nº de alunos

Preferência musical dos alunos da 7ª série A eB

30

25

20

15

10

5

0

Rock Pop Hip Hop Rap Sertaneja MPB

Com base no gráfico anterior é possível dizer que:

a) O estilo musical preferido pela maioria dos alunos é Hip Hop.

b) A maioria dos alunos prefere Sertaneja.

c) O estilo musical preferido pela maioria dos alunos é Pop.

d) O estilo musical menos ouvido é MPB.

70. O gráfico a seguir mostra os resultados de jogos na Copa de 2006.

De acordo com o gráfico é correto afirmar que:

a) O Brasil marcou 7 gols.

b) A média de gols marcados pelo Brasil

foi de 2 gols por jogo.

c) 2% dos gols foram marcados contra a

Holanda (HOL).

d) O Brasil marcou mais gols contra a Camarões (CAM) do que contra a Itália

(ITA).

3

2

1

0

Rus

cam

SUE

EUA

HOL

SUE

ITA

adversários

Gols marcados pelo Brasil na copa de 2006

gols do Brasil

P:120

46Matemática – Anos Finais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

71. O gráfico a seguir apresenta as vendas de equipamentos agrícolas de uma indústria:

Venda de Equipamentos Agrícolas

meses

unidades vendidas

0

10

20

30

40

50

jan fev mar abr mai jun

Pode-se afirmar que:

a) foram vendidos 90 equipamentos até abril.

b) as vendas aumentaram mês a mês.

c) foram vendidos 100 equipamentos até junho.

d) o faturamento da indústria aumentou de março para abril.

72. A tabela a seguir mostra os rendimentos mensais com as respectivas alíquotas e

deduções do imposto de renda – I.R.

TABELA DO IMPOSTO DE RENDA EM 1999 PARA PESSOAS FÍSICAS

Rendimento em novembro (R$) Alíquota (%)

Até 900 isento

Acima de 900 até 1800 15

Acima de 1800 27,5

Neste período, o salário mensal de Renata era de R$ 2 500,00, então:

a) Renata era isenta.

b) Renata deve pagar R$ 375,00 de I. R.

c) Renata deve pagar R$ 495,00 de I. R.

d) d) Renata deve pagar R$ 687,50 de I. R.

P:121

47

Caderno de Atividades

1

c 31

d 61

c

2

d 32

b 62

c

3

d 33

b 63

b

4

c 34

a 64

a

5

b 35

c 65

b

6

a 36

d 66

b

7

b 37

a 67

b

8

b 38

d 68

d

9

b 39

b 69

c

10

b 40

b 70

b

11

b 41

b 71

a

12

d 42

d 72

d

13

b 43

b

14

a 44

d

15

c 45

a

16

d 46

b

17

c 47

b

18

b 48

d

19

d 49

b

20

c 50

d

21

b 51

a

22

a 52

d

23

d 53

a

24

d 54

b

25

d 55

d

26

d 56

c

27

b 57

d

28

b 58

a

29

d 59

a

30

d 60

a

GABARITO

P:123

FOLHA DE ROSTO

Caderno de Atividades

MATEMÁTICA

Anos Iniciais do Ensino Fundamental

2009

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

P:125

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Roberto Requião

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

DIRETORIA GERAL

Ricardo Fernandes Bezerra

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

Alayde Maria Pinto Digiovanni

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Mary Lane Hutner

2009

P:126

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

EQUIPE TÉCNICO–PEDAGÓGICA

Andre Candido Delavy Rodrigues

Claudia Vanessa Cavichiolo

Helenice F. Seara

Lisiane Cristina Amplatz

Marcia Viviane Barbeta Manosso

Renata Cristina Lopes

Maria de Lourdes Deneca – NRE Apucarana

Eliana Provenci – NRE Área Metropolitana Norte

Sandra Cristina Petermann - NRE Área Metropolitana Sul

Vilma Rinaldi Bisconsini - NRE Assis Chateaubriand

Chirley Augusto da Silva Moura – NRE Campo Mourão

Cleusa Apda D. N. de Souza – NRE Cascavel

Sônia Regina Felix – NRE Cianorte

Maristela de Oliveira – NRE Cornélio Procópio

Lucimar Donizete Gusmão – NRE Curitiba

Orli Constancia Albano – NRE Dois Vizinhos

Marcia Crestina de Oliveira – NRE Foz do Iguaçu

Analice Scalssavara Comim – NRE Francisco Beltrão

Vacil da Silva – NRE Goierê

Zeneide Gornaski Ribeiro – NRE Gruarapuava

Rejane Fadel Olivetti – NRE Ibaiti

Elizandra Angélica G. da Lus – NRE Irati

Helena Pianca – NRE Ivaiporã

Isumi Shimakawa Watanabe – NRE Jacarezinho

Marli Turmina Marqueviski – NRE Laranjeiras do Sul

Luciana Santelli – NRE Loanda

Simone Luccas – NRE Londrina

Marisa Castilho Dias – NRE Maringá

Vania Fanini Guimarães – NRE Paranaguá

Elizabet Luiza Martins – NRE Paranavaí

Claudina Aparecida Plakitka – NRE Pato Branco

Sildia Stafim – NRE Pitanga

Maristel do Nascimento – NRE Ponta Grossa

Gefersson Luiz dos Santos – NRE Telêmaco Borba

José Adailton Dechechi – NRE Toledo

Valdelice Bento Fontes – NRE Umuarama

Ivonete Montipo Voidaleski – NRE União da Vitória

Cibele Takemoto Ribas – NRE Wenceslau Braz

P:129

Prezado(a) aluno(a)

O Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, com a

colaboração dos Núcleos Regionais, produziu este caderno pedagógico que possibilita

a você, aluno da rede de ensino público do Estado do Paraná, aprofundar seus conhecimentos matemáticos, familiarizar-se com a estrutura das questões e objetivos desse

formato de avaliação da Prova Brasil – a qual é aplicada pelo Ministério da Educação

para todos os alunos matriculados na 4ª série do Ensino Fundamental.

Nesse sentido, este caderno pode auxiliar tanto você, aluno, como o seu professor,

no que se refere ao entendimento de como os conteúdos são apresentados nas questões aplicadas.

A idéia é que vocês discutam, resolvam e conheçam essas questões, para que

possam aprofundar seus estudos nos conteúdos já desenvolvidos na sala de aula e,

assim, melhorar o processo de ensino-aprendizagem que ocorre nas escolas públicas

do Estado do Paraná.

Departamento de Educação Básica

P:130

8Matemática – Prova Brasil - 2009

P:131

9

sumário

Apresentação 11

Conteúdos dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental 12

Geometrias 13

Grandezas e Medidas 23

Números e Operações 27

Tratamento da Informação 43

Gabarito 47

P:133

11

Caderno de Atividades

Apresentação

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é composto por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB), realizada por amostragem das

Redes de Ensino focando as gestões dos sistemas educacionais; e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) focando cada unidade escolar e recebe em suas

divulgações, o nome de Prova Brasil.

As avaliações do SAEB são aplicadas por amostra em alunos de 4ª e 8ª séries do

Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio, as quais são utilizadas para determinar o Ideb, que foi criado pelo MEC para atender à necessidade de se estabelecer

padrões e critérios para acompanhar o sistema de ensino no país. O índice combina

taxas de aprovação, repetência e evasão com os resultados das avaliações de desempenho como a Prova Brasil (4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental) e do SAEB (Sistema

de Avaliação da Educação Básica, para os alunos do Ensino Médio).

As informações obtidas a partir dos levantamentos do SAEB também permitem

acompanhar a evolução da qualidade da Educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo MEC e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação na

definição de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como

no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, com

vistas ao desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades nele existentes.

P:134

12Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Conteúdos de Matemática –

Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Temas da Matriz de Referência de Matemática – SAEB/PROVA BRASIL

I – Espaço e Forma;

II – Grandezas e Medidas;

III – Números e Operações /Álgebra e Funções;

IV – Tratamento da Informação.

Conteúdos Estruturantes de Matemática da Educação Básica

1. Geometrias

2. Grandezas e Medidas

3. Números e Operações

4. Tratamento da Informação

P:135

13

Caderno de Atividades

Geometrias

Geometrias / Espaço e Forma

A compreensão do espaço com suas dimensões e formas de constituição são elementos necessários para a formação do aluno na fase inicial de estudos de geometria.

Os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo de Matemática porque, por meio deles, o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar, de forma organizada e concisa, o mundo

em que vive. O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de

números e medidas, estimulando a criança a observar, perceber semelhanças, diferenças e identificar regularidades.

Deve também observar que uma figura geométrica é constituída por uma, duas ou

três dimensões, identificando algumas propriedades e estabelecendo classificações.

A identificação de uma localização ou deslocamento, a percepção de relações dos

objetos no espaço com a utilização do vocabulário correto são, também, noções importantes para essa fase de aprendizagem do aluno.

Descritores

D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras

representações gráficas.

D2 – Identificar as propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos,

relacionando figuras tridimensionais com suas planificações.

D3 – Identificar as propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais

pelo número de lados, pelos tipos de ângulos.

D4 – Identificar os quadriláteros observando as posições relativas entre seus lados

(paralelos, concorrentes, perpendiculares).

P:136

14Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

1. O desenho a seguir, representa a posição de frutas em uma banca de feira:

D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro,

da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas.

Atividades

Você está de frente para essa banca de frutas. Qual a localização das maçãs?

a) É a segunda fruta a partir da minha esquerda na parte de cima.

b) É a quinta fruta a partir da minha direita na parte de baixo.

c) É a segunda fruta a partir da minha esquerda na parte do meio.

d) É a segunda fruta a partir da minha direita na parte de cima.

Conteúdos Básicos: Geometria Plana; e Geometria Espacial.

P:137

15

Caderno de Atividades

2. Observe a localização do carro e responda:

• Para chegar ao Museu, o carro terá que virar à direita ou à esquerda na Rua

Acre?

• A entrada do Museu fica na Rua Goiás.

Para o carro estacionar na frente do Museu, deve virar à direita ou à esquerda?

A resposta correta para o carro chegar ao museu seguindo a mesma direção que

está é:

a) virar duas vezes para a direita.

b) virar duas vezes para a esquerda.

c) primeiro virar à esquerda e depois à direita.

d) primeiro virar à direita e depois à esquerda.

P:138

16Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

3. A figura 1 a seguir representa a planificação da figura 2, o cubo.

Com base na planificação da figura 2, podemos dizer que um cubo possui:

a) 4 faces

b) 3 faces

c) 8 faces

d) 6 faces

4. Esta pilha de lanterna tem, aproximadamente, a forma:

a) da pirâmide

b) do cubo

c) do cilindro

d) da esfera

5. Em uma das aulas de matemática, aprendi sobre os poliedros e os corpos redondos. Em seguida, fui ao supermercado. Lá comprei uma caixa de sabão em

pó, uma lata de óleo e uma bola. No caixa percebi que os três produtos tinham,

respectivamente, a forma de:

a) cubo, cone e circunferência.

b) paralelepípedo, cone e esfera.

c) cubo, cilindro e circunferência.

d) paralelepípedo, cilindro e esfera.

P:139

17

Caderno de Atividades

6. No desenho a seguir é possível identificar quantos retângulos?

a) 2

b) 8

c) 10

d) 11

7. Observe os triângulos:

Indique uma característica comum entre eles.

a) Possuem um ângulo maior que 90 graus.

b) Possuem um ângulo reto.

c) Todos os ângulos são menores que 90 graus.

d) Não apresentam características em comum.

8. Um campo de futebol tem o formato de uma figura com quatro lados, como podemos observar no esquema representado a seguir. Qual quadrilátero é esse?

a) losango

b) quadrado

c) trapézio

d) retângulo

P:140

18Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

9. Os desenhos a seguir representam o formato de um jardim que será construído em uma praça da cidade. Inicialmente pensou-se num jardim pequeno, mas

devido ao grande entusiasmo que causou na população da cidade, o prefeito

solicitou que fizessem um novo projeto, com desenho maior. O novo projeto terá

área:

a) 2 vezes maior que o primeiro.

b) 3 vezes maior que o primeiro.

c) 4 vezes maior que o primeiro.

d) 6 vezes maior que o primeiro.

P:141

19

Caderno de Atividades

A comparação de grandezas de mesma natureza que dá origem à idéia de medida

é muito antiga. A medição tinha como referência as dimensões do corpo humano, além

de destacar aspectos curiosos como o fato de que, em determinadas civilizações, as

medidas do corpo do rei eram tomadas como padrão.

Para certas aplicações, foram utilizadas medidas que, com o tempo, tornaram-se

convencionais. A velocidade, o tempo e a massa são exemplos de grandezas para as

quais foram convencionadas algumas medidas. Desse modo, é importante que os alunos reconheçam as diferentes situações que os levam a lidar com grandezas físicas,

para que identifiquem que atributo será medido e o que significa a medida.

O aluno deve compreender que podem ser convencionadas medidas ou, que podem ser utilizados sistemas convencionais para o cálculo de perímetros, áreas, valores

monetários e trocas de moedas e cédulas.

Descritores

D6 – Estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida convencionais

ou não.

D7 – Resolver os problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml.

D8 – Estabelecer as relações entre unidades de medida de tempo.

D9 – Estabelecer as relações entre o horário de início e término e/ou o intervalo da

duração de um evento ou acontecimento.

D10 – Num problema, estabelecer as trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em função de seus valores.

Grandezas e Medidas

P:142

20Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Atividades

10. João Pedro montou uma barraca de sucos na festa da escola, vendeu 50 copos

de 200ml. Sabendo-se que ele havia feito 12 litros de suco. Quantos litros sobraram?

a) 1litro

b) 2 litros

c) 5 litros

d) 10 litros

11. Papai viaja muito. A última viagem durou 63 dias. Esse tempo é o mesmo que:

a) 8 semanas e 3 dias.

b) 9 semanas.

c) 10 semanas.

d) 12 semanas e 3 dias.

12. Joana alugou um carro para fazer uma viagem de 36 km. Sabendo que o carro

percorre 12 km com 1 litro de gasolina e que o litro custa R$ 2,20, o gasto que ela

teve com o combustível foi:

D11 – Resolver os problemas envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.

D12 – Resolver os problemas envolvendo o cálculo ou estimativa de áreas de figuras

planas, desenhadas em malhas quadriculadas.

Conteúdos Básicos: Medidas de comprimento, medidas de massa,

medidas de área, medidas de volume, medidas de tempo, medidas de

ângulos e sistema monetário.

P:143

21

Caderno de Atividades

a) R$ 2,20

b) R$ 5,20

c) R$ 6,60

d) R$ 12,00

13. Numa festa foram preparados 4 kg de feijão, 8 kg de arroz e 6 kg de carne. Quantos gramas de comida foram preparadas no total?

a) 18 g

b) 180 g

c) 1800 g

d) 18000 g

14. Uma escola resolveu fazer uma gincana, onde uma das provas é arrecadar 100

Kg de alimentos. A turma de Mary conseguiu no primeiro dia os seguintes alimentos: 5 pacotes de arroz de 1kg, 2 pacotes de farinha de trigo de 5 kg, 4 pacotes de café de 250g e 3 pacotes de macarrão de 500g. Quantos quilogramas

(kg) de alimentos essa turma deverá arrecadar para atingir os 100 kg:

a) 78 kg

b) 81kg e 250 g

c) 82 kg e 500 g

d) 86 kg

15. Caio percorreu 3000 metros de bicicleta em 30 minutos. Quantos quilômetros

(km) ele percorrerá em 1 hora?

a) 6 km

b) 9 km

c) 60 km

d) 90 km

P:144

22Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

16. A distância da casa de André até a escola é de 1200m. Quantos quilômetros (km)

André percorre, em um dia, para ir e voltar da escola?

a) 1,2 km

b) 2,4 km

c) 12 km

d) 2400 km

17. Carlos trabalha em uma empresa, onde os funcionários possuem horário semanal. Sabendo que no período da manhã ele deve cumprir 3 horas e 30 minutos

de trabalho, qual será o horário de saída para o almoço, de acordo com a tabela

a seguir?

Entrada Saída

Manhã 8h 30min ?

Tarde 13h 30min 18h

a) 11 h

b) 11 h 30 min

c) 12 h

d) 12 h 30 min

18. Márcia planejou uma viagem. Se ela viajar 6 horas e meia por dia, durante 5 dias,

o total de horas dessa viagem será igual a:

a) 30 horas.

b) 31 horas e meia.

c) 32 horas e meia.

d) 40 horas.

P:145

23

Caderno de Atividades

19. Uma partida de futebol demora uma hora e meia. Estamos a 15 minutos do final

da partida. Quantos minutos de jogo já se passaram?

a) 15 minutos.

b) 75 minutos.

c) 90 minutos.

d) 105 minutos.

20. Renata começou a gravar um programa de TV às 17 horas e 35 minutos e terminou às 18 horas e 23 minutos. Qual foi o tempo de gravação?

a) 48 minutos.

b) 72 minutos.

c) 78 minutos.

d) 93 minutos.

21. Na semana cultural da escola uma partida de vôlei começou às 10 horas e 30

minutos e terminou às 11 horas e 17 minutos. A alternativa que indica a duração

dessa partida é:

a) 43 minutos.

b) 47 minutos.

c) 1 hora e 13 minutos.

d) 1 hora e 17 minutos.

22. Observe a tabela a seguir:

ANIMAL VELOCIDADE em km/h

Leão 80

Cavalo 75

Coelho 55

Girafa 50

Gato doméstico 48

Elefante 40

Esquilo 20 km/h – 1 quilômetro em 1 hora

P:146

24Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Com base na tabela, podemos dizer que em duas horas e meia uma girafa pode

correr:

a) 50 km

b) 55 km

c) 100 km

d) 125 km

23. Na escola em que Simone estuda, foi apresentada uma peça teatral sobre a

importância da reciclagem de lixo. O relógio a seguir mostra a hora de início e

término da peça.

Quanto tempo de duração teve a apresentação?

a) 1 hora.

b) 20 minutos.

c) 45 minutos.

d) 55 minutos.

24. Luciana tem duas cédulas de R$5,00, quatro moedas de R$1,00, oito moedas de

R$0,10 e cinco moedas de R$0,50. Somadas as cédulas e as moedas, quantos

reais Luciana possui?

a) R$ 6,60

b) R$ 12,30

P:147

25

Caderno de Atividades

c) R$ 17,30

d) R$ 19,00

25. Na bilheteria de um teatro, o responsável começa o trabalho com três notas de

R$5,00, quatro notas de R$2,00 e duas moedas de R$0,50 para facilitar o troco.

Com quanto ele começou a trabalhar?

a) R$ 7,50

b) R$ 14,50

c) R$ 23,10

d) R$ 24,00

26. Joana tinha R$ 200,00 e gastou, dessa quantia, três notas de 20 reais, quatro

notas de 10 reais, duas de 5 reais, cinco notas de 1 real e dez moedas de 0,50

centavos. Quantos reais sobraram?

a) R$ 80,00

b) R$ 84,50

c) R$ 120,00

d) R$ 163,50

27. O desenho a seguir representa o contorno do pátio de uma escola. Sabendo-se

que cada quadradinho do desenho abaixo mede 2 m de lado, calcule quantos

metros andaria uma pessoa que resolvesse contornar o pátio da escola.

a) 24 m

b) 48 m

c) 50 m

d) 52 m

P:148

26Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

28. Considerando um quadradinho como unidade de área nas figuras a seguir:

Tem respectivamente, área igual a:

a) 4, 6 e 9.

b) 8, 8 e 9.

c) 4, 8 e 9.

d) 8, 6 e 9.

29. Geraldo quer trocar sua nota de R$100,00 por notas de menor valor. Qual opção

corresponde ao mesmo valor?

a) 2 notas de R$ 20,00 e 4 notas de R$ 5,00.

b) 3 notas de R$ 10,00 e 1 nota de R$ 50,00.

c) 3 notas de R$ 50,00 e 2 notas de R$ 10,00.

d) 4 notas de R$ 20,00 e 2 notas de R$ 10,00.

30. O desenho a seguir representa a área do pátio de uma escola. Sabendo-se que

cada quadradinho do desenho abaixo mede 1 m de lado calcule a área do pátio

da escola.

a) 26 m²

b) 34 m²

c) 36 m²

d) 52 m²

P:149

27

Caderno de Atividades

Números e Operações

Neste conteúdo é abordada a resolução de situações-problema que envolvam:

contagem, medidas e significados das operações; leitura e escrita, ordenação e cálculos de números naturais e racionais; noções de porcentagem (25%, 50% e 100%) e

comprovação dos resultados por meio de estratégias de verificação.

Descritores

D13 – Reconhecer e utilizar as características do sistema de numeração decimal, tais

como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor posicional.

D14 – Identificar a localização de números naturais na reta numérica.

D15 – Reconhecer a decomposição de números naturais nas suas diversas ordens.

D16 – Reconhecer a composição e a decomposição de números naturais em sua forma polinomial.

D17 – Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.

D18 – Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.

D19 – Resolver o problema com números naturais, envolvendo diferentes significados

da adição ou subtração: juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou negativa), comparação e mais de uma transformação (positiva ou negativa).

D20 – Resolver o problema com números naturais, envolvendo diferentes significados

da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, idéia de proporcionalidade, configuração retangular e combinatória.

P:150

28Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Conteúdos Básicos: Sistema de Numeração, Números Naturais, Múltiplos e Divisores, Potenciação e Radiciação, Números Fracionários e Números Decimais.

D21 – Identificar as diferentes representações de um mesmo número racional.

D22 – Identificar a localização de números racionais representados na forma decimal

na reta numérica.

D23 – Resolver o problema utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro.

D24 – Identificar a fração como a representação que pode estar associada a diferentes

significados.

D25 – Resolver o problema com números racionais expressos na forma decimal envolvendo diferentes significados da adição ou subtração.

D26 – Resolver o problema envolvendo as noções de porcentagem (25%, 50%,

100%).

Atividades

31. Um feirante levou dois centos de laranjas para vender na feira, dessas, vendeu

um cento, quatro dezenas e oito unidades. O número de laranjas que sobrou foi:

a) 48

b) 52

c) 148

d) 152

32. Em uma cidade, o número de carros é formado por seis milhares, mais sete centenas, mais oito dezenas e mais seis unidades que são iguais a:

a) 6786

b) 6876

P:151

29

Caderno de Atividades

34. Observe o anúncio do jornal. Posso afirmar que a ordem dos algarismos 7 e 4

mostradas no valor do carro são respectivamente:

a) 1ª ordem ; 2º ordem.

b) 2ª ordem ; 4º ordem

c) 3ª ordem ; 5ª ordem.

d) 3ª ordem; 6ª ordem.

VENDO - Carro usado - R$ 14 070,00 - Único

dono, mecânica OK, verde, nunca foi batido,

ano 1995, fone: 3325-0560

c) 7686

d) 8766

33. O homem antigo inventou um instrumento para contar e fazer cálculos chamado

ábaco. Dentre vários tipos de ábaco, um deles é composto de hastes verticais

em que são encaixados pequenos anéis. O valor de cada anel muda de acordo

com a posição da haste na qual será colocado. A haste na 1ª posição à direita

representa a casa das unidades; na 2ª, a das dezenas; na 3ª, a das centenas, e

assim por diante.

O número representado no ábaco da figura anterior é:

a) 42648.

b) 46482.

c) 84624.

d) 86424.

P:152

30Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Podemos afirmar que ficarão na seguinte ordem:

a) 0, 96, 500, 702, 909 e 1000

b) 0,280, 702, 500, 96, 909 e 1000

c) 0, 280, 909, 96, 500, 702 e 1000

d) 0, 96, 280, 500, 702, 909 e 1000

36. Numa estrada que liga as cidades P e D serão colocados telefones nos quilômetros de numeração par, conforme a figura.

Quantos pares de telefones podemos identificar entre as cidades P e D?

a) 60 telefones.

b) 120 telefones.

c) 70 telefones.

d) 119 telefones.

35. Localizem na semi-reta os números: 280, 96, 702, 909.

P:153

31

Caderno de Atividades

37. Na reta numérica a seguir, estão localizados vários pontos. O ponto C representa

o número 100 e o ponto F representa o número 250. Sabendo que a diferença

entre o valor de um ponto e o valor de outro ponto consecutivo é de 50 unidades,

em qual ponto estará localizado o número 350?

a) E

b) F

c) H

d) J

38. Uma das características do sistema de numeração indo-arábico que é utilizado

por nós, é ser um sistema posicional. Isso quer dizer que um mesmo algarismo

pode ocupar posições diversas em um número e representar quantidades diferentes. Tendo como base esse princípio, no número 90 080 o algarismo 9 ocupa

a ordem da:

a) dezena de milhar.

b) unidade simples.

c) dezena simples.

d) centena simples.

39. Observe o numeral 128784, sua decomposição é:

a) 128+784 unidades

b) 10000+20000+700+80+4

c) 100+20+8+784

d) 100000+20000+8000+700+80+4

40. Uma papelaria, em janeiro, tendo em vista o início das aulas, comprou uma remessa grande de cadernos. Ao receber a encomenda, a papelaria recebeu 2

caixas de 1000 cadernos, 3 caixas de 100 cadernos, 2 pacotes de 10 cadernos.

Quantos cadernos a papelaria comprou?

P:154

32Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

a) 2320 cadernos.

b) 2689 cadernos.

c) 2950 cadernos.

d) 3100 cadernos.

41. A biblioteca de uma escola tem 1 milhar de livros didáticos, 4 centenas de livros

de literatura, 2 dezenas de livros de arte e 4 dicionários. Quantos livros há na

biblioteca da escola?

a) 1242 livros.

b) 1244 livros.

c) 1404 livros.

d) 1424 livros.

42. Numa viagem de 650 km, Donizete e sua família percorreram 256 km e fizeram

uma parada para o almoço. Quantos quilômetros eles ainda têm que percorrer

para terminar a viagem?

a) 390 km

b) 394 km

c) 650 km

d) 906 km

43. Em uma cesta, há 21 laranjas e na outra há 13 laranjas. Quantas laranjas devem

ser passadas de uma cesta à outra para que as duas fiquem com a mesma quantidade de laranjas?

a) 2

b) 3

c) 4

d) 5

P:155

33

Caderno de Atividades

44. Setecentos e cinqüenta mil computadores serão distribuídos igualmente entre as

escolas do Estado do Paraná, pelo governo estadual. Cada escola vai receber 50

computadores. Quantas escolas receberão computadores?

a) 15

b) 150

c) 1500

d) 15000

45. Uma escola tem 350 alunos e a cantina vendeu 4 025 hambúrgueres em setembro. Qual foi o consumo médio por aluno, nesse mês?

a) 9

b) 10,5

c) 11,5

d) 12

46. Pedro está ajudando a organizar a biblioteca da escola. Ele deverá repartir igualmente 924 livros em 3 prateleiras. Quantos livros ele deverá colocar em cada prateleira?

a) 308 livros

b) 208 livros

c) 307 livros

d) 408 livros

47. Observe os números do “mundo da imaginação”.

1 ------- ϒ

10 ------ ϕ

100 ----- ∆

1000 ---- ∇

P:156

34Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Se os habitantes deste mundo escrevem o número 121 assim: ∆ϕϕϒ

Dessa forma, pode-se afirmar que os números 21, 242 e 1312 são escritos:

a)

b)

c)

d)

48. Para distribuir na festa do dia das crianças, a professora Marisa comprou uma

caixa com 935 balas: 108 são de abacaxi, 325 são de framboesa e as restantes

são de morango. Quantas balas de morango a Professora Marisa comprou?

a) 217

b) 433

c) 502

d) 1368

49. Numa uma floricultura foram vendidas em um dia a quantidade de três dúzias de

margaridas, o dobro dessa quantidade de rosas e mais duas dúzias de cravos.

Quantas flores foram vendidas?

a) 66

b) 84

c) 110

d) 132

50. Gisele tem R$ 512,00 e Marcelo tem R$ 607,00. Nessa situação é verdade que:

a) juntos, eles têm R$ 1 107,00.

b) faltam R$ 90,00 para Gisele ter o mesmo que Marcelo.

c) Marcelo tem o dobro do que tem Gisele.

d) Marcelo tem R$ 95,00 a mais que Gisele.

P:157

35

Caderno de Atividades

51. João tinha 135 bolinhas de gude. Em uma partida com Pedro, perdeu 54, mas em

outra partida, ganhou 75. Com quantas bolinhas de gude João ficou?

a) 56

b) 81

c) 156

d) 264

52. Uma TV de vinte polegadas pode ser comprada em 10 pagamentos de R$ 66,39

ou em 5 pagamentos de R$ 104,47. Se for comprada em 5 vezes, a economia em

relação ao valor final pago em 10 vezes será de:

a) R$ 38,08

b) R$ 141,55

c) R$ 190,40

d) R$ 380,57

53. Em uma questão da prova de Matemática, a professora pediu para que os alunos

representassem o número 0,05 em forma de fração. Mariana representou assim

5

10

, Fabiano representou 10

5

, Fernanda 5

100

e Marcela 5

1000

. Qual deles

acertou a questão?

a) Mariana

b) Fabiano

c) Fernanda

d) Marcela

54. Clara comprou três ingressos para o circo e pagou um total de R$ 27,00. Ela precisa cobrar o valor dos ingressos de duas amigas que irão com ela ao circo. Qual

o valor que ela deve cobrar de cada uma?

a) R$ 8,00

b) R$ 9,00

P:158

36Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

=

1

2

= 0,5 = 50

100

= 50%

=

1

4

= 0,25 = 40

100

= 40%

=

3

3

= 0,3 = 30

100

= 30%

=

1

2

= 0,2 = 20

100

= 30%

c) R$ 13,50

d) R$ 18,00

55. Jonas deverá arrecadar R$60,00 em dinheiro para fazer uma festa surpresa para

seu colega, já arrecadou cinco notas de R$2,00, seis notas de R$1,00, 10 moedas de R$0,50, vinte moedas de R$ 0,25 e 30 moedas de R$0,10. Quanto deverá

arrecadar ainda para completar os R$60,00?

a) R$ 20,00

b) R$ 29,00

c) R$ 31,00

d) R$ 41,00

56. Num ponto turístico, é oferecido passeio de balão aos visitantes. Em cada viagem

o balão leva 6 pessoas. Cada pessoa paga R$ 24,50 pelo passeio. Quantos reais

ganharão o baloneiro se fizer 15 passeios com o balão lotado?

a) R$ 149,00

b) R$ 367,50

c) R$ 457,50

d) R$ 2 205,00

57. Aprendemos que fracionar é dividir, desta forma, observe as partes pintadas

das figuras, as quais estão representadas na forma de fração, número decimal

e porcentagem. Verifique qual delas apresenta todas as igualdades e formas de

representações corretas.

a)

b)

c)

d)

P:159

37

Caderno de Atividades

58. João está participando de uma corrida de bicicletas, na qual o percurso total da

prova é de 45 km. Ele já percorreu 1

3

deste percurso. Isso significa que ele já

percorreu:

a) 9 km

b) 10 km

c) 12 km

d) 15 km

59. Júnior e seu amigo Edgar fazem coleção de carrinhos em miniatura. Júnior possui

32 carrinhos e Edgar o triplo dessa quantia. Quantos carrinhos Edgar possui?

a) 29 carrinhos

b) 35 carrinhos

c) 64 carrinhos

d) 96 carrinhos

60. Colocando os números decimais 2,05; 2,12; 2,1; 2,25 em ordem crescente, têmse:

a) 2,05; 2,12; 2,1; 2,25

b) 2,05; 2,1; 2,12; 2,25

c) 2,1; 2,12; 2,05; 2,25

d) 2,1; 2,12; 2,25; 2,05

61. Maria foi à mercearia com R$11,00. Comprou um quilo de arroz por R$1,27, meio

quilo de carne por R$3,27, um litro de leite por R$1,08 e um iogurte por R$ 0,95.

Sobrou de troco:

a) R$ 1,00

b) R$ 4,43

c) R$ 5,65

d) R$ 8,25

P:160

38Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

62. Júlia comprou alguns pães na padaria e recebeu de troco várias moedas. Ao chegar em casa com os pães, sua mãe disse que ela poderia ficar com as moedas

para comprar um doce. Júlia tinha recebido de troco duas moedas de R$0,25,

quatro moedas de R$0,10, sete moedas de R$0,05. Qual o valor que Júlia ganhou

em moedas?

a) R$ 1,05

b) R$ 1,10

c) R$ 1,15

d) R$ 1,25

63. Na reta numérica abaixo, o ponto identificado pela seta representa qual número

decimal?

a) 0,4

b) 0,45

c) 4,5

d) 5,5

64. O número representado pela fração 1

4

é:

a) 0,10

b) 0,25

c) 0,4

d) 0,45

65. Sônia foi até a panificadora comprar biscoito. Para brincar com o vendedor, pediu 1

4

de um quilo. Quantos gramas de biscoito Sônia pretendia comprar?

a) 200g

b) 250g

c) 400g

d) 500g

0 1 2 3 4 5 6

P:161

39

Caderno de Atividades

66. Observe as figuras a seguir:

A parte pintada destas figuras é representada pelas frações?

a) 1

2

e

1

4

b) 1

4

e

4

1

c) 1

4

e

1

3

d) 2

4

e

1

4

67. Você sabe que as frações estão presentes no nosso dia a dia. Então você pode

afirmar que 1

4

de um dia, 1

4

de uma hora, 1

4

de um quilo, 1

4

de um litro

e

1

4

de um ano é respectivamente o mesmo que:

a) 4 h, 45min, 500g, 200ml e 9meses.

b) 6 h, 15 min, 250g, 250ml e 3 meses.

c) 8 h, 20 min, 250g, 500ml e 4 meses.

d) 12 h, 30min, 500g, 600ml e 6meses.

68. Numa residência, no mês de agosto, o consumo de energia elétrica foi de 68,25

Kwh. No mês de setembro foram utilizados, por um período maior, os eletrodomésticos, assim o gasto foi de 72,48 Kwh. Quanto foi o gasto a mais em Kwh no

mês de setembro?

a) 4,23 kwh

b) 4,62 kwh

P:162

40Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

c) 5,20 kwh

d) 5,88 kwh

69. Claudina saiu com uma amiga e resolveram comer uma pizza, que foi dividida em

oito pedaços. Cada uma comeu dois pedaços. A porcentagem de pizza comida

por cada uma foi de:

a) 25%

b) 50%

c) 60%

d) 75%

70. A 4ª série da professora Helena tem 36 alunos. Ela organizou um passeio onde

todos os alunos foram. Como em todo passeio deve-se levar lanche, a professora distribuiu da seguinte maneira: 25% dos alunos levaram refrigerantes, 25%

levaram doces e 50% levaram salgados. A porcentagem de alunos que levaram

refrigerantes e salgados é de:

a) 25%

b) 50%

c) 75%

d) 100%

71. Para a estréia de um filme, foram colocados à venda 120 ingressos, que correspondem ao número total de poltronas do cinema. Foram vendidos 50% desses

ingressos. Quantas pessoas assistiram ao filme?

a) 30

b) 40

c) 50

d) 60

P:163

41

Caderno de Atividades

72. Observe a tabela de carros mais vendidos conforme a cor:

COR DO CARRO QUANTIDADES PORCENTAGENS

Prata 18 30%

Preto ou cinza 15 25%

Branco 12 20%

Verde ou azul 9 ............

Outros 6 10%

A porcentagem que falta para completar os cem por cem (100%) da tabela anterior é de:

a) 10%

b) 12%

c) 15%

d) 20%

73. A coleção de CD e DVD de Bruno estão em um armário, distribuído conforme

representa a figura a seguir:

Que porcentagem da coleção de Bruno correspondem aos jogos?

a) 20%

b) 25%

c) 30%

d) 75%

P:164

42Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

Saber ler as diferentes representações de informação, que são expressas por tabelas e gráficos, tão presentes nos jornais e revistas é fundamental para compreensão

do cotidiano pelo aluno. O desenvolvimento deste conteúdo trará as noções de coleta,

organização e descrição de dados; leitura e interpretação de dados apresentados de

maneira organizada (tabelas e gráficos); utilização das informações dadas; identificação das possíveis maneiras de combinar elementos de uma coleção e de contabilizálas usando estratégias pessoais.

Descritores

D27 – Ler as informações e dados apresentados em tabelas.

D28 – Ler as informações e dados apresentados em gráficos (particularmente em gráficos de colunas).

Conteúdos Básicos: Dados, tabelas, gráficos e porcentagem.

Tratamento da Informação

P:165

43

Caderno de Atividades

Atividades

74. A tabela a seguir mostra o número de pessoas que fizeram uma refeição no restaurante “Cantinho do sabor”:

DATA NÚMERO DE PESSOAS

julho 226

agosto 279

setembro 325

outubro 149

novembro 193

Conforme a tabela, o total de pessoas que fizeram refeição nos meses de julho,

agosto e setembro foram:

a) 342 pessoas

b) 730 pessoas

c) 830 pessoas

d) 1172 pessoas

75. Na tabela a seguir, é representado o ano das primeiras publicações de algumas

revistas:

REVISTAS ANO DAS PRIMEIRAS PUBLICAÇÕES

Mickey 1928

Zé Carioca 1945

Pato Donald 1950

Garfield 1978

Senninha 1994

A revista que foi publicada na década de 50 foi:

a) Zé Carioca

b) Mickey

P:166

44Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

c) Garfield

d) Pato Donald

76. A tabela a seguir traz a população dos cinco municípios mais populosos do

Paraná:

Municípios mais populosos do Estado do Paraná

Município População (hab.)

A Curitiba 1.587.315

B Londrina 447.065

C Maringá 288.653

D Ponta Grossa 273.616

E Foz do Iguaçú 258.543

IBGE: Censo demográfico, 2.000

Ao observar os dados da tabela, concluímos que a diferença entre a população

de Londrina e Maringá, é de:

a) 158.412 habitantes

b) 159.512 habitantes

c) 185.412 habitantes

d) 202.612 habitantes

77. Está apresentada na tabela seguinte, os pontos de um campeonato de futebol.

Time A B C D E F

Pontos ganhos 3 1 0 0 4 0

Pontos perdidos 0 0 3 2 0 5

A classificação final do campeonato em ordem decrescente, do 1º ao último

lugar, é:

a) A, C, D, B, E, F.

b) B, D, A, C, E, F.

c) E, A, B, D, C, F.

d) F, E, A, C, D, B.

P:167

45

Caderno de Atividades

Candidato Número de votos

Antonio 235

João 108

Marina 320

Alberto 70

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

5

4

3

2

1

0

78. Quatro candidatos disputaram as eleições para direção de uma escola. A tabela

a seguir mostra o número de votos obtidos. Qual candidato ganhou a eleição?

a) Alberto

b) João

c) Marina

d) Antonio

79. Durante a campanha de vacinação contra gripe, aplicada em idosos a partir de

60 anos, o posto de saúde de uma cidade faz um controle para saber quantas

pessoas foram vacinadas. A tabela a seguir mostra o controle realizado nos últimos quatro anos. Em que ano foi vacinado o maior número de mulheres?

Ano Número de idosos vacinados

Homens Mulheres

2004 105 243

2005 136 256

2006 120 234

2007 142 228

a) 2004

b) 2005

c) 2006

d) 2007

80. O gráfico a seguir representa o número de aniversariantes da turma em cada

mês. Qual mês teve mais aniversários?

a) maio

b) outubro

c) fevereiro

d) janeiro

P:168

46Matemática – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Prova Brasil - 2009

81. O gráfico de colunas representa o tempo do banho, em minutos, uma família com

sete pessoas, sendo 3 meninas (A,B,C), 2 meninos (D,E), mãe (M) e pai (P).

Qual o tempo total de banho das mulheres da casa?

M P A B C D E

30

25

20

15

10

5

0

T

E

M

P

O

(MIN)

M

P

A

B

C

D

E

a) 55 minutos.

b) 70 minutos.

c) 1 hora e 5 minutos.

d) 1 hora e 15 minutos.

82. Sr. Luís é dono de uma loja de brinquedos. No final de julho, ele resolveu fazer um

gráfico apresentando a quantidade de brinquedos que vendeu durante o mês.

Veja o gráfico a seguir:

boneca carrinho jogos bolas

40

30

20

10

0

Quais são os dois brinquedos mais comprados?

a) boneca e bolas.

b) carrinho e boneca.

c) carrinho e bolas.

d) carrinho e jogos.

P:169

47

Caderno de Atividades

1

d 31

b 61

b

2

b 32

a 62

d

3

d 33

a 63

c

4

c 34

b 64

b

5

d 35

d 65

b

6

b 36

a 66

a

7

b 37

c 67

b

8

d 38

a 68

a

9

c 39

d 69

a

10

b 40

a 70

c

11

b 41

d 71

d

12

c 42

b 72

c

13

d 43

c 73

b

14

c 44

d 74

c

15

a 45

c 75

d

16

b 46

a 76

a

17

c 47

b 77

c

18

c 48

c 78

c

19

b 49

d 79

b

20

a 50

d 80

b

21

b 51

c 81

c

22

d 52

b 82

d

23

c 53

c

24

c 54

b

25

d 55

c

26

a 56

d

27

b 57

a

28

a 58

d

29

d 59

d

30

b 60

b

GABARITO

P:171

Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CLIMA E OS RECURSOS HÍDRICOS

DO SEMIÁRIDO NORDESTINO.

CONSIDERATIONS ON CLIMATE AND WATER RESOURCES OF THE

NORTHEASTERN SEMIARID.

CONSIDERACIONES DEL CLIMA Y RECURSOS HÍDRICOS DE

SEMIÁRIDO NORESTE.

Maria Elisa Zanella

Doutora em Meio Ambiente pela UFPR

Professora do Departamento de Geografia – Universidade Federal do Ceará

Campus do Pici - Bloco 902 - Fortaleza - CE

Email: [email protected]

Resumo: O semiárido nordestino apresenta elevadas taxas de insolação, altas

temperaturas e baixas amplitudes térmicas mensais, características típicas de regiões

tropicais. É marcado por baixos totais pluviométricos, irregular distribuição da chuva

no tempo e no espaço, altas taxas de evapotranspiração e elevado déficit hídrico. Tais

condições climáticas, associadas às características geológicas dominantes (rochas

cristalinas), influenciam na menor disponibilidade dos recursos hídricos para a região,

com repercurssão negativas para as populações que lá habitam. As políticas públicas

adotadas para minimizar o problema são a construção de açudes, a perfuração de

poços artesianos, a construção de cisternas rurais, a implantação de barragens

subterrâneas, a dessalinização e aproveitamento da água salobra e o transporte de

água a grandes distâncias a partir de adutoras e canais. Contudo, a falta de água

ainda é presente na região, denotando que as soluções adotadas não resolveram

definitivamente o problema.

Palavras chave: Clima; Recursos Hídricos; Semiárido.

Abstract: The northeastern semiarid region has high rates of sunshine , high

temperatures and low monthly temperature ranges , characteristics typical of tropical

regions . It is marked by low rainfall totals, irregular rainfall distribution in time and

space, high rates of evapotranspiration and high water deficit. Such climatic conditions

associated with the dominant geological features ( crystalline rocks ) , influence the

lower availability of water resources for the region , with negative repercussion for the

people who live there. Public policies adopted to minimize the problem are the

construction of dams , the drilling of boreholes , construction of rural tanks , the

deployment of underground dams , desalination and use of brackish water and

transporting water over long distances from water mains and channels . However , the

lack of water is still present in the region , indicating that the solutions adopted are not

definitely solved the problem.

Keywords: Climate; Water Resources; Semiarid.

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

Resumen: El nordeste semiárido tiene altas tasas de insolación , altas temperaturas y

bajo rango de temperatura mensual , características típicas de las regiones tropicales.

Se caracteriza por los totales bajo de lluvia, distribución de las precipitaciones

irregulares en el tiempo y en el espacio , las altas tasas de evapotranspiración y el

déficit de agua. Dichas condiciones climáticas asociadas a las características

geológicas dominantes (rocas cristalinas ), influyen en la menor disponibilidad de

recursos hídricos para la región, con repercusiones negativas para las poblaciones

que viven allí. Las políticas públicas adoptadas para minimizar el problema es la

construcción de presas, la perforación de pozos, la construcción de tanques rurales , el

despliegue de las presas subterráneas , desalinización y uso de agua salobre y el

transporte de agua a través de largas distancias de tuberías y canales. Sin embargo ,

la falta de agua es todavía presente en la región, lo que significa que las soluciones

adoptadas definitivamente no resuelven el problema.

Palabras clave: Clima; Recursos Hídricos; Semiáridas.

Introdução

A história do Nordeste brasileiro está associada a história da seca, a falta de

água. Os efeitos da seca se apresentam sob diversas formas, seja pela perda da

safra agrícola, pelo aumento do desemprego rural, pela falta de água para as

populações, pelas migrações campo-cidade que sempre estiveram presente no

semiárido.

Os problemas ligados a água vem gerando preocupação e motivando

estudos em diferentes áreas do conhecimento. O clima, como um dos elementos

formadores da paisagem, é de relevante importância já que influencia o regime dos

rios, o escoamento fluvial e a disponibilidade hídrica de uma região.

As características climáticas do Nordeste brasileiro, representadas pela

sazonalidade da precipitação e pela alta variabilidade das chuvas, mantém uma

relação direta com o comportamento fluvial. A distribuição da chuva no tempo e no

espaço, associada às formações geológicas dominantemente cristalinas, são fatores

condicionantes do regime dos rios e das reservas subterrâneas e, portanto, da

disponibildiade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos para a região.

O semiárido possui reduzido volume de escoamento superficial em sua rede

de drenagem, apresentando coeficientes de escoamento muito baixos. Além disso,

existem problemas associados à qualidade, comprometendo a sua utilização.

O presente artigo traz algumas considerações acerca das características

climáticas e dos recursos hídricos da região Nordeste, considerando principalmente, o

semiárido.

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

Breves considerações sobre o clima do Nordeste

O semiárido nordestino apresenta elevadas taxas de insolação, elevadas

temperaturas e baixas amplitudes térmicas. Os totais pluviométricos são baixos e

apresentam alta variabilidade no tempo e no espaço. Ocorrem, ainda, elevadas taxas

de evapotranspiração e elevado déficit hídrico.

As elevadas taxas de insolação e as altas temperaturas são decorrência da sua

posição latitudinal já que a região é submetida a forte radiação solar durante o ano

todo. Assim, a maior parte do Nordeste apresenta temperaturas médias que variam

entre 26 e 28º C. Apenas áreas situadas em altitude mais elevadas apresentam

médias inferiores a 26º C. Em locais mais específicos, influenciados por altitudes

superiores a 1000m (em áreas da Chapada Diamantina e da Borborema, por

exemplo), as médias são inferiores a 20º C. Além disso, a região apresenta baixa

amplitude térmica que varia de 5º C a menos de 2º C, do sul da Bahia ao litoral

setentrional (NIMER, 1989).

As elevadas taxas de evapotranspiração estão associadas as elevadas

temperaturas. Conforme considerações de Vieira (2003), o déficit de

evapotranspiração real em relação à evapotranspiração potencial varia de 50 mm, até

valores superiores a 1.000 mm, denotando alto índice de aridez para a região.

Em se tratando da precipitação, o Nordeste semiárido apresenta totais

pluviométricos baixos e distribuição marcadamente sazonal das chuvas. A estação

chuvosa dura em torno de 3 a 5 meses, enquanto a estação seca se prolonga por 7 a

9 meses, em média. Isso se deve a atuação de diferentes sistemas atmosféricos, cuja

permanência sobre a região é relativamente curta.

Dinâmica atmosférica regional, distribuição das chuvas e problemas

associados.

A dinâmica atmosférica da Região é controlada por diferentes massas de ar e

seus respectivos centros de ação. No Nordeste brasileiro se destaca a atuação do

Anticiclone Semifixo do Atlântico Sul, associado a Massa Tropical Atlântica e a Massa

Equatorial Atlântica. Sopram dominantemente ventos do quadrante E-SE, tratando-se

dos alísios do Hemisfério Sul. Tais massas de ar, em função de sua voriticidade

anticiclônica e subsidência superior trazem estabilidade para o tempo, estabelecendo

o período seco para a região que no semiárido pode durar até 9 meses. A

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

estabilidade é interrompida pela atuação de diferentes sistemas atmosféricos que

causam chuva em áreas e períodos sazonais diferenciados.

Na porção Setentrional do NE brasileiro o mecanismo produtor de chuva mais

importante é a Zona de Convergência Intertropical – ZCIT, que atua na região entre

fevereiro e maio, atingindo os estados do MA, PI, CE, RN, PB e PE e extremo norte

da BA. Ela se forma na confluência dos alísios de NE e SE e se desloca para a região

em meados de verão, atingindo sua posição mais meridional no outono. Corresponde

a uma área de intensa atividade convectiva, que pode abranger até 500km de

largura, acompanhadas de baixas pressões, alta nebulosidade e muita chuva.

(FERREIRA & MELLO, 2005). De acordo com Nímer (1989), tal sistema pode

provocar chuvas até sobre os paralelos 9 a 10º S, ou seja, nas imediações do

“cotovelo” do rio São Francisco sobre a região do Razo da Catariana. Em maio ela

retorna em direção ao Hemisfério Norte, quando se inicia o período seco para o setor

setentrional do Nordeste.

No extremo Sul e Sudoeste atua a Zona de Convergência do Atlântico Sul

– ZCAS, atingindo principalmente a Bahia. Tal sistema influencia na região entre

novembro e março, sendo que as chuvas se concentram principalmente entre

novembro e fevereiro. A ZCAS resulta da intensificação do calor e da umidade

provenientes do encontro de massas de ar quentes e úmidas da Amazônia e do

Atlântico Sul. (MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007). A ZCAS pode avançar para

latitudes mais baixas atingindo assim, o S e SW do região.

Na porção Sul e Leste, atingindo principalmente os estados da Bahia, Sergipe

a Alagoas, a Frente Polar – FP, em seu ramo oceânico, gera chuvas principalmente

no inverno. A FP se forma no encontro da Massa Tropical Atlântica com a Massa

Polar Atlântica gerando instabilidade a partir da ascensão forçada do ar quente,

provocando intensa nebulosidade e precipitação.

Na porção Leste do Nordeste, os Distúrbios Ondulatórios de Leste – DOL

também denominados de Ondas de Leste – OL, trazem chuva para a Zona da Mata e

o Agreste nos meses do inverno e secundariamente no outono. Os DOL se formam no

campo de pressão atmosférica, na faixa tropical, na área de influência dos ventos

alísios, e se deslocam de leste para oeste, ou seja, da costa da África até o litoral

leste do Brasil (FERREIRA & MELLO, 2005).

Na região atuam, ainda, os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis, as Linhas de

Instabilidades e os Complexos Convectivos de Mesoescala, que contribuem para a

ocorrência de chuvas, incrementando os totais anuais para a região.

P:175

Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

Com relação aos valores pluviométricos e a distribuição espacial da

precipitação há diferenças significativas para a região Nordeste com totais que

decrescem da periferia em direção ao interior.

No Oeste da região, abrangendo principalmente o Maranhão ocorrem chuvas

com totais superiores a 1500mm, destacando-se como sistema a ZCIT, ao Norte,

conjugada com Instabilidades Tropicais que ocorrem no interior de massa de ar vinda

da Amazônia (NIMER, 1989).

Na porção Leste da região, no litoral que vai do Rio Grande do Norte até a

Bahia, ocorrem totais pluviométricos igualmente significativos. Trata-se de chuvas

provocadas por DOL, cujos valores são superiores a 1.250mm, podendo chegar a

mais de 2000 mm em Pernambuco (Barreiros registra 2.464 em média) e na Bahia

(Ilhéus atinge valor médio de 2.115mm). (NIMER, 1989). Os totais mais

representativos se destacam no inverno e secundariamente no outono. No litoral do

Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco as chuvas podem ocorrer conjugadas

com a ZCIT, principalmente no outono, e no litoral de Alagoas, Sergipe e Bahia,

podem ocorrer juntamente com a FP.

No extremo Sul e Sudoeste da região ocorrem chuvas provocadas pela ZCAS,

cujos totais pluviométricos são mais representativos nos meses do verão, com valores

superiores a 1000m anuais. No Sul da Bahia ocorrem, ainda, chuvas provocadas

pela FP que contribui para os valores totais de precipitação registrados.

A pluviometria da região Nordeste decresce da periferia para o interior, sendo

que na maior parte dos estados do PI, CE, RN, PB, PE e BA ocorrem totais que

variam de 800 a 500 mm, além de locais com valores inferiores a 400mm como é o

caso do Razo da Catariana, na Bahia e da Depressão de Patos, na Paraíba,

conforme as considerações de Nimer (1989).

Além de apresentar a maior parte de seu território com valores pluviométricos

baixos, a variabilidade da precipitação interanual é muito elevada, principalmente no

semiárido. Fenômenos oceânicos-atmosféricos são os responsáveis pela

variabilidade que ocorre de um ano para outro. Em anos de El Niño, quando as águas

do Pacífico estão mais aquecidas no centro-leste, toda a convecção se desloca para

leste, alterando o posicionamento da Célula de Walker. Com a continuidade da

circulação atmosférica, o ar quente daquela região é empurrado, originando um ramo

descendente sobre o oceano Atlântico, próximo à região Nordeste do Brasil e à

Amazônia oriental. De acordo com a intensidade desta célula de circulação e de sua

fase de ocorrência, pode haver inibição da formação de nuvens e da descida da ZCIT

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

para posições mais meridionais, e como consequência diminuição das chuvas no

Nordeste Brasileiro. Assim, o fenômeno El Niño é um dos responsáveis pela redução

das chuvas no setor setentrional do NE brasileiro (FERREIRA & MELLO, 2005).

Contudo, inúmeros estudos têm apontado para a influência do Oceano

Atlântico Tropical (Dipolo do Atlântico) na distribuição das chuvas nas regiões tropicais

do continente sul-americano, principalmente sobre o norte do NE brasileiro, dentre os

quais se destacam os de Hastenrath e Heller (1977); Moura e Shukla (1996), Uvo el.

al. (1994), dentre outros.

O fenômeno El Niño, dependendo da intensidade e período do ano em que

ocorre, principalmente quando acontece com a fase positiva do dipolo do Atlântico,

que é desfavorável à ocorrência de chuvas, é um dos responsáveis por anos

considerados secos ou muito secos, principalmente na porção setentrional da região.

O fenômeno de La Niña, ao contrário, associado ao Dipolo negativo do Atlântico, que

é favorável às chuvas, é normalmente associado a anos normais, chuvosos ou muito

chuvosos na região (FERREIRA & MELLO, 2005).

Tais fenômenos repercutem em sérios problemas associados as chuvas. Em

anos com totais pluviométricos muito baixos, registram-se secas para a região, com

repercussões socioeconômicas sérias, enquanto em anos muito chuvosos são

observadas inundações que causam muitos prejuízos, principalmente para as áreas

urbanas.

As figuras 01 e 02 representam os desastres naturais associados à dinâmica

climática entre 2003 e 2012, tendo-se a título de exemplo, o estado do Ceará, cujo

território encontra-se quase que totalmente nos domínios do semiárido. Os desastres

naturais foram considerados a partir das portarias de Situação de Emergência, um

dos critérios adotados pelo EM-DAT para que se configure a condição de desastre

natural.

Observa-se que, para o período analisado, as secas foram mais recorrentes e

geraram um número muito superior de Situação de Emergência em relação às

enchentes. A maioria dos municípios do estado do Ceará tiveram problemas

associados a seca ou estiagem nos anos de 2003, 2005, 2006, 2007, 2008, 2010 e

2012. Os maiores problemas são observados em 2005, 2007 e 2012, onde a quase

totalidade dos municípios decretaram Situação de Emergência.

Com relação às portarias pelo excesso de chuvas, destacam-se os anos de

2004 e 2009 com um número maior de casos registrados de enchentes, com maior

evidência para o ano de 2009, cujos totais pluviométricos foram muito superiores à

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

média de chuvas nos diferentes municípios cearenses, onde inúmeros impactos foram

ocasionados pelas chuvas intensas daquele ano.

Dessa forma, atesta-se como problema mais marcante para o semiárido

nordestino a falta de chuva, que repercute em secas periódicas, afetando

sobremaneira os recursos hídricos da região.

Figura 01 – Desastres Naturais associados a Seca/Estiagem no Ceará

Fonte: Olimpio, 2013

Figura 02 – Desastres Naturais associados à Enchentes no Ceará

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

Fonte: Olimpio, 2013.

Os recursos hídricos superficiais e subterrâneos do Semiárido

Embora apresente baixos totais pluviométricos em relação às demais regiões

do país, o semiárido brasileiro é um dos mais chuvosos do planeta, com precipitação

média anual de 750 mm. Em algumas áreas a precipitação média não ultrapassa os

400 mm anuais. A evapotranspiração potencial média pode chegar a 2.500 mm ano,

gerando elevados déficits hídricos. (MONTENGRO & MONTENEGRO, 2012).

Trata-se de uma região pobre em volume de escoamento de águas

superficiais. Tal situação deve-se às características climáticas e também à estrutura

geológica dominante, onde há prodimínio de solos raros formados sobre rochas do

embasamento cristalino, principalmente metamórficas e igneas, resultando em baixas

trocas de água entre o rio e o substrato adjacente. O resultado é uma densa rede de

rios de regime temporário, cuja lâmina de água escoa durante o período chuvoso,

secando completamente nos meses subsequentes (CIRILO, 2008) .

Os rios de regime temporários são encontrados principalmente na área que vai

do estado do Ceará, até a parte setentrional da Bahia. Um dos principais é o

Jaguaribe, localizado no Ceará, dada a sua extensão e ao seu potencial de

aproveitamento de água, já que nele se encontram dois dos maiores açudes do

Nordeste: o Castanhão e o Orós. No entando, alguns rios ao terem suas nascentes

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

em áreas úmidas constituem-se em drenagens perenes, cujo exemplo mais

importante é o rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais,

onde os totais pluviométricos são bastante elevados. Tem-se ainda rios perenes no

Maranhão, Piauí e Bahia, com destaque para o Rio Parnaíba (CIRILO, 2008).

O potencial hídrico superficial é representado pela vazão média de um longo

período em uma seção do rio. É um indicador importante para uma primeira

avaliação da carência ou abundância de recursos hídricos em uma região (CIRILO,

2008).

A figura 03 indica a potencialidade hídrica superficial das bacias hidrográficas

que drenam o Nordeste, como resultado de estudos hidrológicos desenvolvidos para

o trabalho da ANA/MMA – Atlas Nordeste – Abastecimento urbano de Água (ANA,

2005).

De acordo com a figura, observa-se que existem duas áreas indicadas como

de elevado risco hídrico. Tais áreas correspondem a aquelas cujos totais

pluviométricos são mais baixos o que repercute em menores valores de vazão média.

Abrangem espaços mais representativos do semiárido dos estados do Ceará, Rio

Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia.

Figura 03 – Potencialidades Hídrica no Nordeste brasileiro

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

Fonte: ANA, 2005

Com relação aos recursos hídricos subterrâneos, o nordeste semiárido é

formado dominantemente por rochas cristalinas, perfazendo aproximadamnete 80%

de seu território. As rochas cristalinas não se constituem em um bom aquífero,

principalmente no semiárido onde o manto de decomposição é pouco espesso. Além

disso, as rochas cristalinas são menos porosas e dificultam a penetração e o

acúmulo de água subterrânea. Contudo, nestas rochas, em virtude de esforços

tectônicos, há a preseça de falhas e fraturas que permitem o armazenamento de água

e é nestes espaços onde podem se encontrar águas para serem utilizadas pelas

populações.

Nos terrenos cristalinos, a produtividade dos poços depende da presença, da

abertura e da conectividade das fraturas, características que determinam a

capacidade de conduzir e armazenar água das rochas. Nas regiões semiáridas, em

que prevalece o intemperismo físico, o manto é pouco espesso ou inexistente,

restringindo ainda mais a potencialidade dos terrenos cristalinos.

Em virtude das caracterísitcas geológicas dominantes e do clima semiárido a

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

136

Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

água apresenta, em muitos locais, altos teores de sais, tornando-a salobra e imprória

para o consumo humano e para a irrigação. Além disso, os poços apresentam baixa

vazão, da ordem de 1 m3/h (CIRILO, 2008).

Figura 04 – Características Geológicas do Nordeste Brasileiro

Fonte: Demetrio et al., 2007

Contudo há áreas importantes do território nordestino cuja constituição

geológica é sedimentar, havendo grandes reservas de água subterrânea. Destaque

aqui para os estados que se localizam na Bacia Sedimentar do Parnaíba, a exemplo

do Piauí, onde grande parte do território está nos domínios do clima semiárido e em

virtude das caracteristicas geológicas sedimentares apresenta elevado potencial de

águas subterrâneas. A Bahia também apresenta território representativo assentado

em rochas sedimentares mais permeáveis associados à Bacia Tucano-Jatobá e a

Salitre-Jacaré, cuja reserva de água subterrânea é representativa. Além disso, as

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

137

Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

águas subterrâneas são de melhor qualidade e a vazão, conforme aponta Cirilo

(2008), pode chegar a dezenas e centenas de m3/h de forma contínua.

Rebouças (1997) destaca que as reservas subterrâneas do Nordeste permitem

a captação de vinte bilhões de m3/ano, sem colocar as reservas existentes em risco.

Tal volume equivale a 60% da capacidade do reservatório de sobradinho, na Bahia, e

aproximadamete o triplo da capacidade do Açude Castanhão, no Ceará. A partir de tal

consideração, Cirilo (2008 , p.66) argumenta que :

...as águas subterrâneas nas reservas sedimentares do semiárido

devem ser usadas criteriosamente, de preferência para o

abastecimento humano (diversas cidades do Nordeste situadas

sobras as bacias sedimentares ou próxcimas a elas são abastecidas

por essas fontes), e não faz sentido considerar que essa

potencialidade seja capaz de atender às demandas regionais, até

porque seriam necessárias grandes transferências de água para

isso.

Tal argumento é ressaltado pelo autor, dado que as reservas subterrâneas

apresentam concentração espacial, cuja localização se destaca no Piauí e na Bahia.

Além disso, em muitos lençóis a profundidade encarece os custos para a sua

implantação e ainda, há muitas incertezas sobre os mecanismos de recarga dos

aquíferos no semiárido e uma exploração intensiva pode colocar em risco tais fontes.

Em se tratando de qualidade da água dos rios que drenam o semiárido o

principal problema é o lançamento de esgotos domésticos. Nas cidades, a ineficiência

na coleta, no tratamento e na disposição final dos resíduos sólidos vem causando a

poluição dos corpos d’água superficiais e subterrâneos, comprometendo o

aproveitamento dos mananciais e causando problemas de saúde. Em rios com baixa

disponibilidade hídrica, principalmente os que se encontram na região do semiárido,

o problema de assimilação de cargas orgânicas está associado, sobretudo, às baixas

vazões dos corpos d’água. A exploração mineral, o lançamento de efluentes

industriais, as cargas de natureza difusa decorrentes da drenagem de solos urbanos e

agrícolas e os resíduos sólidos ainda mal localizados são problemas que também tem

sido observados. Outro aspecto relevante dos problemas associados a qualidade da

água no semiárido refere-se a eutrofização dos corpos d’água, bastante comuns em

reservatórios, principalmente os de pequeno porte.

Do ponte de vista da gestão dos recursos hídricos as principais políticas

públicas em desenvolvimento no semiárido brasileiro são a construção de açudes, a

perfuração de poços artesianos, a construção de cisternas rurais, a implantação de

barragens subterrâneas, a dessalinização a aproveitamento da água salobra, o

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

reaproveitamento de águas servidas e o transporte de água a grandes distâncias a

partir de adutoras e canais, conforme apontam Cirilo (2008), Montenegro &

Montenegro (2012), dentre outros estudiosos dos recursos hídricos do Nordeste. As

considerações aqui abordadas tem como referência as contruibuições de referidos

autores.

A açudagem é uma das práticas de maior destaque das políticas de

armazenamento de água e amplamente adotada no semiárido nordestino. As

primeiras iniciativas remontam ao século XIX, com maior expansão a partir da década

de 60 do século XX. De acordo com Cirilo (2008), os açudes podem ser enquadrados

em duas classes principais: os de médio e grande porte, com capacidade de

acumulação de bilhões de metros cúbicos, e os de pequeno porte (barreiros),

bastante presente no espaço nordestino, com capacidades que podem chegar a

centenas de milhares de metros cúbicos. Como exemplos de açudes de grande porte

estão os de Orós, com 2,5 bilhões de m3 e Castanhão, com 6,7 bilhões de m3, ambos

no Ceará, além dos lagos de Sobradinho, com 34,1bilhões de m3, Itaparica, com 11

bilhões de m3 e Xingó, com 3,8 bilhões de m3, utilizados sobretudo para a geração de

energia elétrica (MONTENEGRO & MONTENEGRO, 2012). Segundo referidos

autores, a SUDENE teve papel decisivo na implantação de açudes no semiárido

voltados principalmente para abastecimento e para a irrigação.

Em se tratando da perfuração de poços artesianos, deve-se considerar que

a potencialidade de águas subterrâneas do Nordeste é bastante limitada devido à

predominância de embasamento cristalino. Os poços perfurados no cristalino

nordestino, para aproveitar água de suas fraturas, apresentam, em geral, vazão

limitada e alto teores de sais. Suassuna & Audry (1995) analisaram as águas dos

poços no Nordeste brasileiro e idenficaram problemas de salinidade e sodicidade para

o semiárido, constatando que 75% das águas apresentam elevada teores de sais,

limitando seu uso. Do ponto de vista das bacias subterrâneas sedimentares do

Nordeste, de acordo com Rebouças (1997), há possibilidade de captação anual da

ordem de 20 bilhões de m3. Apesar do alto potencial, deve-se observar que tais

bacias concentram-se principalmente no Piauí e na Bahia, e que a água se situa a

grandes profundidades, limitando a viabilidade econômica da sua explotação (CIRILO,

2008; MONTENEGRO & MONTENEGRO, 2012).

As cisternas rurais têm sido outra forma de captação de águas das chuva

que é realizada a partir telhados de casas e que tem sido fundamental para o

abastecimento doméstico da população rural do semiárido. Tais técnicas ganharam

P:184

Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

139

Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

forte impulso a partir da década de 90, a partir de Programas Governamentais e Nãogovernamentais na construção de cisternas rurais, principalmente a cisterna de

placas. As ONGs vem tendo importante constribuição no processo de instalação das

cisternas, envolvendo inclusive, amplas discussões acerca da distribuição e uso da

água.

As barragens subterrâneas são construídas tranversalmente aos vales

aluviais, a partir da impermeabilização total ou parcial do fluxo, afim de interceptar o

escoamento em subsuperfície. São indicadas em vales de reduzida espessura da

zona saturada e onde as águas não apresentam elevados teores de sais. Vários são

os exemplos de sucesso de implantação de barragens subterrâneas que tem

possibilitado o cultivo de diversos produtos agrícolas (MONTENEGRO &

MONTENEGRO, 2012). O papel das ONGs tem sido importante na implantação

dessas técnicas de aproveitamento de águas no semiárido nordestino.

A instalação de dessalinizadores, associados à poços artesianos localizados

no cristalino tem se constituido em ação governamental, tanto a nível federal quanto

estadual. Inúmeras comunidades rurais vem se beneficiando com o sistema embora

os custos de manutenção e operação dos dessalinizadores ainda sejam bastante

elevados. O maior desafio está na produção de rejeito com alta concentração de sais

que não pode ser lançado diretamente ao solo ou corpos hídricos, dado ao forte

impacto causado ao meio ambiente. De acordo com Montenegro & Montenegro

(2004) algumas soluções tem sido adotadas para o destino do rejeito como: uso de

tanques com lâminas d´água delgadas para aumentar a velocidade de evaporação e

possibilitar a deposição de sais; acumulação em tanques para a criação de peixes

como a tilápia rosa e o camarão marinho; além do cultivo de planta introduzida da

Austrália (Atriplex nummularia) com capacidade de absorção de sais.

Em se tratando do reaproveitamento de águas servidas as iniciativas ainda

são bastante tímidas, conforme exposto por Cirilo (2008, p. 74) a partir das

considerações de Campello Neto et. al. (2007):

... No Nordete o reúso da água para atividades industriais vem

surgindo em setores com o produção de confecções. Ainda é muito

tímida, praticamente resumindo-se a projetos-piloto, a reutilização de

efluentes sanitários, tratados ou não, para atividades agrícolas.

De acordo com Montenegro & Montenegro (2012) as Universidades e Centros

de Pesquisa têm desenvolvido estudos e aprimorado tecnologias para os tratamentos

de águas servidas e para a disposição controlada de esgotos com tratamento primário

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Considerações Sobre o Clima e os Recursos Hídricos (...). Maria Elisa Zanella

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Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.36, Volume Especial, p. 126-142, 2014.

ou secundário ao solo.

Finalmente o transporte de água a grande distâncias por meio de adutoras

e canais, tem sido utilizado para captar água a partir de reservatórios de grande porte

ou de poços profundos de áreas sedimentares, sendo várias as obras deste tipo no

semiárido, a exemplo do Canal da Integração, no estado do Ceará, e a ampla rede

de adutoras no Rio Grande do Norte. A Adutora do Pajeú é outro sistema importante

que possibilitará atender a 19 municípios no estado de Pernambuco (MONTENEGRO

& MONTENEGRO, 2012).

A transposição do rio São Francisco se destaca neste aspecto. Ela tem como

objetivo conduzir água para 12 milhões de habitantes do Agreste e do Sertão dos

estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Essas águas serão

destinadas, prioritariamente, ao consumo da população urbana de 390 municípios

daqueles estados. A integração do rio São Francisco com bacias dos rios temporários

do semiárido será realizada a partir da retirada contínua de 26,4 m³/s de água, sendo

que 16,4 m³/s (0,88%) seguirão para o Eixo Norte e 10 m³/s (0,54%) para o Eixo

Leste. Em anos nos quais o armazenamento do reservatório de Sobradinho superar

sua capacidade, o volume captado deverá ser ampliado para até 127 m³/s,

aumentando a oferta de água para múltiplos usos (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO,

2014).

Mais detalhes sobre a transposição podem ser encontrados em Brasil (2000),

Cirilo (2008), Montenegro & Montenegro (2012), dentre outros autores. No site do

Ministério da Integração pode-se dispor de informações sobre o andamento atual das

obras de transposição.

Embora as alternativas para a minimização do problema associado aos

recursos hídricos sempre foram prioridade por parte dos gestores públicos, a falta de

água ainda é muito presente na região, principalmente em anos secos e muito secos,

denotando que as soluções adotadas ainda não foram suficientes para resolver

definitivamente o problema.

Considerações Finais

A associação de baixas precipitações, distribuição irregular das chuvas,

delgado manto intempérico, vegetação esparsa (caatinga) interferem sobremaneira na

quantidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos no semiárido nordestino.

Além disso, existem problemas associados à qualidade deste recurso, que, muitas

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vezes, limita a sua utilização.

Em se tratando da gestão dos recursos hídricos as principais políticas

públicas para o semiárido brasileiro têm sido a construção de açudes, a perfuração

de poços artesianos, a construção de cisternas para abastecer as populações rurais,

a implantação de barragens subterrâneas, a dessalinização a aproveitamento da água

que apresenta elevados teores de sais, o reaproveitamento de águas servidas e o

transporte de água a grades distâncias a partir de adutoras e canais, destacando-se a

transposição do rio São Francisco. Tais ações vem contribuindo para minimizar os

efeitos das secas na região.

As diversas alternativas para minimizar o problema da água sempre

estiveram em pauta por parte dos gestores públicos, contudo, a falta desse recurso

ainda é largamente evidenciada, principalmente em anos com baixos totais

pluviométricos, mostrando que há muito a ser feito para que o problema seja

definitivamente solucionado e toda a população possa ter acesso a água e, de boa

qualidade.

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Recebido em: 01/05/2014

Aceito para publicação em: 20/06/2014

P:188

0 FEUDALISMO EM PORTUGAL

S u a in f l u e n c ia üobr e a l e g is l a ç ã o .

N a t ur eza dest a nch pr im e ir o s t em po s

DA MlNARCHIA.

A península ibérica, como accentua C. Pedroso, (1)

não teva, conforme aconteceu a outros paizes da Europa

e nomeadamente á Allemanha e França, um feudalis­ m o regular ; comtudo a jurisprudência portugueza, des­ dobramento, nos tempos primitivos da monarchia, das

leis wisigothicas, peia introducção do Codex Legum, já sob a denominação hespanhola de Fuero Juzgo, foi

em sua essencia feudal, como o assevera, entre outr s,

Villa Nova de Portugal citado por Cândido Men­ des. (2)

(1) Historia Universal.

(2) Cod, Philippino, Introd.

P:189

- 58 -

Para chegarmos á demonstração da verdade deste con­ ceito, torna-se-nos necessário remontar a epochas ante­ riores á fundação da monarchia de Affjnso H enriques,

e apreciar, ainda que de passagem, a índole e as influ­ encias a que obedeceu a formação do direito na Hespanha.

Embora mais rigorosamente exacta, ou analytica, a

divisão de Coelho da Rocha (3) em as sete epochas em

que estuda a evolução do direito e a m aicha da legisla­ ção portugueza, corresponde bem ao nosso escopo a clas­ sificação do Dr. Martins Junior, (4) nos tres grandes

periodos que denomina romano, godo e nacional, retro­ cedendo para o passado, mais do que ao nosso fito pa­ rece-nos necessário, atá ao primitivo povoamento do

sólo hespanhol, para tomar em consideração, como

ponto de partida, a epocha em que o paiz, subm ettido

ás armas victoriosas de Scipião, o Africano, ficou

sob a vigência da legislação denominada f rniu a pro­ víncia ou como, melhor ainda que Raphael de Labra pelo

illustre contemporâneo citado, ensina Coe ho da R ocha:

epocha em que foi regido p ilas leis que recebiam (as

terras conquistadas) quando erão reduzidas a provincias, formula provincios; por aquellas que de Roma se

expediam expressamente para o governo das provincias,

e, finalmente, pelos editos dos magistrados respectivos,

cuja collecção formou depois o chamado edito provin­ cial. » (5)

E ’, pois, partindo do facto historico que nos recorda

a conquista romana, que o citado mestre conclue, na

sua phrase elegante, haver sido o direito romano a

(3) Ensaios Sobre a Hist. do Gov. e Legl. de Portugal,

(4) H ist. do Dirt. Nacional.

(5) Obra citada, p ag . 9.

P:190

- 59 —

mais antiga est'-atificação jurídica da patria portugueza,

recorrendo ao subsidio de escriptores eminentes, entre

os quaes destacaremos o grande espirito que tão alto

nome trouxe ás letras portuguezas em os nossos dias,

A. Herculano, de quem são as seguintes palavras : « a

H espanhaque fôra a quem ais energicamente resistiu á as­ similação, foi tambam a que mais completamente a acceitou. » (G)

E nem sabemos que, entre os povos submettidos ás

legiões do povo rei, algum houvesse completamente re­ sistido á influencia de sua forte civilisação ou deixado

da assimilar o sau direito, se não em sua plenitude,

ao menos em grande parte, sem embargo das modifi­ cações, que acjntecimentos posteriores lhe determi­ nassem.

E isso na própria H espanha se verificou e prova-o ple­ namente e^se mesmo segundo periodo, chamado godo

paio Dr. Martins Junior, e que começa, conforme A.

Harculano, com a invasão dos wisigodos sob o commando de Ataulpho, quando estabeleceram na península

a sua dominação, tres vezes secular.

Foi assim que, como sob o império do povo romano em

relação ao sau direito, aqueUe dominio tambem trouxe

m oiific tçõas á legislação peninsular, e nem podia dei­ xar de trazal-as, aliás profundas ; porquanto os novos

conquistadores, sa não revogaram de vez as leis que en­ contraram m jpaiz, introduziram ao lado dellas suas leis

p.\\>prHS, seus costumes e suas tradiçõas, a cujo con1 1f. i * v ]i'.l'u S5 fo.-i > g r a im lm e n ta modificando,

para tomarem, no correr do tempo, a feição peculiar, se

não cederem inlem mente á indcle cerectcristica do dire t ) dos vencedores.

;6) H ist. de Portugal, Introd.

P:191

-60 —

Não foi o direito romano puro ou antigo, o ideal j u­ rídico, que cimentou a conquista der Ataulpho ; a própria

Lex Romana 'Wisigothorum, que com ella principiou a

reger os destinos do povo hispânico, era uma simples

compilação organizada por ordem de Alarico II, a seu

turno conquistador tambem, a qu 1 já havia modificado,

na mesma patria dos Cezares, aquelle direito, como po­ sitivamente escreve Guinoulhiac, á cuja auctoridade re­ corre o já citado mestre, observando que os commentarios, sob o titulo de interpretatio, intercallados

em seguimento aos textos conservados do antigo direi­ to romano no Breviario de Alarico ou de Aniano, como é

mais vulgarmente c >nhscido este codigo, modificaram o

sentido primitivo dos textos, devendo se procurar nes­ tes commentarios o verdadeiro direito romano no reinado

wisigcthico.

E é o proprio brilhante mestre da Escola do Recife,

de cujas conclusões ser-nos-á permittido descordar, quem

com C. Mendes, salienta a dualidade de legislação a

que nos referimos, dizendo que ao lado do direito romanisado, que era a lei pessoal dos vencidos, esteve

sempre o direito proprio dos vencedores, isto é, o direi­ to dos barbaros, por elle denominado gennanisante, a

isto accrescentando C. Mendes, que, no tempo da do­ minação wisigothica, havia duas nações, dous povos na

península.

Accresce, porém, que não foi esta a legislação que

prevaleceu na H espanha em todo o decurso do dominio

wisigothico, por ter sido alterada. Como ensina C Men­ des, (7) no anno625 o rei Chindaswindo fez organizar

novo codigo, revogando o primitivo, qus p.>r tal temos

(7)' Obra c it, In trod ., pag. 13.

P:192

— 61 —

o Breviario de Aniano, e foi este codigo reformado

que veio a constituir, propriamente fallando, a legisla'

ção dos wisigodos na Hespanha ; porquanto sendo

mais tarde, não só confirmado pelo successor daquelle

rei, seu filho Receswindo, foi tambem augmentado com

as leis que tinhão sido promulgadas ou modificadas por

outros reis e bem assim fragmentos de legislação, cuja

origem é desconhecida, extrahidos provavelmente aos

costumes das antigas tribus germanicas, como accrescenta o Dr. Martins Junior.

Foi este o código que, publicado no reinado de R e­ ceswindo, como o affirma o já citado C. Mendes, tomou

o nome de Fuero Juzgo, sob o qual tornou-se celebre e

vigorou na Hespanha durante o resto da dominação

wisigothica e a sobreviveu ; legislação que, evidente­ mente em sentido ampliativo, diz este escriptor ter do­ minado a Hespanha catholica, phrase que de industria

copiamos, porque deduzimos delia um a razão, e talvez

a mais forte, pela qual a dominação mourisca não poude

plantar naquelle sólo sua legislação, aliás sempre repellida.

Esses dous codigos, portanto, o Breviarum Alaricianum e o Codex Legum ou Fuero Juzg o, representam sem

contradição a legislação com que os wisigodos dotaram

a Hespanha, e em bbra alguns escriptores, como o já re­ ferido jurisconsulto e publicista, queirão nelles enxer­ gar uma mão romana, reconhecem, comtudo, que o di­ reito romano fôra completamente abolido, conforme d is­ posição taxativa do segundo desses codigos.

E, neste sentido, é o proprio Dr. Martins Ju nio r quem,

estabelecendo o direito romano como a mais antiga estratiíicação jurídica de Portugal, reconheceu que elle fôra,

com o Breviario, apparentemente supplantado, e com o

Fuero Juzg o, modificado pelo elemento germânico,

*

P:193

— 62 —

D’ aqui é-nos licito concluir, em abono da opinião de

Villa Nova de Portugal, que, não obstante ter o direito

romano ministrado subsidio áquella legislação, não fêl-o

de modo que evitasse totalmente a influencia, senão o

predomínio daquelle elemento que, aliàs muito posterior­ mente, ainda affeiçoava ao regitnen feudal a legislação por­ tugueza. Se, como dissemos, foi o codigo de iieceswindo que regeu todo o periodo da dominação wisigothica, não é menos certo, como escreve C. da Ro­ cha, que não só elle foi a lei dos hespanhoes até aos

tempos modernos, como aquelle com que foi fundada

e por muito tempo viveu a monarchia lusitana.

Sahiria do nosso escopo a analyse detida da legisla­ ção citada; basta-nos, porém, accentuar que, embora a

Lex Wisigothorum passe pelo codigo de mór philosophia

da edade media, assentava, como todas as legislações

daquelle tempo, na desegualdade e differença de cathegorias entre os cidadãos.

Não se encontram em semelhante codigo princípios

geraes, tendentes a defesa do direito sob base egual

para todos ; preceitos que, como os dos nossos moder­ nos codigos, nivellam todos os homens deante da lei,

de modo que só ella é superior. Não, nlli differentes

erão os direitos, conforme se tratasse de ecclesiasticos

ou de nobres, de vassallos, ingênuos, libertos ou servos.

A’ clerezia competiam na ordem civil, como de longa

data gosava na politica, as mais accentuadas prerogativas ; os bispos não podiam demandar ou ser demanda­ dos em juizo pessoalmente ; podia-se, entretanto, recor­ rer para elles das sentenças dos juizes inferiores e até das

dos condes; demais, a intervenção do clero em quasi

todos os negocios ordinários da vida civil era consa­ grada por lei.

P e outro lado, erão os nobres os juizes nos districtos

P:194

- 6 3 -

em que exerciam a suzerania ; em seus senhorios, erão

os unicos dispensadores da justiça. Cercados de pri­ vilégios de toda a ordem, ião até ao ponto de, em ma­ téria de provas, serem-lhes estas despensadas, preferindose-lhes o juramento ; de onde acontecia serem absolvi­ dos, em certos^casos crimes, medeante este tão somente,

recorrendo-se, em outros casos, á prova d ’agua quente. E

deante de semelhante lei de excepção, ébem \"de ver a

ociosidade da disposição copiada do direito romano, que

lhes prohibia o patrocinio em juizo de causas alheias,

disposição determinada provável, mas inutilmente, no

pensamento de corrigir os excessos e a prepotencia, a

que seus privilégios naturalmente os levavam.

A intolerância religiosa era um característico assignalado desta legislação, que prescrevia a perseguição dos

que não professavam o catholicismo, e principalmente

a dos judeos. Os reis obrigavam-se por juramento,

ao subirem ao throno, a não toleral-os ; a desputa so­ bre religião era punida com açoutes, descalvação, de­ gredo e mutilação, e os bispose sacerdotes erão os ju i­ zes e executores das leis.

Foi isto que fez dizer a Montesquieu, citado por C. da

Rocha, « que aos codigos dos wisigodos deviam-se to­ das as maximas, todos os princípios e todos os usos

da inquisição, não tendo os frades senão copiado as

leis outr’ora feitas pelos padres contra os judeus. »

O systema penal foi o que de mais atroz deshonrou a

justiça criminal, inspirado, não nesta, mas sim em sen .

timentos de vingança e de terror. A pena de talião, as

infamantes de todo o genero, como a fustigação, a cas­ tração, etc. ; a decepação das mãos, do nariz ; o arrancamento de olhos, e tantas outras egualmente barba­ ras e egualmente inefficazes, erão de constante applicação, sem embargo de poderem ser em muitos casos

P:195

— 64 —

commutadâs por meio de composições pecuniari as ou

^a entrega do delinqüente ao offendido ou a seus paren­ tes, que podiam vendei o ou matal-o.

E ’ este verdadeiro quadro de puros horrores, que

arranca a Letourneau (8) o seguinte co. ceito do systema penal da edade média :

«Tous ces traits, si grossiers, proclament

«bien haut que la justice medioéval s ’inspi-

«rait uniquem ente et sans vergogne du

«primitive besoin de vengeance, et ce be-

«soin se satisfaisait avec d ’autant moin d ’es-

«crupule q u ’ il était devenu un droit sanc-

«tionné par les lois, approuvé par 1'Eglise.»

E o que mais atróz tornava semelhante legislação,

era que ella não se applicava indistinctamente a todos

àquelles que se tornavam passiveis de sua penalidade;

porquanto a applicação dependia da qualidade do delin­ qüente, conforme fosse nobre ou peão, servo ou in­ gênuo e, por acaso, nessa desegualdade, tão revol­ tante em face das ideias modernas por egual acatadas

em todos os codigos penaes d o nosso seculo, aquella

legislação deixava frequentemente inpunes reus dos

peiores crimes, em quanto puniam-se com penas requintadamente crueis agentes d e a c to s .q u e as mais severas

leis criminaes dos nossos dias não classificariam se­ não entre as especies consideradas como simples con­ travenções.

No que entendiam com o direito privado ou a legis­ lação civil, pouco abundantes erão as leis dos w i­ sigodos ; erão os seus princípios tirados do direito

romano em grande parte, mas quasi todos modificados

sob a influencia dos seus costumes, dando-se-lhes, como

(8) L' Evolution Juridique, pag. 481,

P:196

— 65 —

já vimos da citação de Guinoulhiac, uma interpreta­ ção que os germanisára, como reconhece o Dr. Mar­ tins Junior. De sorte que, nem sob este aspecto, em que

mais profunda devia fazer-se sentir a influencia do di­ reito romano, a lsgislação que nos occupa libertou-se da

acção exercida pelo systema em vóga e que dominou

toda a media edade.

A legislação processual, talvez, apresentava melhor

aspecto, se considerarmos que a marcha prescripta não

era tão precipitada que privasse as partes dos prasos e

meios para deducção de sua defesa, embora não esteja

isenta da censura de haver se conformado com o sys­ tema de provas arrancadas pelo processo das ordalias e

torturas, ainda que usado com menos rigor do que em ou­ tros paizes, aonde tal processo foi observado com todo o

hediondo requinte de seu lugubre ritual.

Em matéria de juizes e jurisdicção, era complicadíssi­ ma a lei dos vvisigodos. Ao lado de juizes árbitros,

escolhidos pelas partes, havia juizes de nomeação do

rei. Neste sentido, como diz C. da Rocha, parece que

o unico principio fixo que regulava ajurisdicção civil,

era o governo militar. T odos os que exerciam este go­ verno, administravam justiça em seus districtos, recor­ rendo-se dos inferiores para os duques ou condes,

em alguns casos pai'a os bispos, e em outros, para o

rei. Entretanto parece, apezar da confusão que reina so­ bre o assumpto, que aos duques pertencia o governo

das províncias e aos condes, o das cidades com jurisdic­ ção civil e militar.

Passando da judiciaria para a organisação politica

dos wisigodos, sente-se nesta tambem o mesmo espiri­ to medieval que afteiçoou as leis daquella e que se

revela por excepções e privilégios innumeraveis, no destanciamento das classes entre si e no predomínio absolu­

P:197

-66 —

to de um as sobre outras, tão característico do systema

feudal.

Desconhecidos até a invasão das províncias que ião

conquistando ao império romano, pouco se sabe dos

costumes e leis dos godos antes dessa epocha. Os escrip-

*ores rom anos descrevem-os como barbaros, mas, para

estes, barbaros erão todos aquelles que não faziam par­ te do im perio dos Cezares ; os escriptores da edade me­ dia, porém, nol-o s pintão sob luz muito mais favoravel e, a certos res peito, com indiscutível superioridade

sobre os próprios romanos. Falland ) do? g o io s ,C . da

Rocha, nos seus já citados excallentes Ensaios Sobre a

Historia do Direito e Legislação de Portugal, em poucas

palavras accentua os traços característicos desse povo, que

devia absorver tod is as raças que povoaram, antes e de­ pois delle, o sòlo hisp nico, para constituir a nacio­ nalidade que devia dominar definitivamente na penínsu­ la, plantando as instituições que sobreviveram, em­ bora progressivamente modificadas até aos nossos dias :

« Sabios, hospitaleiros, atrevidos sem temeridade, cons- \\

tantes e infatigaveis em suas emprezas, diz aquelle exí­ mio escriptor, tinhãoum espirito penetrante e disposto para

a civilisação. A guerra era a sua paixão dominante ;

mas no meio de seus furores encontra-se a humanidade

para com os vencidos e o acatamento ás cousas santas.»

Amavam os godos sobretudo a liberdade, sentimento

queera-lhes profundamente robustecido pelo genero de

vida errante, que levavam, e a este se timento, talvez,

deveram elles terem podido triumphar de quantas vicissitudes sobrevieram ao seu império, durante os sete

séculos de dominação mourisca, em que, rechassados para as asperezas das Asturias, começaram

essa epopéa, cujas derradeiras palavras, na phrase más­ cula de Herculano, deviam ser entalhadas pelas es­

P:198

padas de Fernando e Izabel nos muros de Granada,

sem que de sua passagem pelo só'o ibérico outros tra­ ços podessem deixar os invasores alem desses monu­ mentos impereciveis, que o genio oriental plantou em

Granada, (Jordova, Sevilha e tantas outras, para attestação perenne da magnificência do império dos cren­ tes em terras de Hespanha .

A forma de governo dos wisigodos era a monarcbia

electiva.. Este enunciado, entretanto, não deve tradu­ zir o estado de adeantamento que, sem mais critério,

se poderia delle concluir, attendendo-se a que é a

forma electiva a que os proprios tempos modernos co­ nhecem de mais democrático nas organisações políti­ cas. O facto era que, naqualla primitiva organisação,

a nação não sò não intervinha na eleição, porquanto

faziam-a apenas as duas classes privilegiadas, nobreza

e clero, como o mesmo principio era de continuo pos­ tergado pelo regimen das usurpações, que ia elim inan­ do os reis pelo assassinato e collocando no throno os

usurpadores, apoiados nas facçjes e independente do

suffragio. E tal a frequencia com que o facto se repro­ duzia, que o 4o. Concilio de Toledo, auno 633, ju l­ gou dever decretar, que o successor da corôa seria es­ colhido em concilio commum dos nobres e prel dos.

Accentuemos, porém, um facto de relevancia p a ra a de­ monstração, que pretendemos fazer da natureza da legisla­ ção que nos ocupa: o poder dos reis era muito limitado

como o foi o de quasi todos os que reinaram

durante o predomínio do feudalismo ; não sò dividia-o

o rei com a nobreza que, a seu lado, exercia poderes

soberanos em seus senhorios, como em grande parte

era circumscripto pelos concilios, nos quaes se trata­ vam já os negócios ecclesiasticjs, já os politicos, e, final,

mente, os proprios negocios civis e criminaes, sendo suas

P:199

— 68 -

resoluções sanccionadas com penas civis e ecclesiasticas

e executadas pelo poder secular em nome do concilio.

E ’, como se exprime Letourneau, (9) que, em direito,

o rei feudal não passava de um simples senhor ou suzerano tambem, posto que melhormente aquinhoado do

que os outros. O rei não distribuia justiça por si m e s­ mo ou por delegedos seus, mas seguiam-se abaixo da

sua as jurisdicções que erão exercidas pelos vassallos em

os seus respectivos feudos. O conselho do rei, ou a

sua corte de justiça, não exercia jurisdicção senão nos

limites dos dominios reaes, poderíamos dizer, do feudo

real, e só comprehendia os barões e os vassallos do m es­ mo rei.

A preponderancia do clero em todos os actos da vi­ da nacional é um facto saliente na historia da península. Começada com Constantino, foi progressivamente

se afflrmando, até que chegou a exercer poderosa influencia

no espirito de independencia dos godos, a ponto de obe­ decerem antes a Deus, de quem tinhão os bispos c o­ mo oráculos, do que aos homens, ainda que estes fossem

os reis, que tinhão como feitura sua.

Os bispos, pois, chamados em auxilio da realeza, se

apoderaram de quantas prerogativas poderam crear-se e

constituíram a classe privilegiada por excellencia, depois

da qual seguiam-se os nobres, apoiados, uns e outros,

principalmente, como escreve Colheo da Rocha, nos pri­ vilégios oriundos do senhorio de largos paizes, que go -

vernavam e desfructavam em toda plenitude, com insig­ nificante dependencia do rei.

Eis, pois, a legislação sob a qual inici u P )rtugal sua

existencia de nação indepe dente e que, com as alterações

que lhe troxeram os acontecimentos posteriores, alli

(9) Obr. cit, pag. 463,

P:200

- 69 —

vigorou antes do seculo XVI, representando o direito

vigente na primeira parte do terceiro periodo, a que o

Dr. Martins Ju nio r cham a nacional, isto é, da 5 .a epocha de Coelho da Rocha e que vae do XII ao se­ culo XIV.

Semelhante legislação, como a considera Villa Nova

de Poríugal já citado, era toda feudal ; o romanisrno

ainda a não tinha effectivamente modificado, como pos­ teriormente aconteceu ; e para acceitarmos de preferen­ cia a licção deste escriptor, muito embora a opinião de

outros de incontestável merecimento e auctoridade, va­ rias razões actuam em nosso espirito. Vejamol-as :

Se recorrermos á h is to ria d a fundação originaria da

monarchia portugueza, a veremos surgida de uma doa­ ção feudal. Como é sabido, a Henrique de Besançon,

principe capetingio da casa de Borgonha, deu Afionso

VI de Castella o condado de Porto Cale, por cccasião

de seu casamento com Thereza, princeza bastarda, poden­ do annexar-lhe, como ensina o Padre Galanti, (9) todo o

mais territorio que podesse tomar aos mouros.

Esta doação, que foi um a liberalidade conseqüente dos

direitos suzeranos do rei de Castella,' foi regulada pelo

principio feudal, pas'sando aquelle principe a exercer no

conJado que assim lhe era transmittido, os direitos que

competiam a todo suzerano, reconhecendo, entretanto,

sua qualidade de feudatario da corôa leoneza.

E do mesmo modo, quando 55 annos depois, D. Af-,

fonso Henriques, que succedera a seu pae no governo

do condado, obedecendo ao espirito de revolta tão freqüen­ te nos suzeranos da edade media e açulado por seus fidal­ gos, baniu a regente su a mãe e assum iu o titulo de rei,

que seus súbditos já lhe davão desde a batalha do Cam po

(9) H ist, do Brasil.

P:201

- 70 —

de Ourique era 1129, ainda f >i a um acto de puro feuda­ lismo que recorreu, para garantir-se na posse e goso

do estado, que avictoria de Valdevez (1140) acabava de

arrancar definitivamente aos dominios de Aílbnso VII.

Foi assim que, recorrendo ao supremo distribuidor

de corôas e estados daquelles remotos tempos, o S u m -

mo Pontifice, fêl-o collocando Portugal sob a immedia.

ta protecção da Egreja, constituindo-se em feudo e feudatario do papado, medeante o censo annual de quatro

onças de ouro ; e desde então, como escreve C. da Ro­ cha, (10) os pontífices romanos se ingeriram nos nego­ cias de Portugal, recebendo delles os novos monarchas,

como de um feudo, a confirmação da corôa, circumstancia esta em que não vemos mais que a reproducção

da tradicional confirmação do feudo na pessoa do des­ cendente do feudatario fallecido, o qual ao suzerano re­ novava os votos de seu antepassado.

Convem notar, por outro lado, qua aquella vassallagem foi sempre reconhecida e paga á Roma até fins do

reinado de D. Diniz, no seculo IV X , epocha em que,

ainda apparece uma reclamação do Papa João X X II,

neste sentido. Só desta data em deante teria essa vassalagem cahido em desuso, pelo menos j á não se encon­ tra menção alguma a tal respeito nos documentos do

tempo.

Como é sabido, repartiam os reis por sua nobreza as

conquistas que iào fazendo de accordo e segundo as leis

do feudalismo, e os reis de Castella e Leão, como tam­ bém o praticaram os proprios monarchas sarracenos,

conservaram essas leis e respectivos costumes. Como

vimos, a Lex Wisigothorum, com que viveram aquelles

reis e que regeu o povo hespanhol, sob a denominação

^10] Obr. cit., pag.44.

P:202

de Fuero Juzgo, até dias da edade moderna, segundo a

licção de C. da Rocha, se foi em parte inspirada no di­ reito romano, não o foi no antigo direito daquelles velhos

dominadores do mundo, mas apenas em princípios delle

decorrentes, porém profundamente modificados ou, para

servirmo-nos da phrase do Dr. Martins Junior, germanisados, que lhe conservaram o cunho feudal que distingue

toda a legislação da edade media.

Aquella pratica, entretanto, não circumscreveu-seao sólo dH espanha, mas passou para o novo reino com o des­ cendente da casa de Borgonha, e seu filho, ao fundar

a monarchia, não fez mais que' continuar as leis, tra­ dições e costumes de seus maiores, e especialmente

sob esse aspecto da divisão e doação das terras do

reino, larga e copiosa foi a applicação por elle e seus

descendentes feita.

E’ assim, que vemos ter D. Affonso Henriques fun­ dado ou dotado, com todas as prerogativas e privilégios

das doações feudaes, mais de 150 egrejas ou mosteiros,

tendo sido em semelhante partica de perto acompanha­ do por seus successores ; e nem sò elle e estes, a sua

nobreza, imitando-os, tambem estendeu- profusamente

tal systema de doação, 'de sorte que tornou-se a Egreja senhora de immensos bens em Portugal, consisten.

tes em vastos senhorios, a que estavam annexos o ser­ viço militar, caracteristico do systema feudal, e todos os

extraordinarios privilégios decorrentes das leis e costutumes que regulavam aquelle regimen.

De outro lado, os nobres monopolisavam directatamente, ou por seus vassallos, bens de não menor vas­ tidão e valor, recebidos da liberalidade dos soberanos

sob as mesmas condições ou de accordo com o mes­ mo regimen ; de modo que Portugal veio a ficar, dentro

em pouco, dividido, entre a clerezia e a nobreza, em

P:203

tantas suzeranias quantos er.lo os senhorios co nstituí­ dos, já p'ir liberalidade da corôa, j á pela dos que ha­ viam daquella recebido em primeira mão o parcellado

territorio.

E nem só na posse da terra, tambem no monopolio

dos cargos o mesmo systema se observava; de um lado,

os arcebispos, os bispos, os abbades, conegos e tc., e

de outro, os commendadores e cavalleiros das ordens

militares, e m uitos erão estas, erão os unicos agentes e

empregados do governo em todos os ramos importantes

da administração.

Entretanto, se bem que fosse o rei o chefe supremo

dessa administração, em realidade, vis a vis de taes se­ nhorios, não era mais que o senhor titular de todos esses

feudos por elles possuidos ; e de facto, singular coinci­ dência dessa organização, era menos obedecido que o

Pontifice, para quem todos recorriam e em quem todos

reconheciam a dupla qualidade de vigário de Christo e

de suzerano de Portugal, qualidade esta em que avocava

por si mesm o ou por intermedio de seus delegados,

o conhecimento dos negocios mais importantes do reino.

A acção superior dos concilios, composta na sua

maioria de prelados e completados pelos nobres, era sen­ tida em quasi todos os actos da governaçílo do paiz, de­ cidindo os mais importantes negocios do estado, repre­ sentando suas assembléas deliberantes, legislando, como

já vimos, sobre matéria civil e criminal e atè constitu­ indo, em muitos casos, um tribunal de appellaçílo,

não sendo as suas deliberações executadas em nome

do rei, mas executando-as este, e já o notamos, em no­ me e por auctoridade do proprio concilio, o que era ex­ pressamente declarado sob as palavras consensu, auctorifale, 'concilio e outiv.f equivalentes

P:204

— 73 -

Isto dava ao governo de Portugal um caracter profun­ damente aristocratio, circumstancia que faz dizer a C.

da Rocha, (11) «esta na verdade è a forma do system a

feudal, que dominava na Europa e nas H tspanhas e de

cujus elementos se compunha a nova monarchia portugueza. »

U m facto característico da vassallagem de Portugal ao

Pontificado foi a destituição de D. Sancho II pelo Papa

Innocencio IV a pedido da nobreza, e a conseqüente

investidura de Affonso III, apezar de ser a successão

hereditaria, factò que ainda vem em abono da nossa affirmação, de que os monarchas portuguezes recebiam d°

Papa a confirmação da corôa, como das mãos ao suzerano recebiam os vassallos a confirmação do feudo.

Na organização da nobreza, que antes do Mestre de

Aviz, não foi modificada, outro traço profundamente ca­ racterístico da vigência do regimen feudal se encontra.

Assim, fundada a monarchia, não alterou, mas con­ servou como encontrára as mesmas prerogativas politicas

ou civis, que constituíam os privilégios dessa classe,

em cujas insígnias de guerra viã\"o-se ainda o pendão e a

caldeira, simbolos da obrigação, que se não extinguira,

de sustentar e conduzirão campo um troço de homens

d ’armas proporcionado aos districtos d e q u e e ra donataria.

Esta obrigação tanto era um a consequencia logica e

necessaria do feudalismo, o serviço principal dos feudos,

quanto foi sua causa efficiente a necessidade de crear

exercitos, ou, como diz Pouhaer, (12) o fim originário

das enfeudações.

E entre aquelles privilégios, nenhum melhor illustra a

nossa demonstração do que o de ter Couto e Honras, que,

(11) Obr. cit., pag. 50.\"

(12) Essai sur CH ist, Gener. du Droit,

P:205

-74 —

sob a denominação de foros, gosavam nâo somente os

nobres, senão tambem os clérigos, que erão senhores

de feudos.

Se, como define a Hist. e Mem. da Acad. R. das Seiencias, a que recorre C. da Rocha, ter couto e honras

significava — poder isentar a terra do serviço militar e

das fortificações e das pensões e de todo reconhecimento e

serviços, (13) não é menos verdade que apezar da dis­ pensa do serviço militar, os privilégios resultantes de

taes fóros nem erão menos extraordinarios, nem fugiam

da natureza dos que erão inherentes ou conseqüentes

do regimen feudal. E ’ assim que esses fóros subtraiam

á acção das leis geraes do reino as terras por elles regi­ das, collocando-as sob o exclusivo governo dos seus

donatarios, que alli imperavam em verdadeiros senho­ res absolutos, não só percebendo os direitos reaes,

como as cizas e outros, podendo á vontade extorquir

dos moradores as contribuições que entendessem, como

exerciam por si ou por juizes de sua privativa nomeação

plena jurisdicção civil e criminal.

E o principio teve tal generalidade, foi de tão absoluta

applicação em Portugal, que coutadas, já se não repu­ tavam somente as terras regularmente doadas, mas as

mesmas villas aonde os donatarios construíam edifícios,

os logares aonde educavam seus filhos, e até os seus pa­ rentes presumiam-se defendidos ou amparados pelos mes­ mos privilégios e excepções.

São conhecidas as abominações a que semelhante le­ gislação deu logar, e bem as illustra o facto narrado por

Cantu, (14) de um castellão, que fez cortar as mãos a

um aguazil. chamado Lobo, que fôra a suas terras na

(13) Obr. cit., nota 2 ao § 81.

(14) Hist. Univ.

P:206

exemção d j u n m a n ia io d e penhora expedido contra um

dos seus vassallos, e mandando pregal-as na entrada do

castello, declarava que — lobo algum jamais lhepenetrára impunemente nos dominios! E o mesmo C. da

Rocha traz o facto de Estevam Peris de Moluy, fazendo

enforcar, no tempo de Sancho II, a um mordomo real

que fôra em serviço da mesma natureza a um logar so­ bre que elle se tinha arrogado o senhorio alem de outros

deegual jaez que capitula na nota 1 da sua por vezes

citada obra, a pags. 69.

Esforços faziam os monarchas portuguezes para limi­ tar ou supprimir taes regalias. A D. Diniz se altribuem os primeiros actos mais decisivos neste sentido,

mas sem que conseguisse extirpar o mal que apenas

poude suavisar, e ainda no reinado de D. Affonso

IV repettiam-se as tentativas de suppressão desses pri­ vilégios, sem melhor successo que sob seu predecessor.

Um dos meios empregados por D. Diniz para aquelle

fim, foi o recurso que permittiu, para si ou seus juizes,

das decisões dos juizes e outras auctoridades dos cout\"S,

decisões de que antes só havia recurso para o proprio

donatario; este principio, entretanto, só mais tarde,

nas Cortes de Atouguia de 1372, foi firmado, estabe­ lecendo-se as causas de que não podiam os donatarios

conhecer e revalidando-se a doutrina da appellação para

as justiças do rei tanto em matéria civel como crime,

sendo tambem, então, firmado o outro principio — de que

as terras dos donatarios estavam sujeitas aos correge­ dores do rei.

Este ultimo principio, porém, foi recebido com de­ cidida resistencia, só se conseguindo a submissão a ellé

no decurso de longos annos e com difficuldades de toda

ordem, que derão logar por vezes a luctas e profundas

rebeldias.

P:207

— 76 —

Não gosavam de taes fóros somente os nobres, mas

sim todos os senhorios ; de sorte que esta só conside’

ração mostra-nos Portugal inteiro submettido a este

regimen, uma vez que, como já vimos, acha\\a-se elle

parcellado entre nobreza e clerezia e assim subtrahido

o territorio á acção de qualquer outro poder, que não fos­ se o dos donatarios ou suzeranos.

Entretanto, a prerogativa popular era uma cousa in­ forme, de existencia tão duvidosa, que se pode dizer

não ter tido delia noticia aquella edade. Uma ou o u­ tra cidade, e isso mesmo por graça especial, mandava

procuradores ás Cortes. Dominava sobre tudo o prin­ cipio aristocratico, solidamente arraigado nos costu­ mes do tempo ; os districtos que não pertenciam ao se­ nhorio do rei ou de algum donatario, só por consenti­ mento directo podiam eleger um procurador, mas, co­ mo deduzimos de C. da Rocha, tal era a preponderancia

do principio feudal, que quando isso lhe era ao povo

permittido, contrahia este para com o seu representante

a obrigação de prestar-lhe o respeito e serviços devidos aos

senhorios.

Os que combatem a natureza feudal do direito portuguez nos tempos primitivos da monarchia, não con­ testam, e nem podiam contestar, os pontos capitaes

que acabamos de accentuar, pois que são factos historicos scientiücamente authenticados e dos quaes se não

pode deduzir conclusão differente do conceito de Villa

Nova de Portugal.

O proprio Dr. Martins Junior, que esposa doutrina

differente, apoiando-se em Julio de Vilhena, a cuja auctoridade recorre, (15) não destroe aquelle conceito, antes

(15) Obr. cit.. pag. 83.

P:208

o affirma categoricamente, qua ido reconhece a auctoridade do Fuero Juzgo, a que chama « lei germanica dos

Wisigodos, (16) nos primeiros tempos da monarchia.

Na mesma pagina citada, o brilhante mestre indica a

divergencia radical da lei dos godos, introduzida! em

Portugal ao fundar-se o reino, com o direito romano : «a

instituição dotal, o regimen de bens no casamento. Em

matéria de direito publico e processo, erão verdadeira­ mente barbaras as disposições adoptadas: odiosos pri­ vilégios separavam as classes e os indivíduos, submettidos todos a um ferrenho espirito de intolerancia reli­ giosa; penas e provas atrozes e infamantes, como o talião,

as ordalias etc., faziam dos tribunaes um a especie de m a­ tadouros. A justiça e-a administrada na maior parte dos

casos pelos detentores do governo militar, havendo

recursos de alguns delles para os condes, duques, bispo

e rei. »

E se ajuntarmos a isto as palavras de Guinoulhiac

pelo mesmo mestre citad is a pag. 68: «or cette interpretatio change, en bein des endroits, le sens primitif du

texte et c’est lá qu’il faut chercher les modifications apportées a 1’anciem Droit romain par le Breviare,zt, par suite,

le veritable droit romain en vigueur dans les royaume des

Wisigoths » ; e se não perdermos de vista que o Fuero

Juzgo ó a traducção daquelle Breviario, poderemos

perguntar — aonde ficou o direito romano, nessas distincções, nessas suppressões, nessas limitações, emfim,

nessa interpretatio, que propriamente constituiram o di­ reito vigente na peninsula ?

E para quem attenta para a influencia e acção dos

concilios sobre a elaboração do primitivo direito portu-

(16) Obr. cit/., pag. 7.0.

P:209

- 78 -

guez, calcado sobre o direito canonico, é indubitavel a

predominancia do principio feudal, que era, em subs­ tancia, a base da organisação dos mesmos concilios.

Por outro lado, dando como provado aquelle escriptor e mestre, que os primitivos tempos da monarchia

luzitana forão quasi exclusivamente regidos pela legis’

lação foraleira, reconhece o principio feudal, de que o

foral não foi mais que uma expre?são em Portugal.

Para este conceito basta a classificação dos foraes feita

por A.Herculano, e de que se aproveitou o douto mestre

da Escola do Recife, em as quatro especies, a saber, 1 .*

pacto social ou constituicão dos concelhos ou municípios;

2.* legislação civil; 3 . ’ emphyteuse ou emprazamentos ; 4.\", finalmente, um composto de todas essas espe­ cies, quando o foral visava, não especialmente qualquer

dos fins das indicadas especies, mas a reorganisação ge­ ral dos concelhos ou a diminuição da tyra mia ou vio­ lência dos donatarios.

Essa legislação foraleira, porém, que ainda sem suc­ cesso, só por D. Manoel foi reformada muitos annos de­ pois, não destruiu o feudalismo da primitiva legisla­ ção portugueza, embora a organisação dos concelhos,

como o foi a das communas no seculo XI, (17) devesse

ser uma prova da decadenciado regimen feudal; e o não

destruiu, porque, como as mesmas communas naquelle

seculo e posteriormente, que reconheciam a suzerania

do senhorio, (18) a seu turno reconheciam os conce­ lhos a do donatario, tanto assim que, como vemos da

classificação de A. Herculano, foraes ha que forão concedi­ dos no intuito de obviará tyrannia ou violência dos mosmos donatarios, o que só se poderia dar pela dependencia em que destes permaneciam taes concelhos.

(17) C. Pedroso, obr. cit., pag. 259.

(18) Letourneau, obr. cit., pag. 259.

P:210

— 79 —

Esta legislação, pois, qua tão largo dominou na pri­ meira epocha da monarchia luzitania, ó, a nosso ver, uma

affirmação categórica do predomínio do regimen feudal em

Portugal, visto como nenhuma mais do que esta legisla­ ção firmou direitos de excepção, radicou privilégios e di­ vidiu o territorio em tantas pequenas suzeranias, rivaes e

independentes, quantas forfio as doações feitas ou .confir­ madas pelos foraes.

E nem só na primeira epocha da monarchia, se por

tal devemos tomar apenas o tempo em que floresceu a

dynastia de Borgonha ; na que se lhe seguiu, perdurou

ainda por largos annos este estado de cousas, até que

desappareceram seus últimos traços sob a mão energica

e centralizadora do Marqnez de Pombal, no reinado de

D. José.

Se sob D. João I e os reis da dynastia que fundára, a

velha nobreza secular viu seus . privilégios cortados ou

sensivelmente diminuídos, em compensão não teve Por­ tugal epocha de maior poderio e mais absoluta influ­ encia da aristocracia ecclesiastica ; e assim lhe pagava D.

João o braço forte que esta lhe emprestàra e em que se

arrimára contra os velhos solares inclinados para Castella nas pretenções ao throno, que o successo de Aljubarrota devia garantir ao bastardo de D. Pedro. Foi essa a

epocha em que .is bullas da Santa Sé, como escreve C.

da Rocha, (18)passaram a constituir a parte principal

do direito publico portuguez.

E era logico que do apoio ministrado se indemnizasse

largamente a clerezia em privilégios e isenções na ordem

civil proporcionados aos de ordem politica de que ao thro­ no ajudára a despojar aquelles velhos solares, para jun-

(19) P . cit., pag, 106.

P:211

— 80 —

tal-os á prerogativa real, ainda que, excedendo de muito

as previsões do rei, o enfrentasse depois com tal pujan­ ça que para os proprios desvarios só indulgência con­ quistasse, como se colhe do acto de João II, narrado por

C. da Rocha, que ameaçava de morte os ferradores que

ferrassem as bestas muares dos prelados, de receio de a

estes impor directamente obediencia ás leis que lhes

prohibiam o uso dessas alimarias. E foi assim que,

embora abandonada ou esquecida a palavra feudo, conse­ guiu Roma, directamente ou apoiada na sua clerezia

de solar e espada, exercer de facto no seculo X V I á

mesma acção e influencia que tres séculos antes D. Diniz tentára enfraquecer-lhe.

Desta arte, a própria corôa que trabalhára para das rotas

parcellas do feudalismo fazer surgira velha unidade classica, apoiada nos jurisconsultos romanistas desse tem­ po, a quem com tanta propriedade o nosso sabio Can'

dido*Mendes chama—os archictectos do absolutismo real,

dá uma nova fórma ao principio medieval, na instituição

dos morgados, largamente favorecida sob D. João I, na

phrase de G. da Rocha, como meio de perpetuar a a n­ tiguidade das familias, adoptando-se para esta institui­ ção, com que se queria principalmente recompensar a no­ va fldalguia, que ao Mestre de Aviz tornára facil a usurpação da successão de Affonso Henriques, a mesma for­ ma da successão dos feudos.

E asssim, viveu o principio e viveu mesmo ao lado

da legislação que maior golpe lhe desfechára : a codi­ ficação que sob o nome de ordenações resistiu a todos

os acontecimentos e atravessou os tempos até aos nos­ sos dias.

Outubro de 1898.

T h e o ph il o R ib e ir o .

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