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19/06/09 - 08h17 - Atualizado em 04/11/09 - 09h21

G1 andou no carro elétrico indiano Reva i

Veículo tem duas unidades à venda no Brasil por R$ 70 mil.
Autonomia do modelo é de 80 km, segundo a fabricante.

Milene Rios Do G1, em São Paulo

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Modelo indiano é sucesso em Londres onde é vendido por cerca de 9 mil libras (R$ 29 mil). (Foto: Milene Rios/G1)

Carros elétricos circulando pelas ruas do país parece uma cena distante. Na verdade, parecia. Eles começam a chegar por aqui e, no mínimo, prometem chamar muita atenção do mercado. É o exemplo do Reva i, modelo trazido por importadores independentes, que está à venda no Brasil por R$ 70 mil.

 

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Fabricado na Índia desde

2004, o carrinho, tido como popular, é vendido no mercado indiano por US$ 10 mil, equivalente a R$ 19 mil. Na Europa, onde ele é bastante comum, principalmente em Londres, o valor fica em torno de 9 mil libras (quase R$ 29 mil ). O preço elevado no Brasil é explicado pelas taxas de importação. 

 

Na faixa dos R$ 70 mil é possível adquirir, no mercado nacional, sedãs médios, como Honda Civic (R$ 64.365) e Toyota Corolla (R$ 58.513) e até utilitários esportivos, como Kia Sportage que parte de R$ 70.500. ”Aqui no Brasil o Reva i é um carro popular para pessoas com alto poder aquisitivo. Na verdade, ele é uma opção para quem está mais preocupado em preservar o meio ambiente do que desfilar com carrões”, diz Victor Levy, um dos representantes da marca.

 

Custos de importação elevam o preço do modelo que é vendido no Brasil por R$ 70 mil. (Foto: Milene Rios/G1)

As duas unidades que estão disponíveis no país são modelos de entrada e saem de fábrica apenas com desembaçador traseiro e sistema de preparação para som. A importação da versão topo de linha, chamada Deluxe, sai em média por R$ 97 mil, dependendo do frete. Ela vem equipada com CD e MP3 player, ar-condicionado, bancos aquecidos e revestimento em couro. As baterias de chumbo-ácido também podem ser substituídas por baterias de íon-lítio, que são menores, mais duráveis e tem capacidade de carga superior. Se for encomendado, o pedido demora cerca de cinco meses para chegar. 

Nas ruas de São Paulo

Marcha é selecionada por meio de um botão que lembra o de acionamento de ventilação do carro. (Foto: Milene Rios/G1)

O G1 testou o carrinho indiano pelas ruas da capital paulista. Ao girar a chave não se ouve barulho algum. O som do motor é quase imperceptível e só se tem a certeza de que o veículo está ligado pelas luzes acessas no quadro de instrumentos. Como um carro automático, há apenas os pedais do acelerador e freio. Antes de seguir com o veículo é necessário selecionar uma das opções: F(frente), R (ré) e B (boost) - que dá até 40% a mais de potência ao motor e ajuda, por exemplo, a encarar subidas íngremes. O acionamento das marchas é feito por meio de um botão, localizado no canto superior esquerdo do painel, próximo ao volante.

 

Ao sair, é preciso ficar atento as recomendações no painel. Se a pisada for muito funda, uma luz vermelha se acende. É uma espécie de lembrete: "vai com calma amigão, aqui o negócio é economizar". Quanto mais leve for o toque no acelerador, maior é a economia e autonomia obtida. De acordo com a CAM/Endesa, empresa que comercializa o veículo na América Latina e em outros países, o carrinho anda 80 km a cada recarga completa, mas no dia-a-dia, o índice fica entre 60 e 70 km.

 

Interior tem acabamento muito simples, mas é confortável para motoristas e passageiro do banco da frente. (Foto: Milene Rios/G1)

Isso porque além do modo de condução do motorista, o consumo depende da utilização de equipamentos elétricos, como faróis e sistema de som e ventilação. Para saber quantos quilômetros o motorista ainda tem para rodar, há um medidor de energia e um manual que aponta a autonomia do veículo, de acordo com a localização do ponteiro.

 

A arrancada do motor elétrico é boa para os 13 KW de potência. Segundo a importadora oficial, a velocidade máxima é de 80 km/h, mas o máximo que conseguimos atingir foi 72 km/h. O modelo pode ser carregado em tomadas de 127V ou 220V. A carga máxima é realizada em oito horas, mas em duas horas e meia já se tem 80% do total das oito baterias de 6W cada uma. A vida útil é de três a cinco anos ou 600 ciclos de carga, o equivalente a cerca de 50 mil quilômetros.

 

Foto: Milene Rios/G1

De acordo com a fabricante autonomia é de 80km e é preciso oito horas para recarregar 100% as baterias. (Foto: Milene Rios/G1)

Como tudo é elétrico, o pedal do acelerador não tem cabos e é bastante sensível ao toque. O freio, que é a disco na frente e a tambor atrás, também não passa muita segurança. O carro demora em parar por completo o que exige que o motorista mantenha distância maior do carro à frente. A direção é mecânica, mas pela leveza do subcompacto que tem de 660 kg (200 kg apenas de baterias), ela é macia e garante conforto na condução.

 

Reva i é 7 cm menor que o smart fortwo e poderia ser estacionado na transversal, o que não é permitido pelo Denatran. (Foto: Milene Rios/G1)

Outro detalhe é o tamanho. Com 2,63 metros de comprimento (7 cm a menos que o smart fortwo), 1,32 de largura e 1,51 de altura, ele costura com facilidade o trânsito da capital. Mas o carrinho é mais sensível a buracos e lombadas, bastante comuns nas ruas da cidade. Como a bordo do Reva i tudo em volta parece maior, é preciso ser corajoso para encarar depressões sem, ao menos, fechar os olhos.

Lembra uma Kombi

A área envidraçada e a posição de dirigir elevada (devido às baterias que ficam embaixo dos assentos dianteiros) lembram uma Kombi. A alavanca do freio de mão localizada no centro do painel e os vi dros basculantes também se assemelham aos da perua da Volkswagen. O acabamento é bem simples, quase 100% de plástico. A mistura das cores azul e prata nas peças plásticas dão um visual mais agradável ao interior. O painel é do tamanho de uma palma aberta e o volante acompanha a proporção.

 

As baterias ficam embaixo dos assentos dianteiros o que eleva a posição de dirigir. (Foto: Milene Rios/G1)

Chama atenção a palheta das setas e faróis posicionada do lado direito do volante. Como na Índia o volante está posicionado à direita e na adaptação para o mercado nacional não foi feita a troca de lado do comando. Outra curiosidade é a regulagem dos retrovisores externos que é feita na mão. Isso mesmo. É preciso colocar a mão para fora do carro para fazer o ajuste.

 

Como não há console central, motorista e passageiro dividem praticamente o mesmo banco. O espaço para as pernas nos assentos dianteiros é bom. O encosto, no entanto, só permite regulagem para trás.

 

Com capacidade para quatro ocupantes, o subcompacto acomoda bem no banco traseiro apenas duas crianças, devido ao curto espaço para as penas. Não há porta-malas. Um pequeno espaço atrás do assento pode ser utilizado para guardar pequenos objetos, mas o encosto pode ser rebatido. De acordo com a fabricante, o carrinho suporta até 220 quilos entre pessoas e bagagem.

  

Banco traseiro recebe apenas duas crianças, devido ao curto espaço para as pernas. (Foto: Milene Rios/G1)

O ponto alto do Reva i é mesmo a economia. Mas de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) há outros benefícios. No estado do Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe carros elétricos são isentos do IPVA. No Rio de Janeiro, a alíquota do imposto é de apenas 1%, enquanto em São Paulo ela é de 3%. Na capital paulista os veículos elétricos também são isentos do rodízio de veículos.

 

 

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