Equipe do Globo Repórter sobe até o monte Kilimanjaro, o topo da África

Equipe do Globo Repórter sobe até o monte Kilimanjaro, o topo da África

O Globo Repórter desta sexta-feira (9) mergulhou numa gigantesca aventura pela Tanzânia (veja a íntegra) e encarou o desafio de subir a maior montanha da África: o monte Kilimanjaro, um vulcão adormecido, que desperta o sonho de superação em montanhistas no mundo inteiro e faz girar a economia de toda a região.

No topo da montanha, fica a geleira que deu nome ao vulcão. Kilimanjaro significa montanha branca ou brilhante. O cenário corre riscos por causa das mudanças climáticas. O relatório da Unesco de 2022 prevê o desaparecimento de um terço das geleiras mundiais até 2050, incluindo o Kilimanjaro, que já perdeu 85% do gelo nos últimos cem anos.

Zebras com o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, ao fundo — Foto: Globo Repórter

No caminho até o topo, a equipe atravessou parte de uma bela floresta; passou pelo deslumbrante monte Mawenze - o terceiro mais alto da África; viu um ‘tapete de nuvens’, lobélias gigantes - espécie só encontrada por lá - plantas cobertas pela geada; atravessou cinco biomas; encarou muitas subidas íngremes, noites congelantes, trilhas que pareciam intermináveis, frio extremo – de -15°C -, calor, poeira, noites mal dormidas e, a quase 6 mil metros de altitude, chegou ao cume do Kilimanjaro.

“Subir uma montanha tem muito essa conotação. Como a gente é pequeno, como a gente é insignificante em todo esse ambiente”, diz o guia brasileiro Luiz Simões.

Brasileiro sobe o monte Kilimanjaro pela filha caçula, que lutou pela vida ainda bebê, numa UTI

Brasileiro sobe o monte Kilimanjaro pela filha caçula, que lutou pela vida ainda bebê, numa UTI

Brasileiro sobe o monte Kilimanjaro pela filha caçula, que lutou pela vida ainda bebê, numa UTI

Cada pessoa no grupo tem uma motivação diferente para subir o monte Kilimanjaro e o Globo Repórter conheceu a comovente história do empresário Ricardo Volpe. A filha caçula dele nasceu prematura, com um quilo, e com duas semanas de vida, passou por uma cirurgia de coração. Ele conta que ela tinha várias apneias e precisou ser entubada de emergência. Assista à reportagem completa

“Nós já havíamos cuidado da Isabela, nossa filha anterior que infelizmente não resistiu. Eu olhava aquele nenê na UTI e faltava o ar. E ela trabalhava para respirar. E eu só pedia a Deus que ela saísse daquela, parasse de escalar aquela montanha. Parecia que ela estava escalando uma montanha. Eu falava ‘Deus, eu por ela escalo essa montanha’.

Eu estou aqui escalando essa montanha por ela, pela minha família, pela minha esposa”, diz Ricardo Volpe, emocionado, ao lembrar de todo o sofrimento.

A Alice sobreviveu e é uma menina de 2 anos, com muita saúde e energia. A irmã de Ricardo e madrinha de Alice, Ana Volpe, também foi para o Kilimanjaro para dar apoio.

“A Alice, dá um valor absurdo na vida. É incrível, muito mais do que qualquer outra criança. Você vê, nos olhos dela. Ela é ela é feliz, ela é grata”, diz a madrinha de Alice.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!