Carro-forte está à venda em loja de Curitiba (Foto: Murilo Basso/G1)Quem compraria um carro forte? Além de empresas especializadas que investem na área, qualquer cidadão pode adquirir um destes veículos blindados, capaz de suportar tiros, carregar aproximadamente uma tonelada de carga e ultrapassar 80 km/h?
Em Curitiba, pelo preço inicial de R$ 22 mil, um modelo Mercedes 608 ano 79, está à venda em uma loja de carros e peças na Avenida das Torres. Veículos novos com esse perfil variam entre R$ 150 mil e R$ 300 mil.
“Faz pouco mais de dois meses que ele está aqui. Já apareceram diversos interessados, desde empresas de segurança a pessoas comuns”, conta Wagner Amaral Fernandes, 32, funcionário da loja.
Alguns interessados já foram até a loja para ver o carro-forte (Foto: Murilo Basso / G1)Originário de São Caetano do Sul, cidade do grande ABC, em São Paulo, o carro chegou à loja após um leilão e o antigo dono é um mistério; não há registro de seu passado, tampouco de quanto tempo se encontrava parado antes de chegar à Curitiba.
“Compramos em um ‘lote’, que vendia tanto carros documentados, como não documentados – aqueles apenas para retirar peças. Mas ele está com a documentação toda em dia”, explica o funcionário.
Carro-forte de 79 custa R$ 22 mil(Foto: Murilo Basso / G1)
Fora aqueles que o procuram por motivos convencionais, há diversas histórias curiosas por trás do carro forte.
“Um jovem que produz baladas nos procurou. Queria fazer uma espécie de limusine, para já chegar ‘causando’, como se fosse uma discoteca”, diz. “Teve um senhor que pretendia fazer um museu e outro uma espécie de ‘trailer’. Já os outros interessados o procuraram para fazer um food truck”, completa, explicando que, por ser um veículo blindado, é difícil realizar alterações mais complexas em sua estrutura.
Wagner diz ainda que o futuro dono não terá gastos excessivos com manutenção. Modelo a diesel, o carro forte se encontra bem conservado e, de acordo com a documentação, com a pintura original.
“Ele chegou exatamente desta forma para nós, não precisamos pintá-lo nem realizar nenhum tipo de manutenção mais elaborada”, pondera. “Nunca vendemos nada parecido e realmente tem atraído muitos curiosos”, conclui.
Veículo está há dois meses na loja (Foto: Murilo Basso / G1)
