Por Patricia Teixeira, G1 Rio


Juliana Oliveira desfila há seis anos como passista da Imperatriz — Foto: Patricia Teixeira/ G1

Passista tem que ter samba no pé. É o que diz Juliana Oliveira, de 22 anos, que desfila como passista da Imperatriz há seis anos. Além de ter que se dedicar ao máximo pela escola.

A agenda está lotada até o carnaval. "É quadra cinco vezes por semana, fora os shows que a gente faz pela escola", conta a passista, que posou no Parque das Figueiras, na Lagoa, Zona Sul.

Com o tema 'Belezas do Rio', o G1 levou as musas, destaques e passistas das escolas para posarem em pontos da cidade que foram revitalizados ou inaugurados nos últimos anos. Confira os bastidores do ensaio no vídeo abaixo. Veja aqui os ensaios das outras escolas.

Confira bastidores do ensaio fotográfico da musa da Imperatriz

Confira bastidores do ensaio fotográfico da musa da Imperatriz

Juliana deu seus primeiros rebolados ainda criança, na escola mirim Petizes da Penha. Desde então, não conseguiu mais parar, já viajou fazendo apresentações pela escola, e diz que saber representar seu posto. "As passistas demonstram mais samba no pé, mas é obrigação saber sambar."

Sua fantasia será de índia — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

A fantasia, ela já adianta: será de índia, com direito a "bumbum de fora". Para garantir o corpo esbelto na hora da batucada na Avenida, é preciso muita malhação. "Malho todo dia, mas também como muito."

Juliana diz que passista tem obrigação de ter samba no pé — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

No quesito exibição de corpo, Juliana diz que ainda fica tímida. "Sou neurótica com meu corpo. Boto meia-calça. E, quando não pode colocar meia, coloco maquiagem, spray fixador. Sei que as pessoas reparam e aí a gente acaba não ficando à vontade."

Passista começou no carnaval na escola mirim Petizes da Penha — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Dona de um sorriso largo, Juliana diz que pode ficar no posto de passista por mais 12 anos. "Até uns 34 anos dá para ser passista. Mas tem que ter senso, né? tem muita gente que não tem."

Seu sorriso é a parte do corpo que ela mais gosta — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Ao falar de seu carnaval inesquecível, a passista logo relembra o ano de 2013, quando a Imperatriz falou de Belém do Pará. "Foi um enredo maravilhoso, a escola estava muito unida, empolgada."

Longe do carnaval, Juliana quer fazer faculdade de administração — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

As baianas que desfilam nas escolas de samba são motivo de grande admiração, na visão da passista. Ela ressalta a garra dessas mulheres. "Existe uma vontade deles de estarem ali, muitas de idade avançada. Fazem seus sacrifícios, aguentam as dores dos joelhos. Com certeza, é a parte da escola que eu mais admiro."

Juliana tem um filho de 4 anos — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Juliana tem um filho de 4 anos e, longe da Sapucaí, sonha fazer faculdade de administração. "estou estudando para passar no vestibular."

Juliana Oliveira diz que tem paixão pelas baianas da escola — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Enquanto essa data não chega, Juliana trabalha como 'mulata show', se apresentando como passista da Imperatriz. "Não dá para se sustentar com esse dinheiro, mas ajuda em alguma coisa. Para mim, é mais um hobby mesmo, até porque nem todas as apresentações a gente recebe."

Se pudesse, Juliana aumentaria o tempo dos desfiles na Sapucaí — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Se pudesse mudar alguma coisa no carnaval carioca, Juliana nem pensaria duas vezes: aumentaria o tempo dos desfiles na Sapucaí: "Porque quando a gente chega ao fim, dá aquela sensação de quere voltar para o início."

Ela comenta que a parte chata do carnaval é ficar com os pés cheios de calos — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

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