Depois das revelações sobre os motivos do desaparecimento da ex-miss Taíza Thompsen, a Polícia Federal de Joinville pretende reabrir o inquérito que investigava o sumiço da modelo entre 2006 e início de 2007 . Nesta terça-feira (12), deve ser entregue um ofício à Justiça Federal pedindo a reabertura do caso, segundo o delegado Junior Aparecido Taglialenha.
Em 26 de janeiro de 2007, a Polícia Federal iniciou uma investigação para tentar encontrar a ex-miss Brasil, que era dada como desaparecida pela família. Segundo o pai da jovem, Antônio Severina, ela ficou vários meses sem dar notícias, em 2006. Após o início das investigações, a modelo joinvilense foi encontrada em Londres. Aos policiais, ela informou que estava bem e não queria ser incomodada, conforme declarou em entrevista aos veículos do Grupo RBS.
A joinvilense retornou ao Brasil em novembro de 2013. Sobre este fato, ela afirmou que havia feito esta declaração à Polícia Federal por medo de comprometer a vida dos familiares. Ela contou que em abril de 2006 foi para Londres após ser incentivada por uma suposta amiga que se dizia vidente. Esta mulher a colocou em contato com um homem belga que, segundo Taíza, a agredia e estava envolvido com ações criminosas.
Ela afirmou em entrevista que conseguiu fugir e desde então seu único ponto de contato com o Brasil seria esta amiga vidente, quem a aconselhava a não procurar a família. “A princípio era para eu ficar só dois meses lá. Eu ligava para ela [a suposta vidente] e dizia que iria chamar a polícia. Ela dizia que não era para fazer isso. Ela cortou todo o meu contato com a família”, declara Taíza quando recorda das ameaças que afirma ter sofrido com relação à sua vida e a de seus familiares.
novembro (Foto: Janara Nicoletti/G1)
De acordo com Taglialenha, diante dos novos fatos apresentados, será solicitada a reabertura do caso. “Em 2007 foi feito um inquérito policial que concluiu que ela estava na Europa por livre e espontânea vontade. Diante das declarações da imprensa, estamos pedindo à Justiça Federal para verificar o inquérito e ver se as informações dela têm verossimilhança”, explica o delegado.
Após a análise das provas e informações contidas no antigo inquérito e no que foi divulgado na imprensa, o delegado deve se posicionar sobre dar continuidade ou não às investigações.
O G1 entrou em contato com o escritório de advocacia que atende a ex-miss, mas a atendente informou que o defensor responsável pelo caso está em viagem. O pai da catarinense disse que apenas a família pode se posicionar sobre o assunto e que a modelo estava em casa descansando no momento em que a reportagem fez contato.