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Por Gabriel Mansur — Manaus

Divulgação

A zagueira Renata Costa, ex-seleção brasileira e com passagens por diversos times do Brasil afora, se entregou às consecutivas lesões e resolveu se aposentar aos 33 anos de idade. Mas que fique claro que ela só deixou os gramados, e não o futebol.

A defensora, que atuou nos últimos três anos pelo Iranduba-AM, foi convidada pelo presidente do clube, Amarildo Dutra, e pelo treinador, João Carlos Cavalo, para trocar a chuteira pela prancheta. Renata será auxiliar-técnica de Cavalo durante o Campeonato Amazonense feminino, que começa para o Verdão no dia 10 de outubro.

- Esse ano encerro minha carreira como atleta e eles já sabiam disso. Agradeço por eles tão prontamente me convidarem para esse cargo, que tenho certeza que posso ajudar de alguma forma, passando um pouco da minha experiência tanto dentro de campo como fora de campo - disse.

"Será um grande desafio, mas com toda a experiencia que o professor João tem, tenho certeza que irei aprender muito.. O campeonato Amazonense será um grande início de aprendizagem", Renata Costa, ex-zagueira do Iranduba.

A ex-defensora revelou o que motivou sua despedida precoce. Com muitas dores, ela só atuou em seis jogos nesta temporada, isso porque o elenco do Hulk sofreu um desmanche durante a Série A1 do Campeonato Brasileiro.

Renata Costa soma passagens pela seleção brasileira — Foto: Reuters

- Tive lesão no joelho, tornozelo e até mesmo no quadril. São muitas dores. Tinha treinos que precisei tomar remédio para poder amenizar a dor. Esse ano mesmo todos os jogos que joguei foram na base de injeção e anti-inflamatório. Chega uma hora que não da mais, você tenta dar 100%, mas não consegue. No futebol hoje, se não for 100%, não interessa - ilustrou.

Se a aposentaria foi precoce, a história no futebol a credencia a parar cedo. Só pela Canarinha ela disputou as Olimpíadas de Atenas, em 2004, Pequim, em 2008, e Londres, em 2012, além dos Mundiais de 2007 e 2011.

A atleta é bicampeã dos Jogos Pan-Americanos, do Sul-Americano sub-20 e campeã da Copa América. Conquistou também a Libertadores e duas vezes a Copa do Brasil. Ela avalia a carreira com a única palavra possível: "Vencedora".

- Minha carreira foi muito vencedora, joguei em grandes clubes, conquistei títulos importantes, cheguei a seleção brasileira, onde fiquei por 11 anos seguidos, disputei campeonatos importantes, realizei sonho de jogar Copa do Mundo e Olimpíadas por mais de uma vez.. Tudo que tenho hoje é devido ao futebol, não tenho do que reclamar - completou.

Zagueira resolveu pendurar as chuteiras após mais de 15 anos como profisisonal — Foto: Marcos Dantas

Questionada sobre o que espera de sua relação com as jogadoras, já que há pouco tempo era só uma companheira, ela afirmou que acredita num clima de cordialidade e respeito.

- Acredito que mesmo quando tinham as meninas aqui elas já me ouviam e respeitavam, até mesmo pelo meu currículo e experiência. Como saber lidar com as pessoas. Já são mais de 15 anos de futebol profissional e tenho certeza que não só as mais jovens, mas as mais velhas respeitam isso - finalizou.

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