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Marílson Gomes dos Santos treina na altitude para a maratona olímpica

Em Paipa, na Colômbia, o fundista quer aproveitar para obter os benefícios fisiológicos e psicológicos da preparação a 2.577 metros acima do mar

Por Rio de Janeiro

Marílson corre em Londres pela primeira vez este ano (Foto: Agência Luz/BM&FBOVESPA)Marílson se prepara na Colômbia
(Foto: Agência Luz/BM&FBOVESPA)

O fundista Marílson Gomes dos Santos está em Paipa, Colômbia, cidade a 2.577 metros acima do mar, para a reta final de preparação até a disputa da maratona nas Olimpíadas de Londres, no dia 12 de agosto, prova que fecha o evento. O melhor tempo de Marílson para os 42 km é de 2h06m34s, obtido na Maratona de Londres, em abril de 2011.

- Espero que esse treinamento seja decisivo para meu resultado em Londres. Em Paipa, será tudo mais fácil, a questão do transporte também, tudo bem perto. Será tudo de que um atleta precisa: descanso, treino, alimentação, fora os benefícios fisiológicos de treinar em altitude. Vários atletas já se preparam na altitude. Vai ser bom para entrar em condição de igualdade com os outros atletas - disse Marílson.

Do ponto de vista emocional, Marílson pretende obter vantagem com o treinamento na altitude, sem se desgastar.

- Tenho de acreditar. Deu certo com o Vanderlei (Cordeiro de Lima, medalhista em Atenas/2004), funciona com outros atletas também. Tenho de aproveitar. E saber treinar. Não vai adiantar eu me 'matar'. Às vezes, a vontade de vencer faz os atletas errarem. Terei de contar com a experiência para saber os benefícios da altitude e utilizar isso a meu favor, sem me prejudicar - afirmou o fundista.

Marílson acha impossível fazer previsões sobre seu desempenho na prova.

- Com a experiência de ter participado de grandes maratonas, já vi muita coisa acontecer. Maratona é o tipo de prova em que tudo pode ocorrer. Não tem nome, não tem marca que faça com que a prova seja definida antes. De repente, posso ter chances reais de medalha, como posso não ter nenhuma chance – disse o bicampeão da Maratona de Nova York, tricampeão da São Silvestre e principal atleta da modalidade no Brasil.

O atleta também falou sobre o instável clima de Londres.

- Torço para que o clima seja parecido com o do Brasil, apesar de ter corrido poucas provas com clima quente. Estou preparado para o clima frio e chuvoso de Londres, esse é sempre um adversário. Tenho corrido bem nos climas frios, mas se estiver quente, iguala mais as coisas também. Sei que tenho de me preparar para qualquer clima.