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Por Redação do ge — Doha, Catar


A Alemanha não repetiu o gesto de protesto contra a proibição de mensagens a favor das causas LGBTQIAP+ na Copa do Mundo do Catar. Na primeira rodada, os jogadores tamparam a boca na foto oficial contra o Japão. Diante da Espanha, não houve o gesto. İlkay Gündoğan, meia, tentou explicar.

O jogador, titular e autor do gol da derrota contra o Japão, até citou suas origens muçulmanas - é descendente de turcos - para citar que é hora de desfrutar e celebrar a Copa do Mundo no "orgulhoso Catar".

Seleção alemã antes de enfrentar a Espanha — Foto: INA FASSBENDER / AFP

"Na minha visão, agora as questões políticas estão finalizadas", disse Gündoğan.

- Estamos aqui. O Catar está muito orgulhoso de sediar a Copa do Mundo. Eu venho de uma família muçulmana. A comunidade mulçumana está orgulhosa. Agora é sobre futebol. Vamos aproveitar e celebrar - acrescentou o jogador do Manchester City.

Na partida entre Alemanha e Espanha, alguns torcedores cataris foram ao estádio Al Bayt contra-atacando o gesto do "boca calada" germânico. Esses torcedores levaram fotos de Mesut Özil (também alemão de sangue turco), que já acusou a Federação Alemã de não se posicionar contra ataques racistas contra ele (e por isso se aposentou da seleção).

Melhores momentos: Espanha 1 x 1 Alemanha, pelo grupo E da Copa do Mundo 2022

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O empate da Alemanha mantém forte as esperanças da tetracampeã mundial se classificar para as oitavas. Com um ponto somado, precisa vencer a Costa Rica na terceira rodada - quinta-feira (1º de dezembro) - e torcer para a Espanha também derrotar o Japão, que foi derrotado pela Costa Rica neste domingo.

Entenda o protesto

Havia uma expectativa de que pelo menos sete seleções europeias utilizassem a braçadeira da One Love - movimento criado no futebol holandês, em defesa dos direitos humanos. Na Copa do Catar, tornou-se símbolo principalmente de manifestação pelos direitos dos trabalhadores migrantes e das pessoas LGBTQIAP+, por conta das leis homofóbicas vigentes no país sede.

Às vésperas da competição, contudo, a Fifa decidiu que aplicaria também punições esportivas - com cartão amarelo - aos jogadores envolvidos. E a falta de informações sobre como essas sanções funcionariam terminou demovendo as seleções do movimento.

Jogadores Alemães protestam antes de jogo contra o Japão — Foto: REUTERS/Molly Darlington

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