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Por Redação do ge — Belo Horizonte


Há quem considere o grupo E da Copa do Mundo 2022 como o "grupo da morte", por contar com Alemanha e Espanha. Azar de Japão e Costa Rica, que têm a missão de parar as duas poderosas concorrentes. E a seleção costa-riquenha tem seu diferencial: o experiente goleiro Keylor Navas, uma das esperanças para que o time seja novamente a surpresa de um Mundial, como foi em 2014.

Na Copa do Mundo do Brasil, ele foi destaque da Costa Rica. Junto com Celso Borges e Bryan Ruiz, Keylor Navas, eles levaram o país até as quartas de final, com direito à liderança de um grupo que tinha Uruguai, Itália e Inglaterra.

Em 2018, entretanto, o desempenho não foi o mesmo. No mesmo grupo do Brasil, a Costa Rica somou apenas um ponto e ficou em último lugar na fase de grupos.

Para o torneio do Catar, neste ano, a equipe vai contar mais uma vez com o trio protagonista de 2014. Navas tem a missão de defender o gol contra poderosas seleções e liderar o time rumo a uma classificação histórica e improvável para as quartas de final.

Keylor Navas durante treino da seleção da Costa Rica antes de estreia em Copa do Catar — Foto: Raul ARBOLEDA / AFP

Mudança de direção na carreira

Navas foi revelado pelo Saprissa, na Costa Rica, onde jogou até 2011, quando foi para o Campeonato Espanhol. Ele passou por Albacete e Levante, antes de jogar pelo Real Madrid.

Keylor foi o goleiro titular nas duas últimas Copas pela Costa Rica. O desempenho de alto nível em em 2014 foi o que o fez se transferir para o Real Madrid, onde garantiu participação na Copa seguinte e conquistou títulos e holofotes.

Keylor Navas Metz x PSG — Foto: Benoit Tessier/Reuters

Entre a Copa na Rússia e a atual, no Catar, entretanto, ele deixou a equipe madrilenha. Agora no PSG, ele divide a posição com o italiano Gianluigi Donnarumma. O revezamento entre os dois, inclusive, chegou a incomodar o goleiro costa-riquenho na última temporada - e nesta, de 2022/23, ele perdeu a titularidade para o italiano e não atuou em nenhuma partida.

Aposta em nova geração

Apesar de estar há anos como protagonista de seu país, Keylor Navas acompanha uma mudança de geração na equipe. O líder e capitão também está à frente de uma nova Costa Rica, que se desenha para as próximas competições.

Depois de fiasco e redenção nas eliminatórias, o técnico Luis Fernando Suárez ajeitou as peças, remontou o time e fez um trabalho de revitalização para o Catar. Suárez apostou em jovens jogadores, como Jewison Benette e Anthony Contreras para dar sangue novo ao time.

É esta mudança de mentalidade e energia que a Costa Rica mais aposta para surpreender novamente em uma Copa do Mundo. Mas, claro, sem esquecer que o principal jogador do time também é crucial no desafio, para ajudar a parar os ataques de Alemanha e Espanha.

Navas durante Costa Rica x Itália, na Copa de 2014 — Foto: AP

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