– Dos jogadores atuais, me pareço com o Kaká. Gosto muito do estilo dele de conduzir a bola, da visão de jogo. É um atleta que sempre procuro observar – disse o jovem meia em entrevista ao GloboEsporte.com em 2010, às vésperas da Copa.

Eriksen era um bebê de menos de um ano de idade quando a Dinamarca alcançou a maior conquista no futebol de sua história, a Eurocopa de 1992. Ele diz que nunca escondeu a admiração e a idolatria por um dos grandes nomes daquela conquista e o maior artilheiro da história da seleção, Michael Laudrup.

Quando ainda era uma jovem promessa do futebol dinamarquês, Eriksen também teve de lidar com as comparações com seu ídolo e a pressão para ser o sucessor de Michael Laudrup.

– Não sinto pressão por essas comparações, jogar futebol é algo que me dá prazer antes de tudo. Esses elogios só me dão mais confiança e força. É bom ouví-los. Mas também sei que tenho apenas 18 anos e que só estou começando. Tem que ser uma coisa de cada vez – disse Eriksen, em 2010.

Hoje aos 26 anos, Christian Eriksen é o grande nome do Tottenham, da Inglaterra, e o craque da Dinamarca. Para chegar ao patamar de Laudrup, claro, são necessárias conquistas, mas o herdeiro da camisa 10 da dinamarquesa tem se tornado cada vez mais vital, especialmente para o esquema do técnico Åge Hareide, armado em prol de seu melhor jogador.

– Quando vejo um grande jogador, dou-lhe toda a liberdade do mundo para usar o seu talento – disse Åge Hareide ao jornal dinamarquês Jyllands-Posten.

Os números de Eriksen comprovam a sua importância: dos 24 gols marcados pela seleção nas eliminatórias europeias para a Copa, 14 tiveram participação direta do meia, que marcou 11 vezes e deu três assistências – na partida decisiva, a repescagem contra a Irlanda, o camisa 10 garantiu a classificação com três gols na goleada por 5 a 1, em Dublin.

A importância de Eriksen para a Dinamarca é tão grande que torcedores criaram uma camisa com o que seria um fluxograma da representação do futebol da seleção dinamarquesa: dar a bola para o meia e esperar que ele faça um gol. Se isso não acontecer, passe para ele novamente. E assim por diante.