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Por GloboEsporte.com — Moscou, Rússia

EFE / EPA / LAURENT GILLIERON

Considerada a segunda força do Grupo E, atrás do Brasil, antes da bola rolar na Copa do Mundo da Rússia, a Suíça tem correspondido dentro de campo. Após um empate com a seleção brasileira e uma vitória sobre a Sérvia, a equipe entra em campo na última rodada para se classificar às oitavas de final dependendo apenas das próprias forças contra a já eliminada Costa Rica, podendo até terminar como líder da chave. Mas nada que deixe o elenco suíço tranquilo, segundo o volante Gelson Fernandes.

- Eles estarão jogando por orgulho, isso é uma certeza. Eles não vão entregar o jogo, isso é garantido também. Eles darão tudo pelo país deles, pelas famílias, para fazer as pessoas da Costa Rica terem orgulho. E também há jogadores que querem mostrar serviço em nome de suas carreiras. Então não vai ser fácil. Vai ser muito difícil, e estamos cientes disso - disse o jogador em entrevista coletiva na segunda-feira.

Gelson esteve presente também nas Copas de 2010 e 2014 e garantiu uma Suíça mais forte do que nos outros Mundiais. Na África do Sul, o time acabou eliminado ainda na fase de grupos, em uma chave que tinha Espanha, Chile e Honduras. No Brasil, a equipe perdeu para a Argentina nas oitavas de final.

Gelson Fernandes comemora com companheiros o empate com o Brasil — Foto: REUTERS / Marko Djurica

- Esse time é uma evolução em relação ao primeiro time que eu estive envolvido, na África do Sul (em 2010). Mais qualidade, mais talento basicamente. Somos um time time que começou a ser construído em 2011, como novos jogadores que vieram nos anos de 2014 e 2015, então ganhamos experiência juntos nesse ponto. Essa é uma das forças da equipe.

Nascido em Cabo Verde e naturalizado suíço, ele é um dos jogadores mais velhos da equipe e, apesar de ser reserva, é um líderes do grupo. Apenas o lateral-direito Lichtsteiner, de 34 anos, e o meia Behrami, de 33, são mais velhos que Gelson, que tem 31. Confira outros trechos da entrevista do atleta.

Sairam atrás no placar contra Brasil e Sérvia. Como reagir?
Somos unidos, temos solidariedade, isso ajuda porque estamos juntos há bastante tempo como time. Mas sair atrás do placar não é bom, ter que correr atrás do resultado... É sempre melhor que a gente saia na frente e, com sorte, vença.

Shaqiri
Eu sei o que ele pode fazer, a capacidade que tem. Ele é feliz, é animado. Ele realmente quer ir bem e representar o time. Ele é agradecido por estar aqui. E está mais maduro agora. Ele tem 26 anos, com uma grande experiência, e a Suíça se beneficia com isso.

Suíça longe dos holofotes da Copa
É bom que seja assim. Existe o ranking da Fifa, mas as pessoas não acreditam muito nele. Isso é tranquilo, não é um problema, somos tipo uma zebra, isso nos convém.

Motiva o fato de ser subestimado?
Nos motiva, mas somos tranquilos, relaxados. Não precisamos que falem de nós. Vocês podem falar da Alemanha, ou até mesmo da Holanda e da Itália, que nem estão aqui, ou outros times. Estamos focados no que estamos fazendo.

Terminar na liderança do Grupo E é uma prioridade?
A prioridade é a classificação, e vamos tentar terminar essa fase da melhor maneira possível. Mas já estaremos satisfeitos se conseguirmos a classificação.

Gelson Fernandes acha bom subestimarem a força da Suíça — Foto: Maja Hitij / FIFA via Getty Images

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