Quem traz detalhes do clima construído para encarar os Abertos é a técnica e atleta, Izabel Cristina Barbosa de Souza. Desde 2015, a modalidade em Epitácio entrou em um período sabático no aspecto competitivo, acentuado em 2020 e 2021 pela pandemia da Covid-19. Na última oportunidade, com Izabel ainda ligada ao time masculino, o vôlei epitaciano venceu os Regionais e, em Barretos, foi o terceiro colocado estadual, como ela relembrou.

Agora, para tentar chegar perto do feito dos meninos em 2015 – e quem sabe repeti-lo ou melhorá-lo –, o entrosamento e o ânimo das meninas viram grande aposta. Na mesma conta, está a dedicação demonstrada na fase complicada e recente, vencida, por ora, graças à motivação nesta retomada, assim como devido ao efeito "escadinha" na formação do time.

– A gente disputa a categoria livre (nos Abertos), mas há atletas que iniciei na categoria mirim. Então, a equipe é composta por jogadoras uma de cada geração. Temos atletas de várias fases do time de Epitácio, desde o início do trabalho há 20 anos. É uma escadinha.

A equipe feminina epitaciana deixa o Oeste Paulista rumo aos JAI's com nove jogadoras. Em razão dos compromissos profissionais, nem todas conseguiram se juntar ao grupo. A mais nova tem 25 anos e, a mais experiente, 48. Para reforçar o elenco, Izabel explicou ainda que quatro reforços chegaram do vôlei de Campo Grande (MS).

A viagem até São Sebastião, no litoral paulista e sede da 84ª edição do evento, está agendada para sábado (8), às 13h. A delegação da cidade localizada às margens do Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul, percorrerá cerca de 830km.

A equipe integra o Grupo C, ao lado das donas da casa e de outro município com maior porte e tradicional no cenário esportivo do interior paulista: Americana. Mas surpreender, sobretudo para as meninas, não é apontada como missão impossível.

– Queremos, ao menos a princípio, passar para a segunda fase da competição (as duas melhores avançam). Epitácio enfrentou a cidade-sede, em outras competições estaduais, e teve êxito. Quem sabe não teremos este ano novamente. Com relação a Americana, que é muito forte, pretendemos, ao menos, dar trabalho a elas. Já a vitória, só Deus sabe – riu Izabel, sem perder a confiança.

Na segunda fase regional, Santa Cruz do Rio Pardo (da região de Marília) e Regente Feijó foram adversárias. A final teve Presidente Prudente, ex-equipe da agora treinadora e atleta de Epitácio, como rival. O retorno do time também envolveu participações em ligas regionais e na "Retomada Esportiva", competição do governo estadual, que entrou no lugar dos Jogos Regionais em 2021, com a pandemia perdendo força.

Colocados todos os elementos desta história de reconstrução principalmente, a ideia passa a ser sonhar com pódio. O caminho é conhecido, pois o grupo epitaciano é composto por atletas que o frequentaram bastante nas disputas da base.

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