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Sem ar, Sassá não suporta o calor e passa mal no Maracanãzinho

Ponta do Sesi-SP tem dificuldade para respirar durante o primeiro set da semifinal da Superliga. Ar condicionado central não funciona no ginásio

Por Rio de Janeiro

A ponta Sassá sentiu-se mal durante o primeiro set da semifinal da Superliga Feminina de Vôlei entre Rio de Janeiro e Sesi-SP, neste sábado, no Maracanãzinho. Por causa do forte calor, a jogadora do time paulista começou a ter muita dificuldade para respirar quando a partida estava 17 a 12 para o Rio de Janeiro, tentou se apoiar na central Fabiana, mas em seguida caiu sozinha em quadra. O ar condicionado central do Maracanãzinho não está funcionando desde a última enchente que castigou o complexo do Maracanã no último dia 7 de março.

Sassá passa mal vôlei Rio de Janeiro Sesi Superliga (Foto: Dhavid Normando / Ag. Estado)Sassá passa mal em quadra durante a semifinal
da Superliga (Foto: Dhavid Normando / Ag. Estado)

Muito ofegante e com dificuldade de respirar, Sassá teve uma queda de pressão, caiu sozinha no intervalo de um ponto e gerou muita preocupação em todos em quadra. A apreensão foi geral. Preocupadas com o estado de saúde da jogadora, tanto suas companheiras como as atletas do Rio de Janeiro correram para saber o que estava acontecendo. Sassá foi atendida pelos médicos das duas equipes e carregada para fora da quadra pelo fisioterapeuta do time carioca e da seleção brasileira, Guilherme Tanius, o Fiapo, pelo assistente técnico Hélio Griner e por dois membros da comissão técnica do time paulista.

Sassá estava muito nervosa, o que aumentava a falta de ar. Antes de ser levada de maca para uma sala de musculação do ginásio, onde havia um ar condicionado funcionando, ela chegou a receber oxigênio.

Após ser encaminhada para a sala de musculação do Maracanãzinho, Sassá começou a se recuperar aos poucos e respirar normalmente. Sônia, mãe da jogadora campeã olímpica com a seleção feminina de vôlei em 2008, foi ficar ao lado da filha para tentar acalmá-la.

Durante todo o resto do primeiro set, vencido pelo Rio de Janeiro por 25 a 18, as jogadoras ficavam buscando informações da ponta entre os pontos. Mas, no fim do set, veio a boa notícia. Sassá se recuperava bem e não precisaria ser removida para um hospital. A pressão da jogadora voltou a ficar normal e ela já conseguia respirar com mais tranquilidade.

- Ele teve uma falta de ar provavelmente por causa do calor muito forte que está aqui. Ela ficou nervosa e isso faz ela não conseguir respirar direito. Agora ela sob os cuidados dos médicos, em um ambiente mais calmo e com ar condicionado. Então acredito que não seja nada grave - disse Guilherme Tenius, fisioperapeuta do Rio de Janeiro.

O médico do Rio de Janeiro procurou tranquilizar a todos após o susto.

- Ela teve uma queda de pressão por causa da tensão do jogo e do calor e sentiu falta de ar. Mas foi medicada, está com todos os parâmetros normais e está passando bem ao lado da mãe - disse Ney Pecegueiro.

Antes do início do terceiro set, Sassá voltou andando para a quadra para tentar tranquilizar a todos no Maracanãzinho e foi muito aplaudida por todo o público que estava no ginásio. A ponta do Sesi-SP também recebeu o apoio de todas as jogadoras. Várias foram abraçá-la e falar palavras de apoio. Logo depois, a jogadora se recolheu para o vestiário para tomar um banho e descansar.

- Foi um susto. Não lembro direito o que aconteceu. Só lembro de ter falado que estava me sentindo mal e depois meio que apaguei e só acordei aqui já na sala. Acho que foi uma queda de pressão mesmo. Mas estou bem agora - disse Sassá.