Na Real
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Por *Fernanda Motta


"Eu descobri o câncer de mama por meio de um auto exame em 2019, quando tinha 38 anos. Sempre fui uma pessoa que cuidei muito da minha saúde, sempre conheci bastante o meu corpo e estava acostumada a fazer o auto exame. Após sentir algo diferente, no dia seguinte, já procurei ajuda . Não tem muito segredo não, eu fui atrás do que precisava ser investigado.

Fernanda Motta — Foto: Reprodução/Instagram
Fernanda Motta — Foto: Reprodução/Instagram

O câncer é uma palavra muito pesada, acho até que ela deveria ser desmistificada. Quando você ouve essa palavra, automaticamente, você associa com morte. O diagnóstico de câncer de mama não é uma sentença de morte. Hoje a medicina está avançada, os tratamentos são eficientes e eficazes e, por isso, o diagnóstico precoce é tão importante porque a possibilidade de cura é enorme.

Desde o diagnóstico bate uma insegurança, pois no fundo você não sabe o que vai acontecer, é incerto, mesmo meus médicos sendo excelentes. Eu fiz todo o tratamento com muito cuidado, atenção, tomei muitos remédios. Acreditei realmente na cura, então, fiz tudo confiando que ficaria curada.

Autoestima durante o tratamento

Ao todo, foram 17 sessões de quimioterapia e fiz mastectomia nas duas mamas, seguidas de reconstrução dos seios. A retirada e reconstrução da mama foi algo que, sinceramente, não me afetou, eu estava bem e sabia que fazia parte do processo. Fisicamente, eu sentia algumas dores e a cirurgia é complexa, mas eu foquei sempre na cura.

Minha preocupação era estar curada e não estar bonita, sempre trabalhei com beleza e moda, mas ali, naquele tratamento, eu sabia que existia um propósito

Durante o tratamento, não teve um momento difícil, tiveram alguns momentos difíceis, várias intercorrências... E o processo da autoestima vai de como você vê as coisas. Minha preocupação era estar curada e não estar bonita, sempre trabalhei com beleza e moda, mas ali, naquele tratamento, eu sabia que existia um propósito. Usei peruca e touca de gelo em várias sessões de quimio para evitar que caísse os cabelos, lenços, apliques.

Fernanda Motta — Foto: Reprodução/Instagram
Fernanda Motta — Foto: Reprodução/Instagram

Eu faço checkup de seis em seis meses, o paciente oncológico, principalmente o de câncer de mama, dependendo do caso, recebe alta depois de cinco a sete anos. Estou no quarto ano, acredito que minha alta será no sétimo ano.

É possível ser curado, eu sou a prova disso. O diagnóstico precoce salva vidas!

Eu recebo muitos depoimentos, relatos, as pessoas me param na rua, nos restaurantes, eu recebo muito carinho de muita gente, e eu fico emocionada toda a vez que alguém me conta que se inspirou na minha história e que eu consegui de certa forma ajudar ou aliviar a dor de alguém. Meu propósito é falar sobre o câncer de forma positiva porque essa doença é muito difícil por si só! É incerto, existe um processo de tratamento, existe uma ansiedade muito grande... A minha ideia é que as coisas precisam ser feitas, você tem que ter dedicação, confiar nos médicos, na medicina, no seu tratamento e na sua cura. Tudo é possível. Minha missão é mostrar que é possível.

Mensagem positiva

Eu sempre tento passar para as pessoas que é possível vencer o câncer. O câncer não é uma sentença de morte, ele é uma doença que tem tratamento e tem cura, principalmente, se você descobrir o quanto antes. Eu acredito que a mente da gente conta muito, eu tento passar essa positividade, mesmo sabendo das dificuldades, das incertezas, mas você tem que acreditar na cura, ter fé, acreditar que vai dar certo. É possível ser curado, eu sou a prova disso. O diagnóstico precoce salva vidas!"

*Depoimento à repórter Renata Telles

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