Claudia Leitte fala sobre alívio após diagnóstico tardio de TDAH: 'Apaixonada pelo meu cérebro'

Claudia Leitte conta que sua relação ainda jovem com o trio elétrico e com a fama acabou tornando o tema nebuloso. "Fui muito desafiada e eu não sabia porque que eu me comportava de tal maneira", diz. "'Por que você é assim? Por que você não é igual às outras pessoas? Por que você não consegue gesticular menos ou ficar com menos pensamos, menos expectativas?'", comenta.

Ao programa PodDelas, Claudia disse que foi procurar conhecer sua neurodivergência durante a pandemia, com o distanciamento social. "Eu pensava: meu Deus, sou diferente, mas eu quero pertencer. Sempre fui muito elétrica, eu falo pelos cotovelos, eu tentava disfarçar", explica. Ela hoje realiza neuromodulação, técnica que restaura funções ou diminui sintomas neurológicos por meio de pulsos magnéticos ou estímulos químicos.

O TDAH é considerado muito comum no Brasil - são mais de 2 milhões de casos por ano no país. A condição costuma surgir na infância, mas muitas pessoas só são diagnosticadas na vida adulta.

O cantor Zé Felipe foi outro a revelar recentemente ter TDAH, e em coletiva com jornalistas em novembro, também descreveu sua experiência com a neurodivergência: "Se eu não tomar meu remedinho, não dou conta de prestar atenção ou de ficar quieto. A música consegue me prende de uma certa forma que parece que eu nem tenho. Quando entro no estúdio, mergulho naquilo de uma certa forma que não vejo o tempo passar. É uma coisa de Deus mesmo"