Dia da Mulher: quais pautas avançaram nos últimos anos e quais temas ainda são tabu?

Para muitas mulheres, que vivem sobrecarregadas com tantas demandas, seja nos assuntos familiares ou de trabalho, o tempo dedicado a si próprias é valioso. E é sempre bom lembrar que a tal ideia de ser uma super-heroína já nem é mais tão atraente assim. Na ficção, fica mais interessante.

Com o passar dos anos, muitas conquistas foram alcançadas, alguns debates ampliados, mas ainda há muito o que avançar.

Por isso, o gshow convidou mulheres com vozes ativas na sociedade para uma troca sincera, e também otimista, sobre questões urgentes e avanços conquistados nos últimos anos.

Para Marcela Ceribelli, apresentadora do podcast "Bom Dia, Obvious" e autora do livro "Aurora: O Despertar da Mulher Exausta", uma reflexão importante que a mulher deveria considerar é sobre a sua autossuficiência, um tema que ainda assusta.

“O olhar como autossuficiente ainda é muito assustador para grande parte das mulheres, porque somos condicionadas desde muito novas a olhar para o outro e a nos sentirmos incompletas”, analisa a fundadora da plataforma de conteúdo Obvious.

Ela lembra que a busca por um par é ensinado para as mulheres como uma das missões básicas.

“Desde os contos de fadas até os filmes, quando muito novas nos perguntam ‘cadê os namoradinhos?’. Tem o desespero pelo encontro do par como uma conquista, pouco se fala sobre a sobrevivência dessa relação”, aponta.

Ela acrescenta que, muitas vezes, essas relações “são extremamente sobre servir, sobre ser útil, sobre ser necessária”. E o impacto acontece quando a mulher se depara com a realidade de que é completa sozinha: “A gente também precisa encarar o cuidar de nós, alguns momentos de solitude também, e solidão. Então, ser autossuficiente não é tão bonito quanto uma jornada de heroína de filme.”

Ainda que fale sobre tantos temas de interesse das mulheres ao receber convidadas de diversas áreas no seu podcast, Marcela Ceribelli responde com otimismo a algumas críticas que aparecem nos comentários.

“O discordar faz parte, é ótimo que exista constantemente um debate sobre as pautas que levantamos. Quando um homem chega para debater em um post sobre masturbação feminina, ele foi impactado com aquilo, de alguma maneira o afetou. Todas as transformações começam com algum contato, mesmo que seja discordando”, avalia.

Marcela é fiel à ideia de que a maior cilada que a mulher pode cometer na sociedade atual é tentar se “autoaperfeiçoar sem parar”. Ela aborda sobre isso no seu livro: “Essa mulher multifacetada, que dá conta de tudo, talvez ela colapse. A relação com a tecnologia, burnout, pressão estética e todas essas caixinhas que a gente precisa preencher dentro da sociedade para ser essa tal da ultra-heroína, são motivos de colapso.”

Segundo a escritora, o momento de reconhecer a necessidade de pausa será um ganho para as mulheres. “Vai ser muito importante a gente saber priorizar e entender o que nós damos conta e também reconhecer quando mulheres ao nosso redor estão precisando de um momento de pausa”, avalia.

“O maior presente que você pode dar para uma mulher neste 8 de março é que ela tenha descanso, seja mental, seja dos filhos - que ainda é um assunto tabu -, seja o que for! O que a gente precisa é conquistar mais direitos ao descanso e sair desse eterno tribunal que a sociedade nos coloca, em que somos julgadas pelo que fazemos, pelo que não fazemos, pelas nossas escolhas e pelas nossas renúncias.”

E por falar em julgamento por escolhas e renúncias, quando uma mulher expõe a decisão de não querer engravidar, dificilmente será compreendida com naturalidade pela sociedade. Mas segundo a atriz Fernanda Nobre, pesquisadora feminista e mestranda em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-RJ, as mulheres têm dado passos importantes à frente nessa questão.

“Fazemos parte de uma geração que está colocando em prática a libertação das opressões que nós, mulheres, convivemos: nossa relação com o nosso corpo, com a nossa sexualidade, invisibilidade no envelhecimento e também a maternidade”, lista a atriz.

“Definir que a mulher, por ter útero, só tem um destino possível é a forma mais antiga de controlar o comportamento feminino. A maternidade hoje não traz mais o status que trazia antigamente e já sabemos que não é o definidor do que é e o que não é ser mulher”, acrescenta.

Na época em que fez um post e declarou sobre a sua incerteza em relação ao desejo de ser mãe, Fernanda Nobre foi muito questionada. “É mais fácil ter um filho do que bancar a escolha de não ter”, dizia o post. Ela chegou a dividir sobre a cobrança que já havia sofrido na família, entre amigos e a cada novo trabalho, quando era questionada sobre gravidez.

“Entendo que quem tem a experiência da maternidade queira propagar a felicidade e a beleza da sua escolha, mas precisamos construir o entendimento de que a mulher que escolhe não ter filhos não está ‘deixando de ser nada’, ela está construindo outra experiência que será diferente da sua”, afirma.

Fernanda sugere que haja mais empatia com as mulheres que tomam essa decisão. “Até porque, a gente tem que pensar nessa discussão no âmbito social e se perguntar: o que é a maternidade hoje? As mulheres hoje rejeitam ser mãe ou estão questionando o modelo de maternidade da atualidade que está insustentável?”, instiga Fernanda.

Ainda segundo a atriz e pesquisadora, a presença masculina em meio aos debates é fundamental. “É necessário dialogar com os homens, provocar uma reeducação em relação ao privilégio masculino para, assim, começarmos a avançar na pauta de segurança doméstica e pública para as mulheres”, ressalta.

Fernanda frisa a importância do letramento e de ferramentas para o empoderamento e fortalecimento das mulheres: “Eu me sinto sortuda por ser atuante e provocadora neste momento do feminismo. Conquistamos avanços riquíssimos, que em pouco tempo modificaram as nossas vidas, nossa percepção do mundo e nós mesmas. É como se fosse o momento de cultivo da terra, a colheita ainda não chegou.”

Um avanço importante acontece no audiovisual. E não é só diante das câmeras. Embora o caminho ainda seja longo, muitas conquistas merecem ser exaltadas, como defende a atriz e apresentadora Luana Xavier, Imortal pela Academia Brasileira de Cultura.

“Eu acredito que tão importante quanto enxergar o que ainda está faltando, é a gente vibrar com as conquistas. Então, principalmente, e falo da novela ‘Vai na Fé’, onde vimos Sheron Menezzes fazendo a sua primeira protagonista depois de uma carreira tão longa”, celebra a artista.

“Uma das coisas que a gente mais batalha, quando temos pessoas negras no audiovisual, nas artes, é pensar que não basta termos papéis que saem dos estereótipos da subserviência, da escravidão. É para além disso. Tem algo importante para nós, dentro da dramaturgia, que é ter personagens negros com famílias”, aponta a atriz.

Segundo Luana, nos bastidores existe uma brincadeira sobre o elenco que ganha um cenário com a própria casa. “Isso significa muita coisa porque, muitas vezes, principalmente entre nós, mulheres negras, os nossos personagens sempre estão no cenário de outrem. Então, isso é uma grande conquista e a gente precisa vibrar”, destaca Luana,

Essa conquista não reduz a necessidade de seguir lutando contra os estereótipos, conforme ela acrescenta: “Atrizes negras podem fazer qualquer papel. Seguindo o ensinamento de nossa grande dama da dramaturgia Ruth de Souza, a caneta precisa estar na nossa mão. Que a gente lembre sempre que ao colocar atrizes negras no protagonismo, precisamos ter também mulheres roteiristas e diretoras negras, assim como na fotografia, no áudio, em todos os espaços, porque a gente se fortalece.”

Luana Xavier lembra a ocasião em que chegou ao set de filmagem para um trabalho e se deparou com a diretora de fotografia Lílis Soares: “Eu caí em prantos. É uma emoção ter outra mulher negra, porque a gente vai se conectar e vai construir um trabalho em conjunto muito bacana, isso faz toda a diferença.”

E cita a sua avó, Chica Xavier, sobre esse momento de transformação nesse cenário: “Espero que a minha avó, diretamente do Orum (na mitologia iorubá, significa o céu ou o mundo espiritual), possa comemorar que teremos mais mulheres negras no protagonismo e não apenas cumprindo cotas de diversidade. As cotas são necessárias e queria, inclusive, que estivessem efetivadas no audiovisual também. Mas a nossa palavra de ordem tem que ser a do protagonismo. Só precisamos de oportunidades.”

E quando o assunto é prazer e bem viver para as mulheres, a pesquisadora e terapeuta sexual Caroline Amanda, fundadora da comunidade Yoni das Pretas, destaca dois movimentos importantes no contexto pós-pandemia.

“A gente está vendo uma série de mulheres consideradas, por algumas pesquisas, mulheres sanduíche. Elas são pressionadas e responsáveis pelo cuidado das pessoas mais novas do que elas e das pessoas mais velhas do que elas”, aponta ela.

E em seguida, vem a exaustão: “Enquanto elas estão sobrecarregadas, essas mesmas mulheres têm a demanda por uma vida mais satisfatória, mais prazerosa, uma experiência íntima mais qualificada.”

A terapeuta sexual ressalta que essa sobrecarga e a naturalização dessa sobrecarga sobre as mulheres precisa ser debatida. “Não deve ser naturalizada. Embora seja comum, precisa estar no fórum do debate público para que se encontre soluções para facilitação e qualificação da vida das mulheres”, alerta a pesquisadora.

Caroline Amanda faz referência à música da banda Titãs ao declarar que a mulher não quer só comida: “A gente quer comida, diversão, arte e tesão. Além de viver com qualidade, viver com tesão, com prazer e bem viver. O prazer não começa na cama, ele vem de uma vida prazerosa e que na cama transborda.”

A especialista reforça que o prazer da mulher também se encontra em uma experiência mais satisfatória com o próprio corpo, em múltiplas idades e em múltiplas fases da vida, mas ressalta que essa busca do tesão não é só a partir da sexualidade.

“Mas em experiências de viagens sozinha, em desbravar territórios, na oportunidade de disputar espaços no mercado de trabalho, de maneira autêntica, usando as roupas que a gente gosta, nos expressando do jeito que somos mais felizes e mais confortáveis. A disputa por uma qualidade de vida que não se restrinja à cama”, afirma.

Um tema que passou a ganhar mais abrangência na sociedade foi a menopausa. Até bem pouco tempo atrás, mal se ouvia falar nesse termo. Era praticamente assunto proibido até mesmo entre rodas de mulheres. Segundo lembra Isabela Fortes, pesquisadora em hormônios femininos e podcaster do Soul Bela, muitas mulheres praticamente morriam na entrada da menopausa há um tempo atrás.

“Em 1900, a expectativa de vida da mulher era de 46 anos; em 1928, era de 56 anos; em 1980, de 70 anos e, hoje, em 2023, de 81 anos”, destaca Isabela.

“Na mesma idade em que, em 1900, as mulheres estavam morrendo, hoje elas estão no auge da carreira, criando filhos, casando uma, duas e até três vezes, e lidando com um mundo louco que exige muito dos seus hormônios. Ocorre a oscilação hormonal bem semelhante à da fase adolescente, a diferença é que, nessa segunda adolescência, os hormônios estão saindo de cena”, explica a especialista.

Isabela acrescenta que esse momento, chamado de “climatério”, foi tão pouco esclarecido abertamente que, ao invés de a mulher se preparar fisicamente para essa transição, ela acabou confusa: “Ficamos perdidas em um novo corpo, com um cérebro que está ‘recalibrando’ para conseguir lidar com a nova realidade hormonal ao mesmo tempo em que a demanda de energia cerebral, física e emocional aumenta.”

Segundo ela, os 40 anos são um período fundamental na vida da mulher. “É uma janela de oportunidades que irá determinar a maneira como você irá envelhecer”, afirma ela, destacando que são dois processos acontecendo simultaneamente: o envelhecimento e a menopausa.

“São coisas diferentes, mas, no inconsciente da sociedade, ambos são vistos como uma coisa só. E é aí que surge o tabu de que menopausa é sinônimo de velhice. Nenhuma de nós quer se sentir velha. Por isso, ainda nos recusamos a conversar sobre o assunto ou a não pensar sobre ele. E muitas mulheres não querem admitir, nem para si mesmas, que estão no climatério por vergonha, por tabu”, reforça Isabela Fortes.

Apesar de os debates sobre menopausa terem sido mais aprofundados nos últimos cinco anos, a pesquisadora afirma que ainda é preciso mais conhecimento e esclarecimento. “A mentalidade já melhorou muito, mas o preconceito ainda é muito grande. Mas estou otimista e sinto que essa fase está mudando. Hoje, muitas mulheres de 40 e 50 anos não se sentem mais pessoas velhas, mesmo estando no climatério ou na menopausa. É essa informação que precisa ser trazida à tona para desmistificar o tabu que existe sobre o uso de hormônios.”

Se uma corrente ainda tem um certo preconceito com o uso de hormônios, para Isabela, o tratamento feito corretamente pode ser um aliado para mulheres acima dos 40 anos. “Pode fazer grande diferença na vida delas ao invés de considerarem a terapia hormonal como algo de que se envergonharem. Os homens não têm o menor problema em se jogar na testosterona, mas as mulheres ainda não têm essa liberdade interna.”

Para Isabela, ainda com todos os desafios, tabus e preconceitos, as mulheres estão mais curiosas sobre a própria saúde e bem-estar. “Estão aprendendo a olhar mais para dentro delas mesmas, sobre as mudanças de seus corpos, além de terem maior acesso à informações e se sentirem mais à vontade para conversarem sobre o assunto com outras mulheres. Estão tendo mais possibilidades para viver melhor”, avalia.

Ela lembra como sentiu essa mudança de comportamento quando lançou o seu podcast, há pouco mais de um ano, para falar sobre menopausa: “Sentia o meu público bastante tímido, eram poucas as mulheres que ‘ousavam’ fazer perguntas.”

Cerca de seis meses depois, ela afirma que houve um aumento exponencial e as mulheres ficaram mais à vontade para comentar: “Foram percebendo que não estavam sozinhas nesse novo mundo de sensações estranhas. Entretanto, fora do mundo digital, ainda temos muito preconceito e desconforto para tocar no assunto, tanto por parte das mulheres, quanto dos profissionais. Informação é fundamental.”

Com um olhar otimista, a pesquisadora acredita que o fortalecimento desse debate tende a ajudar muitas mulheres: “Elas querem se sentir melhor, mais dispostas e estão pressionando o mundo das pesquisas para que isso aconteça. Acredito que, num futuro muito próximo, teremos muito mais certezas e informações para que a menopausa venha a ser nada mais que nossa segunda puberdade, mais uma etapa da vida a ser experimentada.”

Já no mercado de trabalho, outros avanços também foram sentidos nos últimos anos com a presença de mais mulheres em postos de comando. Mas segundo Leny Kyrillos, fonoaudióloga pela Unifesp e autora do livro "Sou Mulher, Sou Líder", escrito com a jornalista Cássia Godoy, alguns obstáculos ainda são bastante presentes nessa jornada rumo aos cargos de liderança.

“Venho desenvolvendo experiência há bastante tempo no atendimento de mulheres líderes que chegam a esses cargos, ou que pretendem chegar, e buscam ajuda porque entendem que precisam melhorar a comunicação, exercitar as habilidades comportamentais que falamos tanto”, aponta a colunista da rádio CBN, onde fala sobre assuntos relacionados à comunicação e liderança.

“Eu fui notando uma procura crescente de mulheres com queixas e dúvidas relacionadas a esses aspectos. As mulheres, de modo geral, ainda têm pouco acesso a cargos de liderança. Já melhorou, mas está longe do ideal. Nas empresas, é muito comum vê-las no operacional, em cargos de gerência, em começo de carreira de liderança, mas diretoras, vice-presidentes e CEO's é um número ainda muito menor”, afirma a escritora, que está em Lisboa com a coautora para lançar o livro neste dia 8 de março.

E ressalta que anos atrás, quando as poucas mulheres alcançavam um cargo de liderança, reproduziam uma “cópia do comportamento masculino”, como ela explica: “Muitas vezes, elas se embruteciam, se colocavam de uma maneira mais áspera. E nós sabemos, ainda bem, como isso evoluiu e como o que se busca hoje é uma liderança com características femininas.”

Ela acrescenta que a fase do “manda quem pode, obedece quem tem juízo” é passado: “Fomos para uma fase na qual a liderança passou a ser melhor exercida quando ela inspirava, motivava as equipes a atuarem com boa vontade, com mais envolvimento e interesse. E sabemos que as mulheres têm uma facilidade muito maior nessa linha”, afirma Leny.

A fonoaudióloga explica que as mulheres estão bastante à frente nesse aspecto. “Apesar de a gente querer fugir de estereótipos, alguns comportamentos que a ciência identifica são mais frequentes no gênero feminino. Algumas características mais comuns na liderança feminina são um olhar voltado para o outro, as mulheres costumam ter um instinto cuidador das pessoas ao redor, têm mais empatia e facilidade muito maior de trabalhar em equipe”, destaca ela a partir de análises e estudos feitos para abordar no livro.

E aponta ainda outra característica entre as mulheres, que é o fato de serem “extremamente flexíveis”, já pelo hábito de administrar vários assuntos ao mesmo tempo: “O tempo todo a situação muda, as coisas do nosso dia a dia nos levam a desenvolver essa flexibilidade.”

Os maiores desafios apontados nesse contexto, no entanto, estão relacionados com a autoconfiança e a segurança da mulher, conforme mostram estudos citados por Leny. “Estatisticamente, mulheres têm formações melhores do que os homens aos fazerem mais cursos de especialização. Apesar disso, eles aceitam mais facilmente convites para algum tipo de promoção, enquanto muitas mulheres dão um passo atrás, pois preferem se preparar melhor antes.”

É neste contexto que surge o conceito de síndrome da impostora. “É o fato das mulheres acreditarem que logo alguém vai descobrir que elas não são aquilo tudo. É algo bastante estudado pela ciência, acontece com homens, acontece com mulheres, mas é mais frequente em mulheres”, afirma.

Outro ponto levantado pela escritora é que a sobrecarga sobre as mulheres influencia na decisão de se sentirem capazes de assumir um cargo maior: “Porque têm que dar conta da casa, dos filhos, dos pais idosos, o que acaba roubando tempo e energia. Isso impacta. Ainda bem que já existe o movimento de se dividir melhor essas funções gradativamente, mas ainda leva um tempo para conseguir.”

Muitos desafios relacionados aos comportamentos masculinos, e até mesmo de mulheres, colaboram para dificultar esse processo. “Estatisticamente, mulheres são muito mais interrompidas do que os homens enquanto estão falando, muitas vezes têm suas ideias roubadas e têm a sua capacidade de discernimento colocada em dúvida”, ressalta.

Mas apesar dos desafios, que não são poucos, é importante celebrar conquistas adquiridas até aqui e que hoje são essenciais para impulsionar outras mulheres nesse campo, destaca Leny: “Já existe um grande número de mulheres que atingiram postos de liderança importantes e as que ambicionam ser líderes, pois têm referências em quem se basear, diferente de um tempo atrás.”