Teruz é o artista homenageado do Telão do Domingão

Carioca se apaixonou pela arte aos 8 anos e estima-se que tenha produzido cerca de 13 mil obras ao longo da vida

05/10/2014 às 16h10
Atualizado em 19/10/2014 às 16h56

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Teruz costumava explorar os tons terrosos e exaltar a felicidade na pobreza e simplicidade (Foto: Teruz)Pintor costumava explorar os tons terrosos e exaltar a felicidade na pobreza e simplicidade (Foto: Teruz)

O Telão do Domingão deste domingo, 05 de outubro, exibe as obras do carioca Teruz. Descendente de árabes, Orlando Rabello Teruz, mais conhecido como Teruz, nasceu no Rio de Janeiro em 1902. Amante de ecologia, sempre viveu perto de florestas e permaneceu em sua cidade natal até seus últimos dias.

Casado com Nilza desde 1935 até a morte, aos 81 anos, teve dois filhos: Rogerio e Alexandre, ambos também pintores, e sete netos. Luciana, a neta mais velha, é também pintora e Claudia, segunda neta mais velha, é designer.

A carreira artística virou uma ideia fixa quando, aos 8 anos (em 1910), fez uma visita com os pais ao Museu do Cairo, no Egito. Ao longo da vida não sofreu grandes influências de outros artistas, mas o movimento modernista impulsionou sua obra. Também no que se refere ao estilo sempre foi muito inovador. Era comumente dito que seu estilo era Teruziano, menção verdadeira da personalidade e individualidade da obra que deixou.

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Tinha 18 anos quando matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes, onde aprendeu a parte técnica da pintura. Para ele a obra de arte falava por si mesma. Suas obras provaram que os motivos populares brasileiros eram tão pictóricos quanto os usados nos quadros mais antigos, onde a realidade europeia falava mais alto. Ele mostrou que na pobreza e na simplicidade também vivia a felicidade.

Suas principais características são a transparência (técnica) e o movimento (artística). Usava como ninguém os marrons e tons terrosos. Seus temas prediletos eram as brincadeiras de crianças, geralmente pobres, mas felizes; os cavalos que ele amava; e os cachorros, companhia diária. Todos ficavam deitados aos pés dele, no ateliê, enquanto pintava, espreitando cada movimento que ele fazia.

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A partir de 1924, participou do Salão Nacional de Belas Artes, conquistando sucessivamente menção honrosa (1924), medalha de bronze (1925), medalha de prata (1926), o prêmio de viagem ao estrangeiro (1937) e o prêmio de viagem pelo Brasil (1942).  Em 1931, com vários outros artistas de orientação moderna, foi um dos expositores do chamado Salão Revolucionário, organizado por Lúcio Costa.

Integrou, também, representações de artistas brasileiros em várias exposições coletivas realizadas fora do país: em Londres, 1944; Buenos Aires e Montevidéu, 1945; Vaticano, 1958, etc. Realizou também inúmeras exposições individuais em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza. Vários museus possuem obras suas, entre eles o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro; o de Museu de Artes de São Paulo; o Hermitage em São Petesburgo; o Carlsberg de Copenhague; e o do Vaticano.

Durante uma carreira, que se estendeu por mais de 60 anos, pintou cerca de 8 mil quadros. Nem toda obra está catalogada, e sua família estima que, no total, foram produzidas em torno de 13 mil obras. Muitos de seus melhores quadros foram conservados como patrimônio familiar.

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