CAVALINHA
Equisetum giganteum L.
Equisetaceae
Sinonímias: Equisetum pyramidale Goldm.; Equisetum martii Milde; Equisetum ramosissimum Kunth; Equisetum xylochaetum Mett.
Nomes populares: Cavalinha, cavalinha-gigante, cauda-de-cavalo, rabo-de-cavalo, erva-canudo, rabo-de-raposa, lixa-vegetal, cana-de-jacaré, etc.
Na América do Norte é conhecida como horsetail (rabo-de-cavalo), pine top (cabeça de pinha), meadow pine (pinha dos prados), scouring rush (junco de diarréia), bottle brush (escova de garrafa), snaks pipe (cachimbo de cobra), jointed rush (junco de nós) e cornfield horsetail (rabo de cavalo da roça).
Na Europa, a Equisetum palustre é conhecida como cavalinha do pântano e jubarte.
Origem ou Habitat: A Equisetum giganteum é nativa de áreas pantanosas do Brasil.
Características botânicas: Equisetum giganteum é um subarbusto ereto, perene, rizomatoso, com hastes de cor verde, oca e monopodial, com numerosos ramos que partem dos nós dos verticilos, de textura áspera ao tato pela presença de silício em sua epiderme, podendo chegar a mais de seis metros de altura. Folhas muito pequenas, reduzidas a escamas, inseridas lateralmente nas hastes formando uma bainha curta. Possuem espigas esporíferas roliças nas extremidades dos ramos férteis. Multiplica-se por rizomas e por esporos.
Partes usadas: Hastes estéreis.
Uso popular: Como diurético, antidiarreico, para tratamento de infecção dos rins e bexiga, para a consolidação de fraturas ósseas, para eliminar o ácido úrico, contra anemia, etc.
Composição química: Alcalóides piridínicos, nicotina e palustrina, flavonóides glicosilados da apigenina, quercetina e do campferol, derivados dos ácidos clorogênico, caféico e tartárico.
Também foi constatada a presença da tiaminase, uma enzima que acelera a destruição da tiamina (Vitamina B1). Compostos tóxicos: são citadas como sendo o glicosídio flavônico articulatina e sua aglicona articulatidina ou gossipitrina e sua aglicona gossipetina.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: Os efeitos tóxicos estão relacionados com a ação da tiaminase , ou seja, destruição da tiamina ou Vitamina B1,
A ingestão por tempo prolongado pode levar ao beribéri.
Contra-indicações: É contra-indicada durante a gravidez e em mulheres que estão amamentando e para crianças.
Observações: Não usar quantidades maiores que 1 colher de café de hastes picadas;
Não usar por mais de duas semanas
Com o nome “cavalinha” e os outros nomes populares citados, são reportadas na literatura as seguintes espécies: Equisetum arvense L. (Canadá); Equisetum palustre L. (Inglaterra); Equisetum hyemale L. (EUA) e Equisetum giganteum L. (Brasil).
Das espécies exóticas, somente a Equisetum hyemale tem registro de ocorrência no Brasil, principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
Referências:
HOEHNE, F. C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais, 1939.
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.
Plantas tóxicas: estudos de fitotoxicologia química de plantas brasileiras. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. vários autores.
http://www.tropicos.org/Name/26605511 – acesso em 07 de outubro de 2013