Horse Society Lifestyle #08

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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Camila Mazza Smit BRASIL

Profissão Cavaleiro ESPECIAL

Mulheres no esporte EM BUSCA DO SOL

Torneios de inverno no hemisfério norte CIRCUITO NORTE E NORDESTE

Sob nova direção 5

ANOS

Edição especial de aniversário




E D I TORIAL

5 anos de Horse Society!

A

revista Horse Society Lifestyle completa, neste mês de março, cinco anos de existência desde que foi lançada a sua primeira edição em 2010, na Sociedade Hípica Brasileira, na cidade do Rio de Janeiro. Para celebrar o momento, preparamos esta edição especial de aniversário que homenageia as mulheres no esporte. Para tanto, entrevistamos com exclusividade a top brasileira Camila Mazza Smit, uma das amazonas mais importantes da atualidade, e fizemos um ping pong com a baiana Lívia Neves, uma das mulheres mais poderosas do hipismo brasileiro hoje. Para os homens, dedicamos a matéria “Profissão Cavaleiro” que conta a experiência de renomados instrutores de equitação na carreira e, ainda, detalhes exclusivos sobre as ações da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) para a profissionalização do esporte no Brasil. Fomos procurar os cavalos no rigoroso inverno europeu e descobrimos os novos astros equestres do cinema internacional no Berlinale, o Festival de Cinema de Berlim. Na Itália, encontramos arte equestre de primeiríssima linha na ilha de Murano e aproveitamos para dar um pulinho no Carnaval de Veneza, logo ali ao lado. Do inverno no hemisfério norte, saímos em busca do Sol e destrinchamos os principais circuitos de inverno do hipismo mundial, passando pela Espanha, Portugal e Estados Unidos da América. Voltando ao Brasil, onde o verão já começou, fomos conferir os torneios da estação na Cidade Maravilhosa e em São Paulo que abrem oficialmente a temporada de competições equestres no circuito nacional. Mas o coração da Horse Society bate mesmo é no Nordeste brasileiro, região onde o hipismo cresce e se desenvolve a passos largos. Por aqui, onde o Sol brilha o ano inteiro, acompanhamos o circuito Norte e Nordeste de hipismo, dando as boas vindas ao novo presidente, o cavaleiro Carlos Avelar, que há anos vem se dedicando ao hipismo. Para finalizar, convido vocês a relaxarem comigo na ilha de Itaparica, onde apresento pessoalmente a nova coleção de roupas esportivas Horse Society Lifestyle, que se moldam perfeitamente ao corpo de atleta e ainda protegem do sol e do calor.

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Que você se apaixone e se divirta com essa edição de número 8, feita com muito carinho para celebrar a nossa história e agradecer a todo o apoio recebido nesses nossos jovens 5 anos. É uma alegria imensa poder compartilhar com os amigos, cavaleiros, amazonas, patrocinadores e leitores a paixão pelos cavalos e pela nossa Horse Society Lifestyle. Muito obrigada a todos! AIDA DE MENDONÇA NUNES, publisher instagram @aidamnunes


Publisher Aida de Mendonça Nunes aida@horsesociety.com.br

Fotografia: Aida Nunes, Anna Paula Carvalho, Manuela Cunha, Pedro Mendo, Emerson Emerin, Leandro Brayner, Luis Ruas, Bruna Mattos, João Gabriel, Russo, Raphael Macek, Anderson Feitosa

Direção de arte: Nilmon Filho e Aida Nunes

Colaboraram nesta edição: Luis Fernando Monzon, Paulo Cunha, Marcelo Botelho, Fernando Filho, Balduíno Medeiros Neto

Jornalista Responsável: Amanda Julieta

Projeto gráfico e diagramação: Nilmon Filho

Foto de capa: Manuela Cunha

Contato comercial: (71) 8814-0528

www.horsesociety.com.br A Horse Society Lifestyle é uma publicação da Horse Society Lifestyle LTDA. Todos os direitos estão reservados. Fica proibida qualquer reprodução do conteúdo. Os artigos de opinião são de exclusiva responsabilidade dos autores. A Horse Society Lifestyle não se responsabiliza pelos anúncios e mensagens publicitárias incluídos nessa edição.

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S U M ÁRIO

Rapidinhas

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Horse Society Tour 10

44 Especial: Mulheres no esporte

Coluna do Monzon 16

48 Entrevista

Em busca do sol 26 Concurso fotográfico 22 Circuito NNE 24 Sob nova direção 26 CSN XVIII Etapa do Ranking NNE 2014 28 Festa de encerramento do Ranking NNE 2014 30 Ranking nacional 32 Moda 36

50 Gastronomia 52 Ping Pong 54 Cavalos no cinema 56 Arte equestre 58 Turismo 62 Estilo 64 Profissão Cavaleiro 68 Torneio de verão CHSA 72 Perfil

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74 Torneio de verão SHB 76 Nutrologia 78 Abertura do Ranking baiano 2015 80 Saúde

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RAPID INH AS fotos: divulgação

Harafah em São Paulo O cavaleiro e instrutor cearense Ivo Roza Filho acaba de montar uma estrutura top em São Paulo. O objetivo é receber e treinar cavaleiros das regiões Norte e Nordeste que desejam participar de competições no eixo Sul-Sudeste. Localizadas a apenas 35 minutos do centro da capital, as cocheiras do Harafah ficam no belíssimo Haras Jahú. A mensalidade inclui treinamento, alimentação e cuidados veterinários para o cavalo, além de acompanhamento em concursos nacionais e aulas para os cavaleiros.

iHorse Racing Que tal viver a experiência de comandar um haras? Com o iHorse Racing, jogo disponível para as plataformas Android e IOS, você poderá disputar competições hípicas e gerenciar a rotina de seus simpáticos cavalos virtuais. Entre as funções atrativas do aplicativo, estão a possibilidade de comprar cavalos em leilões, criar uma equipe para cuidar dos animais ou, até mesmo, contratar um jóquei profissional para participar de corridas.

Motivacional

José Roberto com a course designer Marina Azevedo

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O técnico tricampeão olímpico de vôlei Zé Roberto Guimarães deu uma palestra motivacional à equipe brasileira de hipismo. À convite da Confederação Brasileira de Hipismo, ele emprestou um pouco da sua experiência para os atletas que participaram da Copa das Nações da Juventude, em Wellington. O cavaleiro Rodrigo Pessoa e o treinador Nelson Pessoa também estiveram presentes.


fotos: Anna Paula Carvalho

Passeio em Trancoso A top Alessandra Ambrósio postou em seu Instagram uma foto na qual aparece passeando a cavalo com os filhos, na Bahia. Após passar o primeiro carnaval em Salvador, a supermodelo aproveitou para descansar na belíssima praia de Trancoso ao lado da família.

Biografia Luiz Felipe Azevedo, o Felipinho, vai ganhar uma biografia em 2016. A história da vida e carreira do cavaleiro ganhador de duas medalhas olímpicas deverá ser lançada pela Editora Batel antes das Olímpiadas do Rio. Além da novidade literária, a Allegretto Filmes prepara um documentário sobre o atleta.

De cavalo novo Marlon Zanotelli está de montaria nova. Segundo o GloboEsporte.com, o top maranhense, que montava um cavalo de Doda Miranda, confirmou que passará a competir com Zerlim M, de 11 anos. O garanhão foi utilizado na última temporada pelo campeão mundial Jos Lansink.

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H O RS E S OCIETY TO UR

Confira como foi o lançamento da 8a edição nas principais cidades brasileiras SÃ O PA U LO

Victor Alves Teixeira

Bruna Mattos

Felipe Amaral

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Nelson Pessoa

Joana Valente

Jorge Aracaty


Silvia e Marcello Servos

Luis Felipe Pimenta Alves

Mário Teixeira e Adriana Gray

Gisele Graça, Eduardo Carvalho e William Almeida

Bartolomeu Bueno de Miranda Neto

Bibi Teixeira

José Roberto Reynoso Fernandez Filho

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H O RS E S OCIETY TO UR

R EC I FE

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Giovane e Vinícius Rocha

Manuela Cunha

Henry Hardman

Márcia e Paulo Roberto Nunes

Karla Avelar

Yuri Conde Garcia

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Marcelo Sarmento

Gustavo Rabelo


Viviane e Pedro Teixeira

Sarah Erel

Juliana Avelar

Thiago Holanda e Uinie Caminha

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H O RS E S OCIETY TO UR

SA L VA D O R

Giulia Mello e Sabrina Tosto

Rosilda Andrade

Pedro cordeiro

Bia Brasil

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AndrĂŠ Giovanini e Oliveira Neves


Marcello Colletes e Bruna Rosa

Larissa Neves, Pedro Zulauf e Beatriz Pitanga

Isabel e Shirley Neves

Nicolas e Amaryllis Gounin

Maria Flor

Jo達o Baptista

Livia Neves

Veri

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C O L UNA D O M O NZO N

Se as noticias não são boas, nós seremos! por Luiz Fernando Monzon*

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omeçamos o ano de 2015! Provas se realizam em todo o território nacional, conjuntos se preparam para os eventos e campeonatos, mas algo maior paira no ar, toda a comunidade equestre brasileira espera a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Em meio a mais uma das recorrentes crises econômicas brasileiras, as obras avançam em ritmo preocupante, impossível de ser dissociado da avassaladora onda de escândalos financeiros, que acabam por emperrar as relações entre as empreiteiras e o poder público. A boa malandragem é a que nos faz sair mais cedo do trabalho para treinar o esporte da paixão e aquela que Em nosso caso, as competições equestres, o Complexo de Deodoro, hoje,boa é um grande com os amigos após uma permite uma conversa canteiro de obras, com várias frentes abertas e “dentro docompetição. cronograma”, segundo os soubesse a vantagem de E “se o malandro responsáveis diretos. As competições teste, que são um bom termômetro para avaliaser honesto, seria honesto por malandragem”. Ter a fama ção, estão sendo marcadas com certas preocupações. Alguns equipamentos parecem e verdadeiramente ser honesto será seu “alvará de soltuque não estarão disponíveis, mas, brasileiros que somos, temos sempre “jeitinho” ra”, sua melhorum defesa em situações que nem a mais férde arranjar as coisas e fazê-las acontecer... Já o fizemos natilCopa do Mundo imaginação podeFIFA2014, prever. Sua “carteirada” nas portarias de forma “marcante”, para dizer o mínimo. que a vida vai lhe apresentar, vez por outra, impedindo sua passagem. Nenhum juiz apita falta no “cai-cai”. É a hora de mostrarmos quem somos, de convocar a banda hígida da sociedade e superar os desafios. O movimento de voluntariado já deu mostra somosdesconcertante partícipes Bome éque o drible e o salto no equilíbrio, com cidadania comparável a qualquer grande nação do primeiro mundo. Apesar da arte e a curva nos postebonito é ver a “bicicleta” com apreensão e tensão inerentes ao momento difícil, o ano terá riores, de ser de esforço ée odegol criaprazeroso com chute de “trivela” e o lantividade. Vamos em frente e sem medo, vamos mais uma vez mostrar a força de uma ce a menos na linha, inesquecível é o gol nos acréscisociedade tão peculiar, quanto a que vivenciamos e amamos. Véspera de um mos e a vitória poracontecicentésimos. Respeitar e incentivar mento tão importante inquieta! o “fair-play” nutre o melhor dos orgulhos e aflora o melhor de cada um de nós. Divino foi ver o Mineirão De qualquer forma, o importante é estarmos unidos para assistir melhores munlotadooscom nossa do gente chorando e aplaudindo a sedo, reunidos em terras brasileiras e competindo por suas cores e culturas. Será, como leção alemã. Golaço! Esperança! sempre foi, uma festa de paz e congraçamento universal, algo inspirador e espetacular. Algo imperdível até para quem não tenha grandes esperanças de vitória ou mesmo medalhas, “Show de bola“ é esse nosso reencontro na mas que estará pronto a aplaudir um espetáculo único e apaixonante, como é apermite “Horse ficar em dia com tudo que Horse Society, que Society”, que cada um de nós construiu. Forte abraço, Monzon. há de bom, bonito, prazeroso e inesquecível. Forte abraço, Monzon.

“Se o malandro soubesse a vantagem de ser honesto, seria honesto por malandragem”

*Luis Fernando Monzon é juiz oficial da Federação Equestre Internacional e comentarista esportivo da TV Globo

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Rua Dr. Altino Teixeira, Porto Seco - Salvador, BA telefone: 71 2101 3200

Esta empresa ap贸ia o esporte na Bahia HORSE SOCIETY Lifestyle

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I N T ERNACION A L

Em busca do sol Quando o assunto é clima, os cavaleiros e amazonas brasileiros geralmente não têm com o que se preocupar. Presenteado com o calor tropical que agrada a atletas e cavalos, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, o Brasil oferece boas condições para a prática do esporte. Mas se nas cidades brasileiras quase todo dia é verão, os atletas acima da Linha do Equador costumam enfrentar estações bem definidas durante o ano.

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inverno no hemisfério norte é conhecido pelas suas rigorosas temperaturas, que na maioria das vezes alcançam números abaixo de zero. Nos Estados Unidos e em países europeus, a estação mais fria do ano abre oficialmen-

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te a temporada de busca por um clima mais ameno, propício para a prática do hipismo. Entre os meses de janeiro e abril de cada ano, amazonas e cavaleiros começam a fugir do frio e têm destino certo nos circuitos internacionais: o caminho do sol.


Palm Beach

foto: Bruna Mattos

A combinação entre sol, praia e animação poderia ser facilmente encontrada em qualquer cidade litorânea no verão brasileiro, mas é no inverno norte-americano que essa mistura perfeita reúne mais uma vez os amantes do hipismo. Gostou? Bem-vindo ao condado de Palm Beach, um pequeno pedaço de paraíso localizado entre Orlando e Miami, que agrada tanto a quem não dispensa uma boa badalação quanto àqueles que preferem relaxar e ter contato com a natureza. É lá, na cidade de Wellington, que acontece o maior e mais longo evento hípico do mundo, o Winter Equestrian Festival (WEF), com duração de três meses. A competição, realizada entre 7 de janeiro e 29 de março, conta com todo o charme tropical da Flórida e a participação de atletas do mundo inteiro. Promovido no Palm Beach International Equestrian Center, o evento é o queridinho da baixa estação. E não é à toa: além de uma estrutura primorosa, o WEF agrega diversas competições internacionais importantes, com o prêmio nada modesto de U$ 8 milhões, o maior oferecido no mundo. Entre os principais concursos realizados ao longo do evento, estão a Copa das Nações, a Copa das Nações da Juventude e GPs qualificativos para a Copa do Mundo, todos válidos para o ranking da Federação Equestre Internacional (FEI). Para os atletas brasileiros, o circuito vale como seletiva para a equipe do país nos Jogos Pan-americanos.

“Sinceramente, só vivendo isso para entender. É a ‘Disney’ dos cavalos” Stephan Barcha

Ao longo das doze semanas de realização do evento, atletas de 33 países e todos os 50 estados americanos estarão competindo em provas que acontecem de quarta-feira a domingo. Mais de 6.500 cavalos disputarão os prêmios junto a seus cavaleiros, em todas as categorias. Tudo isso diante dos olhos vidrados de um público estimado em mais de 250 mil pessoas e com transmissão ao vivo pela internet. De acordo com Mark Belissimo, CEO da Equestrian Sport Productions, empresa que organiza o circuito, o WEF contribui a cada ano com quase U$ 200 milhões para a economia da região. Além de opções de lazer para os visitantes, o concurso também conta com uma estrutura diferenciada para receber os competidores, que vão de jovens talentos do esporte a atletas de alta performance, com boa representação brasileira. Entre os “casacas verde” presentes no Winter Equestrian Festival, estão os medalhistas olímpicos Doda Miranda e Rodrigo Pessoa, Mario Appel, Rodrigo Marinho e o jovem talento Vittorio Burguer.

Com um cavalo de muito potencial e o planejamento do mestre Nelson Pessoa, o top Stephan Barcha também defende o Brasil em Wellington e está na expectativa de bons resultados. “Para mim é muito válido estar durante três meses no Winter Equestrian Festival, pois, além de estar competindo nas melhores condições esportivas, a competitividade faz com que busquemos melhorar tecnicamente a cada dia”, conta. Para o cavaleiro, além da boa estrutura, as competições diárias com alguns dos melhores cavaleiros do mundo dão brilho ao concurso, que permite que atletas de qualquer nível tenham ótimas condições para praticar o esporte. “Sinceramente, só vivendo isso para entender. É a ‘Disney’ dos cavalos”, brinca Barcha. A armação de percurso também tem um dedo verde-amarelo com a participação do course-designer internacional Guilherme Jorge, já escalado para armar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

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I N T ERNACION A L

Sunshine Tour, O Circuito do Sol Quem prefere ficar na Europa também encontra boas opções para competir e fugir da neve durante o inverno. A primeira delas é o tradicional Sunshine Tour, o Circuito Hípico del Sol, que acontece entre os dias 17 de fevereiro e 23 de março, na Espanha. Realizado em Vejer de la Frontera, na cidade de Cádiz, o circuito ganha um atrativo a mais nas belíssimas paisagens da região conhecida como Andaluza. Fundada pelos fenícios há mais de três milênios e ocupada por cartagineses, gregos e romanos, a cidade fica localizada no litoral sul espanhol e é considerada a mais antiga da Europa. Foi de lá que o navegador Cristóvão Colombo partiu para as viagens que resultariam no descobrimento da América. Cádiz fica estrategicamente posicionada em um istmo no Oceano Atlântico e apresenta uma costa ensolarada, com temperatura média de 18 ºC durante o inverno. É no cenário deslumbrante desta pequena cidade rodeada pelo mar que cavaleiros e amazonas de diversas partes do mundo se encontram para disputar cinco semanas de competições. Em 2015, o

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Circuito do Sol comemora 21 anos de existência e oferece mais de 900 mil euros em prêmios, distribuídos em três categorias: Cavalos Novos, Classic Tour e GP Tour. O evento conta com a completa estrutura do Montenmedio Golf & Country Club e apresenta as instalações mais modernas da Europa para a prática de hipismo, com pistas para provas e treinamentos, boxes, clínica veterinária e restaurantes que oferecem opções da rica cozinha espanhola e internacional. Tudo isso em uma área de 500 hectares, a poucos quilômetros da praia. Entre os cavaleiros presentes na competição, estão os brasileiros Yuri Mansur, Pedro Veniss, Karina Johannpeter e Caio Carvalho Filho, que disputa as categorias Cavalos Novos de 5 a 7 anos e CSI***. O atleta elogia a qualidade e a estrutura do evento que abre as atividades do ano. “Significa uma preparação para a temporada. As pistas são muito boas e, quando acabam as cinco semanas, os cavalos estão prontos para ir para qualquer concurso”, explica Caio.


Vilamoura Atlantic Tour Entre os dias 17 de fevereiro e 5 de abril, o luxuoso complexo turístico de Vilamoura, em Portugal, recebe alguns dos melhores cavaleiros do hipismo mundial no circuito Vilamoura Atlantic Tour, o mais representativo do país e um dos mais importantes do mundo. Situado na região do Algarve, o complexo de Vilamoura foi construído na década de 1960, com um projeto arquitetônico desenvolvido em torno de uma marina, que inclui uma área residencial e grandes empreendimentos voltados ao turismo. As temperaturas agradáveis e belezas naturais da localidade atraem turistas do mundo inteiro durante todas as estações do ano. Embora o golfe tenha grande destaque na região, com uma estrutura completa e excelentes clubes voltados para o esporte, Vilamoura também se estabeleceu como destino único para a prática de hipismo na Eu-

ropa. Para o organizador do Vilamoura Atlantic Tour, o português Antônio, a localização do Algarve tem as melhores condições para receber o desporto equestre no continente, com destaque para o clima agradável. Durante seis semanas de competição, mais de 800 cavalos e 300 cavaleiros profissionais e amadores de 34 nacionalidades disputarão 21 provas no Vilamoura Equestrian Centre, com prêmios que totalizam 825 mil euros. Além de ser válido para o Ranking da FEI, o evento terá dois GPs qualificados para os próximos Jogos Olímpicos. Para o brasileiro Denis Gouvea, que compete nas categorias Medium Tour, a 1.40m, e Cavalos Novos de 7 anos, a participação no torneio é uma boa oportunidade de começar o ano competitivo. “Primeira vez que estive no evento e achei espetacular em todos os quesitos: nível de cavalo, cavaleiros, organização e estrutura de pisos das quatro pistas e boxes para os cavalos”, avalia. Além de Gouvea, os atletas Fernando Guinato Neto e Maria Alice dos Santos Severo também representam o Brasil na competição. Em 2015, o Vilamoura Atlantic Tour apresenta uma novidade: além das competições de salto, haverá provas de dressage, modalidade na qual o cavalo lusitano é mais utilizado. O evento deve agitar ainda mais o turismo na região até o encerramento em abril, período em que é esperada uma ocupação hoteleira de 70 mil leitos e a movimentação de 21 milhões de euros.

Arezzo A cidade de Arezzo, na Itália, recebe o Toscana Tour 2015 entre os dias 17 de março e 5 de abril. A competição será realizada no Arezzo Equestrian Centre, que conta com uma estrutura completa para a prática do hipismo, com 118 mil metros quadrados de instalações desportivas. O torneio é responsável por colocar Arezzo no centro das atenções do mundo equestre. A pequena cidade, localizada na região da Toscana, agrada pelo seu clima ameno e sua beleza medieval. Suas ruas fabulosas, onde é possível desfrutar de massas e vinhos da melhor qualidade, ficaram famosas quando foram mostradas ao mundo através do filme A Vida É Bela, do diretor Roberto Benigni.

Com pontuação válida para o Ranking da FEI, o Toscana Tour atrai anualmente atletas de alta performance de diversas nacionalidades, que garantem um páreo acirrado e disputas emocionantes. Este ano, a competição oferece uma premiação total de 511.350 de euros e encerra com chave de ouro a temporada dos circuitos de inverno.

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C O N CU RS O FOTOG R Á FIC O

Horse Society Lifestyle Nesta edição do nosso Concurso Fotográfico, tivemos um empate técnico! As duas vencedoras ganharam camisetas exclusivas Horse Society Lifestyle.

a de Itaparica

uela Cunha na ilh

A amazona Man

Quer participar? Use a #horsesocietylifestyle em suas publicações no Instagram ou envie sua foto para nossa redação através do e-mail: aida@horsesociety.com.br

A amazona Bruna Mattos na

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Sociedade Hípica Paulista


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CIRCUITO NNE

Todos pelo hipismo!

C ARTA PAUL O CUN HA

Q

ue nossas primeiras palavras sejam dedicadas a reconhecer o quão especial foi o ano de 2014 para todos nós que integramos a região que teve o maior crescimento no numero de cavaleiros e amazonas participantes de certames regionais.

Enquanto verificamos a queda destes números nas demais regiões, no Norte e Nordeste o crescimento foi fruto de trabalho árduo, muita seriedade dos gestores das diversas Federações e da dedicação de nossos atletas.

Semestre que promete

Em 2015 acreditamos na consolidação desse crescimento, fincando marcos que demonstrarão que a união de todos em torno de um só por Paulo objetivo, é oCunha* único caminho possível para o sucesso de todos que fazem parte da nossa Grande Equipe, o Circuito Norte e Nordeste. stamos iniciando o segundo semestre de com força positiva. Nosso calendário E por falar 2014 em nossos atletas, eles são a razão maior de todo nosso emserá mais exigidoarrojados, neste período, vezdedicamos nossos penho. Porhípico eles traçamos objetivos e a eles que por contapor datodos Copa os 2014, não foi positivos possí- alcançados. sinceros cumprimentos resultados vel distribuir de outra forma as etapas dos certames. Mas certamente a saudade das pistas será compenRepresentando todos os cavaleiros e amazonas do Norte e Nordeste que sada com brilhantes apresentações deeamazonas participaram dos Campeonatos Brasileiros no Sul Americano, destacae cavaleiros, que, certamente, mais tempo mos os cavaleiros Paulo Miranda etiveram Henry Hardman, respectivamente, Medisponíveis treinos. dalha de Pratapara e detrabalhos Bronze noe Sul Americano disputado no Chile.

E

ao brilhantes todo cinco atletas, etapas nossos de, CSNs e o Brasilei- pelos resultados A Teremos todos esses agradecimentos ro de Jovens Cavaleiros que certamente obtidos, extensivo a suas equipes de trabalhooferecerão e a seus familiares. belos espetáculos aos amantes do hipismo clássico. No Brasileiro Jovenssingelas Cavaleiros aguardamos a Antes de encerardenossas considerações, agradecemos e recopresençacomo maciça de atletas de todo o Brasil, mas nhecemos grandiosa a participação maciça derestodos os profissionais expectativas com relação a presença e saltamos atletas donossas hipismo na confraternização anual de encerramento do ano competidores Circuito. dedos 2014. A presença de nosso mais de 400 pessoas retrata o sucesso do evento. eventos, como sempre, serão o resultado do comAoOsPresidente eleito, Sr. Carlos Avelar, desejamos que bons fluidos iluprometimento das Federações vinculadas minem seus atose eapoio decisões na gestão do próximo ao mandato a frente do CircuitoNorte Norte e Nordeste, que historicamente apreCircuito e Nordeste de Hipismo. sentam belíssimos certames, demonstrando toda a capacidade organizacional e aminha criatividade enti- o mesmo carinho Conclamo a todos que apoiaram gestão,das a dedicar ainda, que no mesmo período da e dades. atençãoRegistramos ao novo Presidente. IV Etapa, será ministrado na sede da Escuderia Sousa Leão em Recife, curso de armador de percurso, pelo Sr Vailton (Baíca). *Paulo Roberto Rodrigues da Cunha

Contamos com a ampla divulgação e a adesão do é Presidente do Circuito Norte e maior número possível de interessados, com a finali- * Paulo Nordeste e Coordenador Regional Roberto Rodrigues da Cunha éda vice-presidente do Circuito Norte e de Nordeste dade de maximizar os resultados do curso em nosso Confederação Brasileira Hipismo próprio beneficio. Através de nosso aperfeiçoamento, os profissionais do Norte e Nordeste se projetarão mais facilmente no panorama nacional. 24

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Não deixemos que a falta de ética, de bom senso e


CIRCUITO NNE DE

HIPISMO

2015 13 a 15 MARÇO - 1ª ETAPA

CSN Abertura CN/NE - CIDADE DE RECIFE – PE

24 a 26 ABRIL – 2ª ETAPA

II Etapa CN/NE – João Pessoa Seletiva – PB

22 a 24 MAIO – 3ª ETAPA

III Etapa CN/NE – Maceió – AL

11 a 13

SETEMBRO– 4ª. ETAPA

CSN IV Etapa CN/NE – Natal – RN

23 a 25 OUTUBRO – 5ª ETAPA

CSN V Etapa e CAMPEONATO CN/NE – Aracaju – SE

13 a 15

NOVEMBRO – 6ª ETAPA

CSN VI Etapa CN/NE - COPA CHZS – Recife – PE

11 a 13

DEZEMBRO – 7ª ETAPA

CSN RECIFE – ETAPA FINAL CN/NE – Recife – PE

O circuito 100% vista mar PROVAS VÁLIDAS PARA O RANKING DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HIPISMO PREMIAÇÃO DIÁRIA EM ESPÉCIE PARA AS PRINCIPAIS CATEGORIAS

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CIRCUITO NORTE E NORDESTE

Sob nova direção É dada a largada para uma das competições hípicas mais importantes do país. O mês de março marca o início do Circuito Norte e Nordeste de Hipismo 2015, que chega a sua 18ª edição. Ao longo do ano, o evento movimentará a cena equestre nestas regiões, passando por Recife, João Pessoa, Maceió, Natal e Aracaju.

A

estreia do maior evento hípico do eixo Norte-Nordeste acontece na capital pernambucana durante a Copa Cidade do Recife, realizada entre os dias 13 e 15 de março no tradicional Caxangá Golf e Country Club. Com uma área de 63 hectares e um complexo de instalações que abrange baias, picadeiro coberto, redondel, corredor de saltos, pistas de cross e de grama, o local também receberá o encerramento do evento, no final do ano.

o cancelamento no ano passado, o estado tem presença garantida, de acordo com os organizadores e tem o apoio da Federação Hípica da Bahia, sua vizinha O Centro Hípico Atlântico, localizado na capital sergipana, vai receber o Campeonato Norte e Nordeste e 5ª etapa do Circuito. Questionado sobre a ausência de Salvador e Fortaleza, que ficaram de fora desta edição, o novo presidente do Circuito NNE, Carlos Avelar, explicou que os centros hípicos que sediariam as etapas nestas cidades estão passando por reformas.

Figurando entre as principais cidades da região, Recife já é reconhecida pela qualidade técnica na prática do hipismo e sedia as competições do Circuito também na 6ª etapa. Esta fase acontecerá durante a III Copa Centro Hípico Zona Sul, um evento que agrega música, arte, moda, gastronomia e hipismo. Aliando o esporte ao entretenimento, a Copa será realizada entre os dias 13 e 15 de novembro, nas elegantes instalações da Coudelaria Souza Leão, referência no estado.

Avelar ressalta que o evento se destaca como maior circuito hípico do Brasil e é resultado do bom trabalho feito pela última diretoria, em conjunto com as federações da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Pará. “O Circuito hoje, sem dúvida, está consolidado no calendário nacional de hipismo, vem crescendo com consistência, muita credibilidade e com muito respeito a todos que envolvem cada etapa”, pontua.

A grande novidade em 2015 é a volta de Sergipe à competição, após mais de 15 anos fora do evento. Após

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Durante sua gestão, Avelar pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido durante os 18 anos do evento com muita dedicação, projetando etapas cada vez de


maior qualidade e aperfeiçoando ainda mais a técnica dos concursos. “Teremos uma clínica com o técnico da equipe brasileira, que treina os principais cavaleiros do Brasil, como Rodrigo Pessoa, Doda Miranda, Marlon Zanotelli, para todos os profissionais que fazem parte do Circuito”, adianta o presidente. A clínica com Jean Maurice Bonneau acontecerá entre os dias 16 e 18 de março, no Caxangá Golf & Country Club, em parceria com a Confederação Brasileira de Hipismo. Terão prioridade no preenchimento das 20 vagas oferecidas os instrutores que tenham participado de, pelo menos, metade das provas do ranking de 2014.

“Teremos uma clínica com o técnico da equipe brasileira, que treina os principais cavaleiros do Brasil, como Rodrigo Pessoa, Doda Miranda, Marlon Zanotelli, para todos os profissionais que fazem parte do Circuito”

Carlos Avelar

Sucesso recorde Em 2014, a competição teve o maior êxito de sua história, com recorde de inscrições ao longo das oito etapas, que projetaram mais uma vez os atletas nordestinos entre os melhores do Brasil. Como já é tradição, o Circuito Norte e Nordeste de Hipismo promoveu grandes disputas e contou com a participação de cavaleiros e amazonas de destaque, alguns deles representantes do Brasil em competições internacionais. “O Circuito virou um negocio grande, envolve muita gente, muita dedicação e investimentos”, explica Avelar. Para seguir com os ótimos resultados das edições anteriores, ele conta com o apoio dos investidores, dos presidentes das federações estaduais e da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni, com quem esteve no início do ano para transmitir os objetivos da nova gestão. Para o vice-presidente do Circuito, Paulo Cunha, a competição começou a ganhar um fôlego maior a partir do ano passado. “Eu acredito muito que o circuito teve uma evolução muito grande, principalmente em 2014”, avalia. Ele conta que a região, que obteve

bons resultados nos campeonatos Brasileiro e Sul-americano, passa por um momento favorável no cenário do hipismo nacional. “Todo mundo reclamou que houve um decréscimo de inscrições nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. Eu fiz um levantamento e nós tivemos quase 15% de aumento de inscrições no Norte-Nordeste” salienta. E se a edição de 2014 foi o maior sucesso, 2015 pretende não deixar por menos. As expectativas são as melhores possíveis, avisa Carlos Avelar. “Já tivemos a confirmação do apoio incondicional da CBH e seus patrocinadores. Hoje somos uma grande vitrine e as empresas estão em busca de eventos como os concursos de hipismo em todo o Nordeste”, conta animado.

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RECIFE fotos: Aida Nunes

CSN XVIII Etapa do Ranking Norte e Nordeste de Hipismo 2014

Jessica Carvalho Lima

Mario Krieger

Gabriel de Souza Lopes

Cel Weldon Nogueira

Bruno Barros, Eduardo Baptista, Jorge Luis Passamani e Henry Hardman

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Saint Clair Passarinho

Mario Zanoteli


Maria Tereza Sarmento e Mel Castelar

Manuela Cunha

Pedro Teixeira

Henry Hardman, Carlos Avelar e Gleidson Carvalho

Ivo Roza Filho

Francisco Cavalcante e Zilvana Andrade

Ana Clara Lira

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RECIFE fotos: Aida Nunes e João Gabriel

Festa de Encerramento do Ranking Norte e Nordeste de Hipismo 2014

Premiação Categoria Escola Preliminar

Paulo Cunha, Carlos Avelar, Marta Sousa e Manuelina Virgulino

Premiação Categoria Jovens Cavaleiros

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Juliana Avelar

Premiação Categoria Jovens Cavaleiros A

Premiação Categoria Amador


Lia Ito, Monika Irion-Bock, Dietmar Bock, Rainier Michel e Carina Herbert

Paulo Miranda e Henry Hardman

Premiação Categoria Amador A

Premiação Série Principal

Premiação Categoria Escola Principal

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RANKING NACIONAL

MINI-MIRIM 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

MEL TIBURCIO CASTELAR MARIANA XAVIER SCOMPARIN LARA MALUCELLI EGOROFF MARCO ANTONIO PEIXOTO FERREIRA FILHO LYS KATHERINE PARK KANG MARIA EDUARDA LEAL NEPOMUCENO LARA CRAVINHOS BERGER KATE DE WIND JULIANA COTRIM MUNHOZ JOÃO MANUEL DIAS CAMINHA GENTILE

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

JOÃO VICTOR MARTINS FONTES CUSTODIO HENRIQUE PIZA DE TOLEDO DE LORENZO HELENA MALUCELLI EGOROFF BRUNA REZENDE MUNIZ FELIPE MARTINEZ MENEZES FABIO ALVAREZ MURILO MACHADO BARBOZA GIULIA FOLCHINI FARES MARIA CLARA KRAMER SIQUEIRA MATHEUS LAGO OSMARI

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

ISABELA PIOVESAN DALL OGLIO VICTORIA JUNQUEIRA RIBEIRO DE MENDONCA NICOLLE PANTOJA MARGEOTTO LAURA RAMOS RAIT PEDRO BACKHEUSER RODRIGO JARDIM DA ROSA FREDERICO M. M. ABDUL-HAK ANTELO LUCAS TEIXEIRA LIMA RODRIGO JUNQUEIRA REIS MARCHEZZI LUIZA MAFFEI

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

KITARO BALDAIA BEMFICA LUIS ANTONIO PIVA FILHO GUILHERME SARAIVA DE MORAES FILHO FILIPPO FERRANTELLI FERNANDO CHIAROTTO PENTEADO DANIELA AQUINO DE ARRUDA MARTINS DANIELA MIRO DE CAMPOS THIAGO AQUINO DE ARRUDA MARTINS RAFAEL RODRIGUES MODERNO ANNA PAULA NERUNG DE NORONHA

358,6 287,1 257,4 231,9 223,7 197,6 183 182,9 162,4 154,4

PRÉ MIRIM 319,2 279,8 243 231 217,4 145 129 115,6 112,6 101

MEL TIBURCIO CASTELAR

PRÉ JUNIOR

MIRIM 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

MARCELO GOZZI PEDRO MALUCELLI EGOROFF THALES GABRIEL DE LIMA MARINO FELIPE PIZA DE TOLEDO DE LORENZO GABRIELLE FONTOURA BERGER GIOVANNA LARA DE FREITAS FILIPE BARATELLA RISI RAFAELA PIOVESAN DALL OGLIO PAULO MIRANDA JOÃ O VICTOR DE PAULA FRANCA

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

RAFAEL RODRIGUES MODERNO GIULIA DAL CANTON SCAMPINI PATSY MOURAO ZURITA ALBERTO BENTO SINIMBU MARIA VITORIA DAVID LUDWIG YASMIN ALMENDROS MARINHO SANTOS CLAUDIO LUIS DE MELO PEREIRA GILBERTO KEIJI HARAGUCHI JUNIOR PEDRO MOURA CARVALHO BIANCA DE SOUZA RODRIGUES

657,55 537,6 520,45 443,65 416,1 380,75 321,95 309,15 278,2 263,9

YOUNG RIDERS

JUNIOR

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473,4 399,9 395,1 376,4 359,8 348,3 332,9 317,5 308,8 261,7

475,8 324,6 290,75 281,5 228,35 224,35 213,35 207,15 195,9 163,55

168,7 134,2 97,2 89,4 82,9 78,8 76,5 68,2 68 65,4


SÊNIOR 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

AMADOR

FRANCISCO JOSE MESQUITA MUSA ARTEMUS DE ALMEIDA JOSE ROBERTO REYNOSO FERNANDEZ FILHO SERGIO HENRIQUES NEVES MARINS FABIO SARTI FELIPE AMARAL ANDRE AMERICO DE MIRANDA RODRIGO SARMENTO JOAO EDUARDO FERREIRA DE CARVALHO BRUNO CHAVES PESSANHA

118,5 108 97 96 59 58,5 53 51 50 47,5

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

317 300,7 263,5 228,9 205 171,2 168,4 156,6 153 144,8

JUAREZ ANDRADE SERGINO RIBEIRO DE MENDONCA NETO PRISCILA MARIANO LUMINATTI DIOGO VONTOBEL BREYER FERNANDO WALLAU MICHELLE REIN BEATRIZ BIER JOHANNPETER JOAO ROBERTO MARINHO MICHEL M PIVETA ASSUMCAO FELIPE PESSOA

AMADOR A 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

CAMILA FERREIRA ANA FLAVIA MANES ZAKHOUR AIDA DE MENDONCA NUNES UINIE CAMINHA JOAO GILBERTO COMINESE FREIRE MARCELO DE ANDRADE CASADO MIRIAM MAFFEI LUIZ FELIPE PEREIRA DA CUNHA ROBERTO FIGUEIREDO PAZ NETO LUANA GERMANO

243 223 177 175,8 171 167,7 165 148 141 139 CAMILA FERREIRA

AMADOR TOP

AMADOR B 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

RODRIGO OSTANELLO LIVIA ZAMPOL DELL ANTONIA LUCIANA SANTANA FABIANA TURUGUET VALLIAS PEDRO PAULO DE MATOS JUNIOR ANDREA PANZA SANTOS ANTONIO MANOEL LOPES SANCHES CAMILA LUNARDELLI BARRETO SAULO ROBERTO V. A. TEIXEIRA RENATA BAU

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

MARIA ISABEL MONTEIRO DA SILVA SCHEER RICARDO LEONI MAFFEI VANESSA BLAAUW MARCO ANTONIO MARTINI FREDERICO BEATRIZ BIER JOHANNPETER LOURENCO BIAGI JOSE VICENTE MARINO ANDRE PORTO KATIA LARA LOEB NELSON LIMEIRA LIMA

329 246,7 184,7 142,9 142 137,6 133,6 131 130,8 122,4

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

MASTER

RICHARD LYON THORP BILTON BIANCA MATARAZZO AFFONSO FERREIRA RODRIGO MESSEGUER CARDOSO MICHELLE REIN VITORIA RABELLO NOLLI RAFAELLA MEDEIROS MULLER TAIS DE SOUZA ARRUDA MARCELO MIRANDA GOLDBAUM GUSTAVO PADILHA SERGIO MOURÃO

337,6 267,7 251,1 241,7 201,4 198,3 197,3 165,6 162,7 161,5

MASTER A 276,6 234,9 197,8 180,9 92,8 86,1 79,6 78 67,4 62,2

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

PLINIO SOARES JUNIOR MIRIAM MAFFEI MARCO ANTONIO MARTINI FREDERICO ANTONIO DONIZETE DE S A ANDRE RAUL MELO MADELLA RODRIGO MACHADO DE MORAES SIMONE MOURÃO ZURITA EMYR DINIZ COSTA JUNIOR DANIELA RIBAS ROCHA JOSE VICENTE MARINO

378,2 362,8 225,6 151,6 148,2 147,5 93 87,5 76,2 74

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RANKING NACIONAL

MASTER B 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

ANTONIO MANOEL LOPES SANCHES TAMIS GONCALVES LUSTRI CARLOS ALBERTO COELHO SANTIAGO JOSE EDUARDO DE LACERDA SOARES LUCIA MARIA BRUNETTA FONTENELLE DE A. MARCIA HERNANDES CEZAR SPERINDE DAVID ALEXANDRE MONTEIRO TANIA MAIA FERREIRA AIRTON BOHRER OPPITZ

MASTER TOP 177,6 140,1 116,2 100,5 99,4 92,8 91 88 86,2 86

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

FERNANDO AUGUSTO SPERB ALEXANDRE SILVA E SILVA OTAMIRES DA COSTA LUCIANA CAMARGO GUSTAVO PADILHA ROBERTO VILLA REAL ADRIANA BUSATO EDUARDO MARCHEZZI CARLOS BIER GERDAU JOHANNPETER CLAIRE BAYS

141,6 121,4 91,8 78,2 68 67 56,6 51 49,6 49,4

GABRIEL BATISTA BRAZ

JOVENS CAVALEIROS A 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

MARINA TRICOLY CAMILA COSTA GALINDO MARCELA LEMOS MICELI CAROLINA FARIAS GUILHERME MENEGUELLI RODRIGUES RAPHAEL BENEVIDES CORDEIRO GABRIELLE CAROLINE FIGUEIREDO COSTA JULIA SALGADO BAPTISTA DE MOURA EVERTON JOSE DA SILVA GABRIELLA FIGUEIREDO PASSERAT DE SILANS

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

VITORIA GHIZONI JUNCKES FERNANDA DOMINGUES CASALINO FELIPE ARAGÃO NOGUEIRA DE FREITAS ISABELA LOPES AISENGART LUIZ CARLOS DA SILVA VARGAS CAROLINA TEIXEIRA MADUREIRA DE PINHO SARAH ORIT SILVEIRA EREL JULIO CESAR P. DE GUSMAO BRUNO BARROS DE ANDRADE HENRIQUE ALBERTINI AFFONSO

JOVENS CAVALEIROS B 403,1 316 276 257 223,9 173 146 141,4 138 131

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

JOVENS CAVALEIROS

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GABRIEL BATISTA BRAZ JULIA ROCHA MENELAU FERNANDA MURAKAMI CERES MARIA DE SOUZA LEAO BERNARDO HARTMANN ANA FIGUEIRO PINHEIRO PAULA MALUF MARIANA FRAUCHES CHAVES PEDRO JORGE ANTONIO VICTOR MIRANDA

472,6 350,9 299,7 282,5 269,1 261 232,4 221,7 211 175,2

JOVENS CAVALEIROS TOP 334,7 189,9 161 132,5 132 120 114 112 110 100,1

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 10º

ALEXANDRE MONTEIRO BARBOSA VICTOR HUGO MITA XAVIER NINFA CAFFARENA DANIEL HALABAN BARBARA MONTEIRO DE SOUZA GUSTAVO DA SILVA NUNES JOSE ARNALDO BELTRÃO NETO NATALIA TOLEDO MESSIAS PEDRO HENRIQUE MAIA DE OLIVEIRA LUCAS PEREIRA LINO RODRIGO ROLL

102,5 91 82 70 65 60,5 46 42,5 36 32 32


HS

botas personalizadas

bolsa de gelo para cavalos

Material sob medida para você e seu cavalo

Rua Comendador Sá Barreto Número 385 - Piedade, Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco CEP: 54420-000 Email: barrinhobotas@gmail.com Telefones para contato: (81) 9800-9545 ou (81) 8776-4500

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MODA

“Ah! O verão...” No Brasil é verão quase todos os meses do ano e, pensando nisso, a Horse Society lançou a coleção de roupas de competição com proteção solar UVA e UVB. As peças são as mais confortáveis da categoria e além de proteger a pele dos danos causados pela radiação solar, são produzidas com tecidos leves e frescos que permitem que sequem rapidamente após a lavagem. Quer mais? Não amassam e ocupam pouco espaço na mala!

Camisa de competição manga longa em tecido fluity com proteção solar UVA e UVB Biquíni Água de Côco

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MODA

Culote em suplex movie com proteção de joelhos em camurça e cós elástico Biquíni Victoria Secrets

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MODA

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Camisa de competição manga curta em tecido fluity com proteção solar UV Mangas acessórias em tecido fluity com proteção solar UV

Fotografia: Manuela Cunha | Assistente: Anderson Feitosa | Produção e direção de arte: Aida Nunes

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P A P O VET

Cuidados com os cascos dos equinos por Balduino Medeiros Netto*

O casco é uma estrutura especial que envolve a terceira falange, o osso navicular e parte da segunda falange. A muralha do casco equino é dividida em pinça, quartos e talões. A muralha do casco é projetada para resistir a desgaste, suportar o peso do animal e absorver o impacto, reduzindo o surgimento de injúrias no aparelho locomotor, Bons cascos, bons cavalos afirmam alguns com muita propriedade. A pata ou dígito do equino é equivalente ao dedo médio humano, consistindo de três ossos conhecidos como primeira, segunda e terceira falanges. Através da parede do casco pode-se visualizar a saúde do animal. Paredes higidas e brilhantes denotam saúde, paredes ressecadas, quebradiças e opacas demonstram carências nutricionais ou maus tratos de manejo. Toda a saúde e irrigação do casco depende essencialmente da sua dinâmica em movimento. Ao pisar ao solo o casco expande-se e ao levantar contrai-se. Estes movimentos de expansão e contração resultam em ampliar e estimular a melhor irrigação do casco. Muralhas de cascos ressecados não desempenham bem esta condição. Ao contrair-se, as cavidades venosas se enchem de sangue e, quando se expandem as paredes, o sangue é impulsionado para fora das veias. A umidade dos cascos provém da irrigação sangüínea e da própria umidade do solo. Epiderme, derme e hipoderme constituem o tegumento do casco. A epiderme é formada pelo estrato germinativo e pelo estrato córneo. À partir do estrato germinativo também denominado faixa coronária, produzem-se células filhas que ao maturar-se queratinizam e fazem crescer a parede ou muralha, numa espessura entre 0,2 a 0,5 cm e de cima para baixo, na

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dimensão estimada de 1 cm ao mês. O estrato córneo não possui irrigação ou inervação e se divide em parede ou muralha do casco, sola e ranilha. Os talões são a continuação traseira das barras do casco. As barras dão sustentação aos talões e permitindo que o casco resista ao impacto do peso quando em apoio contra o solo, possibilitando a expansão do casco. A cada instante que a ranilha é submetida ao peso, o ângulo das barras aumentam expandindo-se e prevenindo a contração dos talões e ampliando a alimentação sangúinea. A sola contém 33% a mais de água que a muralha e deve ser côncava para atender a sua função mecânica de bombear e dar melhor dinamica funcional ao casco, sendo desse modo menos densa e resistente que a parede. A ranilha é uma cunha elástica e macia que contém 45% de umidade e fica situada no meio das barras do casco, derivando esse posicionamento do osso da terceira falange e do tendão flexor profundo. A ranilha deve ser bem desenvolvida e conformada, fun-


foto: Reprodução Enciclopédia Britânica

cionando como elemento amortecedor do impacto nos cascos e auxiliar na irrigação sanguínea. As patas posteriores recebem de 55% a 60% de todo o peso do equino, enquanto as anteriores sustentam entre 40% e 45% do peso.

tensão no tendão flexor digital profundo e contribuindo para a ocorrência dos talões contraídos promotores de quase todas as enfermidades do casco. Diferente do limite inferior para cascos saudáveis, o limite superior não é tão importante.

O impacto do peso é distribuído ao longo da muralha do casco e imediatamente repassado à sola e ranilha. Se o equino permanecer sobre uma superfície que se adapte à forma do casco, a distribuição do peso ocorre ao longo da sola e da ranilha. A angulação da muralha na região da parede dorsal do casco ou pinça em relação ao solo é um aspecto que devemos avaliar com precaução. Esta angulação tem relação direta com o tipo de trabalho que o animal desenvolve. Um ângulo de aproximadamente 54 graus ou maior são mais saudáveis e são os encontrados comumente nos equinos selvagens.

Apesar de existirem provas extensas de que muitas doenças são causadas por uma angulação demasiadamente baixa, não há provas de qualquer doença causada por um ângulo muito alto. Ângulos baixos ou altos não afetam o comprimento da passada nos equinos ao passo, trote, cânter ou corrida de alta velocidade. Os cascos necessitam cuidados periódicos permanentes.

Angulos inferiores a 54 graus não são naturais, são cansativos para os músculos e ligamentos, alteram a distribuição do peso ao longo da pinça, aumentando a

A cada 4 a 6 semanas devemos aparar, moldar e colocar ferraduras nos cascos lembrando-nos de que uma má ferração ou uma manutenção deficitária podem causar bastante problemas. Neste intervalo de tempo os equinos devem ser avaliados individualmente quanto aos cascos e os procedimentos que se fizerem necessários devem ser direcionado a cada indivíduo. *Balduino Medeiros Netto é Médico Veterinário CRMV BA 0638

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E SPECIAL

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Mulheres no Esporte A experiência feminina no domínio da equitação remete a tempos antigos. Reza a lenda que, na Grécia Antiga, uma tribo de mulheres desafiava a imposição de subserviência e tomava o controle de sua própria vida, desenvolvendo tarefas que, até então, eram atribuídas somente aos homens. Eram as mitológicas amazonas, guerreiras que lutavam em cima de seus cavalos e subvertiam os costumes machistas vigentes. A força dessas lendárias mulheres se perpetua nas rédeas das amazonas contemporâneas, atletas com cada vez mais representatividade no hipismo mundial.

D

a Antiguidade à atualidade, muita coisa aconteceu. Sempre revolucionárias, as mulheres conquistaram muitos direitos e passaram a desenvolver com naturalidade diversas atividades que antes eram destinadas apenas aos homens, entre elas, o hipismo profissional. Se comparada à atuação masculina, a inserção efetiva das mulheres no esporte é recente: apenas a partir da década de 1950, elas começaram a participar das competições. As Olímpiadas vieram ainda mais tarde, com a participação da norte-americana Helena Dupont nos Jogos de Tóquio, em 1964. Hoje, o esporte é reconhecido pela promoção da paridade de gênero, sendo a única modalidade olímpica onde homens e mulheres competem juntos na disputa por medalhas, em pé de igualdade. Isso acontece principalmente porque a condição física dos cavaleiros e amazonas não é determinante na obtenção de resultados no esporte, que também promove

disputas entre competidores de faixas etárias distintas. Embora sejam caracterizados principalmente pela força, os cavalos não exigem apenas o esforço físico do atleta para um bom desempenho e sim um conjunto de habilidades, como técnica, dedicação e sensibilidade. Se, por um lado, os homens têm mais força, as mulheres possuem mais jeito na lida com o animal. Com uma elegância incomparável em cima do cavalo, as amazonas estão cada vez mais bem colocadas entre os atletas de alta performance do hipismo internacional. No top 50 do Ranking da Federação Equestre Internacional (FEI), nove mulheres estão em posição de destaque: Pénélope Leprevost (FRA), Elizabeth Madden (USA), Luciana Diniz (POR), Lauren Hough (USA), Edwina Tops-Alexander (AUS), Katharina Offel (UKR), Emanuele Gaudiano (ITA), Jessica Springsteen (USA) e Jane Richard Philips (SUI). No Brasil, a situação também é favorável para elas, que têm forte presença em todas as categorias do Ranking Nacional.

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E SPECIAL

As conquistas são resultado de muito trabalho e dedicação. A amazona baiana Manuela Cunha que o diga: ela monta há 14 anos e, desde 2002, treina seis dias na semana. “Eu sempre montei de terça a domingo, em torno de duas, três horas, geralmente, montando os meus cavalos. Eu já fiquei um ano trabalhando pro meu professor e trabalhava cerca de seis, sete horas com cavalos”, conta.

O campeonato, que chega a sua 8ª edição em 2015, é disputado nas categorias Amazonas B, a 1m, Amazonas A, 1.10m, Amazonas, 1.20m, e Amazonas Top, a 1.30m. Além de Manuela, já foram campeãs do torneio na categoria Top as atletas Juliana Nehme, Giovanna de Finis Sobania, Paula Marchezoni Alho da Silva, Tais de Souza Arruda, Vitoria Rabello Nolli e Siew Chiang, vencedora em 2014.

Entre os títulos conquistados pela atleta, está o primeiro lugar invicto no Campeonato Brasileiro de Amazonas, promovido pela Confederação Brasileira de Hipismo. O único evento com participação exclusivamente feminina do país movimenta o cenário nacional do hipismo com muito charme e competitividade, atraindo público e atletas de todas as regiões.

“Eu acho que a gente está super em igualdade, principalmente na Bahia. A maioria dos atletas aqui são mulheres, dos que estão filiados na Federação. Tem grandes atletas aí da Bahia que já disputaram fora e que se destacam bem”, avalia Manuela. Uma das grandes atletas baianas é a sênior Andrea Muniz, que reside em São Paulo há 12 anos. Para ela, a atuação feminina nas principais categorias do esporte ainda é tímida comparada à participação das mulheres nos Estados Unidos e na Europa. “Eu acho que, principalmente no Brasil, tem poucas mulheres que participam efetivamente das provas fortes. Tem bastante menina na categoria de Amador, na categoria Júnior, mas poucas nos Grandes Prêmios”, pondera Andrea. Ela ressalta que, mesmo com o baixo quantitativo, a qualidade técnica das mulheres que se firmam entram os principais atletas do país é boa. “As poucas que tem normalmente andam muito bem”, completa.

“Eu sempre montei de terça a domingo, em torno de duas, três horas, geralmente, montando os meus cavalos. Eu já fiquei um ano trabalhando pro meu professor e trabalhava cerca de seis, sete horas com o cavalo”

Manuela Cunha

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Para o corpo e a mente Tanto para as mulheres como para os homens, o que não falta são motivos para se dedicar ao hipismo, como manter a saúde e a forma. O trabalho realizado durante a prática da equitação traz benefícios para o corpo e para a mente, ajudando a exercitar os músculos e diminuir o estresse. Andrea, que monta de terça a domingo como atleta profissional, nota os reflexos positivos no dia a dia. “É um esporte que trabalha muito a sua mente, sua tranquilidade. Você está participando ali com outro animal, então, você tem que ter cabeça no lugar”, conta. O hipismo também tem efeitos na estética corporal, trabalhando abdômen, braços e pernas, principalmente o músculo adutor. “Com o tempo você vê que a grande maioria dos praticantes, principalmente as meninas, são pessoas leves, esguias, com o corpo bem definido”, observa. Para Manuela, os principais benefícios da prática do hipismo são para a saúde da mente. “Como você enfrenta muitas barreiras no esporte, isso ajuda a levar um pouco isso também pra vida”, diz. A atleta conta que, além de trabalhar a cognição, memória e enfrentamento de obstáculos, a equitação também é muito interessante por ser uma modalidade que promove a reunião familiar. “É um esporte que traz a família pra junto, que agrega muita gente”, pontua Manuela.

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E NT REVIS TA E XCL USI VA

foto: Raphael Macek

Camila Mazza Smit A paulista Camila Mazza Smit viu sua primeira grande oportunidade no hipismo quando ainda tinha 9 anos. Foi nessa época que ela começou a ter aulas no Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, escola que abriu as portas para uma carreira de sucesso no esporte. A top internacional tem uma carreira marcada por conquistas, que vão do primeiro título, em 1989, na categoria Mirim, à participação nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Uma disputa de tirar o fôlego, na qual a amazona completou a final sem nenhuma falta. Vivendo na Holanda desde 2010, Camila administra junto com o marido uma propriedade recém-adquirida nos entornos de Eindhoven, a uma hora da capital holandesa, Amsterdam, que promete movimentar o hipismo na região. Nas linhas a seguir, a amazona fala um pouco sobre a sua história e os seus planos no esporte. COMO E QUANDO VOCÊ COMEÇOU A MONTAR? QUAL FOI A SUA MOTIVAÇÃO? Desde pequena, sempre fui apaixonada pelos cavalos e montava na fazenda dos meus avós paternos, nos finais de semana. Foi quando minha avó materna me colocou na escola de equitação do Horse Center, com 6 anos de idade. Acho que nesse período, sem dúvida, foram meus avós que me deram motivação no esporte e, claro, a paixão pelos cavalos. QUAIS FORAM OS SEUS MAIORES INCENTIVADORES? De pequena, foram meus avós Terezinha, Zé Milton e minha avó Clarice, minha mãe, Emery. Depois, na categoria Mirim, veio o Sr. Paul [Von Bismarck], que, até os dias de hoje, é uma pessoa que me incentiva e apoia, e meu irmão, Caio. COMO VOCÊ VÊ A POSIÇÃO DA MULHER NO HIPISMO, EM RELAÇÃO AOS OUTROS ESPORTES? O hipismo é um esporte de técnica, sentimento e habilidade, isso que da mais igualdade na competição entre homens e mulheres. Aqui na Europa, é normal ver as mulheres no topo das classificações das provas internacionais. TEM ALGUMA COISA QUE UM CAVALEIRO POSSA FAZER MELHOR QUE UMA AMAZONA? Sem dúvida, a força. Alguns cavalos são mais fortes, acho que isso dificulta mais para as mulheres.

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DO QUE VOCÊ TEVE QUE ABRIR MÃO NA VIDA PARA SEGUIR A CARREIRA DE PROFISSIONAL DE HIPISMO? Com certeza, abrir mão de morar no Brasil, de estar perto da família e dos amigos. Mas hoje tenho minha outra família holandesa, que me dá segurança, suporte e apoio. Isso é muito importante para minha carreira, saber que posso contar com pessoas que estão perto de mim. QUAIS AS DIFICULDADES DA PROFISSÃO? Como toda profissão, tem seus altos e baixos. Acho que barreiras e obstáculos são normais, temos que aprender com os erros, sempre pensando positivo, e seguir adiante.

“O hipismo é um esporte de técnica, sentimento e habilidade, isso que dá mais igualdade na competição entre homens e mulheres”

QUAL FOI O MOMENTO MAIS IMPORTANTE DA SUA CARREIRA? Sem dúvida, foi estar nas Olimpíadas e fazer zero ponto na final, foi um presente de Deus. Até hoje, sou grata a todas as pessoas que tiveram influencia diretamente e indiretamente nesse resultado. VOCÊ MACHUCOU O JOELHO EM UM DADO MOMENTO DA SUA CARREIRA. O QUE ACONTECEU? Tive um acidente na Holanda, no início de 2005. Tive que voltar para o Brasil e fazer uma operação nos ligamentos e voltei a montar no mesmo ano, em julho. No meu primeiro concurso na Hípica Paulista, sofri outra torção, só que muito pior. Tive fratura na tíbia, em todos os ligamentos e o menisco. Passei por outra cirurgia! E só pude voltar a montar no ano seguinte. NAS OLIMPÍADAS VOCÊ ESTAVA USANDO ALGO NO JOELHO. AINDA ESTAVA MACHUCADA? Tive que usar por alguns anos, para evitar torção. DESDE QUANDO VOCÊ ESTÁ RESIDINDO NA EUROPA E POR QUE DECIDIU DEIXAR O BRASIL? Me mudei novamente para a Europa (Holanda) em 2010. Aqui na Europa é o centro mundial do hipismo, é importante estar no meio dos principais cavaleiros mundiais e concursos, para minha carreira pessoal e para os negócios. COMO É O DIA A DIA DE UM PROFISSIONAL DE HIPISMO NA EUROPA? É DIFERENTE DO BRASIL? A vida na Europa é mais dura que o dia a dia no Brasil. Aqui não temos a mão de obra e mesmas facilidades que se tem no Brasil. Mas por outro lado, a gente tem um contato muito maior com os cavalos. Tenho muito mais conhecimento dos meus cavalos, o que eles comem, o quanto eles comem, ferragem, parte veterinária e tudo mais! Você pode administrar a vida esportiva do seu cavalo muito mais, tendo essa aproximação com o animal.

VOCÊ COMPROU RECENTEMENTE UMA PROPRIEDADE NA HOLANDA. COMO SURGIU A IDEIA DE INVESTIR NESTE PAÍS TÃO LONGE DE CASA? Quem comprou a propriedade foi a família do meu marido, a família Smit. Depois que conheci o Michiel, não só ele como toda a família se apaixonou pelo esporte. O Michiel não deixou de me acompanhar um minuto nos concursos que estive. O Elt e a Mies, que são os pais do Michiel, hoje são aposentados e já tinham a ideia de viver no campo. Então, com isso, conciliou as duas coisas, de eles terem achado o lugar perfeito no campo, com todas as facilidades para o Michiel e eu começarmos no nosso negócio, nas nossas cocheiras. QUAIS OS PRÓS E OS CONTRAS DE TRABALHAR E RESIDIR NUM OUTRO PAÍS? Hoje eu considero a Holanda como minha segunda casa. Os holandeses são um povo alegre e solícito! O único ponto negativo é o frio no inverno, mas nada que a gente não passe por cima. QUAIS SÃO OS SEUS PLANOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Agora nas férias de julho, vamos organizar clínicas, já que dispomos de todas as facilidades, dando a oportunidade aos jovens do Brasil e de outras partes do mundo de estarem mais próximos do hipismo europeu. E estou na busca de um cavalo, para que possa voltar a saltar os GPs e concursos internacionais e, quem sabe, sonhando até em poder fazer mais uma Olimpíada.

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GASTRONOMIA

Para gostar de cenouras tanto quanto o seu cavalo gosta! Atendendo a pedidos, a Horse Society revela o segredo do seu famoso bolo de cenoura: INGREDIENTES 4 ovos 3 cenouras médias 3/4 de xícara de óleo 2 xícaras de farinha de trigo 2 xícaras de açucar 1 colher de sopa rasa de fermento PREPARAÇÃO Bata no liquidificador as cenouras picadas, gemas e óleo. Misture a farinha de trigo e açucar batendo bem. Depois, junte as claras e misture delicadamente. Asse em forma untada e povilhada em forne de 180o por 30 minutos. CALDA DE BRIGADEIRO 1 colher de sopa de chocolate em pó 1 lata de leite condensado 1 colher de sobremesa de manteiga Leve ao fogo os ingredientes e mexa até obter o ponto de brigadeiro mole. Despeje a calda quente sobre o bolo quente.

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P I NG PONG

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A Poderosa

Lívia Neves

A

bela advogada baiana é dona de uma hípica cinematográfica onde divide seu tempo entre os seus mais de 15 cavalos. A amazona, que hoje compete com 6 animais nas principais provas do país, conta que começou no hipismo por influência de uma amiga que praticava o esporte. Lívia Neves percorreu um caminho no hipismo diferente da grande maioria dos atletas: começou a montar aos 11 anos de idade e não passou pelas categorias que, teoricamente, todo cavaleiro precisa competir para chegar ao topo. A jovem amazona diz não ser uma “menina de títulos”, mas já foi quatro vezes campeã baiana, é atualmente a bi-campeã do ranking baiano na categoria principal, já representou o Brasil em campeonatos sul-americanos e foi vice-campeã brasileira de Amazonas. Atualmente, ela passa o dia a dia entre a promissora carreira de advogada e o hipismo, onde compete entre os profissionais. À frente do Sítio Chuin, Lívia promove anualmente um dos maiores e mais glamorosos eventos hípicos do Brasil, a Copa Chuin, que este ano completa 10 anos de existência.

NOME COMPLETO: Lívia Mendonça Neves HIPISMO PARA VOCÊ É: Vida FAMÍLIA: Tudo ALGUÉM ESPECIAL: Cavalo UM AMIGO: Fábio Vargas UMA AMIGA: Minha mãe UM CAVALO: Estoril DOIS: Poxa... Eu vou ter que pensar... Sultan! UM CAVALEIRO: Meu instrutor UMA AMAZONA: Luciana Diniz UM ÍDOLO: Meu pai UM MESTRE: Rodrigo Pessoa UM MOMENTO ESPECIAL: Minha prova anual UMA VITÓRIA: Almejada é agora, em 2015, nos 10 anos da minha Copa UMA DERROTA: Uma queda UM SONHO: Olimpíadas UMA MÚSICA: A Estrada, de Cidade Negra UM FILME: Seabiscuit UM PERFUME: Amourage BAHIA: É casa SALVADOR: Paraíso UM RECADO PARA OS INICIANTES NO ESPORTE: Talento é importante, mas a persistência é essencial.

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CAVALOS NO CINEMA

Um dos marcos mais conhecidos da Alemanha, o Portão de Brandemburgo, ou Porta de Brandemburgo (em alemão: Brandenburger Tor), é a entrada monumental para Unter den Linden, a famosa avenida de tílias, que anteriormente levava diretamente ao Palácio da Cidade dos reis da Prússia. Construída no século XVIII, no estilo neoclássico, possui doze colunas dóricas de estilo grego, sendo seis de cada lado. Sobre o arco está a “quadriga” (estátua da deusa grega Irene - deusa da paz, em uma biga puxada por quatro cavalos). Tendo sofrido danos consideráveis na ​​ Segunda Guerra Mundial, a estrutura de 26 metros de altura foi totalmente restaurada no ano de 2002 e hoje é considerada um símbolo da unidade e da paz europeia.

Berlinale A Horse Society esteve no Berlinale, o Festival de Cinema de Berlim, em busca dos astros equinos. Para quem não sabe, o Berlinale é um dos festivais de cinema mais respeitados e celebrados do mundo e, por lá, a participação dos cavalos foi bastante tímida. Depois de muito garimpar o local, encontramos os nossos amigos nos títulos abaixo:

A GIFT HORSE Esta simpática e comovente produção de estilo tipicamente americano, estrelado por John Schneider (The Dukes of Hazzard, Smallville) e Kyla Kenedy (The Walking Dead), foi dirigida por Teddy Smith e conta a história de um cavalo de hipismo que foi desacreditado por sua dona. O animal acaba caindo nas graças de outra menina, que se apaixona por ele e decide treiná-lo. Juntos, os dois vão viver uma série de desafios para provar que a união, a cumplicidade e o companheirismo podem vencer qualquer obstáculo. Também sem previsão de ser lançado no Brasil, este filme foi produzido na Califórnia e seu trailler está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FmJ7H9HIQ-g

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THE GOLDEN HORSE A animação de 75 minutos, ainda sem previsão para ser lançada no Brasil, foi produzida em 2014, na Letônia, por Rija Films (LV), Paul Thiltges Distributions (LU), Vilanimos Filmu studija (LT) e Copenhagen Bombay (DK), com a direção de Reinis Kalnaellis. O filme conta a história de um jovem que embarca numa missão para salvar uma princesa das garras de uma bruxa negra, que se alimenta da tristeza dos outros. O jovem se vê diante de uma série de obstáculos na sua missão e vai contar com a ajuda de um misterioso cavalo dourado nesta difícil jornada.

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ARTE EQUESTRE

Os cavalos de

Murano N

as mãos de artistas experientes, o vidro quente, beirando os 1.250 graus centígrados, vai dando forma a belas esculturas. Esta técnica milenar, conhecida como murano, é um exercício de sensibilidade e dá vida a verdadeiras obras de arte através do sopro do artesão. A arte de moldar o vidro murano tem origem em Veneza e é muito popular no arquipélago de Murano, reconhecido internacionalmente pela beleza e originalidade de suas peças. Além da compra em lojas especializadas, visitantes do mundo inteiro costumam aproveitar a visita à região para conhecer as fábricas e o Museu do Vidro, que exibe vitrais e peças raras. Flores, animais, vasos e toda sorte de figuras abstratas colorem as ilhas e encantam os admiradores da boa arte. Entre o material produzido no arquipélago, que fica a menos de 2 km ao norte de Veneza, é possível encontrar esculturas equestres em variados tamanhos, que impressionam pela delicadeza, força e riqueza nos detalhes. Os animais estão entre as obras mais apreciadas pelos visitantes da re-

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gião e enchem os olhos com cores diversificadas e muito charme, sendo indispensáveis para a decoração de ambientes dos apaixonados pelo hipismo que passam pelo local. O cuidadoso trabalho para dar forma a estes cavalos de vidro translúcido requer uma impressionante habilidade e costuma ser passado de geração em geração entre as famílias artesãs da região. Eles são produzidos com areia de águas tranquilas, que facilita o manuseio do vidro e possibilita características únicas, resultando em materiais leves e de brilho intenso.


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T U R IS MO

Cidade dos sonhos Uma cidade deslumbrante que arrebata seus visitantes nos primeiros minutos de estada. Esta é a sereníssima Veneza, um dos lugares mais charmosos e irresistíveis da Europa. Classificada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, a cidade italiana é um dos destinos internacionais favoritos de viajantes de diferentes nacionalidades.

V

eneza é conhecida pela sua história, cultura e, principalmente pelas suas 118 ilhas e os 177 canais que cortam toda a cidade. A posição estratégica, única no mundo, permite a realização dos românticos passeios de gôndola, que tornam a viagem indispensável para os casais apaixonados e são famosos no mundo inteiro.

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Entre os eventos culturais que movimentam a cidade, merecem destaque o Festival de Cinema, a Bienal das Artes e, principalmente, o secular Carnaval de Veneza. Com um espetáculo canônico durante o dia e, à noite, as festas mais elegantes e quentes do inverno europeu, a folia na cidade é uma excelente opção para fugir da bagunça brasileira. O frio desta


época torna o clima bastante propício para vestir-se em um traje típico dos reis e rainhas de antigamente. Aliás, transitar pelas ruelas de Veneza durante o carnaval nos transporta diretamente ao século XVI, quando surgiu o costume de sair nas ruas usando máscaras. Reza a lenda que o carnaval veneziano tem início quando os nobres se fantasiavam para poder sair na rua sem serem reconhecidos e, assim, curtir o carnaval entre os plebeus. Atualmente, milhares de turistas vão a Veneza durante o carnaval para conhecer e participar deste espetáculo incrivelmente único no mundo. Diferente do que acontece no Brasil, o carnaval de Veneza é elegância pura, onde não há espaço para a bagunça. Não se veem pessoas embriagadas pulando ou gritando pelas ruas e também nada de pegação. Lá, a coisa é molto chic e ninguém vara a madrugada pelas ruas. Às 23h, já não se vê muito agito, mas, para quem gosta de festa, a pedida é ficar atento

às várias festas privadas que acontecem em locais históricos, como o famoso Casinò di Venezia, onde, este ano, centenas dos mais belos jovens da Europa, vestidos de smoking e seda, se debatiam para conseguir serem notados e autorizados a entrar na boate, onde um elegante promoter escolhia a dedo quem entraria ou não. Muitos ficam de fora, mas nem tudo está perdido porque são várias as festas que acontecem em Veneza e também nas cidades e ilhas vizinhas durante o carnaval. Além disso, as apresentações oficiais que acontecem na Piazza San Marco, principal praça da cidade, movimentam milhares de pessoas e são gratuitas. Em 2016, o carnaval acontece no período de 23 de janeiro a 9 de fevereiro.

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T U R IS MO

Dicas: Veneza não é uma cidade muito grande, porém é muitíssimo fácil se perder em suas ruas estreitas e cheias de esquinas e pontes. Veneza é praticamente um labirinto! Portanto, um celular com internet e GPS pode quebrar um bom galho. O aeroporto de Veneza não fica muito próximo do seu centro histórico e turístico. É preciso organizar bem os horários de chegada e partida para que não se corra o risco de simplesmente não conseguir chegar até lá. O transporte público é muito bom, mas pode demorar bastante durante a madrugada. Os ônibus que fazem o trajeto do Aeroporto Marco Polo até a Piazzale Roma, que é o principal ponto viário da região, custam em torno de 6 euros e, durante o dia, operam de 30 em 30min, a partir das 5h. À noite, são poucos os ônibus e a melhor opção é pegar um táxi. Os táxis venezianos são lanchas, pois na cidade não existem carros, e custam, em média, 120 euros para o aeroporto. Apesar do preço, a comodidade vale a pena. Para visitar a Ilha de Murano ou uma das outras tantas ilhas que fazem parte da região de Veneza, o transporte público é fácil e barato. Os vaporettos são barcos que funcionam como ônibus e ligam diversos pontos desta região única no mundo, envolta de água por todos os lados. Cada passagem custa em torno de 7 euros, mas para este transporte é possível comprar um passe semanal, onde você pode pegar os barcos durante todos os dias, sem limite. Custa em torno de 60 euros para uma semana. Muitos pontos turísticos chamam atenção na cidade pela sua riqueza histórica, como a Basílica de São

Marcos, uma belíssima construção bizantina, ou o palácio Ca’Rezzonico, que acolhe o Museo del Settecento Veneziano. Porém, Veneza é inteira um passeio pela história, pois toda a sua arquitetura é recheada de esculturas e obras de arte. Deve-se evitar visitar Veneza nos meses de outubro e novembro, quando as chuvas elevam o nível da água dos milhares de canais que cortam da cidade, fazendo com que as gôndolas e táxis não consigam transitar. O problema acontece devido à altura das várias pontes antigas sobre os canais, por onde essas embarcações costumam passar por baixo. Neste período, a água sobe acima do nível das ruas e é bem provável que os visitantes sejam obrigados a usar botas plásticas, caso não desejem molhar os pés. A água acaba não sendo lá muito cheirosa e algumas residências e estabelecimentos chegam a utilizar proteção contra água em suas portas.

Para ficar: Para quem deseja mergulhar na fantasia, a pedida é o famoso Hotel Danieli. Com uma estrutura de três prédios, construídos nos séculos XIV, XIX e XX, o luxuoso e tradicional hotel fica no coração da cidade, a poucos metros da Piazza San Marco, onde tudo acontece. Entretanto, para quem não deseja gastar tanto com hospedagem, existem diversas opções de hotéis com excelente custo-benefício. Um deles é o Hotel Santa Marina, um 4 estrelas que possui suítes confortáveis e com decoração moderna a um preço bastante acessível. A localização é tranquila e o acesso de taxi é bastante cômodo. www.danielihotelvenice.com www.hotelsantamarina.it

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Imperdível! Inaugurado em 1720, o Caffe Florian mantém até hoje a sua decoração antiga e suntuosa. O local é point de encontro dos venezianos mais bem trajados e só passando pela frente das suas enormes janelas de vidro já é possível se sentir um nobre do século XVIII. Lá, são servidos chás, drinks e petiscos dos mais variados. www.caffeflorian.com/en Piazza San Marco, Venezia, Itália +39 041 520 5641 O passeio de gôndola, que para uns pode parecer brega e excessivamente romântico, é programa obrigatório a quem vai a Veneza. Funciona como um “city tour”, onde são mostrados de perto os prédios históricos, igrejas e casas de personalidades famosas como Giácomo Casanova e Marco Polo. Custa, em média, 80 euros por 30 minutos e os gondoleiros costumam ser simpáticos e divertidos.

Para comer: “Na Itália qualquer comida é boa.” Essa máxima certamente é verdadeira num país onde a tradição gastronômica é, sem dúvida, um dos principais atrativos turísticos. Os italianos realmente gostam de comer bem e, por isso, sua culinária é famosa em todo o mundo. Em Veneza, não é diferente e as opções são inúmeras. A sugestão é pedir um dos mariscos exóticos típicos do mar Adriático em um dos vários restaurantes especializados em frutos da mar. A canocchia é um crustáceo que se assemelha ao camarão e ao lagostin. Com sabor exótico, a iguaria é do tipo que não se encontra no Brasil. No restaurante Antica Adelaide, a canocchia vem grelhada como “antipasto”, que significa entrada em português. Lá, o cardápio traz uma série de pratos diferenciados e saborosos, com ingredientes típicos da região e massas artesanais por um preço razoável. Cannaregio, 3728 +39 (41) 523-2629

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E ST I LO

foto: Bruno Sarraf

foto: Xico Diniz

foto: Xico Diniz

O artista e designer gráfico Lucas Ferraz, mais conhecido como Kiolo, também é apaixonado por cavalos

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foto: Xico Diniz

Hipismo e decoração As fotografias de Lucas Ferraz não passam despercebidas em nenhum ambiente. O jovem designer baiano, que também atende por Kiolo, é especializado em Fotografia Fine Art e tem se destacado no mercado nacional.

O

trabalho de Kiolo chamou atenção na última edição da CasaCor Bahia, realizada em setembro e outubro do ano passado. Além de expor fotografias em outros ambientes, o fotógrafo esteve em evidência na “Suíte do Filho”, ambiente que foi decorado pelo escritório NR Arquitetura e teve como tema a paixão pelos cavalos e pela prática da equitação. Com fotos clicadas exclusivamente para a ocasião, Kiolo mostrou que hipismo e decoração podem andar de mãos dadas. “Eu acho que o hipismo é um esporte muito nobre e que tem uma relação muito bonita com os animais. Levar essa admiração e esse cuidado com o animal pra dentro de casa é uma coisa bastante carinhosa. É como se você estivesse levando um sentimento pra decoração”, avalia o fotógrafo, que chegou a fazer aulas de equitação quando era criança. As fotografias produzidas por ele são concebidas como obras de arte e envolvem um processo de produção dedicado desde o clique até a entrega ao cliente. Utilizando um tipo de impressão especial e papéis

confeccionados em fibra de algodão museológico, o fotógrafo trabalha com séries limitadas e fotografias assinadas e certificadas, que garantem a personalidade exclusiva de cada peça. Além de fotos para praticantes de hipismo, ele também já fez trabalhos para criadores de cavalos. E se o universo equestre é comum na decoração de ambientes rurais, como sítios e hípicas, ele já é tendência na realidade urbana, sendo frequentemente utilizado em detalhes da arquitetura e design de interiores. Seja na estampa de uma almofada ou em uma parede rústica, as referências do hipismo na ambientação de casa têm agradado aos amantes do cavalo. Trabalhando com o conceito de fotografia customizada, Kiolo dá um toque contemporâneo à decoração temática. Sua obra oferece a possibilidade de personalizar um espaço com fotografias da própria infraestrutura ou dos atletas e seus cavalos. “Hoje em dia, é muito comum as pessoas agregarem valor a objetos exclusivos e acho que esse lance da fotografia vem pra somar, já que uma imagem vale mais que mil palavras”, analisa.

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N A C IONAL

Profissão Cavaleiro Se à primeira vista montar a cavalo pode parecer apenas diversão, os cavaleiros profissionais e instrutores estão aí para provar que hipismo é coisa séria. Como em outros setores, a atividade esportiva requer dedicação e formação técnica para ser reconhecida como atividade profissional. No Brasil, apenas cinco instrutores são reconhecidos pela Federação Equestre Internacional.

S

er cavaleiro no Brasil não é fácil. Com dificuldades que vão desde conseguir patrocínio para se dedicar exclusivamente ao esporte a ter um bom cavalo para montar, cavaleiros e amazonas acabam descobrindo cedo a inviabilidade de viver no país apenas de competições. Por conta disso, a maioria dos atletas precisa desenvolver outras atividades para complementar a renda mensal. O problema acaba sendo um empecilho para que grandes atletas despontem internacionalmente no esporte, já que a meta de fazer parte da elite do hipismo necessita de dedicação exclusiva. Muitos cavaleiros acabam se tornando também instrutores de equitação, seguindo o caminho comum de adaptação do sonho à realidade brasileira. “O profissional tem que montar, dar aula, ele tem que se desdobrar pra poder se manter no esporte”,

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conta André Giovanini, cavaleiro olímpico e instrutor de hipismo há 27 anos. Para ele, a principal barreira enfrentada pelos atletas brasileiros é o número reduzido de competições no país, o que torna inviável manter um cavalo de nível olímpico. “Eu acho que o hipismo e o nível dos cavalos vêm melhorando a cada ano que passa, a gente tem mais intercâmbio com cavaleiros internacionais, tem mais brasileiros indo montar lá fora. Mas não tem como fugir: se você quer participar de uma competição de alto nível, você tem que montar lá fora”, enfatiza. Embora relacionadas, as profissões de cavaleiro e instrutor se diferem uma da outra. Enquanto o grande objetivo do cavaleiro é a conquista de títulos, o instrutor se dedica à formação de seus alunos, sejam aqueles que procuram as escolas por hobby ou os que buscam treinamento esportivo para as competições.


Formação Nos últimos anos, pouco foi feito no Brasil para incentivar a capacitação de instrutores. A tentativa mais concreta e objetiva para a efetiva profissionalização até agora aconteceu com a promoção do Programa Nacional para Capacitação e Aperfeiçoamento de Instrutores de Equitação – PRONACAP, com o objetivo de elevar o nível técnico da instrução de equitação no país. O programa era baseado na realização de cursos gratuitos que adotam o FEI Coaching System, sob a supervisão e direção de tutores nomeados pela Federação Equestre Internacional (FEI). O sistema, desenvolvido no país pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) em 2008, utilizava uma metodologia padronizada para a formação, educação continuada e aperfeiçoamento de instrutores nas três modalidades equestres olímpicas, proporcionando tanto o desenvolvimento técnico quanto as habilidades didático-pedagógicas destes profissionais. Apesar de ser uma boa iniciativa, o projeto não teve continuidade e, no Brasil, apenas cinco instrutores são reconhecidos pela Federação Equestre Internacional. Um deles é Ivo Roza Filho, que desde 2003 é instrutor exclusivo do Centro Hípico cearense Harafah, onde comanda uma equipe formada por mais três instrutores. Ele participou dos cursos FEI levels 1 e 2 promovidos no Brasil entre 2007 e 2008 e foi aprovado nas provas práticas e escritas.

“O profissional tem que montar, dar aula, ele tem que se desdobrar pra poder se manter no esporte” André Giovanini

“Na época que esse projeto era tocado no país, a ideia seria criar um certificado concedido pela CBH, uma espécie de selo para os profissionais que realizassem o curso e passassem nas provas”, explica Ivo. Para ele, os cursos tornariam o mercado mais seletivo e se tornariam imprescindíveis para o sucesso dos instrutores. “Não havia a ideia de proibir ninguém a dar aulas, e sim prestigiar as pessoas que estavam certificadas, para que, a longo prazo, o fato de ter a certificação fosse algo indispensável”, completa. Além de Roza Filho, a FEI tem em sua relação de instrutores certificados os brasileiros Marcelo Artiaga de Castro, Ataide Pereira, Ismar Augusto Ribeiro Neto e Mario Vieira Zanotelli. Atualmente, a profissão de instrutor não é regulamentada no Brasil e não existem sindicatos da categoria ou a fiscalização destes profissionais. O cenário, no entanto, pode mudar. É o que a Confederação Brasileira de Hipismo pretende com a criação de um curso voltado para a formação de instrutores no país, que deve ser lançado em 2016. “A CBH realizou um estudo e a conclusão que chegou é de que nós temos urgência em começar algo no sentido de capacitar os profissionais que atendem ao esporte”, explica Pedro Cordeiro, coordenador técnico da entidade.

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N A C IONAL

O curso será realizado em parceria com uma universidade brasileira, na modalidade de ensino à distância, visando facilitar o acesso dos profissionais de todas as regiões do país. As aulas serão iniciadas pela categoria básica e serão divididas em três módulos, cada um com duração de seis meses. Os instrutores aprovados em cada semestre poderão participar do próximo e, ao final do terceiro módulo, sairão com a certificação de instrutor no nível Escola. Com isso, a ideia é criar um selo de qualidade para que, no futuro, todas as escolas de equitação tenham um instrutor credenciado no quadro de funcionários. Os clubes que estiverem de acordo com os requisitos estabelecidos receberão um brasão indicando que estão regulamentados pela CBH. “Porque o pai que chega ali pra colocar seu filho vai verificar aquele brasão e já vai saber que isso é porque o clube cumpre todas as formalidades, tem o seu instrutor ou os seus instrutores responsáveis”, explica Cordeiro. Ele salienta, no entanto, que a entidade não tem poder punitivo e as escolas que não se adequarem às regras poderão continuar funcionando normalmente, mas sem o reconhecimento e garantia da CBH. A Confederação espera colher os primeiros resultados deste projeto já em 2017, quando a primeira turma de instrutores credenciados será formada. Contudo, a solução não será imediata, dependendo de tempo, dedicação e eventuais aperfeiçoamentos do programa. A partir da consolidação desta etapa inicial,a entidade começará a elevar a graduação do curso, passando para as demais alturas.

“Não havia a ideia de proibir ninguém a dar aulas, e sim prestigiar as pessoas que estavam certificadas, para que, a longo prazo, o fato de ter a certificação fosse algo indispensável” Ivo Roza Filho

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“O nosso primeiro trabalho é junto ao Ministério do Esporte, identificando e qualificando esses instrutores, para, lá na frente, indexar isso com o Ministério da Educação e, depois, transformar essa carreira que vai ser iniciada em uma profissão. Esse é o ponto final da linha, é exatamente uma tentativa de regulamentação”, conta o diretor técnico. A princípio, qualquer pessoa interessada poderá participar das aulas oferecidas pela Confederação Brasileira, mesmo que não tenha conhecimentos na profissão, mas todos necessitarão passar por avaliações para dar continuidade aos estudos. O conteúdo programático do curso será composto por diversos assuntos, que envolverão técnicas de hipismo, psicologia, pedagogia, segurança e até mesmo conhecimentos voltados para o ensino infantil. Para o instrutor André Giovanini, a oportunidade dos profissionais aprenderem mais sobre metodologia de ensino é fundamental para a organização da equitação, já que a maioria deles já possui bom conhecimento da técnica esportiva. “Eu acredito que tem, realmente, que começar pela base, como a CBH está fazendo. Porque esses são os menos favorecidos em questão de informação para poder passar para os jovens. É lógico que é um trabalho a longo prazo, mas a CBH está disposta a começar isso”, avalia.


Aida Nunes e

Mel Castelar

Carlos Avelar e Vic toria Erel

Miranda Juliana Avelar e Paulinho

LEANDRO BRAYNER

Fotografia & Filmagem tel. (81)9909-5760 www.lbwebtv.com.br

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SÃO PAULO fotos: Anna Paula Carvalho

Torneio de Verão do Clube Hípico de Santo Amaro

Pódio Grande Prêmio

André Miranda

Marcos Ribeiro

Renato Ribeiro

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Rafael Ramos


Flavia Junqueira Lopes

Cesar Almeida

Guilherme Foroni

Francisco Musa Loro Vieira

Kitaro Baldaia

Felipe Braga

Tiago Diniz

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Sテグ PAULO

Adir Abreu Jr.

Patsy Zurita

Edson Coutinho

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Rafael Moderno

Josテゥ Roberto Reynoso Fernandez Filho

Renato Junqueira


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PERFIL

Novos Talentos

HENRY

HARDMAN Henry Hardman começou a montar aos 8 anos de idade, em 2008. Sete anos depois, muita coisa aconteceu na vida do jovem paraibano, que hoje é uma das revelações da nova safra do hipismo brasileiro.

A

brincadeira de montar a cavalo enquanto a irmã mais velha treinava na escola de equitação virou coisa séria na vida do caçula da família Hardman. A lista de títulos conquistados pelo cavaleironão para de crescer e já coloca o menino como uma das promessas do esporte no Brasil. Entre as conquistas mais significativas que ele já obteve neste curto período de carreira, estão o Ranking e Campeonato Paraibano 2014, o Campeonato Norte e Nordeste 2014, o Mundial por Equipe no FEI Children 2013, onde conseguiu o 7º lugar no Individual, e a prata por equipe no Campeonato Americano de Hipismo 2014, onde levou a 3ª colocação no individual.

“O momento mais marcante foi a conquista do 5º lugar no Campeonato Brasileiro de Salto da categoria Mirim no ano passado e, logo depois, ter a oportunidade de ser convocado pela CBH para representar o Brasil no Campeonato Americano de Salto”, conta Henry. Ele revela que a dedicação diária é o segredo para ser um bom cavaleiro. É por isso que, aos 15 anos recém-completados, o jovem treina de segunda-feira a sábado, sempre com a orientação de seu instrutor. A rotina do atleta é puxada: ele se divide entre os treinos e a escola, onde cursa o 1º ano do ensino médio, e já teve que abrir mão de muita coisa para se dedicar ao hipismo.

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fotos: Luis Carlos Ruas

Enquanto os outros garotos passam a tarde jogando videogame ou navegando pela internet, Henry se dedica para conquistar o sonho de ser campeão brasileiro. O esforço, para ele, não é nenhum sacrifício. “Não me arrependo nem um segundo. Porque quando competimos e, principalmente, quando ganhamos, percebemos que todo aquele esforço valeu a pena. Não existe sensação melhor”, explica. E como as notas boas na escola são prioridade, o cavaleiro sempre tenta dar o melhor de si nos estudos para garantir a participação nas competições. Além da dedicação do jovem, os pais e a irmã também tem papel fundamental nesta conquista. “Minha família está sempre apoiando meus sonhos de

ser um bom cavaleiro proporcionando que eu monte um bom cavalo, tenha uma boa equipe”, conta. Os cavalos também ganham o merecido reconhecimento do atleta. Atualmente, Henry salta com Ravel Vila Fall, eleito por ele como o mais importante em sua história. Ele também já montou os cavalos Apolo, com o qual iniciou na escolinha, Colorado, Landirene e Aischa HV. Apesar de considerar o hipismo um hobby, Henry se prepara para a temporada que se inicia e pretende avançar para a categoria Pré-Júnior ainda este ano, repetindo o sucesso de 2014. E no que depender da sua paixão e esforço, 2015 promete. “Não me vejo fazendo outro esporte. Amo o hipismo”, declara.

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RIO DE JANEIRO

fotos: Russo

Torneio de Verão da Sociedade Hípica Brasileira

Karen Cox

Roberto Dias e Antônia Ribas

Marcelo Ferreira

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Pete Leite e Carlos Freitas

Nuno Ribeiro e Kevin Cox

Kelly Dutra


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N U TROLOGIA

Testosterona e longevidade por Fernando Filho*

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ara aqueles que buscam uma qualidade de vida melhor, autonomia, força, disposição e independência física, vale a pena ficar de olhos bem abertos nesse hormônio chamado testosterona. O início da queda hormonal masculina acontece, em média, já aos 30 anos de idade, onde é clinicamente evidente uma mudança nos níveis do hormônio. Quando falamos em testosterona, as pessoas pensam apenas na parte sexual, mas, na realidade, esse hormônio exerce mais de 200 funções anabólicas e de reparo. Infelizmente, quando o homem sente que está realmente com alteração e diminuição do desempenho sexual, ele já está em um estágio avançado e, na maioria dos casos, permanece acomodado. Ou seja, aquilo que ele imagina que é o inicio do problema é um dos últimos acontecimentos de toda evolução da diminuição de testosterona.

Com o passar dos anos, a testosterona diminui e o hormônio feminino aumenta no homem, fenômeno conhecido como andropausa. Hoje, é possivel cuidar do paciente através da modulação hormonal bioidêntica, um método mais seguro e eficaz do que a reposiçao que antigamente era realizada. Nosso corpo está exposto a agrotóxicos, stress, poluição, alimentos industrializados, entre tanta ouras situaçoes. No entanto, é preciso mudar a alimentação de verdade. Na clínica e nas ruas, ouço pessoas que acham estar fazendo bem à saude ingerindo manteiga, requeijao light, pão integral, soja, frutas de maneira abusiva, leite ou refrigerante zero, mas estão completamente enganadas. Por fim, quero deixar uma mensagem: é possivel envelhecer sem ficar velho. Hoje em dia, ninguem mais é refém da sua propria genética.

A testosterona é a principal hormonio relacionado ao : - Aumento da gordura corporal; - Sensação de baixa estima; - Desempenho fisico; - Aumento da resposta inflamatória corporal e o risco de doença vascular cardíaca (Infartos) - Declínio cognitivo (capacidade de raciocínio lógico, memória, etc…); - Aumento da predisposiçãoo à obesidade visceral (aquela gordura intra-abdominal que é altamente perigosa para risco de infarto); - Sarcopenia (diminuição da massa muscular); - Sucetibilidade à depressão; - Aumento da perda óssea; - Disfunção Erétil

*Dr. Fernando Filho é médico nutrologista esportivo especializado em modulação hormonal

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HS

P R I M E I R A AU L A G R ÁT I S

Venha aprender a arte da equitação sob a supervisão do cavaleiro olímpico André Luís Giovanini. Aulas para crianças e adultos de todas as idades* Av. Praia de Tramandaí, 829 - Vilas do Atlântico - Bahia Tel. (71) 3369-2640 | e-mail: academiabaianadehipismo@hotmail.com Horário de funcionamento: terça a sexta das 8h às 18h; sábado e domingo das 8h às 12h * Aulas lúdicas para crianças a partir de 2 anos. HORSE SOCIETY Lifestyle

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S ALVAD OR

fotos: Aida Nunes

Torneio de Abertura do Ranking Baiano 2015

Andrea, Lucca e Daniel Andrade

Giulia Mello

Larissa Piedade

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Deborah Cohen

Moacyr, Ana Victoria e Rosilda Andrade

Maria Gabrielle Sampaio

Mariana Amarante

Larissa Neves

Viviane, Pedro e Lucca teixeira


Beatriz Pitanga

Matheus e Carla Passos

Rodrigo Gomes

Nilda Mendonรงa

Amaryllis Gounin, Bruna Campos e Beatriz Calmon

Eliza Rezende

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S AÚD E

Quiropraxia,

uma nova profissão da área de saúde por Marcelo Botelho*

A

Quiropraxia é uma das profissões que mais crescem no mundo, estando atualmente presente em mais de 80 países. Segundo a Organização Mundial de saúde, a Quiropraxia se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção das alterações do sistema músculo-esquelético, e a influência dessas alterações sobre a função do sistema nervoso e a saúde em geral.

artrose) nessas articulações, incluindo os discos vertebrais (hérnia de disco).

O tratamento se baseia na correção das alterações mecânicas das articulações, e sua influência na cascata de eventos que levam a geração de degeneração, inflamação, e dor. São pequenos “desalinhamentos” que ocorrem, especialmente na coluna vertebral, e que acabam por gerar sobrecargas mecânicas. Esses, por sua vez, podem causar um processo de desgaste (degeneração,

Há um enfoque especial nos problemas relacionados à coluna vertebral, como hérnias de disco e dor ciática, dores de cabeça, dores lombares e cervicais, e lesões por esforços repetitivos (DORT/LER). É um das opções de tratamento que mais se desenvolve no mundo devido a sua segurança e eficácia, sendo também bastante utilizada no meio esportivo (para humanos), e também em animais (especialização veterinária).

A principal meta do tratamento é o “bom funcionamento” articular, tratando a causa do problema e não apenas a conseqüência, a dor. São empregados métodos naturais e abordagens não invasivas, não incluindo o uso de drogas ou cirurgias.

*Marcelo Botelho é Quiropraxista – ABQ-0065, Médico – CRM BA- 23623, Quiropraxia Esportiva (ICSSD), Pós graduado em Clínica de Dor, Medicina do Esporte, Mestrado em Medicina e Saúde (UFBA) e atende no consultório no endereço: Av. Prof. Magalhães Neto, 1541, Hospital da Bahia, bloco A, sala 2015 (Salvador/BA). Tel. (071) 3261-7799

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