Guia da Copa Africana de Nações - Portal do Futebol Africano - André Carlos Zorzi

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GUIA DA COPA AFRICANA DE NAÇÕES 2015

André Carlos Zorzi


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ÍNDICE

CONSIDERAÇÕES DO AUTOR

03.............O País Sede 06...Guiné Equatorial 08..........Burkina Faso 10.....................Gabão 12.....................Congo 14...................Zâmbia 16....................Tunísia 18............Cabo Verde 20..............R D Congo 22.......................Gana 24....................Argélia 26..........África do Sul 28...................Senegal 30...Costa do Marfim 32.........................Mali 34...............Camarões 36......Guiné-Conacri 38.Estatísticas e Curiosidades

Primeiramente, será utilizada ao longo de todo este guia a sigla CAN para referir-se à Copa Africana de Nações, de modo a facilitar e simplificar a leitura. Na página seguinte, um texto que abordará questões extracampo a respeito do país-sede, a Guiné Equatorial, explicando os meandros de sua escolha para acolher o torneio e situando o leitor à realidade sócio-econômica local. No restante do material, você encontrará duas páginas destinadas a cada um dos 16 participantes da competição, sendo a primeira delas com informações básicas, como seu número de participações e títulos em CAN e Copas do Mundo, localização no mapa e a lista de convocados. Já a segunda página trará os seguintes tópicos: RETROSPECTO: Resumo com as principais campanhas e feitos de cada uma das equipes, para ajudar o leitor a situar-se na realidade futebolística continental. O TÉCNICO: Dados sobre o currículo de cada treinador, além de mostrar sob quais circunstâncias chegou ao cargo. O QUE ESPERAR: Aposta sobre qual fase da competição cada seleção está mais cotada a chegar, levando em conta fatores como qualidade e compromisso do elenco, campanhas anteriores e momento atual. O TIME: Comentário breve acerca dos convocados para a competição. A seção “Fique de Olho” traz os jogadores de cada equipe que merecem destaque, seja por conta de sua qualidade em campo, história com a seleção ou até mesmo por ser um atleta promissor. Como o foco deste guia é a África, os nomes dos atletas que atuam por clubes africanos (não necessariamente em seu país de origem, mas sim de todo o continente) estarão escritos em negrito nas listas de convocação. Ao final do material, dados gerais acerca da CAN, como quais países possuem mais participações, a quantidade de naturalizados de cada equipe, quais seleções contam com mais jogadores da liga local e etc. Contato para dúvidas, correções, sugestões e etc: andre.carlos.zorzi@gmail.com


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O PAÍS-SEDE Mudança às pressas

seus habitantes, o assunto deu Vale lembrar que desde 1994 a margem à muitas críticas e até à fronteira entre Marrocos e Argélia No primeiro semestre de 2011 foi criação de teorias paralelas para está fechada, e os países possuem delegado ao Marrocos o direito de a real motivação da desistência. relações diplomáticas delicadas. Recentemente, por exemplo, um sediar o mais importante torneio continental de futebol da África em Em entrevista coletiva no início soldado argelino foi acusado de ati2015. Obras foram realizadas para de dezembro, o experiente técnico rar em civis marroquinos na região melhorar a infraestrutura dos está- francês Claude Leroy, que possui fronteiriça, o que causou intensas dios que também foram utilizados uma dezena de pasasgens por sele- divergências entre os dois países. para receber jogos do Mundial de ções nacionais, e atualmente treiClubes da FIFA, e com uma situa- na o Congo-Brazzaville afirmou: O jornalista e pesquisador político Sean Jacobs, por sua vez, ção política muito mais controlada do que a Líbia, país que desistiu de “dizem que é por causa do vírus comenta em seu texto “Recusa sediar a competição em 2013, tudo Ebola, mas em minha opinião é marroquina em sediar a Copa das caminhava dentro da normalidade. apenas uma desculpa que não me Nações é enraizada em preconceiconvence. [...] O Marrocos está es- to”, veiculado em 13 de Novembro Porém, em outubro de 2014, fal- truturalmente preparado, mas não de 2014 no jornal The Guardian: tando pouco mais de três meses esportivamente, pois sua seleção para o início da competição, as nacional está fraca no momento. “Citar a epidemia de ebola para autoridades marroquinas pediram [...] Pessoalmente, eu penso que cancelar o torneio evidencia a dium adiamento do torneio em vir- é uma decisão muito geopolíti- ficuldade de relações entre a Áfritude da epidemia de Ebola que ca. Eles estão com medo de que ca do Norte e a Sub-Saariana. havia tomado conta de três países a Argélia triunfe em sua terra.”. [...] da África Ocidental: Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri (Vale John Kamara, atacante serra leonino do Lamia (Grécia), protesta lembrar que à época, apenas a contra o preconceito direcionado aos países assolados pelo Ebola Guiné-Conacri possuía chances de se classificar à competição, sendo que a própria equipe vinha mandando seus jogos nas Eliminatórias em território marroquino, na cidade de Casablanca, justamente por não poder atuar em solo nacional por conta do Ebola). A CAF não aceitou o pedido, e o imbróglio se estendeu até o meio de novembro, quando finalmente decidiu-se que a CAN do ano seguinte não seria mais organizada pelos marroquinos. Com a desistência, o Marrocos terá de arcar com uma multa de cerca de 20 milhões de dólares, além de não poder participar das próximas duas edições do torneio. Apesar da justificativa oficial dada pelo governo marroquino ter sido a proteção à saúde de André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Ao mesmo tempo que o Ebola é claramente uma doença mortal, ele está restringido a três países na África ocidental. [...] Estranhamente, o Marrocos vem hospedando algumas das partidas eliminatórias da Guiné em Casablanca, sem menções ao Ebola, e linhas aéreas marroquinas seguem voando diariamente aos países afetados. O governo afirma que é mais fácil controlar voos do que estádios cheios de torcedores, mas isso não faz sentido a partir do momento em que a maior parte dos torcedores na Copa Africana de Nações normalmente são do próprio país-sede (alguns estimam que mais de 80%). Porém, mais enigmático ainda é que o Marrocos continuará sediando a Copa Mundial de Clubes no próximo mês. O volume de viagens esperado para a região durante o torneio deve ser maior do que o da Copa das Nações, ainda que o Marrocos não pareça disposto a cancelá-lo. [...] O Marrocos, como a maioria de seus vizinhos norte-africanos, tem um relacionamento difícil com as nações ao sul do Saara. Os migrantes africanos, muitos em seu caminho para a Europa, regularmente reclamam sobre assédio, violência e Xenofobia [nos países do norte]”.

O Substituto Para substituir o Marrocos, países como África do Sul, Egito, Sudão, Gana e Angola, foram cogitados, mas não aceitaram o compromisso faltando apenas dois meses para a disputa. No dia 14 de Novembro, a CAF anunciou que a Guiné Equatorial seria novamente o país-sede, já que hospedou a competição em parceria com o Gabão em 2012, tornando-se assim o país a receber duas CAN no me-

nor intervalo de tempo da história. pelo presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, Chefe de EstaO próprio país, porém, mesmo do africano há mais tempo no carvencendo a Mauritânia por 3 x 1 go, que assumiu graças a um golpe no placar agregado da 1ª fase das aplicado em Francisco Nguema, Eliminatórias para a competição, seu tio e primeiro presidente da hisfoi eliminada nos tribunais graças tória do país. Nas últimas eleições, à escalação irregular do atacante em 2009, Obiang chegou ao seu 3º Fidjeu. Com a escolha-relâmpa- mandato consecutivo, que dura até go da nova sede, passaram a ter 2016, graças à maioria esmagadora vaga garantida na competição. de 96,7% votos recebidos pelo seu grupo político, o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), A Guiné Equatorial em processo criticado pela imÚnico país da África Negra a pos- prensa internacional por conta da suir colonização espanhola. Possui falta de transparência e suspeitas pouco mais de 700 mil habitantes de de fraude. Nas últimas eleições leacordo com estimativa da Agência gislativas, em 2013, o PDGE conCentral de Inteligência dos Estados quistou 99 das 100 vagas na CâmaUnidos, sendo cerca de 88% deles ra de Deputados, e 69 das 70 vagas católicos, e em sua maioria falan- no Senado do país. Com isso, o tes de espanhol, ainda que francês respeito às liberdades civis e die português sejam línguas adotadas reitos políticos acabam sendo os como oficiais, mas pouco usadas. piores possíveis de acordo com o a ONG Freedom House, que classiDe acordo com o último relatório fica o país como “Sem Liberdade”. da ONU, a Guiné Equatorial possui o 43º pior IDH (Índice de De- A liberdade de imprensa também senvolvimento Humano) do plane- é outro ponto bastante criticado no ta, ocupando a 144ª posição entre país. A Guiné Equatorial é o 13º 187 países, sendo o último da lista país pior colocado em uma lista de dos países com índice mediano. 180 nações neste quesito, de acorO país é governado desde 1979 do com os levantamentos do Índice Mundial de Liberdade de ImO presidente Nguema ergue a prensa 2014 elaborado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras. O reTaça Africana de Nações latório ainda mostra que nenhuma violação à liberdade de imprensa foi registrada no ano por conta da completa ausência de imprensa independente, com muitos jornalistas tendo que se auto censurar ou fugir do país. Dentro do continente africano, a Guiné está melhor colocada apenas em relação ao Djibuti, Sudão, Somália e Eritréia. Além da agricultura e da pesca, a extração de petróleo vem sendo um dos principais pilares da economia guinéu-equatoriana desde a década de 90, o que ajuda a explicar o fato de os Estados Unidos serem resAndré Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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ponsáveis por 98,1% das origens dos investimentos estrangeiros anunciados pela Guiné Equatorial entre 2009 e 2012, de acordo com relatório da FDI Intelligence. O secretário-geral do PDGE, Jerónimo Osa, defende o governo das acusações alegando que “A forma de ver a autoridade é diferente para os guineanos. Além disso, a Guiné Equatorial não possui uma história social e democrática como a que possuem os países do ocidente.”. Já o presidente Nguema em entrevista à rede televisiva Russia Today en Español, perguntado sobre a que motivos se deve a má imagem do país no exterior, comentou: “Acredito que a publicação negativa de muitos meios sobre a Guiné Equatorial devem ser mon-

Imagem:BBC

tagens feitas para passar uma má imagem do país. O que não entendo é que quando o país está tendo programas importantes e desenvolvimento bastante positivo, que se tenha que fazer frente a publicações negativas.

As outras duas são Ebebeyin e Mongomo, cidades pequenas, que passaram por grandes reformas às pressas. O gramado de ambos os estádios, por exemplo, foi trazido de avião diretamente da Europa para a conclusão das obras.

Para um jornalista que chega, não há interesse em dizer algo sobre as realizações do governo, sobre os hospitais, centros educativos e tudo que se faz, a publicação é unicamente referente aos aspectos negativos.”

Mesmo assim, Alain Giresse, técnico do Senegal, demonstrou estar insatisfeito com as condições de Mongomo. “Há apenas um campo de treinamento, e um outro situado a cerca de uma hora dirigindo a partir do centro da cidade, ambos para serem usados por quatro times. [...] Eu havia dito antes, e digo novamente: o hotel que nos disponibilizaram não é bom. Se meus jogadores ficarem neste lugar e treinarem nestes campos, isso pode afetar sua performance geral no torneio. É lamentável.”, afirmou.

As Cidades-Sede Das quatro cidades que sediarão os jogos, as duas maiores, Bata e Malabo, já haviam recebido partidas em 2012, e por isso apresentam melhores condições estruturais.

Acomodações construídas para a competição na cidade de Ebebeyin

Estádio de Mongomo, ainda em obras para a competição, em foto de Dezembro/2014

Imagem:BBC


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GUINÉ EQUATORIAL

Particpações em CAN: 01 12 Melhor Resultado: Quartas de Final (12) Participações em Copas do Mundo: Não possui Apelido: Nzalang (Trovões)

Localização

Goleiros:

Aitor Embela (Málaga, Espanha) Carlos Mosibe (Malabo, G. Equatorial) Felipe Ovono (Dep. Mongomo, G. Equatorial)

Defesa:

Igor Engonga (CD Tropezon, Espanha) Dani Evuy (Leones Vegetarianos, G. Equatorial) Diosdado Mbele (Leones Vegetarianos, G. Equatorial) Miguel Angel Maye (Akonangui, G. Equatorial) Rui (Hibernians, Escócia) Sipo (AEK Larnaca, Chipre)

Meio Campo:

Juvenal Edjogo (Santa Coloma Andorra) Ellong Doualla (The Panthers, G. Equatorial) Pablo Ganet (UD Sanse, Espanha) Charly Martin (College Europa, Gibraltar) Emilio Nsue (Middlesbrough, Inglaterra) Randy (Iraklis, Grécia) Ivan Zarandona (Rangers, Escócia)

Ataque:

Javier Balboa (Estoril, Portugal) Ruben Belima (Real Madrid B, Espanha) Ivan Bolado (Pune City, Índia) Raul Fabiani (Olimpic Xativa, Espanha) Kike (Mallorca B, Espanha) Ruben Dario (Leones Vegetarianos, G. Equatorial) Ivan Salvador (Valencia B, Espanha) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto na Competição Andrés Jorge Mbomio, eleito três Nesta edição da competição,

dias antes, optou por não renovar Equipe com menos tradição en- o contrato com o espanhol, em tre todas as participantes, os gui- virtude do mesmo não ter vianeenses só disputaram a CAN jado a Portugal para preparação de 2012 pelo mesmo motivo que da equipe em 16 de Dezembro. disputarão esta: são o país-sede. Esteban possui passagens por Após vencerem a Líbia e o Sene- diversas equipes de divisões ingal, garantindo assim a classifica- feriores na Argentina, sua terção de forma antecipada, perderam ra natal, e tem como resultado a última partida da fase de grupos mais expressivo a conquista do contra a Zâmbia, que viria a ser título do Campeonato Africano campeã ao fim da competição. de Nações Feminino com a própria Guiné Equatorial, em 2012, Nas quartas de final, mesmo com quando também foram país-sede. o goleiro brasileiro naturalizado Danilo defendendo um pênalti O Que Esperar cobrado por Drogba, derrota por 3 x 0 ante a Costa do Marfim e fim Queda na Fase de Grupos de linha para os donos da casa. Nas eliminatórias para a edição seguinte da competição, que foi disputada em apenas um confronto de ida e volta contra a República Democrática do Congo, a Guiné perdeu a partida de ida pelo placar de 4 x 0, e mesmo vencendo a volta por 2 x 1 viu o fim do sonho de disputar duas edições consecutivas do torneio.

O Técnico

Esteban Becker A Guiné Equatorial contava com o treinador basco Andoni Goikoetxea em seu comando até 31 de dezembro do último ano, quando o presidente da federação local

Os guineeneses depositam todas suas esperanças para avançar de fase no fator casa, porém, não deve ser o suficiente para superar o Gabão e a Burkina Faso. Caso consigam prosseguir, é bastante provável que repitam 2012 e sejam eliminados na fase imediatamente seguinte.

porém, nenhum brasileiro chegou a ser convocado. Mesmo assim, apenas seis atletas nasceram na própria Guiné. Os naturalizados vêm de apenas outros dois países: o meio-campista Ellong nasceu em Camarões, e outros 16 jogadores nasceram na Espanha. Vale ressaltar que a maioria deles possui relações familiares com o país, como por exemplo o meia Pablo Ganet, filho de um imigrante da nação.

As constantes naturalizações também geram problemas em termos de resultados para o país, como no caso do jogador Emilio Nsue, à época no Mallorca, que fez um hat-trick na vitória por 4 x 3 sobre o Cabo Verde e entrou em campo na derrota por 2 x 1 para a mesma equipe, em jogos válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. Nsue nasceu na Espanha, e teve problemas relacionados à sua documentação, tornando o jogador irregular e invalidando os dois resultados, convertidos em derrotas da Guiné pelo placar de 3 x 0.

O Time

Mais recentemente, nas Eliminatórias para a CAN 2015, o jogador Os naturalizados Thierry Fidjeu, nascido no Camarões, também enfrentou problemas O país ficou conhecido nos úl- relacionados à sua documentação, timos anos por ser uma “fábri- fazendo a Guiné Equatorial perca” de naturalizações, contando der a classificação conquistada com inúmeros jogadores nascidos à fase seguinte sobre a Mauritâem outros países, principalmen- nia por conta da irregularidade. te Colômbia, Brasil, Camarões e Espanha, contratados para atuar O elenco é formado por atlepela seleção guinéu-equatoriana. tas que atuam em equipes muito pequenas na Europa ou no fraco campeonato local. Em 2013 a questão chamou atenFique de Olho ção da imprensa brasileira quando alguns jogadores contraíram Juvenal Edjogo (Meia) malária, e um deles, o volanRúben Belima (Atacante) te Claudiney Rincón, chegou Emilio Nsue (Atacante) a falecer por conta da doença. André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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BURKINA FASO Particpações em CAN: 09 78, 96, 98, 00, 02, 04, 10, 12, 13

Goleiros:

Melhor Resultado: Finalista (13)

Defesa:

Participações em Copas do Mundo: Não possui Apelido: Garanhões Localização

Germain Sanou (WC Beauvais, França) Abdoulaye Soulama (Hearts of Oak, Gana) Moussa Fofana (RCK, Burkina Faso)

Bakary Koné (Lyon França) Mohamed Koffi (Zamalek Égito) Wilfried Balima (Sheriff Tiraspol, Moldávia) Steve Yago (Toulouse, França) Paul Koulibaly (Horoya FC, Guiné-Conacri) Narcisse Bambara (Universitatea Cluj, Romênia) Florent Rouamba (Bastia, França) Issa Gouo (AS Kaloum, Guiné-Conacri)

Meio-Campo:

Sundy Jonathan Zongo (Almeria, Espanha) Moussa Yedan (Al Ahly, Egito) Bertrand Traoré (Vitesse, Holanda) Djakaridja Kone (Evian, França) Charles Kaboré (Kuban Krasnodar, Russia) Prejuce Nakoulma(Mersin IY, Turquia) Adama Guira (Sonderyeske, Dinamarca) Abdou Razack Traoré (Karabükspor, Turquia)

Ataque:

Jonathan Pitroipa (Al Jazira, EAU) Aristide Bance( HJK Helsinki, Finlândia) Issiaka Ouedraogo(Admira Wacker, Australia) Sibiri Alain Traoré (Lorient, França) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto A primeira participação burquinense em uma CAN remete ao ano de 1978, quando o país ainda chamava-se Alto Volta, e envolve uma história curiosa: ainda no processo eliminatório, os burquinenses sofreram um 5 x 1 agregado da Costa do Marfim, fazendo com que os marfinenses decidissem uma das vagas no torneio contra o Mali. Na partida de ida, em solo malinês, 1 x 0 para os donos da casa. Na volta, placar revertido por 2 x 0 e classificação da Costa do Marfim. Porém, graças à escalação irregular de um atleta, a equipe foi desclassificada. Como se não bastasse, o Mali também foi desclassificado pelo fato de as Forças de Segurança do país terem agredido o árbitro na partida de ida. Com ambas eliminadas, a vaga sobrou para a fraca seleção de Alto Volta, que foi lanterna do torneio, perdendo suas três partidas, sofrendo um total de nove gols e marcando apenas dois. Outro fato curioso a ser ressaltado é que apesar das nove participações em CAN ao longo da história, a equipe conseguiu vencer partidas em apenas duas delas: em 1998, quando recebeu o torneio em seu próprio território e chegou às semi finais, vencendo a Guiné-Conacri e a Argélia, além de eliminar a Tunísia nas quartas de final nos pênaltis, e na edição mais recente, em 2013, quando chegou à grande Final vencendo apenas a Etiópia na 1ª fase e a seleção do Togo nas quartas de final, após prorrogação, empatando os outros jogos e perdendo a decisão.

Com esse retrospecto negativo, surpreendeu a muitos quando avançou de fase como líder num grupo com a campeã vigente Zâmbia e a equipe que se sagraria campeã, a Nigeria. Com jogos parelhos, avançou ante a seleção do Togo e eliminou Gana nos pênaltis na semi final, em partida de arbitragem contestadíssima, que levou a CAF até mesmo a revogar um cartão vermelho aplicado pelo árbitro ao jogador Pitroipa. Na finalíssima, foram derrotados por 1 x 0 pela Nigeria, com quem já haviam empatado na 1ª fase.

Duarte foi demitido do comando técnico da equipe, abrindo uma vaga que Put aceitaria no mês seguinte.

O Técnico

Apesar de não possuir uma equipe tecnicamente brilhante, a Burkina atravessa o melhor momento de sua história, vide a proximidade com um título expressivo e a vaga na Copa do Mundo os quais quase conquistaram recentemente.

Desde então, Paul vem conquistando resultados extremamente expressivos, além da própria final inédita da CAN disputada ano passado, também quase classificou a equipe para a Copa do Mundo no Brasil, perdendo a vaga para a Argélia na última etapa de classificação.

O Que Esperar? Semi Finais

A boa fase não durará pra sempre, e possivelmente em breve voltem à condição de meros figurantes no cenário africano. Porém, 2015 ainda pode render bons frutos, princiPaul Put palmente pelo grupo acessível na 1ª fase. Caso avancem, encontraHavia treinado apenas alguns ti- rão uma equipe do Grupo B nas mes da Bélgica, sua terra natal, quartas de final, que apesar de conquando levou uma punição de três tar com times competitivos, não anos afastado do futebol belga possui um forte candidato ao título. pela federação local, considerado culpado em um escândalo de maO Time nipulação de resultados que também condenou a equipe que treinava à época, o Lierse, e o jogador A maior parte do time é formacroata Hasan Kacić, em 2005. da por jogadores de equipes médias e pequenas da Europa e da Com a necessidade de buscar em- África Ocidental. Além disso, prego fora do país, Put aceitou trei- 12 atletas fizeram parte da menar a seleção da Gâmbia em 2007, morável campanha que levou o mas não conseguiu classificar-se país à decisão dois anos atrás. para nenhum torneio e acabou saindo do cargo quatro anos depois.

Nas outras sete participações foram 20 jogos disputados, com 16 derrotas e quatro empates, 16 gols Após a campanha que levou a marcados e 43 sofridos, sem avan- Burkina à lanterna de seu grupo na çar de fase em nenhuma delas. CAN de 2012, o português Paulo

Fique de Olho Charles Kaboré (Volante) Jonathan Pitroipa (Meia) Alain Traoré (Meia) Aristide Bancé (Atacante)

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GABÃO Particpações em CAN: 05 94, 96, 00, 10, 12 Melhor Resultado: Quartas de Final (96/12) Participações em Copas do Mundo: Não possui Apelido: Panteras

Goleiros:

Didier Ovono (Ostende, Bélgica) Anthony Mfa Mezui (Metz, França) Stéphane Bitseki (Mounana, Gabão)

Defesa:

Lloyd Palun (Nice, França) Yrondy Musavu King (Caen, França) Benjamin Zé Ondo (Sétif, Argélia) Bruno Ecuele Manga (Cardiff City, Inglaterra) Henri Junior Ndong (Auxerre, França) Aaron Appindangoye (Mounana, Gabão) Johan Obiang (Châteauroux, França) Junior Randal Oto Zué (Sporting Braga, Portugal)

Meio-Campo: Localização

André Biyogho Poko (Bordeaux, França) Didier Ibrahim Ndong (Sfaxien, Tunísia) Samson Mbingui (MC Alger, Argélia) Bonaventure Sokambi (Chlef, Argélia Lévy Madinda (Celta Vigo, Espanha) Kanga Guelor (Rostov, Rússia) Alexander Ndoumbou (Marseille, França)

Ataque:

Pierre Aubameyang (Borussia Dortmund, Alemanha) Malick Evouna (Wydad Casablanca, Marrocos) Frédéric Bulot (Charlton Athletic, Inglaterra) Romaric Rogombé (Léopards, Congo) Johan Lengoualama (Difaâ, Marrocos) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto Com poucas participações, todas a partir da década de 90, o Gabão nunca conseguiu realizar grandes campanhas, avançando de fase apenas em 1996 e em 2012. No primeiro caso, enfrentaram um grupo esvaziado, com uma equipe a menos, se classificando pelo saldo de gols, à frente de Libéria e Zaire. A Nigeria havia desistido de participar da competição em virtude do receio da segurança de seus atletas, já que a África do Sul, sede do torneio, vinha liderando uma campanha contra a Nigeria por terem enforcado nove ativistas de direitos humanos à época. Na segunda fase, empate contra a Túnisia e eliminação nos pênaltis. Já no segundo caso, os gaboneses estavam sediando a competição em conjunto com a Guiné Equatorial, e mesmo com uma campanha de 100% de aproveitamento na primeira fase, caíram novamente nos pênaltis contra o Mali, nas quartas. O mais próximo de disputarem uma Copa do Mundo ocorreu nas eliminatórias para 2010, quando chegaram à última fase com possibilidades reais de classificação, que foi por água abaixo com uma vitória dos líderes camaroneses e derrota gabonesa para o Togo. A equipe não dá sinais de conquistar a classificação inédita nos próximos anos.

Treinador

O Que Esperar Quartas de Final

Jorge Costa Mais conhecido pela carreira como jogador, Costa atuou a maior parte de sua carreira pelo Porto, tendo sido capitão da equipe por anos, inclusive quando sagrou-se campeã da Liga dos Campeões Europeia em 2004, atuando também na Copa do Mundo de 2002 pela seleção portuguesa. Outro fato marcou sua carreira como jogador, as acusações de insultar racialmente o lendário atacante liberiano George Weah, algo que teria sido pretexto para que ele quebrasse o nariz de Costa na saída do jogo. Vale ressaltar que as ofensas nunca foram provadas.

Apesar de ter vencido o confronto direto contra Burkina Faso durante as Eliminatórias (2 x 0 em casa e 1 x 1 fora), o Gabão possui um time mais fraco que o rival no papel. A tendência é que consigam avançar de fase, talvez até mesmo brigando com os donos da casa pela segunda vaga, mas devem ficar pelo caminho logo em seguida. É provável também que o país seja um dos que mais leve torcedores aos estádios, uma vez que o Gabão faz fronteira com a Guiné Equatorial. Avançando de fase, tendem a enfrentar o líder do Grupo B, que mesmo não sendo um dos principais cotados ao título, deve ter capacidade para superar os gaboneses.

O Time A maior parte das esperanças de sucesso recai sobre o atacante do Borussia Dortmund, Aubameyang, filho do ex-zagueiro Yaya Aubameyang, que atuou por diversas equipes francesas e disputou duas CAN pelo Gabão na década de 90. Único atleta mundialmente conhecido do elenco, vem ocupando bem o posto de protagonista da equipe nacional.

Como técnico, treinou apenas equipes pequenas em Portugal, Romênia e Chipre, conquistando o título da segunda divisão portuguesa com o Olhanense, além de ter feito parte da campanha do título romeno do Cluj em 2012, apesar de ter sido demitido antes do término do campeonato. O time conta com uma parcela A liga local de clubes também é significativa de jogadores atuanmuito fraca, e as equipes do país No final de 2010, decidiu anun- do no futebol africano, apesar de dificilmente conquistam algo de ciar sua aposentadoria alegando os destaques virem da Europa, relevando nas competições conti- motivações pessoais, voltando especialmente de times médios da nentais. Reflexo disso é a partici- atrás na decisão seis meses depois. França e pequenos da Inglaterra. pação da equipe na última copa da CEMAC, Federação dos países da Chegou para substituir o interino Fique de Olho região central da África, na qual Stéphane Bounguendza, técnico apenas atletas atuando nos respec- local que assumiu por curto períoDidier Ovono (Goleiro) tivos países podem ser convocados, do após a saída de outro português, Johann Obiang (Zagueiro) e os gaboneses perderam suas duas Paulo Duarte, que falhou em classiLloyd Palun (Volante) partidas para o Congo e o Chade. ficar o país à última edição da CAN. Pierre Aubameyang (Atacante)

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CONGO-BRAZZAVILLE

Particpações em CAN: 06 68, 72, 74, 78, 92, 00 Melhor Resultado: Campeões (72) Participações em Copas do Mundo: Não Possui Apelido: Diables Rouges (Diabos Vermelhos) Localização

Goleiros:

Chansel Massa (Léopards, Congo) Christoffer Mafoumbi (Le Pontet,France) Pavhel Ndzila (Etoile du Congo, Congo)

Defesa:

Boris Moubio (Léopards, Congo) Dimitri Bissiki (Léopards, Congo) Marvin Baudry (SC Amiens, França) Francis Nganga (Charleroi, Bélgica) Igor Nganga (FC Aarau, Suiça) Arnold Bouka Moutou (SCO Angers, França) Atoni Mavoungou (CNFF, Congo)

Meio-Campo:

Hardy Binguila (Diables Noirs, Congo) Delvin Ndinga (Olympiakos, Grécia) Prince Oniangué (Reims, França) Sagesse Babélé (Léopards, Congo) Césair Gandzé (Léopards, Congo) Chris Malonga (Lausanne, Suiça)

Ataque:

Fodé Doré (Cluj, Romênia) Thievy Bifouma (Almeria, Espanha) Sylvère Ganvoula (Raja Casablanca, Marrocos) Dominique Malonga (Hibernian, Escócia) Ladislas Douniama (Guingamp, França) Franci Litsingi (Teplice, Rep. Tcheca) Fabrice Ondama (Wydad Casablanca, Marrocos) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto

partida válida pela fase de gru- quando foi jogar partidas amistosas pos, mas acabaram eliminados pela sua equipe, o Ajaccio, em 1971. pela Zâmbia nas semi finais.

Com apenas duas participações em CAN pós-década de 70, o Congo é a equipe que está há mais tempo Em todas as outras participações longe da competição, tendo dis- do país no torneio, nenhuma vitória putado pela última vez em 2000. foi conquistada, nem mesmo em 92, quando chegaram às quartas de Mesmo com poucas presenças e final apenas empatando os jogos. sem nunca ter ido a uma Copa do Mundo, os congoleses foram camO Técnico peões do torneio em 72, quando após empatar a partida de estreia contra o Marrocos e perder para o Zaire no jogo seguinte, venceu o Zaire por 4 x 2 e tirou a diferença de saldo que tinha com o Marrocos, que empatou a outra partida da última rodada, levando ambos a ficarem com a mesma pontuação e zero gol de saldo. Como à época o número de vitórias (vantagem para o Congo, 1 x 0) e o número de gols pró (também vantagem para o Congo, 5 x 3) não eram critérios de desempate, a vaga na semi final (apenas oito clubes disputavam o torneio) foi decidida através de sorteio. Melhor para os congoleses, que tiveram a proeza de eliminar o time da casa, Camarões, e em sequência vencer o Mali de virada, conquistando o primeiro e único título de sua história.

O Que Esperar Queda na Primeira fase Ainda na 2ª fase das Eliminatórias para a competição, o Congo foi eliminado nos pênaltis pela seleção de Ruanda, após vencer a partida de ida por 2 x 0 e perder a volta pelo mesmo placar. Porém, graças a uma irregularidade na escalação do jogador Daddy Birori, herdaram a vaga dos ruandeses na fase de grupos, e foram responsáveis por impedir a presença dos atuais campeões nigerianos na competição.

Mesmo com um grande desempeClaude Leroy nho como visitante na qualificação, com vitórias sobre Nigeria e Sudão Um dos mais experientes treinado- e empate contra a África do Sul, dires presentes no torneio, parte para ficilmente superarão Gabão, Burkisua 8ª CAN, já tendo dirigido as na Faso e ainda os donos da casa, equipes de Camarões, (86, 88), Se- contra quem farão a grande estreia negal (90, 92), República Democrá- da competição, maior oportunidatica do Congo (2006, 2013) e Gana de de triunfo para os congoleses. (2008), tendo sido campeão com os camaroneses, na edição de 88. O Time

Iniciou a carreira de treinador muito jovem, aos 32 anos, quando dirigiu equipes pequenas na França, sua terra natal. Desde então, vem se notabilizando por treinar seleções nacionais de países africanos e asiÀ época, o Congo contava em áticos, tendo inclusive participado seu elenco com François M’Pelé, da Copa do Mundo de 98, quanartilheiro por diversas equipes do dirigiu a seleção camaronesa. francesas na década de 70, como o Rennes, Lens, Paris SaintLeroy também teve influência -Germain e o Ajaccio, equipe na na formação de outro técnico de qual atuava à época da competisucesso no continente africano, ção, e pela qual marcou 34 gols Hervé Renard, que atualmente nas temporadas 71/72 e 72/73 do dirige a Costa do Marfim, com campeonato francês, ficando entre o qual já trabalhou junto incluos dez jogadores que mais marsive em uma CAN, a de 2008. caram gols na França no período. Na edição seguinte, em 74, foCuriosamente, o primeiro país afriram a única equipe a vencer o cano que Claude visitou foi justaZaire, campeão do torneio, em mente o Congo, ainda como atleta,

Possui a maior parte dos atletas vindos de ligas menores ou times pequenos da Europa, além de alguns vindos do Leopards, equipe local que vem fazendo campanhas vitoriosas nas competições continentais recentemente. A inexperiência é outro fator que também pode pesar, uma vez que rata-se da única seleção nesta edição do torneio que não possui sequer um jogador que já tenha disputado uma CAN anteriormente. Fique de Olho Prince Oniangue (Volante) Cesaire Gandzé (Meia) Fode Doré (Atacante)

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ZÂMBIA Particpações em CAN: 16 74, 78, 82, 86, 90, 92, 94, 96, 98, 00, 02, 06, 08, 10, 12, 13

Goleiros:

Melhor Resultado: Título (12)

Defesa:

Participações em Copas do Mundo: Não Possui Apelido: Chipolopolo Localização

Kennedy Mweene (Mamelodi Sundowns, Áfr. do Sul) Danny Munyau (Red Arrows, Zâmbia) Joshua Titima (Power Dynamos, Zâmbia)

Stoppila Sunzu (Sochaux, França) Donashano Malama (Nkana, Zâmbia) Christopher Munthali (Nkana, Zâmbia) Emmanuel Mbola (Hapoel Ra’anana, Israel) Davies Nkausu (Bloemfontein Celtic, Áfr. do Sul) Rodrick Kabwe (Zanaco, Zâmbia)

Meio-Campo:

Nathan Sinkala (Grasshoppers, Suiça) Chisamba Lungu (FC Ural, Rússia) Mukuka Mulenga (Bloemfontein Celtic, Áfr. do Sul) Kondwani Mtonga (North East United, Índia) Spencer Sautu (Green Eagles, Zâmbia) Rainford Kalaba (TP Mazembe, R. D. do Congo) Bruce Musakanya (Red Arrows, Zâmbia) Lubambo Musonda (FC Ulisses, Armênia)

Ataque:

Emmanuel Mayuka (Southampton, Inglaterra) Given Singuluma (TP Mazembe, R. D. do Congo) “Sate Sate’ Kampamba (Nkana, Zâmbia) Evans Kangwa (Hapoel Ra’anana, Israel) Patrick Ngoma (Red Arrows, Zâmbia) Jackson Mwanza (Zesco United, Zâmbia) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto

Além disso, esperava-se que ameaçassem os favoritos ganeses nas A Zâmbia é uma equipe que pode Eliminatórias para a Copa do Munser encaixada numa categoria me- do, contra quem chegaram a vencer lhor do que média, porém, sem che- o confronto direto em 2012. Pogar a ser grande continentalmente. rém, a campanha não foi suficiente e os zâmbios terminaram a compeLogo na sua estreia, em 1974, já tição na vice-liderança do grupo. conquistou um vice-campeonato, perdendo a final nos pênaltis para Outra campanha histórica da equio Zaire. Repetiu o feito em 1994, pe remete às olimpíadas de 1988, um ano após um acidente aéreo na qual apenas jogadores que nunocorrido no Gabão que matou 18 ca haviam disputado uma Copa atletas da seleção, quando che- do Mundo poderiam participar. A gou à finalíssima e perdeu para equipe goleou a poderosa Itália por a Nigeria por 2 x 1. Além dis- 4 x 0, além de vencer a Guatemaso, a equipe foi semifinalista nas la pelo mesmo placar e empatar edições de 1982, 1990 e 1996. com o Iraque por 2 x 2 na primeira fase. Nas quartas de final, derrota Porém, o maior feito da história por 4 x 0 para a Alemanha Ocida Zâmbia ainda estava por vir, dental e fim do sonhode medalha. quando em 2012 ficaram à frente Participou da campanha o atual do Senegal, Líbia e a Guiné Equa- presidente da federação, e contorial, uma das anfitriãs do torneio siderado o maior jogador da hisna fase de grupos, venceram o Su- tória do país, Kalusha Bwalya. dão por um convincente 3 x 0 nas quartas de final, superaram a favoO Técnico rita Gana nas semis e entrentaram a Costa do Marfim, outra favorita, na grande final a qual venceram nos pênaltis, de forma invicta. O título foi conquistado na cidade de Libreville no Gabão, justamente onde houve o acidente de avião 19 anos antes, ao qual os atletas dedicaram o título às suas vítimas. Honour Janza A conquista criou uma grande expectativa na equipe para as competições seguintes, o que acabou A escolha de Herve Renard como não se concretizando em campo. técnico da Costa do Marfim no início do segundo semestre de Após uma classificação suada nos 2014 teve reflexos na equipe da pênaltis contra a fraca Uganda, Zâmbia, já que o então treinador voltaram à CAN no ano seguinte, francês Patrice Baumelle recebeu mas caíram logo na primeira fase. convite para ser assistente técniSe serve como consolo, os dois co de Renard, e saiu do cargo que representantes de seu grupo que ocupava na seleção zambiana. avançaram de fase foram justamente os finalistas da competição, Na semana seguinte, a federação Nigeria e Burkina Faso, para os anunciou Janza como substituquais a Zâmbia não perdeu, já que to, apostando em um técnico da empatou todos os jogos do torneio. casa, sem renome internacional.

Com um contrato válido inicialmente entre os meses de Agosto e Novembro, a campanha de Janza nas eliminatórias seria crucial para definir o seu destino e o da seleção nacional. Com o sucesso, veio a renovação e a chance de disputar sua primeira competição relevante na CAN 2015. Honour já vinha trabalhando com a federação da Zâmbia desde antes de 2009, quando era treinador da equipe sub-20 local, tornando-se assistente-técnico de Dario Bonetti dois anos depois.

O Que Esperar Quartas de Final A equipe tem boas condições de avançar de fase, apesar de ter um nível parecido ao de seus concorrentes. Deve brigar com Cabo Verde pela segunda vaga, com ligeira vantagem.

O Time Janza foi alvo de inúmeras críticas após deixar de fora até mesmo da pré-lista de convocados três jogadores importantes no título conquistado três anos atrás, Jacob Mulenga, Collins Mbesuma e Christopher Katongo fora da pré-lista para a competição. Além disso, o treinador vem dando oportunidade a jovens, e de preferência que atuem com frequência por seus clubes. O bom goleiro Mweene sofreu uma lesão em amistoso preparatório e é uma preocupação para o torneio. Fique de Olho Kennedy Mweene (Goleiro) Isaac Chansa (Meia) Cristopher Katongo (Atacante)

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TUNÍSIA Particpações em CAN: 16 62, 63, 65, 78, 82, 94, 96, 98, 00, 02, 04, 06, 08, 10, 12, 13 Melhor Resultado: Título (04) Participações em Copas do Mundo: 04 78, 98, 02, 06 Apelido: Águias

Goleiros:

Moez Ben Cherifia (EspéranceTunis, Tunísia) Farouk Ben Mustapha (Club Africain, Tunísia) Aymen Mathlouthi (Etoile du Sahel, Tunísia)

Defesa:

Mohamed Ali Yaâkoubi (Espérance Tunis, Tunísia) Aymen Abdennour (Monaco, França) Rami Bedoui (Etoile du Sahel, Tunísia) Syam Ben Youssef (Astra, Romênia) Ali Maâloul (Sfaxien, Tunísia) Hamza Mathlouthi (Bizertin, Tunísia) Bilel Mohsni (Rangers, Escócia) Slim Ben Jemai (Stade Lavallois, França)

Meio-Campo: Localização

Yassine Chikhaoui (Zürich, Suiça) Stéphane Nater (Club Africain, Tunísia) Mohamed Ali Moncer (Sfaxien, Tunísia) Houcine Ragued (Espérance Tunis, Tunísia) Ferjani Sassi (Sfaxien, Tunísia) Jamel Saihi (Montpellier, França) Wahbi Khazri (Bordeaux, França)

Ataque:

Edem Rjaibi (Club Africain, Tunísia) Ahmed Akaichi (Esperance Tunis, Tunísia) Hamza Younes (Ludogorets Razgrad, Bulgária) Youssef Msakni (Lekhwiya, Catar) Amine Chermiti (Zürich, Suiça) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto na Competição Desde então, foram eliminados também treinar equipes da HolanAs primeiras participações tunisianas na CAN ocorreram ainda na década de 60, quando foi 3ª colocada entre quatro disputantes em 1962, caindo logo na primeira fase na edição seguinte e sendo finalista na edição de 1965, quando foi pela primeira vez país-sede do torneio, perdendo a decisão para Gana por 3 x 2. A equipe passou passou os 13 anos seguintes sem disputar competições oficiais, quando em 1978 classificou-se para a Copa do Mundo, na qual fez história ao conquistar a primeira vitória africana da história dos mundiais, um 3 x 1 de virada sobre o México na primeira rodada. Porém, foram derrotados pela Polônia no jogo seguinte e empataram com a poderosa Alemanha Ocidental na despedida da competição. No mesmo ano, ficaram na 4ª colocação da CAN, quando foram derrotados pela campeã Gana nas semifinais. A seleção voltou a ficar um bom tempo afastada de competições importantes, e fora uma participação sem muito brilho na CAN de 1982, retornou apenas em 1994, ano em que foi novamente país-sede, e desde então tem se classificado para todas edições seguintes. A sorte dos tunisianos começou a melhorar a partir dali, sagrando-se vice-campeões continentais em 1996, derrotados pela anfitriã África do Sul na final, semifinalistas em 2000 e enfim campeões em 2004, na terceira vez em que sediaram o torneio, superando as fortes equipes de Senegal, Nigeria e Marrocos nas fases finais. A equipe também disputou três Copas do Mundo consecutivas em 1998, 2002 e 2006, conquistando apenas um ponto em cada.

na fase de grupos por duas vezes, em 2010, quando saíram invictos com três empates, na lanterna do equilibradíssimo Grupo D, e em 2013, quando foram eliminados por Togo no saldo de gols, e avançaram de fase em outras três, sendo eliminados em sequência, nos anos de 2006, 2008 e 2012.

O Técnico

da, Turquia, Arábia Saudita e até mesmo a seleção belga na Copa do Mundo de 1998, na qual conquistou três empates e a eliminação na primeira fase, além de um rápido período na seleção argelina. Em sua segunda passagem pela Bélgica, no início da década, fracassou em classificar a equipe sequer à repescagem para a Eurocopa, e seis meses após a eliminação pediu surpreendentemente demissão do cargo para assumir o Club Brugge.

O Que Esperar Semifinais

George Leekens Pelo fato de a Tunísia ter fracassado na fase de grupos das Eliminatórias para a Copa de 2014, a federação demitiu o treinador local Nabil Maaloul. Porém, pouco depois, com a conquista dos pontos da partida contra o Cabo Verde no tribunal por escalação irregular, os tunisianos conquistaram vaga na última fase eliminatória, e chamaram às pressas o então comandante do Sfaxien, o holandês Ruud Krol para assumir o comando da seleção nacional simultânea e interinamente, apenas para as partidas contra Camarões. Após a eliminação com goleada, nenhum técnico foi efetivado, e apenas em abril do ano seguinte Leekens assumiu o comando da equipe tunisiana com o intuito de fazê-la se classificar à CAN, o que vem conseguindo ininterruptamente pelas últimas duas décadas. O treinador possui diversas passagens por clubes médios e grandes da Bélgica, sua terra natal, além de

A classificação antecipada num grupo de Eliminatórias mais difícil do que o que enfrentará na própria CAN demonstra que os tunisianos estão bem preparados e podem sonhar alto. O chaveamento com o Grupo A também dá indícios de que têm tudo para chegar entre os quatro primeiros. Daí em diante, provavelmente terá que enfrentar algum adversário de nível técnico superior, complicando as esperanças de chegar à final.

O Time A maior parte do elenco é composta por jogadores dos grandes clubes locais, ou de equipes respeitáveis da França. Mesmo sem jogadores de renome internacional, costumam se destacar pelo empenho e dedicação em campo. Fique de Olho Aymen Abdennour (Zagueiro) Hocine Ragued (Volante) Yassine Chikhaoui (Meia)

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CABO VERDE Particpações em CAN: 01 13 Melhor Resultado: Quartas de Final (13) Participações em Copas do Mundo: Não Possui Apelido: Tubarões Azuis

Localização

Goleiros:

Vozinha (Progresso Sambizanga, Angola) Ken (Nacional, Portugal) Ivan (Gil Vicente, Portugal)

Defesa:

Kay (Universitatea Craiova, Romênia) Carlitos (Apoel Limassol, Chipre) Nivaldo (Teplice, Rep. Tcheca) Varela (Steaua Bucharesti, Romênia) Stopira (Videoton, Hungria) Gegé (Marítimo, Portugal) Jeffrey (Dordrecht, Holanda)

Meio-Campo:

Babanco (Estoril-Praia, Portugal) Semedo(Olhanense, Portugal) Platini (CSKA Sófia, Bulgária) Nuno Rocha (Universitatea Craiova, Romênia) Tony (Excelsior, Holanda) Calú (Progresso Sambizanga, Angola)

Ataque:

Djaniny (Santos Laguna, México) Júlio Tavares (Dijon, França) Ryan Mendes (Lille, França) Heldon (Sporting, Portugal), Gary Mendes (Elche, Espanha) Odair Fortes (Reims, França) Kuca (Estoril-Praia, Portugal) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto Tendo começado a participar com frequência dos processos eliminatórios para CAN e Copa do Mundo apenas no novo milênio, é natural que o Cabo Verde não possua grande história futebolística. Sua única participação em torneios oficiais foi justamente a última edição da CAN, em 2013.

nização e erro próprios, os caboverdianos perderam os pontos da partida por escalação irregular do zagueiro Fernando Varela, que havia levado um gancho de quatro partidas alguns meses antes. Desta forma, a vaga que havia sido conquistada graças aos tribunais, fora retirada por conta dos mesmos.

O Técnico

Após garantir a classificação inédita derrubando o poderoso Camarões, esfriou a festa da torcida no estádio ao empatar com os donos da casa na África do Sul, logo na estreia. Em seguida, jogaram contra a respeitada seleção do Marrocos e novo empate. Na última rodada, dependia apenas de uma Rui Águas vitória para passar de fase, e ela veio aos 46 minutos do segundo tempo da partida contra Angola. Atacante do Benfica, Porto e da seleção portuguesa nos anos 80 e 90, Nas quartas de final, enfrentariam Rui vinha trabalhando em equipes logo de cara a poderosa Gana, uma médias de sua terra natal como o das favoritas ao título. Para surpre- Vitória de Setúbal e o Estoril, além sa geral, os caboverdianos domi- de ter feito parte da comissão técnaram a partida do início ao fim, nica de Artur Jorge na seleção de mas graças a um gol de pênalti no Portugal, e sido auxiliar de Jesuinício do segundo tempo, o sonho aldo Ferreira no Sporting de Brade chegar às semis foi por água ga.Águas é casado com uma cabo abaixo. No último lance de jogo, verdiana e já costumava visitar o quando Cabo Verde já estava com arquipélago com certa frequência a defesa desestabilizada por conta mesmo antes de assumir o cargo. do “tudo ou nada” veio o segundo gol e o fim da participação da ilha. Possuidor da UEFA Pro License, documento que atesta a compeApós a competição, os cabover- tência de um treinador para dirigir dianos passaram por uma situa- equipes de primeira linha na Euroção interessante nas Eliminatórias pa, Rui assinou com os Tubarões para a Copa do Mundo: graças Azuis em julho para suprir a lacuaos pontos de uma partida perdida na deixada pelo antigo treinador, em campo contra a Guiné Equato- Lúcio Antunes, caboverdiano que rial posteriormente conquistados ainda em 2013 recebeu proposta no tribunal, o Cabo Verde havia para treinar o Progresso de Sambiadquirido a classificação heroi- zanga, da primeira divisão angolaca para a terceira e última fase da na, seu primeiro trabalho efetivaapuração, vencendo a Tunísia fora mente como profissional. Durante de casa na última rodada por 2 x a última CAN, Antunes ainda tra0. Porém, desta vez, por desorga- balhava como controlador de voo.

O Que Esperar Queda na Primeira Fase Apesar de ter apresentado um excelente cartão de visitas logo em sua estreia, é preciso reconhecer que para uma nação de apenas 500 mil habitantes é difícil manter o nível de uma seleção de futebol. Jogadores como Platini e Ryan Mendes, importantíssimos na primeira campanha, demonstraram pouca evolução desde então, e mal disputaram a maior parte dos jogos qualificatórios. Nando, capitão da equipe e único caboverdiano presente na seleção oficial de melhores jogadores do torneio em 2013 aposentou-se da equipe nacional logo após o término da competição e faz falta desde então. A princípio, a euipe tende a fazer confrontos equilibrados, mas dificilmente conseguirá repetir o feito de passar de fase, o que conseguiram com muita dificuldade, ainda que com o mesmo tanto de competência, na última edição.

O Time Os jogadores em sua maioria atuam em equipes de ligas médias da Europa, como Holanda, e algumas do Leste Europeu. O setor ofensivo é a principal arma da equipe, já que conta com atletas de clubes importantes de França e Portugal, como o Lille e o Sporting.

Fique de Olho Vozinha (Goleiro) Fernando Varela (Zagueiro) Odair Fortes (Atacante) Djaniny (Atacante)

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REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

Particpações em CAN: 16 65, 68, 70, 72, 74, 76, 88, 92, 94, 96, 98, 00, 02, 04, 06, 13

Goleiros:

Melhor Resultado: Campeão (68, 74)

Defesa:

Participações em Copas do Mundo: 01 74 Apelido: Leopardos Localização

Robert Kidiaba Muteba (Mazembe, R.D. do Congo) Nicaise Kudimbana Mulopo (Anderlecht, Bélgica) Parfait Mandanda (Charleroi, Bélgica)

Jean Kasusula Kiritsho (Mazembe, R.D. do Congo) Joël Kimuaki Mpela (Mazembe, R.D. do Congo) Djo Issama Mpeko (Kabuscorp, Angola) Mabele Bawaka (Vita Club, R.D. do Congo) Chancel Mbemba Mangulu (Anderlecht, Bélgica) Cedric Mongongu (Evian, França) Christopher Oualembo (Acadêmica de Coimbra, Portugal) Gabriel Zakuani (Petrborough, Inglaterra)

Meio-Campo:

Hervé Kage (Gent, Bélgica) Neeskens Kebano (Charleroi, Bélgica) Mabidi Lema (Vita Club, R.D. do Congo) Cédric Makiadi (Werder Bremen, Alemanha) Youssouf Mulumbu (West Bromwich, Inglaterra) Jean Munganga (Vita Club, R.D. do Congo)

Ataque:

Jérémie Bokila (Terek Grozny, Rússia) Yannick Bolasie (Crystal Palace, Inglaterra) Junior Kabananga (Cercle Brugge, Bélgica) Cédric Mabwati (Osasuna, Espanha) Dieumerci Mbokani Bezua (Dynamo Kiev, Ucrânia) Firmin Mubele Ndombe (Vita Club, R.D. do Congo) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto O primeiro título do país veio em 1968, quando venceram Gana por 1 x 0 na decisão, após eliminarem os anfitriões etíopes nas semis. Em 1974, sob nome de Zaire, o bicampeonato veio em campanha parecida com a do primeiro título, avançando de fase na segunda colocação, após duas vitórias e uma derrota, mesmos resultados da primeira fase de seis anos antes, eliminando novamente os donos da casa, desta vez o Egito, na semifinal e superando a Zâmbia na final em decisão por pênaltis. No mesmo ano, a equipe participou da Copa do Mundo na Alemanha Ocidental, e mesmo com uma campanha excelente nas eliminatórias com 8 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, 20 gols marcados e apenas 4 sofridos, passou vergonha sofrendo a segunda maior goleada da história dos mundiais, um 9 x 0 contra a Iugoslávia. Também saíram derrotados pela Escócia por 2 x 0 e pelo Brasil por 3 x 0.

contentamento, o que explicaria o 9 x 0. O ditador do país à época, Mobutu Seses Seko, teria então enviado uma mensagem aos jogadores dizendo que se perdessem por mais de cinco gols contra o Brasil, não teriam permissão para voltar ao país nunca mais. Quanto ao famoso lance, Ilunga diz que conhecia as regras, e sua intenção era ser expulso, faltando pouco mais de 10 minutos para o fim da partida que à altura estava 2 x 0 para os brasileiros, o que não aconteceu.

na simultaneamente uma seleção e um time, o Vita Club.

O ano de 2014 pode ser considerado o auge de sua carreira até o momento, uma vez que mesmo terminando o campeonato congolês apenas na 3ª colocação, conseguiu chegar à finalíssima da Liga dos Campeões, perdendo a decisão para o Sétif da Argélia, e também classificar o país que assumiu em agosto à próxima CAN, mesmo em um dos mais difíceis grupos das Eliminatórias, conquistando uma Depois do título, a maioria dos re- histórica vitória por 4 x 3 fora de sultados conquistados pela equipe casa contra a Costa do Marfim. foram pouco expressivos, classificando-se para apenas metade das Teve uma experiência internacioedições seguintes da CAN, caindo nal em 2012, quando comandou na primeira fase ou nas quartas de o Shangai Shenshua da China, final, exceção feita à campanha de que curiosamente vinha sendo 98, quando venceram Gana e Togo treinado pelo técnico-jogador na fase de grupos para eliminar Ca- Anelka, após a demissão do treimarões nas quartas, e perder para o nador anterior, Jean Tigana. bom time da África do Sul apenas na prorrogação nas semis, o que lhe O Que Esperar deu direito à uma das disputas de 3º lugar mais memoráveis da históQueda na Primeira Fase ria. A equipe era goleada pelos anfitriões da Burkina Faso por 4 x 1 Dada a dificuldade de seu gruaté os 42 minutos do segundo tempo nas Eliminatórias, disputar a po, quando marcaram três gols em fase final do torneio já é um feidois minutos e meio, empatando to. Dificilmente conseguirão sua partida e vencendo nos pênaltis. perar seus adversários, e são os mais cotados à lanterna do grupo.

Anos depois, o zagueiro Mwepu Ilunga, famoso por correr em direção a uma falta a ser cobrada pelo Brasil e dar um forte chute na bola, deu sua versão sobre o que aconO Técnico teceu naquela campanha ao jornal francês L’Équipe. De acordo com ele, mesmo os jogadores tendo passado dois meses longe de seus lares preparando-se para a competição, após a derrota para a Escócia, descobriram que os dirigentes haviam sumindo com o dinheiro prometido como premiação aos atletas. O calote teria articulado os jogadores a não entrar em campo contra a Iugoslávia na 2ª rodada, Florent Ibengé porém, após receberem ameaças de seus superiores, os jogadores decicada vez mais diram entrar em campo, mas dan- Fenômeno do um jeito de explicitar seu des- raro no futebol, Ibengé trei-

O Time A maior parte da equipe atua no futebol local e times menores de outros países francófonos como Bélgica e França, sem muitos atletas renomados. O folclórico goleiro Kidiaba anunciou que vai se aposentar da seleção nacional após a CAN. Fique de Olho Robert Kidiaba (Goleiro) Cédric Mongongu (Zagueiro) Youssouf Mulumbu (Volante)

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GANA Particpações em CAN: 19 63, 65, 68, 70, 78, 80, 82, 84, 92, 94, 96, 98, 00, 02, 06, 08, 10, 12, 13 Melhor Resultado: Campeão (63, 65, 78, 82) Participações em Copas do Mundo: 03 06, 10, 14 Apelido: Estrelas Negras Localização

Goleiros:

Razak Braimah (Mirandes, Espanha) Fatau Dauda (Ashanti Gold, Gana) Ernest Sowah (Don Bosco, R.D. do Congo)

Defesa:

Harrison Afful (Esperance Tunis, Tunísia) John Boye (Erciyesspor, Turquia) Jonathan Mensah (Evian, França) Awal Mohammed (Maritzburg, África do Sul) Baba Rahman (Augsburg, Alemanha) Gyimah Edwin (Mpumalanga Aces, África do Sul) Daniel Amartey (FC Copenhagen, Dinamarca)

Meio-Campo:

Rabiu Mohammed (Krasnodar, Rússia) Emmanuel Agyemang-Badu (Udinese, Itália) Afriyie Acquah (Parma, Itália) Solomon Asante (Mazembe, R.D. do Congo) Christian Atsu (Everton, Inglaterra) Mubarak Wakaso (Celtic, Escócia) Andre Ayew (Olympique Marseille, França) Frank Acheampong (Anderlecht, Bélgica) David Accam (Chicago Fire, EUA)

Ataque:

Jordan Ayew (Lorient, França) Asamoah Gyan (Al Ain, Emirados Arábes Unidos) Kwesi Appiah (Cambridge United, Inglaterra) Mahatma Otoo (Songdal, Noruega) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto na Competição tis, na qual saíram vitoriosos por Chelsea, equipe de seu ami-

7 x 6, chegando ao tetracampeonato. go pessoal Roman Abramovic.

Mesmo estando entre as maiores seleções do continente, é historicamente inconstante. Com exceção das edições de 1994, 2000 e 2002, quando chegaram às quartas de final, os ganeses ou ficaram entre os quatro melhores colocados do torneio, o que aconteceu em 12 ocasiões, ou sequer se classificaram ou foram eliminados na primeira fase, o que ocorreu em outras 12 ocasiões.

10 anos depois, Gana voltou a uma final de CAN, na histórica decisão contra a Costa do Marfim, quando após empate em tempo normal, foram necessárias 24 cobranças de pênalti para que os marfinenses conquistassem o título, forçando todos os atletas em campo a baterem ao menos uma cobrança.

Mesmo com o longo jejum de títulos, Gana passa por um período Gana iniciou suas participações dourado, conquistando três partiem CAN de forma bastante vito- cipações consecutivas em Copas riosa: foram seis chegadas à gran- do Mundo, avançando de fase de decisão logo em suas sete pri- em duas delas, e ficando entre os meiras classificações ao torneio. A quatro melhores colocados nas primeira delas foi o título de 1963, últimas quatro edições de CAN. quando o país recebeu o torneio e venceu o Sudão na final por 3 x O Técnico 0. Dois anos depois, na Tunísia, derrotaram os donos da casa na prorrogação, pelo placar de 3 x 2, conquistando o bicampeonato. Nas duas edições seguintes, teve de se contentar com o vice-campeonato, perdendo para a R.D. do Congo em Avram Grant 1968 e para os donos da casa em 1970, no Sudão. Após ficar de fora Após 16 anos treinando clubes médas três edições seguintes, voltou dios e grandes de Israel, sua terra ao sucesso como anfitriã, em 1978, natal, o treinador recebeu a oportuvencendo Uganda por 2 x 0 na final. nidade de comandar a seleção nacional do país, realizando uma pésEm 1982 veio o último título con- sima eliminatória para a Eurocopa quistado pela equipe, de maneira de 04, vencendo apenas uma parmuito sofrida. Após empatar com tida contra Malta e outra contra o Líbia e Camarões nos primeiros Chipre, e uma boa campanha quajogos, precisava superar a Tunísia lificatória para a Copa de 2006, na para depender apenas de si para qual conquistou a mesma pontuaclassificar, o que aconteceu com o ção que a Suiça, segunda colocada placar de 1 x 0, única vitória da equi- de seu grupo, atrás também da Franpe durante o tempo regulamentar ça, duas equipes que avançaram de no torneio. Na semi final, a Argélia fase no torneio. Porém, por conta vencia a partida por 2 x 0 até os 15 dos critérios de desempate, sequer minutos do segundo tempo, quan- disputou a fase de repescagem. do Gana diminui. Aos 45, empate que levou a partida ao tempo extra, Em 2008, chegou ao maior feiquando enfim conseguiram a vira- to de sua carreira quando foi da. Na grande final, novo empate vice-campeão da Liga dos Camcontra a Líbia e decisão nos pênal- peões da Europa treinando o

Após sua saída do Chelsea, foi rebaixado com o Portsmouth e o West Ham, ainda na Inglaterra. Em 2012, foi contratado pelo Partizan da Sérvia, e saiu do cargo menos de seis meses depois. Vinha sem treinar nenhuma equipe há um ano e meio quando recebeu convite da federação ganesa, com a qual acertou compromisso até o término da CAN 2017. Grant foi o terceiro técnico que passou por Gana após a Copa do Mundo, tendo Kwasi Appiah comandado a equipe nos dois primeiros jogos das Eliminatórias, o interino Maxwell Konadu outros dois, e Avram os últimos dois.

O Que Esperar Finalista Apesar de o discurso da federação ser o de realizar apenas uma boa competição este ano para se tornarem campeões em 2017, Gana possui uma boa equipe, e caso não possuam problemas com desorganização, como ocorreu na última Copa do Mundo, têm tudo para ir longe.

O Time Possui um dos melhores times da CAN do meio para frente. O craque do time, Gyan Asamoah, se lesionou nos treinamentos para a competição e preocupa. O atacante Majeed Waris lesionou-se de última hora, dando lugar a Mathatma Otoo. Fique de Olho Harrison Afful (Lateral) Emmanuel Badu (Volante) Gyan Asamoah (Atacante)

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ARGÉLIA Particpações em CAN: 15 68, 80, 82, 84, 86, 88, 90, 92, 96, 98, 00, 02, 04, 10, 13

Goleiros:

Melhor Resultado: Campeão (90)

Defesa:

Participações em Copas do Mundo: 04 82, 86, 10, 14 Apelido: Raposas do Deserto Localização

Rais Mbolhi (Philadelphia Union, EUA) Doukha Izzeddine (Kabylie, Argélia) Lamine Zemmamouche (USM Alger, Argélia)

Liassine Bentaiba (Osasuna, Espanha) Madjid Bougherra (Fujaira, Emirados Arábes Unidos) Faouzi Ghoualm (Napoli, Itália) Rafik Halliche (SC Qatar, Catar) Aissa Mandi (Reims, França) Carl Medjani (Trabzonspor, Turquia) Djamel Mesbah (Sampdoria, Itália) Mehdi Zeffane (Lyon, França)

Meio-Campo:

Nabil Bentaleb (Tottenham, Inglaterra) Yacine Brahimi (Porto, Portugal) Medhi Lacen (Getafe, Espanha) Saphir Taider (Sassuolo, Itália) Mehdi Abeid (Newcastle United, Inglaterra) Foued Kadir (Real Betis, Espanha)

Ataque:

Abdelmoumene Djabou (Club Africain, Tunísia) Sofiane Feghouli (Valencia, Espanha) Riyad Mahrez (Leicester City, Inglaterra) Islam Slimani (Sporting Lisbon, Portugal) Hilal Soudani (Dinamo Zagreb, Croácia) Ishak Belfodil (Parma, Itália) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto Na Competição Mesmo com a boa campanha na dos mais difíceis jogos enfrentados Após uma estreia sem brilho caindo na 1ª fase da competição em 1968, os argelinos retornaram à CAN justamente em seu período de ouro no futebol, no qual participaram de suas duas primeiras Copas do Mundo, nos anos 80, além dos expressivos resultados continentais, conquistando o vice-campeonato em 1980, após cinco tentativas fracassadas de classificação ao torneio, além de ter chegado às semi finais em 1982, 1984 e 1988, numa época em que a competição contava com apenas oito participantes, para enfim chegarem ao primeiro, e até agora único, título da competição, quando sediaram o evento e fizeram uma campanha irretocável com 100% de aproveitamento, incluindo um 5 x 1 contra a Nigeria, 3 x 0 contra a Costa do Marfim e 2 x 0 contra o Egito na fase de grupos, além de vitórias sobre Senegal na semi final e novamente a Nigeria, vingando a finalíssima de dez anos antes para delírio da torcida local. Desde então, a Argélia só ficou fora da CAN em quatro edições (1994, quando classificou-se mas perdeu a vaga por irregularidades, 2006, 2008 e 2012), porém, não voltou a fazer campanhas com muito brilho.

O Treinador

Copa do Mundo, o ex-técnico Vahid Halilhodzic decidiu por não renovar seu contrato, citando obrigações familiares e o desejo de novos desafios esportivos como motivações para tal, agradecendo o apoio de dirigentes, jogadores e torcida e criticando setores da imprensa que segundo ele, “nunca pararam de estigmatizar não apenas meu trabalho, como eu e minha família”.

pelos europeus na competição, o Sétif trouxe de volta ao país o título da Liga dos Campeões Africana, após 24 anos sem a conquista máxima do futebol de clubes da África.

Enquanto outras grandes seleções como Camarões e Costa do Marfim passam por processos de reformulação, a base argelina já é realidade e vem atuando bem com regularidade desde o térmiCom isso, a Federação Argeli- no da fracassada campanha da na foi atrás do francês Christian última CAN em janeiro de 2013. Gourcuff, que vinha treinando o Lorient desde 2003, e havia dei- Campeã vigente e outra equipe que xado a equipe na 8ª colocação da avançou de fase na última Copa do última temporada do campeonato Mundo, a Nigeria, afundou-se em francês, além de ter sido eliminada uma crise política e numa conturprecocemente na Copa da Liga e bada relação com o técnico Stephen na Copa da França. O técnico tam- Keshi, que culminou na não classibém já teve passagens por outros ficação da equipe para o torneio. clubes do futebol francês como Le Mans e Rennes, além de ter tido Somando tudo isso ao fato de que contato com o futebol árabe quan- a seleção do país-sede, única a atudo trabalhou na Arábia Saudita, ar em casa no torneio, não possui pouco antes de assumir o Lorient. um time competitivo, a tendência é que os argelinos travem um duelo Gourcuff, que assumiu a equipe interessantíssimo logo na primeira em julho de 2014 vem mantendo fase contra outra forte candidata a base do elenco que disputou a ao título, Gana, e peguem alguCopa do Mundo e conquistando ma seleção com camisa de peso expressivos resultados, perdendo logo nas quartas, mas mesmo asapenas a última partida das Elimi- sim avancem ao menos até as semi natórias, quando já estavam clas- finais. Do contrário, a campanha sificados e enfrentaram um Mali, pode ser considerada um fracasso. necessitando da vitória para garantir a qualificação em sua casa. O Time

O Que Esperar

Christian Gourcouff

A maior parte dos atletas é composta por jogadores nascidos na Título França, naturalizados e descendentes de argelinos. Em sua maioria, Talvez nunca antes a Argélia te- atuam em campeonatos europeus nha entrado em uma CAN com um como Espanha, França e Inglaterra. favoritismo semelhante ao atual. Fique de Olho O futebol argelino passa por uma excelente fase. Além de ter sido o Rafik Halliche (Zagueiro) país africano com a melhor particiSofiane Feghouli (Meia) pação no mundial, perdendo apenas Yacine Brahimi (Meia) para a campeã Alemanha em um Islam Slimani (Atacante) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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ÁFRICA DO SUL Particpações em CAN: 08 96, 98, 00, 02, 04, 06, 08, 13 Melhor Resultado: Campeão (96) Participações em Copas do Mundo: 03 98, 02, 10 Apelido: Bafana Bafana

Localização

Goleiros:

Darren Keet (Kortrijk, Bélgica) Brilliant Khuzwayo (Kaizer Chiefs, África do Sul) Jackson Mabokgwane (Mpumalanga Aces, África do Sul)

Defesa:

Anele Ngcongca (Racing Genk, Bélgica) Eric Mathoho (Kaizer Chiefs, África do Sul) Rivaldo Coetzee (Ajax Cape Town, África do Sul) Siyabonga Nhlapo (BidVest Wits, África do Sul) Ayanda Gcaba (Orlando Pirates, África do Sul) Thulani Hlatswayo (BidVest Wits, África do Sul) Thabo Matlaba (Orlando Pirates, África do Sul)

Meio-Campo:

Themba Zwane (Mamelodi Sundowns, África do Sul) Oupa Manyisa (Orlando Pirates, África do Sul) Andile Jali (Oostende, Bélgica) Dean Furman (Doncaster Rovers, Inglaterra) Mandla Masango (Kaizer Chiefs, África do Sul) Reneilwe Letsholonyane (Kaizer Chiefs, África do Sul) Bongani Zungu (Mamelodi Sundowns, África do Sul) Thamsanqa Sangweni (Chippa United, África do Sul) Thuso Phala (SuperSport United, África do Sul)

Ataque:

Tokelo Rantie (Bournemouth, Inglaterra) Bongani Ndulula (AmaZulu, África do Sul) Bernard Parker (Kaizer Chiefs, África do Sul) Sibusiso Vilakazi (Bidvest Wits, África do Sul) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto na competição Por conta de uma sanção imposta pela FIFA desde a década de 60 até o início dos anos 90 em virtude do Apartheid, a África do Sul não pôde disputar nenhuma competição oficial de futebol no período. Com isso, os sul-africanos jogaram sua primeira CAN como país-sede, em 1996, ano em que sagraram-se campeões com uma histórica campanha ficando à frente de Camarões e Egito na fase de grupos, eliminando Argélia e Gana nas quartas e semis e vencendo a Tunísia na final. Na edição seguinte, em 1998, conseguiram chegar à finalíssima novamente, desta vez perdendo para os egípcios por 2 x 0. Em 2000, mais uma boa campanha ao chegar às semi finais, quando perdeu por 2 x 0 para a Nigeria, e conquistou a medalha de bronze após disputa de pênaltis com a Tunísia.

antes de enfrentar a Liga Muçulmana de Moçambique pelo seu time, o Kaizer Chiefs, em jogo válido pela Liga dos Campeões em março deste ano. Com isso, Williams do Supersports assumiu a meta nos amistosos contra o Brasil e a Nova Zelândia, em março, ainda sob comando de Igesund, que também deu uma oportunidade de jogo a Senzo Meyiwa, do Orlando Pirates, com 27 anos, em amistoso contra a Austrália.

Com a mudança de treinadores, Shakes Mashaba deu não apenas a titularidade como a braçadeira de capitão a Meyiwa durante as Eliminatórias para a CAN. Porém, em 26 de outubro Senzo foi morto a tiros por dois homens que entraram na casa em que estava em Vosloorus, na África do Sul. Com isso, Dave Keet, que atua pelo Kortrijk da Liga Belga assumiu a vaga de titular, e Dave Vale lembrar que a equipe tam- Furman tornou-se capitão nas duas bém conseguiu classsificar-se para partidas eliminatórias restantes. as Copas do Mundo de 1998 e O Treinador 2002, ano que chegaram às quartas de final da CAN, englobando o período de seis anos que é considerado como a fase de ouro da seleção sul-africana (1996-2002). Após o período, a equipe se classificou para a competição continental em 2004, 2006 e 2008, sempre eliminada logo na 1ª fase, e falhou em disputá-la em 2010 e 2012, reShakes Mashaba tornando apenas em 2013, quando conquistou a vaga por ser país-sede, Com o fracasso nas Eliminatórias e chegou às quartas de final, sendo para a Copa do Mundo deste ano, eliminada pelo Mali, nos pênaltis. quando perdeu a vaga na última fase para a Etiópia (mesmo esta tendo sido punida em três pontos O Goleiro por escalação irregular), somado A meta sul-african talvez tenha às campanhas decepcionantes nas sido a mais conturbada posição duas competições continentais em ao longo deste último ano. Khu- que a África do Sul foi país-sede, ne, que vinha sendo o goleiro titu- a CAN 2013, na qual foram elilar desde 2008, sofreu uma lesão minados nas quartas de final, venno ligamento do tornozelo pouco cendo apenas uma única partida,

e no CHAN 2014, quando sequer passaram da primeira fase, a Federação Sul-Africana não renovou contrato com o ex-técnico Gordon Igesund, que deixou o cargo no meio deste ano para que Shakes Mashaba assumisse em Julho, próximo ao início das Eliminatórias para a CAN do ano que vem. Mashaba já treinou o Black Leopards local, a seleção da Suazilândia e as categorias de base sul-africanas, além de uma passagem anterior pela seleção principal, quando classificou a equipe para a CAN 2004, mas saiu do cargo antes de seu início ao entrar em atrito com dirigentes e jogadores estrangeiros, entre eles Benni McCarthy, por problemas relativos a suposta falta de compromisso de alguns atletas que atuavam fora do país.

O que esperar? Queda na primeira fase Apesar de demonstrar sinais de melhora significativa ao longo de 2014, os Bafana Bafana não tiveram sorte no sorteio, e dificilmente conseguirão superar um grupo com as fortíssimas Argélia e Gana, além de um respeitável Senegal, ainda mais sem poder contar com o fator casa, primordial em todas as conquistas recentes dos sul-africanos.

O Time Elenco com a maior quantidade de atletas da casa entre todos os participantes, contando com apenas cinco “estrangeiros”. A maior parte deles vem do Kaizer Chiefs e do Orlando Pirates, maiores clubes do país. Fique de Olho Dean Furman (Volante) Tokelo Rantie (Atacante) Bongani Ndulula (Atacante)

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SENEGAL Particpações em CAN: 12 65, 68, 86, 90, 92, 94, 00, 02, 04, 06, 08, 12

Goleiros:

Melhor Resultado: Vice-Campeão (02)

Defesa:

Participações em Copas do Mundo: 01 02 Apelido: Leões

Bouna Coundoul (Ethnikos Achna, Chipre) Lys Gomis (Trappani, Itália) Pape Demba Camara (Sochaux, França)

Zargo Toure (Le Havre, França) Lamine Gassama (Lorient, França) Lamine Sane (Bordeaux, França) Kara Mbodji (Genk, Bélgica) Pape Ndiaye Souare (Lille, França) Papy Djilobodji (Nantes, França) Cheikh Mbengue (Rennes, França)

Meio-Campo: Localização

Cheikhou Kouyate (West Ham, Inglaterra) Pape Kouli Diop (Levante, Espanha) Idrissa Gana Gueye (Lille, França) Stephane Badji (Brann, Noruega) Salif Sane (Hanover, Alemanha) Alfred Ndiaye (Real Betis, Espanha)

Ataque:

Moussa Konate (Sion, Suiça) Mame Birame Diouf (Stoke City, Inglaterra) Sadio Mane (Southampton, Inglaterra) Moussa Sow (Fenerbahce, Turquia) Papiss Demba Cisse (Newcastle, Inglaterra) Henri Saivet (Bordeaux, França) Dame Ndoye (Lokomotiv Moscow, Rússia) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto A equipe chamou atenção mundial no ano de 2002, quando venceram a França, campeã vigente da Copa do Mundo na estreia da competição, dando início a uma histórica campanha em que na fase de grupos eliminou Uruguai e os próprios franceses, dois campeões mundiais e a Suécia nas oitavas, perdendo apenas para a Turquia na prorrogação das quartas de final. Além disso, o jovem atacante El Hadji Diouf foi eleito um dos destaques do torneio, tornando-se uma promessa que não vingou e hoje joga na segunda divisão da Malásia. Meses antes, já haviam demonstrado qualidade ao conquistar o vice-campeonato da CAN, empatando a final contra Camarões e caindo nos pênaltis, após ter superado também a Nigeria e o Egito ao longo da competição. Nas duas edições seguintes do torneio voltou a fazer boas campanhas, mas motivos circunstanciais acabaram atrapalhando um possível título inédito. Tanto em 2004 quanto em 2006 avançaram de fase, mas foram eliminados pelos países anfitriões, que viriam a ser campeões. A Tunísia, nas quartas de final, e o Egito, nas semi finais, respectivamente.

Antes do novo milênio, poucas campanhas relevantes foram conquistadas pela equipe, com destaque à CAN de 90, quando caíram no grupo dos então campeões Camarões na primeira fase e conseguiram eliminá-los, porém, perderam a partida seguinte, e a disputa de 3º lugar. Em 65, nos primórdios da competição, também chegou entre os quatro melhores. Nos dois casos, porém, o número de participantes era reduzido, com oito equipes em 1990 e apenas seis em 1965.

O Técnico

Alain Giresse

Em janeiro de 2013, assumiu a equipe do Senegal em meio às Eliminatórias para a Copa do Mundo sediada no Brasil. Levou a equipe a disputar a última fase contra a Costa do Marfim, e deu trabalho aos favoritos marfinenses até os últimos minutos de jogo. Mantido no cargo, conseguiu se garantir na CAN em um dificílimo grupo de eliminatórias que contava também com Tunísia, Egito e Botsuana.

O Que Esperar

Um dos melhores jogadores franceses da década de 80, fazendo parte da geração de ouro do país que chegou às semi finais das Copas do Mundo de 1982 e 1986 e sagrou-se campeã da Eurocopa em 1984. Também é um dos principais jogadores da história do Bordeaux, equipe pela qual fez mais de 500 jogos ao longo de uma década e meia.

Após iniciar a carreira de treinador comandando equipes médias da França, tendo como único resultado expressivo um acesso à primeira divisão com o Toulose em 1997, teve rápida passagem pelo FAR Rabat em Marrocos, onde venceu a Copa local, e em 2004 teve sua primeira experiência com uma seleção nacional, a pequena GeDesde então, a equipe entrou órgia, evidentemente não levando em decadência, e classificou- a equipe para a Copa do Mundo. -se para a CAN apenas em 2008 e 2012, anos em que foi elimi- Em 2006 assume o Gabão, e apesar nada na fase de grupos, sem de não classificar a equipe à disputa conseguir sequer uma vitória. da CAN 2008, consegue um granA equipe também chegou perto da vaga na Copa do Mundo da Alemanha, com apenas uma derrota ao longo da eliminatória. Porém, o surpreendente Togo fez uma campanha inda melhor e por vantagem de dois pontos deixou os senegaleses de fora.

de resultado chegando à última rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 com chances de classificação, que acabou não ocorrendo. Na CAN do mesmo ano, foi eliminado na fase de grupos no critério de gols pró. No mesmo ano, assumiu a seleção do Mali, classificando-os posteriormente para a edição seguinte do torneio, na qual conquistou a 3ª colocação.

Queda na Primeira Fase Apesar de ser mais cotado a “correr por fora” pela classificação do que os sul-africanos, o Senegal dificilmente terá capacidade para superar os favoritos Gana e Argélia. Provavelmente em outro grupo teriam chances maiores.

O Time Em um elenco composto por jogadores que atuam na Europa, poucos possuem papel de importância em suas equipes. O técnico causou polêmica ao não convocar Demba Ba, do Besiktas, um dos mais famosos jogadores do país. Fique de Olho Papy Djilobodji (Zagueiro) Idrissa Gueye (Volante) Papiss Cissé (Atacante)

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COSTA DO MARFIM

Particpações em CAN: 20 65, 68, 70, 74, 80, 84, 86, 88, 90, 92, 94, 96, 98, 00, 02, 06, 08, 10, 12, 13 Melhor Resultado: Campeão (92) Participações em Copas do Mundo: 03 06, 10, 14 Apelido: Elefantes Localização

Goleiros:

Gbohouo Sylvain (Sewé Sports, Costa do Marfim) Mande Sayouba (Stabæk, Noruega) Coppa Barry (Lokeren, Bélgica)

Defesa:

Aurier Serge (Paris Saint-Germain, França) Tiene Sakia (Montpellier, França) Viera Ousmane (Rizespor, Turquia) Kolo Toure ( Liverpool, Inglaterra) Wilfried Kanon (Den Haag, Holanda) Eric Bertrand Bailly (Espanyol, Espanha) Akpa Akpro Jean-Daniel (Toulouse, França)

Meio-campo:

Diomande Ismael (Saint-Étienne, França) Yaya Toure (Manchester City, Inglaterra) Serey Die Geoffrey (Basel, Suiça) Doukouré Cheick (Metz, França) Cheick Tiote (Newcastle, Inglaterra) Gradel Max (Saint-Étienne, França) Assale Roger (Sewé Sports, Costa do Marfim)

Ataque:

Gervinho (Roma, Itália) Kalou Salomon (Hertha Berlin, Alemanha) Traore Lacina (Monaco, França) Tallo Junior (Bastia, França) Wilfried Bony (Swansea, País de Gales) Seydou Doumbia (CSKA Moscow, Rússia) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto Após algumas participações esparsas nas décadas de 60 e 70, quando a competição ainda contava com pouquíssimas equipes, começou a crescer a partir da década de 80, quando sediou a competição em 1984 e desde então passou a participar com mais frequência, até finalmente chegar ao título em 92, com uma equipe que já contava com cinco atletas de clubes franceses, como Joel Tiehí do Le Havre e Didier Otokoré do Auxerre. Após passar por Argélia e Congo na fase de grupos, venceram a Zâmbia nas quartas e superaram Camarões nas semis e Gana na final, ambos nos pênaltis. A Grande decisão veio somente após a cobrança de 24 penalidades. Na edição seguinte, foram semifinalistas, e desde entao poucoconseguiam na competição até o surgimento da geração de ouro do país, com jogadores como Kolo e Yaya Touré, Zokora, Boka, Kalou, Bakari Koné, Eboué, Romaric e principalmente Didier Drogba. Porém, mesmo tendo conseguido disputar três Copas do Mundo consecutivas e chegado entre as oito melhores equipes da CAN por cinco edições seguidas, sendo em duas delas semi finalista e vice-campeã em 2006 e 2012, perdendo o título nos pênaltis para o Egito e Zâmbia, não chegou a conquistar nenhum título expressivo.

.O Treinador

inédito para o país. Após ser eliminado na primeira fase da competição no ano seguinte, voltou para a França para treinar o Sochaux, sendo demitido ao término da temporada 2013/14 após rebaixar a equipe para a segunda divisão.

Terminada a Copa do Mundo, recebeu convite da federação marfinense e retornou ao continente Hervé Renard africano, substituindo o francês Após treinar algumas equipes pe- Sabri Lamouchi, responsável quenas na Inglaterra, França, Vie- pela fraca campanha no muntnã e China, o francês conseguiu dial e na CAN do último ano. seu primeiro cargo notável ao ser O Que Esperar escolhido pela federação da Zâmbia, que procurava um técnido jovem para assumir a seleção da casa Quartas de Final em 2008 (Hervé tinha 39 anos à época), após ser assistente técnico Decadente, entra com menos mode Claude Leroy na CAN do mes- ral na edição 2015. Deve conseguir mo ano com os anfirtriões ganeses. passar de fase, mas sem a mesma Passando longe de uma vaga na Copa do Mundo, conseguiu jogar a CAN de 2010, na qual avançou de fase num grupo difícil, ao lado de Gabão, Camarões e Tunísia, sendo eliminado para a Nigeria nos pênaltis na fase seguinte. Pouco depois, assumiu a seleção de Angola, na qual durou poucos meses. No ano seguinte, assumiu o comando do USM Alger, para disputar o campeonato argelino no qual ficou no meio da tabela.

No fim de 2011, a Zâmbia de Dário Bonetti conquistou a vaga para a CAN do ano posterior, porém, devido a um mal relacioNa última partida das eliminató- namento do italiano com a federias para a competição, protago- ração, acabou deixando o cargo nizou um episódio polêmico com livre para a volta de Renard, que Camarões, quando nos últimos teria então a chance de disputar minutos da partida “pararam de sua segunda competição contijogar” com o resultado lhes clas- nental como treinador principal. sificando e não alterando nada para os rivais. A forma escanca- E a oportunidade não poderia ser rada como tudo foi feito chamou melhor: numa memorável campaatenção da imprensa internacional. nha, sagrou-se campeão africano em 2012, conquistando um título

facilidade de anos anteriores. Pelo fato de já enfrentarem um adversário de peso vindo do Grupo da Morte logo na fase seguinte, terão dificuldades em prosseguir.

Porém, caso haja um comprometimento maior do que nas últimas edições, mesmo com um nível técnico inferior é possível que conquistem resultados mais convincentes.

O Time Assim como nos últimos anos, o time é quase todo baseado na Europa. Após a Copa do Mundo, alguns jogadores veteranos pararam de ser convocados, como Drogba, Zokora e Kolo Touré,.Este último, porém, aceitou retornar à equipe, e anunciou que fará desta CAN sua última competição com a seleção. Fique de Olho Kolo Touré (zagueiro) Yaya Touré (volante) Gervinho (atacante)

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MALI Particpações em CAN: 08 72, 94, 02, 04, 08, 10, 12, 13 Melhor resultado: Vice-Campeão (72) Participações em Copas do Mundo: Não possui Apelido: Águias

Goleiros:

Soumaïla Diakite (Esteghlal Khuzestan, Irã) Germain Berthe (Onze Créateurs de Niaréla, Mali) N’Tji Michel Samake (Duguwolofila, Mali)

Defesa:

Drissa Diakite (Bastia, França) Fousseyni Diawara (Tours, França) Molla Wague (Udinese, Itália) Ousmane Coulibaly (Platanias, Grécia) Adama Tamboura (Randers, Dinamarca) Idrissa Coulibaly (Hassania Agadir, Marrocos) Salif Coulibaly (TP Mazembe, R.D. do Congo) Mohamed Konate (Renaissance Berkane. Marrocos)

Meio-Campo: Localização

Seydou Keita (Roma, Itália) Tongo Hamed Doumbia (Toulouse, França) Yacouba Sylla (Erciyesspor, Turquia) Mamoutou N’Diaye (Zulte Waregem, Bélgica) Abdou Traore (Bordeaux, França) Sigamary Diarra (Valenciennes, França)

Ataque:

Mohamed Traoré (Al Merrikh, Sudão) Bakary Sako (Wolverhampton , Inglaterra) Mustapha Yatabare (Trabzonspor, Turquia) Sambou Yattabare (Guingamp, França) Abdoulaye Diaby (Mouscron, Bélgica) Modibo Maiga (Metz, França) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto

A equipe conquista a sua quinta participação consecutiva no Mesmo sem ter muitas partici- torneio nesta edição, um recorpações na competição continen- de para o país que antes dos anos tal, a seleção malinesa é certa- 2000 jamais havia conquistado mente uma das mais “intensas” sequer duas presenças seguidas. que existem no futebol africano. Justamente durante a realização da Com exceção das edições 08 e CAN de 2012, grandes conflitos 10, quando foi eliminado na fase eclodiram na região norte do país, de grupos para a Nigeria por fazendo com que muitos jogadoconta dos gols pró, e para a Ar- res evitassem se pronunciar poligélia por conta do confronto di- ticamente e dedicassem as vitórias reto, respectivamente, o Mali no torneio às vítimas. Seus deschegou ao menos às semi finais dobramentos perduram até hoje. em todas as suas outras presenças. Em 72, a equipe avançou de fase empatando seus jogos com Togo, Quênia e Camarões, vencendo o Zaire por 4 x 3 após prorrogação na fase seguinte e perdendo a grande final de virada para o Congo-Brazzaville. Recentemente a equipe vem se “especializando” em estragar a festa dos donos da casa. Em 2010, quando os anfitriões angolanos goleavam por 4 x 0 até os 35 minutos do segundo tempo na estreia da competição os malineses empataram a partida com dois gols nos acréscimos num dos mais históricos jogos da história do futebol africano, silenciando o lotado Estádio 11 de Novembro. Dois anos depois, a vítima foi o Gabão, que co-sediava a competição com a Guiné Equatorial e esbarrou com o Mali nas quartas de final. O Gabão vinha se classificando, quando aos 40 minutos do segundo tempo sofreram o empate, e foram eliminados nas cobranças de pênaltis, graças a erro de Aubameyang. Na última edição da competição, em 2013, mais decepção, novamente nas quartas de final, porém, as vítimas desta vez foram os sul-africanos.

Técnico

com a Tunísia em 96, quadrifinalista novamente com a Tunísia em 98, ano em que também treinou a equipe na Copa do Mundo, semi finalista com o próprio Mali em 02, eliminado na primeira fase com o Senegal em 08 Em sua primeira passagem pela equipe malinesa, chegou por volta de um mês antes do início da CAN disputada no próprio Mali, e saiu um mês depois para treinar o Wisla Krakow, de sua terra natal. No início de 2014, o técnico que estava parado há três anos aceitou convite para voltar a trabalhar e retornou à equipe com um contrato com duração até a Copa do Mundo da Rússia, cuja disputa é um dos objetivos da federação malinesa.

O Que Esperar Queda na Fase de Grupos Em um grupo difícil, a tendência é que os malineses não consigam ultrapassar Costa do Marfim Em sua época de jogador, au- e Camarões na tabela. Porém, tou por uma década no Stal Mie- têm mais chances de avançar de lec, clube da Polônia, sua terra fase do que a Guiné-Conacri. natal, além de passagem pelo Metz e outras equipes polonesas. O Time Henryk Kasperczak

Fez parte da histórica campanha polonesa na Copa do Mundo de 1974, na qual venceram Argentina e Itália na primeira fase, além de golear o Haiti por 7 x 0, superando também as fortes equipes de Suécia e Iugoslávia na segunda fase, perdendo um único jogo na competição, justamente para a Alemanha Ocidental, o que lhes custou a vaga na final. Na disputa de 3º lugar, mais história com vitória por 1 x 0.

O país já viveu dias melhores, futebolisticamente falando. Fora Seydou Keita, da Roma, que inclusive já disputou uma CAN sob comando de Kasperczak em 2002, e está próximo a completar 100 jogos pela seleção, além de outros jogadores de times medianos da França, a maioria atua por equipes inexpressivas. Fique De Olho

Já treinou equipes em CAN em Salif Coulibaly (Zagueiro) outras ocasiões, sendo semi finalista da competição com a Costa Adama Tamboura (Lateral Esquerdo) Seydou Keita (Meia) do Marfim em 94, vice-campeão

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CAMARÕES Particpações em CAN: 16 70, 72, 82, 84, 86, 88, 90, 92, 96, 98, 00, 02, 04, 06, 08, 10

Goleiros:

Melhor Campanha: Título (84, 88, 00, 02)

Defesa:

Participações em Copas do Mundo: 07 82, 90, 94, 98, 02, 10, 14 Apelido: Leões Indomáveis Localização

Joseph Ondoua (Barcelona, Espanha) Guy Ndy Assembe (Nancy, França) Pierre Sylvain Abogo (Tonnerre, Camarões)

Cédric Djeugoue (Coton Sport, Camarões) Jérôme Guihoata (Valenciennes, França) Nicolas N’koulou (Marseille, França) Ambroise Oyongo Bitolo (NY Red Bulls, EUA) Franck Bagnack (Barcelona, Espanha) Henri Bedimo (Lyon, França) Aurélien Chedjou (Galatasaray, Turquia)

Meio-Campo:

Stéphane M’bia (Seville, Espanha) Enoh Eyong (Standard Liège, Bélgica) Raoul Cedric Loe (Osasuna, Espanha) Edgard Salli (Academica de Coimbra, Portugal) Georges Mandjeck (Kayseri Erciyesspor, Turquia) Franck Kom (Etoile du Sahel, Tunísia) Patrick Ekeng (FC Cordoba, Espanha)

Ataque:

Eric Choupo-Moting (Schalke 04, Alemanha) Benjamin Moukandjo (Reims, França) Vincent Aboubakar (Porto, Portugal) Léonard Kwekeu (Caykur Rizespor, Turquia) Clinton N’Jie (Lyon, França) Franck Etoundi (Zurich, Suiça) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto Foi na década de 80 que Camarões começou a se firmar como um dos gigantes do continente, numa geração que contava com a presença de dois atletas históricos, o goleiro Bell e o atacante Roger Milla. Após a inédita classificação à Copa do Mundo de 1982, os camaroneses chegariam a três finais de CAN seguidas, vencendo a Nigeria em 1984, caindo para o Egito nos pênaltis dois anos depois, quando foi a única equipe a terminar a competição invicta e conquistando o bicampeonato em 1988, novamente superando a Nigeria na última partida.

Na edição seguinte, em 2002, graças a um inspirado Patrick M’Boma, hoje segundo maior artilheiro da história do país, chegaram à final com 100% de aproveitamento, e sagraram-se tetracampeões nos pênaltis contra a seleção do Senegal, que faria história poucos meses depois chegando às quartas de final da Copa do Mundo.

O Treinador

entre os jogadores, surgindo até mesmo suspeitas de manipulação de resultados em seus jogos. É conhecido principalmente por seu trabalho no Freiburg, da Alemanha, quando foi duas vezes campeão da segunda divisão alemã ao longo de 16 anos.

O Que Esperar Quartas de Final

Nos anos seguintes, mesmo fazendo história ao disputarem quatro Copas do Mundo consecutivas, incluindo a memorável Volker Finke campanha de 1990, quando chegaram às quartas de final, feito O técnico alemão chegou à senunca superado por outro africaleção para substituir o interino no, não conseguiram grandes reJean-Paul Akono, camaronês que sultados em termos continentais. havia assumido o comando da seleção às vésperas do decisiNos anos 2000, porém, uma nova vo confronto contra o Cabo Vergeração de muita qualidade vinha de nas Eliminatórias para CAN se formando, com jogadores como 2013, no qual o clube fracassou. Rigobert Song, Njitap Geremi e a promessa Samuel Eto’o, que viria No ano seguinte, Volker foi contraa se tornar um dos maiores jogadotado faltando poucos meses para o res da história do país anos depois. início das Eliminatórias para a Copa do Mundo, uma grande preNa última CAN antes da viraocupação para os camaroneses, já da do milênio, os camaroneses que desde o mundial de 2010, não classificaram-se em um dos mais haviam conseguido disputar quaisequilibrados grupos da história, quer torneios relevantes. Bem suno qual o primeiro colocado e o cedido na classificação graças a lanterna tiveram a mesma ponuma goleada sobre a Tunísia na tuação, com tudo sendo resolviúltima fase , mesmo após ter avando no saldo. A equipe conquistou çado aos trancos e barrancos por vitórias expressivas como um seu grupo, a campanha na Copa 3 x 0 sobre a Costa do Marfim e do Mundo foi a pior entre as 32 o mesmo placar sobre a Tunísia na seleções, gerando muitas críticas semifinal, além de novamente sua respeito do comprometimento perarem a Nigeria na partida derrados atletas, e do relacionamento deira, chegando ao tricampeonato.

Com o afastamento de jogadores como Alex Song, Assou-Ekotto, Samuel Eto’o e a aposta em Ondoa, goleiro de apenas 18 anos durante o processo eliminatório, o time reagiu bem, e demonstrou ter superado o vexame da Copa. Mesmo tendo caído em um grupo complicado, é o time a ser temido. O azar dos camaroneses, porém, é o adversário que terão pela frente logo nas quartas de final, vindo do grupo com as poderosas Gana e Argélia, principais candidatas ao título. Caso avance por esta etapa, as chances de sucesso se potencializam, até pelo chamado “peso da camisa”, mas a realidade atual da equipe é outra, e não à toa fizeram vexame no mundial e ficaram tanto tempo afastados da CAN.

O Time A maior parte dos jogadores atua em times médios e grandes da Europa, principalmente das ligas espanhola e francesa, mas poucos possuem protagonismo em suas equipes. Fique de Olho Nicolas N’Koulou (Zagueiro) Stéphane M’Bia (Volante) Eric Choupo-Moting (Atacante) Vincente Aboubakar (Atacante)

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GUINÉ-CONACRI

Particpações em CAN: 10 70, 74, 76, 80, 94, 98, 04, 06, 08, 12

Goleiros:

Melhor Campanha: Vice-Campeão (76)

Defenders

Participações em Copas do Mundo: Não Possui Apelido: Syli Localização

Aboubacar Camara (Murcia, Espanha) Naby Yattara (Arles Avignon, França) Abdoul Aziz Keita (AS Kaloum, Guiné-Conacri)

Abdoulaye Cisse (Angers, França) Mohamed Diarra (Odense, Dinamarca) Djibril Tamsir Paye (Zulte Waregem, Bélgica) Florentin Pogba (Saint-Étienne, França) Issiaga Sylla (Toulouse, França) Kamil Zayatte (Sheffield Wednesday, Inglaterra) Baissama Sankoh (Guingamp, França) Fodé Camara (Horoya, Guiné-Conacri)

Meio-Campo:

Lanfia Camara (Malines, Bélgica) Kevin Constant (Trabzonspor, Turquia) Ibrahima Conte (Anderlecht, Bélgica) Boubacar Fofana (Sporting Madeira, Portugal) Naby Keita (Salzburg, Áustria) Guy-Michel Landel (Orduspor, Turquia)

Ataque:

Abdoul Razzagui Camara (Angers, França) Seydouba Soumah (Slovan Bratislava, Eslováquia) Idrissa Sylla (Zulte Waregem, Bélgica) Ibrahima Traoré (Borussia Mönchengladbach, Alemanha) Mohamed Lamine Yattara (Lyon, França) Francois Kamano (Bastia, França) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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Retrospecto

Faltando duas partidas para a definição do grupo, enfrentaria o Apesar de ter um número ra- Togo fora de casa, e em caso zoável de presenças em CAN, de derrota estaria eliminada. a Guiné possui poucas campa- Numa exibição impressionannhas com alguma relevância. te, venceram a partida por 4 x 1, e chegaram á última rodada preEm 76 a equipe foi vice-campeã, cisando vencer Uganda em Casanuma edição que contou com qua- blanca, para chegar à classificação, drangular final após a fase de gru- o que acabou ocorrendo por 2 x 0. pos, na qual venceram Uganda e Etiópia e empataram com o Egito. O Técnico Na fase final, empataram com a Nigeria por 1 x 1 e venceram o Egito por 4 x 2, chegando à derradeira rodada com apenas um ponto a menos que o Marrocos, precisando apenas de uma vitória para chegar ao título inédito. Chérif marcou aos 33 minutos da etapa inicial, e até os 41 minutos do segundo tempo vinha dando a Michel Dussuyer taça para a Guiné, quando Baba empatou para os marroquinos e pôs fim ao sonho da equipe. A relação do treinador francês com a equipe do Cannes é intensa, uma Os guineenses demoraram 28 vez que incluindo o tempo que pasanos para voltar a avançar de fase sou na base do clube, como profisnuma CAN, o que ocorreu por sional, e posteriormente como astrês vezes consecutivas, nas edi- sistente técnico, somam-se quase ções 04, 06 e 08, sendo eliminada 30 anos trabalhando com o clube. pelo Mali por 2 x 1, Senegal por 3 x 2 e Costa do Marfim por 5 x 0, Em 2002, porém, saiu do cargo respectivamente. Destaque para a de assistente para lançar-se como campanha de 06, quando realizou treinador justamente com a seleção a melhor campanha da primeira da Guiné-Conacri, levando-os às fase ao lado de Camarões, com quartas de final da CAN dois anos 100% de aproveitamento, sete gols depois. Após a campanha, foi asmarcados e apenas um sofrido. sistente-técnico na seleção da Costa do Marfim, e treinou o Cannes A classificação da Guiné para a com- por uma temporada, antes de assupetição foi marcada pela superação. mir a seleção do Benin, conquistando o primeiro ponto em CAN Único país afetado pela epidemia da história da equipe em 2010. de ebola presente no torneio, a equipe não pôde mandar seus jogos Em maio, retornou para a Guiem território nacional durante as né substituindo o técnico local eliminatórias. Com isso, atuou me- Mamadi Souare, se desligantade das partidas em campo neutro, do do cargo no final de 2013. na cidade de Casablanca, no Mar- Poucos meses depois, reassurocos, e a outra metade fora de casa. miu o comando da seleção guineense, em fevereiro de 2014.

Ainda no quesito superação citado anteriormente, é válido citar que Dussuyer chegou a ficar 10 meses sem receber salários na atual passagem. Com a classificação à CAN, porém, os dirigentes da federação prometeram quitar a dívida o mais rápido possível.

O Que Esperar Queda na Fase de Grupos A equipe não deve ser páreo para Camarões e Costa do Marfim, e provavelmente deve brigar pela terceira colocação do grupo com a seleção do Mali.

O Time A maioria dos jogadores vem da França ou de times médios e pequenos de outros países da Europa. A situação difícil vivida pelo país parece não motivar muito Ismael Bangoura, do Nantes, e Bouna Sarr, do Metz. O primeiro era esperado a ser chamado para a competição, mas deixou a entender que não gostaria de ser convocado para o torneio. “Será uma grande decepção se eu não for para a Copa de Nações? Não.”, comentou em um comunicado. Já Sarr esteve na lista final, mas recusou o convite. De acordo com comunicado oficial do site do Metz, “o jovem meio-campista franco-guineense, que está em um estágio crucial de sua carreira, prefere, com profundo pesar, rejeitar a convocação para a seleção nacional e focar em sua carreira no Metz.”. Outros cinco jogadores do clube participarão do torneio. Fique de Olho Kevin Constant (Meia) Mohamed Yattara (Atacante) Ibrahima Traoré (Atacante)

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ESTATÍSTICAS E CURIOSIDADES Origem Quantos jogadores atuam em cada país cujos clubes cederam jogadores para a disputa desta CAN? 71 - França 26 - Espanha 23 - África do Sul, Inglaterra 21 - Bélgica 17 - Tunísia 15 - Portugal 12 - R.D. do Congo, Turquia 10 - Itália 09 - Congo Brazzaville, Zâmbia 08 - Suiça 07 - Alemanha, Guiné Equatorial, Russia 06 - Marrocos, Romênia 05 - Escócia, Argélia 04 - Guiné Conacri, Holanda, Dinamarca 03 - Angola, Chipre, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América, Grécia, Noruega 02 - Bulgária, Camarões, Catar, Costa do Marfim, Egito, Gabão, Gana, Índia, Israel, Mali, República Tcheca 01 - Andorra, Armênia, Austrália, Áustria, Burkina Faso, Croácia, Eslováquia, Finlândia, Gibraltar, Hungria, Irã, México, Moldávia, País de Gales, Sudão, Ucrânia

Naturalizações Levando-se em conta que mais de um quinto dos jogadores da CAN neste ano não nasceram em território do país ao qual representam, a abordagem do tema torna-se necessária.

Aubameyang

(França/Gabão).

A gigantesca maioria das naturalizações vem da França, país que colonizou a maior parte dos países africanos com mais tradição no futebol, incluindo mais da metade dos participantes desta edição da CAN (Argélia, Tunísia, Camarões, Gabão, Burkina Faso, Senegal, Costa do Marfim, Guiné-Conacri, Congo-Brazzaville e Mali). Grande parte do elenco argelino, por exemplo, vem de nascidos em território francês, mas desde jovens imersos na cultura de seus descendentes.

As naturalizações podem ocorrer pelos mais diversos motivos. Em alguns dos casos, o atleta consegue a documentação por possuir descendentes nascidos em determinada nação. Em outros, a adquire por morar certo tempo no referido país, sem falar quando um jogador é “convidado” a se naturalizar. No caso de Cabo Verde, três jogadores nasceram em Portugal, país Há inúmeros casos no continen- do qual se tornou independendente te africano de atletas que atuem há menos de 50 anos e conta com nas categorias de base por uma cerca de 70 mil caboverdianos reseleção europeia e posteriormen- sidindo legalmente em suas terras. te optem por defender uma cami- Outros dois vieram da Holanda, sa africana, na maioria dos casos outro país que conta com um alto por saber que vão enfrentar me- contingente de caboverdianos e nos concorrência. Apenas para descendentes, que migraram à reficar em exemplos recentes e de gião de Roterdã nas décadas de jogadores mundialmente conheci- 1960 e 70, no período de descolonidos: Kanouté (França/Mali), Ke- zação. Levando em conta que o arvin Boateng (Alemanha/Gana), quipélago possui cerca de 500 mil Alex Song (França/Camarões) e habitantes, os 90 mil descendentes André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br


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caboverdianos nos dois países é um Seleções com mais jogadonúmero bastante significativo, e res atuando no próprio país ajuda a explicar o porquê de ambos estarem representados na equipe. 18 – África do Sul Já em Burkina Faso, quatro jogadores do elenco nasceram na vizinha Costa do Marfim, país que historicamente contou com centenas de milhares de imigrantes burquinabés em seu território. Apenas por conta da eclosão da guerra civil marfinense em 2002, por exemplo, estima-se que cerca de 350 mil burquinenses retornaram a seu país de origem.

13 - Tunísia

17 – Guiné Equatorial 15 – Argélia 10 – Mali 09 – Congo-Brazzaville 07 - Senegal 07 – Tunísia 05 – Burkina Faso 05 – Cabo Verde 05 – R. D. do Congo 04 – Gabão 03 - Gana 03 – Guiné-Conacri 02 – Camarões 01 – Costa do Marfim 00 - África do Sul 00 - Zâmbia

Foi divulgado o valor das entradas que os torcedores terão que pagar para assistir aos jogos da competição.

Nas cidades de Ebebiyin e Mongomo os preços variam de 500 Francos CFA Centrais (R$ 2,35) 08 – Congo-Brazzaville até 5000 Francos (R$23,50). Já 07 - Guiné Equatorial, República em Bata e Malabo os preços variam de 1000 Francos (R$4,70) Democrática do Congo até 15000 Francos (R$70,00), na 02 – Argélia, Camarões, Costa do área VIP, além de entradas a preMarfim, Gabão, Guiné-Conacri, ços variáveis como 2000, 3000 e 12000 francos em outros setores. Mali 10 - Zâmbia

Há ainda casos como o de Solomon Asante, jogador nascido em 01 - Burkina Faso, Gana Gana, que fez excelentes temporadas pela equipe do Yennenga, 00 – Cabo Verde, Senegal na Burkina Faso, sendo convidado a defender a seleção burquinense em um amistoso. No ano seguinte, quando já havia retornado a seu país de origem, foi novamente convocado para a seleção, mas desta vez, a da própria Gana. Segue abaixo a lista com a quantidade de jogadores naturalizados convocados por cada seleção para a disputa da CAN 2015, em ordem decrescente:

Preço dos Ingressos

Mascote: Chuku Chuku, o

Porco Espinho Africano da Selva, típico da Guiné Equatorial.

Doações

O presidente da Guiné Equatorial, Obiang Nguema, afirmou que comprou 40 mil ingressos da competição para distribui-los entre pessoas que não possam pagá-los. Especula-se porém que tal medida está sendo tomada por receio de estádios vazios, já que parcela significativa da população está com medo de os jogos serem um possível foco de propagação de Ebola. Já o governo do Gabão, país vizinho, doou 20 ônibus para auxiliar na locomoção das equipes durante a competição. “Esta é a nossa contribuição para apoiar a Guiné Equatorial. Temos um ditado que diz que quando seus vizinhos estão tendo uma festa, o vilarejo inteiro festeja também”, afirmou Blaise Louembe, ministro dos esportes.

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Amistosos

Lista de Presença

Desde o início do ano, diversos amistosos fo- Quantas participações cada país tem na comram disputados envolvendo os participantes petição: da CAN, visando sua preparação para o tor- (Já incluída a edição 2015) neio. Confira-os abaixo: 21 - Costa do Marfim * Atualizado até 14/01/2015 20 - Gana ** As equipes que não participarão da CAN 17 – Camarões estão em itálico 17 – R. D. do Congo 17 – Tunísia África do Sul 1 x 0 Zâmbia 17 - Zâmbia África do Sul 3 x 0 Mali 16 - Argélia 13 - Senegal África do Sul 1 x 1 Camarões 11 - Guiné Conacri Burkina Faso 5 x 1 Suazilândia Burkina Faso 2 x 0 Botsuana (Sub-23) 10 – Burkina Faso 09 - África do Sul Costa do Marfim 1 x 0 Nigeria 09 – Mali Cabo Verde 1 x 1 Guiné Equatorial 07 – Congo-Brazzaville Cabo Verde 3 x 2 Congo-Brazzaville 06 – Gabão R. D. do Congo 1 x 1 Camarões 02 – Cabo Verde 02 – Guiné Equatorial Mali 2 x 0 Gabão

Guiné-Conacri 4 x 1 Marrocos (Sub-23) * O líder de participações é o Egito, com 22 Senegal 5 x 2 Guiné-Conacri no total. Porém, a última vez em que o país Senegal 1 x 0 Gabão disputou o torneio foi em 2010. Tunísia 1 x 0 Argélia Quem ficou de fora? Segue a lista dos atletas incluídos entre os 23 convocados de suas seleções, mas que não Guiné Equatorial 0 x 2 Vilafranquense (Portugal) estarão no torneio por diversos motivos: R. D. do Congo 2 x 1 Apejes Mfou (Camarões) - Patrick Phungwayo (África do Sul) (Lesão) Gana 1 x 0 Olhanense (Portugal) - Brice Ekongolo (Camarões) (Lesão) Gana 1 x 1 Cambuur (Holanda) - Fakhreddine Ben Youssef (Tunísia) (Lesão) Camarões 0 x 0 Mounana (Gabão) - Saber Khalifa (Tunísia) (Lesão) Zâmbia 4 x 0 Jomo Cosmos (África do Sul) - Mario Lemina (Gabão) (Desistência) Fakhreddine Ben Youssef - Bouna Sarr (Guiné-Conacri) (Desistência) Amistosos envolvendo seleções e clubes:

O atacante tunisiano havia sido um dos escolhidos para a seção “Fique de Olho”. Infelizmente, após o amistoso contra a Argélia agravou uma lesão no músculo da coxa, que o deixará fora dos campos por quatro semanas. Quem sabe em 2017.

Substituídos por: - Ayanda Gcaba (África do Sul) - Aurelien Chedjou (Camarões) - Ahmed Akaichi (Tunísia) - Edem Rjaibi (Tunísia) - Bonaventure Sokambi (Gabão) - Guy-Michel Landel (Guiné-Conacri) André Carlos Zorzi - www.portalfutebolafricano.blogspot.com.br



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