Revista Cristo Rei - Abril 2023

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Ele vive e está no meio de nós!

É animadora a caminhada que a Diocese de Toledo realiza neste ano de 2023 quando se observa a execução do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. As comunidades paroquiais estão sintonizadas com as diretrizes apresentadas que tomam por urgências os Pilares do Pão e da Ação Missionária, cada qual com suas propostas e esforços da instância diocesana e também das próprias paróquias que, por meio de suas lideranças, refinaram algumas estratégias contemplando a realidade de cada uma delas. Agora, é executar as iniciativas propostas e rezar, pedindo que a graça de Deus alcance seus destinatários.

O Pilar do Pão chega com muita força nesta edição da Revista Cristo Rei, pois é tempo de celebrar a Páscoa. Compreendendo sua missão, Jesus ainda assim quis permanecer com os seus e na Última Ceia cumpriu o gesto que instituiu a Eucaristia. Deixou o alimento da fé, o elemento que faz a aliança para que as gerações assim o façam em Sua memória. Mesmo conhecendo, lendo, estudando e pesquisando, ainda é um gesto que exige muito de cada um em busca de compreender o seu significado e como ele acontece nas ações cotidianas.

Contundo, o gesto da partilha é fácil de entender. A Eucaristia mostra – e isso fica bem claro – que é belo e divino partilhar as alegrias da fartura, mas também é necessário partilhar o amor

E x p e d i e n t e

com aqueles que não têm nada o que por à mesa nesta Páscoa. Famintos ou gente que está em risco alimentar estendem a mão de diversas formas em sinal de apelo. O que é possível fazer tendo a Eucaristia no coração de cada um? A Eucaristia que foi buscada na celebração está sendo cultivada no dia a dia diante das realidades gritantes na vida comunitária?

Não obstante, o tema central desta edição coloca em evidência as comunidades de fé que se reúnem em volta da Palavra. Destaca-se a necessidade que algumas comunidades passam com a falta de padres em número suficiente para atendê-las na eucaristia dominical. Contudo, é motivo de felicidade encontrar pessoas generosas que se colocam à disposição para atender tais necessidades e, para tanto, se lançam no aprofundamento da fé por meio de encontros de formação. Afinal, não é tão simples testemunhar a Palavra. Uma celebração da Palavra conduzida por Ministro Auxiliar da Comunidade exige estudos, reflexões e muito discernimento, além da iluminação divina para que alcance o objetivo que é levar os fiéis a vivenciar uma experiência de fé que acenda a chama missionária no processo de evangelização. Viva bem essa Páscoa, celebre, partilhe e depois compartilhe com a Revista Cristo Rei sua experiência com o Ressuscitado. Ele vive e está aqui, no meio de nós! Boa Leitura!

ESCRITÓRIO

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Toledo, Marechal Cândido Rondon, Palotina, Guaíra, Assis Chateaubriand, Jesuítas, Tupãssi, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Nova Aurora, Iracema do Oeste, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado, Mercedes, Quatro Pontes, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Formosa do Oeste e Maripá.

TIR AGEM

7.000 exemplares

IMPRESSÃO Gráfica TUICIAL

Os assuntos tratados em artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor

Uso nocivo de álcool entre mulheres cresce anualmente 4,25% em 10 anos

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023
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A vivência da Páscoa no cotidiano das comunidades de fé Seminário Maria Mãe da Igreja promove sua tradicional Festa dos Costelões Plano Diocesano avança com unidade das paróquias
é coisa séria!
é uma
valorização da vida
Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 Revista mensal da Diocese de Toledo
Bullying
Combatê-lo
forma de
aviária: há
prevenção? 06 10 30 60 71 83
Gripe
tempo para

Sinais da presença do Ressuscitado no cotidiano

A Páscoa de Jesus é nossa grande festa, a festa dos cristãos, a festa da Igreja, da vida, a festa da vitória sobre a morte. A emoção de Maria Madalena diante do túmulo de Jesus reflete o lamento da humanidade diante da morte; resume a perplexidade, a dor, a fratura interior que a humanidade sente diante da vitória do sepulcro sobre a vida, da vitória do mal sobre o bem, das trevas sobre a luz, da injustiça sobre a justiça, da falsidade sobre a verdade.

O grito de Maria Madalena é um grito legítimo e doloroso, um grito sem esperança, ela vê o fim da vida de um amigo no sepulcro. Como se fosse a última realidade que se pode olhar, uma realidade fechada, definitiva, que não deixa espaço para a novidade de Deus. Precisamos olhar além do sepulcro para aprender a reconhecer o Ressuscitado que está ao nosso lado.

e eu estou com o Pai que sempre viveu e viverá.

Eu experimento tudo isso cada vez que realizo um ato de fé e amor; cada vez que recebo a Eucaristia ou outro sacramento; toda vez que tomo uma decisão séria, boa e eticamente relevante. Experimento a eternidade graças a Jesus ressuscitado que está em mim.

A experiência da eternidade está implícita, pela graça do Ressuscitado, em cada ato moral verdadeiramente gratuito, em cada ação que realizamos não por motivo de pura conveniência, mas porque é justo, é verdadeiro, mesmo que vá contra o nosso interesse.

Cada vez que praticamos um ato eticamente bom, participamos do dom que Deus nos dá de seu ser eterno, de ser um Deus eternamente verdadeiro, justo e absolutamente bom, de ter-se revelado assim na verdade, fidelidade, amor e justiça de Jesus.

Assim a ressurreição está perto de nós, assim a eternidade entra em nós e Jesus nos dá vida nova, o Espírito Santo habita em nós, o Pai nos diz que somos seus filhos e podemos invocá-lo como Pai.

A alegria pascal consiste em nos deixar arrebatar pela força transformadora do Espírito do Ressuscitado, que nos abre os olhos e nos faz reconhecer que o túmulo está vazio, que o mundo se abriu para que vida de Deus habite em nós. Em nossos corações existe um espaço de eternidade que é construído no cotidiano da vida. Todos podem participar da eternidade de Jesus, que resplandece na vida da Igreja e na vida de cada um de nós.

Viveremos como ressuscitados se orientamos nossa vida a partir da lógica do Ressuscitado, se transformamos tudo o que está ao nosso redor em espaço de ressurreição, de vida nova.

A resposta cristã à condição humana de caminhar na direção da morte diz que com a ressurreição de Jesus a eternidade já está aqui, uma vida nova e definitiva já entrou em minha vida. A vida nova vem da fé em Jesus morto e ressuscitado, de confiar no Pai como Ele confiou. Assim a eternidade de Jesus que venceu a morte entra em mim e faz parte da minha vida agora. O pensamento sobre a morte física não é afastado, mas sublimado e transfigurado pela certeza de que a eternidade faz parte da minha experiência hoje, que participo na eternidade de Jesus, em sua vida gloriosa e definitiva, que Ele está em mim

Desejo a todos que esta Páscoa seja realmente um tempo de esperança nova para alargar o espaço de nossas vidas na construção de novas relações. Afinal, somos criaturas renascidas pelo amor de Jesus que morreu e ressuscitou por nossa causa e vive para sempre e nos acompanha na vida.

Bispo da Diocese de Toledo
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AVIVÊNCIA DA PÁSCOA NO COTIDIANO DASCOMUNIDADESDEFÉ

Com suas portas abertas, a Igreja acolhe os fiéis para as celebrações da Páscoa e a vivência do Tempo Pascal que seguirá até a Solenidade de Pentecostes. É um período litúrgico muito rico, pois contém as bases das celebrações vindouras. É um período que convida, mas também um tempo de aproximação e aprendizado com o tema central da fé: a ressurreição. Com a Semana Santa, os cristãos têm a oportunidade de contemplar o mistério salvífico, vivendo com Jesus a entrada em Jerusalém (Domingo de Ramos) e celebrando com Ele o Tríduo Pascal, desde a Quinta-feira da Instituição da Eucaristia, com o conhecido rito do lava pés (Instituição do Sacerdócio), passando pela celebração da Paixão (Sexta-feira Santa) e recordando as promessas da aliança de Deus com seu povo na Vigília Pascal até o Domingo da Ressurreição. Motivos não faltam para que o cristão vivencie toda essa intensidade litúrgica que tem único objetivo de fortalecer a fé.

Na Diocese de Toledo, são 31 paró-

quias e uma Quase-Paróquia, constituídas com suas respectivas capelas nas quais os fiéis se reúnem semanalmente para a Celebração Eucarística. Mas, não é bem assim. Nem todas conseguem celebrar semanalmente a Eucaristia, por conta da falta de padres em número suficiente. Este ainda é um sonho que é rezado constantemente pelos próprios fiéis que pedem e igualmente devem se esforçar por novas vocações.

Com este cenário, muitas dessas comunidades da região diocesana, especialmente aquelas localizadas em

REUNIDOS PELA PALAVRA

É oportuno conhecer uma comunidade que nesta Páscoa alimenta sua fé por meio da Palavra celebrada. Isso mesmo, irmãos na fé que não contarão com a celebração eucarística, mas estarão reunidos em torno

da Palavra que evidencia a força de união e atração daqueles cristãos que demonstram maturidade nesta experiência.

Está presente nesta edição da Revista Cristo Rei a Capela São Roque, de

áreas rurais mais afastadas, celebram a Páscoa ao redor da Palavra. Elas têm uma experiência de fé notadamente baseada na escuta dos textos sagrados e com a comunhão. Esse é o esforço da Ação Evangelizadora da Diocese que busca, por meio de seu Plano de Pastoral, promover a mistagogia dos fiéis (introduzi-los ao mistério celebrado) e valorizar a experiência do Domingo.

Por isso, nesta edição a Revista Cristo Rei traz esse tema até você para que seja possível perceber a realidade e com isso agradecer a Deus pelos dons colocados à disposição da própria comunidade por meio de fiéis leigos que se colocam ao serviço da fé. São pessoas que se empenham ao máximo nos encontros de formação para que tenham condições de exercer tamanha responsabilidade na missão confiada. Mas também é oportuno ter presente a valorização deste tempo para a fé celebrada e a participação nas celebrações do dia de Domingo.

Encantado do Oeste, ligada à Paróquia São Francisco de Assis, do município de Assis Chateaubriand. Representam essa paróquia na capa desta edição três membros da comunidade que relatam o que se pode dizer como uma

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Círio Pascal simboliza a luz de Cristo que se propaga para iluminar a caminhada dos fiéis

bela demonstração de carinho com a comunidade, compromisso em fazer o melhor e servir adequadamente para a Liturgia. São pessoas que se dedicam em proporcionar uma bonita experiência de fé e de proximidade com Deus aos seus irmãos e irmãs. Não importa o tempo em que estão à frente dessa missão, mas são fiéis que se entregam ao chamado.

Residente há 45 anos na comunidade, Solange Sanches relata sua alegria em viver neste lugar. “A minha comunidade é uma bênção”, diz. Encantado do Oeste fica a 19 km da Igreja São Francisco de Assis, a matriz paroquial. Criado em 1977 junto com o município como distrito judiciário e administrativo, hoje tem cerca de 2,5 mil habitantes, segundo dados da Prefeitura. É nesta realidade que Solange é Ministra Auxiliar da Comunidade (MAC) há sete anos. Para preparar a celebração, ela conta que os MAC se reúnem fazendo um momento de oração e conversa, e cada um tem sua função: aqueles que conduzem a Palavra e os que servem o altar. “Na comunidade a participação dos Ministros Auxiliares é muito ativa, pois não temos missas todos os domingos”, sublinha.

Uma das mais novas Ministras Auxiliares da Comunidade São Roque é a

Rute Ribeiro, que há dois anos recebeu o mandato da Diocese. Residente há 28 anos em Encantado do Oeste, antes de ser MAC, Rute já fazia parte da equipe de Liturgia e canto. “A nossa comunidade é muito dedicada na construção do Reino de Deus. Somos muito unidos e estamos sempre à disposição para servir, graças a Deus”, afirma.

O mesmo compromisso que Solange relata nesta missão, é seguido por Rute e demais Ministros Auxiliares quando se trata de organizar a celebração para que ela sirva realmente de alimento da fé aos seus irmãos e irmãs na caminhada. Somente com a devida preparação é que os ritos se realizam de forma adequada. “Para a celebração da Palavra nos reunimos

DONS PARA O LOUVOR

Fernando Souza é músico há 15 anos e integra a equipe de Liturgia da Capela São Roque. Ele desenvolveu esse dom que serve muito bem às celebrações na comunidade de fé. Pela música, Fernando contribui com a evangelização, especialmente porque a celebração também se faz com cantos apropriados e leigos dispostos a colocar seus dons a serviço.

Aprendeu sozinho, o chamado autodidata, a tocar violão. Mas aperfeiçoou com algumas horas de curso, e assim com seus conhecimentos começou a participar da Liturgia na comunidade em 2018. Desde então, contribui com a evangelização e, especialmente, para que seus irmãos e

Os dons colocados à disposição do crescimento da fé na comunidade

irmãs na fé tenham um bom aproveitamento dos ritos.

Embora já tenha esse conhecimento acumulado no instrumento musical,

com todos os liturgistas, MAC, equipe de canto e distribuímos as tarefas”, confirma. Rute destaca que nesse período de celebrações da Páscoa há um esforço muito intenso de todos os MAC para alcançar esse objetivo. “Temos consciência que esse momento litúrgico (Páscoa) é de extrema importância para nós, católicos. É o ponto alto da nossa fé, onde celebramos o centro da nossa fé com a Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo”, salienta.

Fernando destaca que ainda assim sempre há uma preparação para as celebrações. Vários ensaios acontecem como forma de mostrar o compromisso em oferecer as condições para que a celebração alcance seus objetivos. “Os leitores pegam os textos com antecedência necessária, assim como ensaiamos as músicas que vão acompanhar para aquele tempo litúrgico”, diz.

Por isso, Fernando se sente feliz em contribuir de alguma maneira com a comunidade. “Eu me sinto privilegiado de poder servir a Deus com esse dom. É muito bom tocar um instrumento e servir a comunidade na sua vivência de fé. Isso não tem preço”, revela.

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Capela São Roque, em Encantado do Oeste
Google/CNES Airbus

O PILAR DO PÃO ALIMENTA A COMUNIDADE

É a partir da Páscoa do Senhor que as comunidades de fé se reúnem para celebrar. A Eucaristia é a celebração mais importante da Igreja e nenhuma outra se compara como ela é em si. É pela Eucaristia que a Igreja se sustenta e por ela gera comunhão. A celebração eucarística reúne um valor de fé imensurável para os católicos. É isso que uma das urgências da ação evangelizadora da Igreja acentua neste tempo em que coloca como um dos sustentos da comunidade eclesial missionária o Pilar do Pão, notadamente aquele que se partilha no domingo.

Mas nem todas as comunidades contam com a celebração eucarística completa, e assim fazem a celebração da Palavra que tem suas características próprias e abarca no seu significado um dos mais importantes elementos que é a escuta. Contudo, não é porque se trata de uma celebração da Palavra, e não de uma missa, que essa celebração tem menos importância no contexto da fé. Em ambas a Palavra está presente, mas é somente em uma delas que o rito eucarístico se realiza.

Assim nasceram as celebrações na Igreja, sejam as celebrações da Palavra ou da Eucaristia. “A Quinta-feira Santa é em si a atualização que Jesus fez da páscoa judaica, mas agora Ele é o cordeiro oferecido pelo povo em sacrifício de seus pecados. O evento da Ressur-

reição, por sua vez, é o que dá vigor às celebrações que hoje acontecem nas comunidades, sejam elas eucarísticas ou da Palavra”, explica Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, assessor diocesano da Pastoral Litúrgica.

Recordando um pouco do início das comunidades cristãs, elas eram presididas pelos Apóstolos que conviveram mais de perto com Jesus. Desde lá, a celebração era algo muito natural e acontecia no ouvir a Palavra e na fração do pão. Assim eles ouviam a Palavra, recordavam aquilo que Jesus havia dito e feito, e partiam o pão, uma partilha de alimentos, e assim faziam a memória do Senhor. Tudo isso acontecia num ambiente muito familiar, sem uma estrutura definida de celebração, mas as origens estão aqui nesses primeiros momentos. Isso mostra que já havia uma riqueza teológica muito grande de

CELEBRAÇÕES BEM PREPARADAS

A preparação para as celebrações eucarísticas, bem como da Palavra naquelas em que não há padres em número suficiente, ganha um acento ainda mais forte neste tempo litúrgico em que se cumpre o Ciclo Pascal. Vale lembrar que ele teve início com a Quaresma, avança com o Tríduo Pascal e segue até Pentecostes, mostrando-se como um período de grande presença dos fiéis nas igrejas. Por conta dos textos desse Ciclo, se torna ainda mais exigente a preparação tanto daqueles que conduzem as celebrações quanto da assembleia que participa.

De acordo com o assessor diocesano da Pastoral Litúrgica deve haver um esforço de quem precisa se preparar

para a Celebração da Palavra, assim como da própria assembleia que vai participar quando ela é presidida por um leigo. “O primeiro é o esforço de quem vai presidir, que é o Ministro Auxiliar da Comunidade (MAC). Temos ainda o empenho da equipe de Liturgia, que prepara as leituras e demais momentos da celebração, e da equipe de cantos, pois o canto não é um acessório, mas uma parte integrante da celebração. E, é claro, a preparação da assembleia, os fiéis que participam daquela celebração que também precisam estar abertos para acolher. Afinal, não é porque se trata de uma celebração, e não de uma missa, que ela tem menos importância no contexto da fé. Na ausência do pa-

celebração, de consciência do mistério pascal, da ressurreição de Jesus, da Palavra, do que Jesus havia ensinado. Os evangelhos já ‘circulavam’ entre eles”, comenta Pe. Sérgio.

Uma realidade muito desafiante é promover a verdadeira experiência de fé nas pessoas, principalmente para aquelas que não abrem os olhos para fazer a experiência com o Cristo, e muitas outras que não se abrem à Palavra. Saliente-se que é pela Palavra e pela Eucaristia, o pão partido, que os discípulos reconhecem Jesus. “Tem pessoas que estão na Igreja, mas não prestam atenção nas leituras e estão preocupadas com outras coisas. São aquelas que apenas cumprem o preceito do domingo. São pessoas que até comungam ritualmente, mas não efetivamente. Apenas cumprem o rito de receber a comunhão, mas não fazem o esforço necessário tanto para entender e acolher a Palavra quanto para comungar a Eucaristia como deve ser. Esse é um grande problema para nós”, considera o sacerdote.

Por isso, a importância de oferecer condições para os fiéis poderem celebrar a Páscoa, pois ela coloca a comunidade de fé diante da expressão do amor de Deus que chega ao ponto de se entregar pela conversão das pessoas a um modo de vida pautado na aliança com o Senhor. E para celebrar bem é preciso preparação.

dre, portanto em que não há Eucaristia, podemos celebrar a Palavra que tem o seu valor. Não podemos perder de vista que as comunidades se alimentam da Palavra”, afirma.

Quando menciona que a assembleia de fiéis poderia se preparar melhor para acolher a Celebração da Palavra, Pe. Sérgio considera que é um desafio no sentido da formação dos leigos. “Muitas vezes essa dificuldade de acolher a Celebração da Palavra presidida por um MAC é a partir da visão de que quem está presidindo é um entre eles. Esse clericalismo, essa circunstância calcada no padre, ainda é algo muito forte no meio do povo. Parece que se o padre não está ali as coisas não têm o mesmo

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PALAVRA E EUCARISTIA
A Eucaristia é o alimento para a as atitudes cotidianas dos cristãos

valor ou importância. Vejo que os leigos precisam acolher essa pessoa que se empenhou, se esforçou e se preparou para servir à comunidade que fala em nome da Igreja”, comenta.

A celebração da Sexta-feira Santa, por exemplo, ajuda os cristãos a compreenderem a realidade daquelas comunidades que vivem exclusivamente da Palavra. “Nós, aqui na Diocese de Toledo, temos o privilégio de poder comungar da hóstia já consagrada, mesmo que não tenhamos a celebração da Eucaristia na Quinta-feira Santa. Mas pelo Brasil, há comunidade mais distantes que nem têm acesso ou condições de buscar a comunhão e se reúnem exclusivamente ao redor da Palavra”, cita como situação desafiante para o campo da evangelização. “A Sexta-feira Santa nos possibilita muito bem o exercício da escuta. É o exercício de ouvir a Palavra. A Sexta-feira Santa é uma referência neste sentido. Em nenhum lugar do mundo, Papa, bispo ou padre celebram a Eucaristia. Somente a Palavra com possibilidade de comungar”, salienta.

É neste sentido que uma boa preparação dos Ministros Auxiliares da Comunidade contribui para que a comunidade cresça na sua fé. Há lugares em que o Tríduo Pascal (Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa, Vigília Pascal) e Domingo

de Páscoa são conduzidos por leigos preparados, quando da ausência de ministro ordenado. “O que não pode é a comunidade ficar ausente da celebração porque não tem padre em quantidade suficiente para atender todas as capelas no mesmo dia e horário. Os Ministros Auxiliares são preparados para que as comunidades não fiquem sem celebrar o Dia do Senhor, o Tríduo ou o Tempo

DIA DE DOMINGO NO TEMPO PASCAL

Como contribuição mistagógica, que se traduz na introdução dos fiéis ao mistério celebrado, vale partilhar um bom ensinamento acerca da importância da missa do Domingo para os cristãos e porque a Igreja diocesana tem insistido, por indicação das lideranças das comunidades, que é preciso orientar – e até mesmo, em alguns casos, reeducar – os fiéis acerca do tema.

A explicação é simples e vem da Sagrada Escritura. É no domingo, primeiro dia da semana, em que os fatos relacionados ao mistério da fé acontecem. Pe. Sérgio oferece essa reflexão: “É no primeiro dia da semana que as mulheres vão ao túmulo e constatam a ressurreição de Jesus; é no primeiro dia da semana que Jesus aparece aos discípulos. Por sinal, no 2º Domingo da Páscoa (Domingo da Divina Misericórdia), o Evangelho de João relata que Jesus chega até eles que estão fechados numa sala, com medo, e isso acontece no primeiro dia da semana. Ali, Jesus questiona Tomé, no Evangelho que fala

da incredulidade do discípulo. Jesus chama a atenção de Tomé, que precisou ver para acreditar, ao lembrar que são ‘Bem-aventurados os que creram sem terem visto’, que é o nosso caso atual. Cremos não pelos olhos que veem, mas pela fé que nos possibilita enxergar e acreditar na ressurreição de Jesus”, ensina.

Em continuidade à explicação, Pe. Sérgio cita o Evangelho do 3º Domingo do Tempo Pascal, que recorda os Discípulos de Emaús. “É um texto que fala da mesma experiência de viver ‘o primeiro dia da semana’. Cabe aqui dizer que todos esses momentos acontecem sempre para duas pessoas ou mais. Jesus nunca aparece para uma única pessoa. Sempre é na comunidade reunida, mesmo de porta fechada e com medo, e agora aos dois discípulos que caminham a Emaús”, comenta.

“É neste primeiro dia da semana que estaremos reunidos para ouvir o Evangelho do Bom Pastor (4º Domingo do Tempo Pascal) que, por exemplo, chama a atenção para ouvir o Senhor.

Desde modo, se os cristãos observarem bem, é toda uma caminhada de fé que se realiza e que vai se prolongar na chamada Oitava da Páscoa e em seguida pelos domingos do Tempo Pascal, o que envolve um exercício de preparação dos anunciadores da Palavra, assim como de quem participa da assembleia na compreensão da fé na ressurreição.

Este é um elemento que o Evangelho nos dá para pensar um pouco hoje a escuta de tantas vozes por aí (...), às vezes tanta gente que aparece até pregando, usando o nome de Jesus, mas às vezes são ladrões. Interessante compreender essa forma em que as ovelhas não seguem um estranho”, sublinha.

Nos demais domingos do Tempo Pascal, a reflexão proposta para a comunidade que vai celebrar a Palavra é perceber Jesus ressuscitado como Caminho, Verdade e Vida (5º Domingo) e a Ascensão (6º Domingo), anunciando a vinda do Paráclito, o Espírito Santo, o Espírito da Verdade que completa a Trindade, com o mandato missionário deixado por Jesus. E a Solenidade de Pentecostes encerra o Tempo Pascal com a retomada do Evangelho de João: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. “É o sopro do Espírito Santo e o envio da missão”, conclui Pe. Sérgio.

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Pascal”, frisa Pe. Sérgio.

Seminário Maria Mãe da Igreja promove sua tradicional Festa dos Costelões

Além de render graças a Deus por mais um ano de existência do Seminário Maria Mãe da Igreja, prestar veneração a Santa Mãe de Deus e da Igreja, e com o intuito de promover uma maior interação entre a comunidade e as empresas da cidade de Toledo e região, o Seminário Maior da Diocese de Toledo promove a 42ª edição da Festa do Costelão assado ao fogo de chão. Neste ano, a festa acontecerá no dia 7 de maio, no Centro de Eventos Ismael Sperafico, na cidade de Toledo, para a qual são esperadas aproximadamente 4,5 mil pessoas.

O Seminário Maria Mãe da Igreja é o ambiente responsável por acolher, formar e preparar os futuros padres diocesanos. Atualmente, a comunidade seminarística é composta por 17 formandos entre as duas etapas (Discipulado – fase dos estudos filosóficos, e Configuração – fase dos estudos teológicos), além de dois padres formadores: o reitor, Pe. Juarez Pereira de Oliveira e o diretor espiritual, Pe. Lucas Sebastião Schwarz.

A festa é preparada pela reitoria do seminário juntamente com uma equipe formada por membros das mais variadas pastorais da Diocese e os próprios seminaristas. “É um trabalho intenso, mas extremamente gratificante. Nesta edição, celebraremos a Santa Missa às 9h30, na Paróquia Menino Deus, agradecendo por todos os dons que Deus concedeu ao Seminário, dia-

Programação do dia 7/05

9h30 – Santa Missa na Paróquia Menino Deus, Jardim Porto Alegre

12h – Almoço no Centro de Eventos Ismael Sperafico

Costelão assado ao fogo de chão: uma delícia preparada por voluntários riamente. Também agradecemos a proteção da Mãe, que zela pela vocação de todos os escolhidos por seu Filho Jesus. Em seguida, nos dirigiremos ao Centro de Eventos, para saborear o delicioso costelão com os acompanhamentos, às 12h. E, juntos festejar”, convida o reitor, Pe. Juarez.

Além das motivações religiosas, vale salientar que uma comunidade precisa de um esforço de todos os seus membros para se manter. “E manter uma casa de formação não é nada fácil. Por conta disso, o resultado financeiro da festa ajudará na manutenção do Seminário,

Participe

Vamos comemorar?

O Kit Costelão já está sendo vendido, e se você quer contribuir com essa festa, adquira já o seu Kit pelo telefone/WhatsApp (45) 3277-1186, ou diretamente com a equipe de vendas da sua comunidade. O Kit é preparado para servir 25 pessoas, e é formado por arroz, mandioca, maionese, saladas, cucas, pães e um costelão de mais de 20 quilos. O valor do kit é de R$ 1.200,00.

sendo destinado à reforma da capela do próprio Seminário, onde celebramos semanalmente uma missa aberta para toda a comunidade participar, sempre às segundas-feiras às 18h”, informa Pe. Juarez.

Convite aos jovens

Você jovem que deseja conhecer o Seminário Maria Mãe da Igreja e fazer uma experiência com os seminaristas, entre em contato na secretaria de sua paróquia e informe seu desejo, ou diretamente pelo WhatsApp do Seminário (45) 3277-1186, ou ainda pelo e-mail vocacaodiocesetoledo@ hotmail.com. Deus tem um chamado e uma missão para cada um, basta ouvir sua voz.

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Leonardo é o novo diácono na Diocese de Toledo

Transbordando da graça do Senhor, a Diocese de Toledo recebeu como seu novo diácono transitório, Leonardo Ribeiro de Souza Castro. O jovem de 27 anos, confirmou seu sim ao primeiro grau do Sacramento da Ordem em celebração eucarística que levou seus familiares, amigos e membros da comunidade de fé diocesana à Igreja Menino Deus, na cidade de Toledo. A partir de agora, ele exercerá o diaconato na Igreja São Francisco de Assis, e assim seguirá se preparando para o dia da sua ordenação presbiteral que está marcada para 19 de agosto, na cidade de Assis Chateaubriand.

A liturgia própria do dia da ordenação diaconal, em 18 de março último, era da memória de São José. Na condução de sua homilia, o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, vinculou as características do Patrono da Igreja e modelo para as famílias à missão de Leonardo. “Assim como São José, que você possa estar em sintonia ao que Deus vai revelar pela Sagrada Escritura e através da tua missão como servo do Senhor”, afirmou o ordenante.

D. João salientou a Leonardo que ele é sustentado pelo amor de Deus, e por isso Ele o convida a fazer o mesmo: amar a todos, especialmente aos mais pobres. “Você vai se preparar para

sacerdócio, que vai aprimorar pela diaconia. Ame e ajude a sustentar aqueles que necessitam de tantos cuidados, de modo mais especial os pobres que Jesus coloca como destinatário do nosso amor e serviço. Administre sua diaconia na humildade, sendo homem da esperança e do perdão. Tenha firmeza na sua missão, mas não perca a ternura e misericórdia de Pastor que você vai exercer, acolhendo os fiéis, principalmente os mais pobres”, sublinhou. O bispo finalizou rogando que Cristo Rei e Maria Mãe da Igreja lhes concedam um ministério feliz, fecundo em graça e bênçãos de Deus.

Após receber a estola e a dalmática, vestes que identificam o diácono, Leonardo recebeu os cumprimentos do bispo, diáconos e padres. Como não seria diferente, o momento mais forte foi com seus pais, Benedito e Ângela,

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Diácono Leonardo acolhido no presbitério da Diocese de Toledo Rito Eucarístico com preparação do diácono Rafael, também seminarista, abraça seu irmão Leonardo Fotos: Juliano Kelniar e Fábio Cembrani

bastante emocionados. O seminarista Rafael esteve muito próximo do irmão ordenado diácono, pois fez parte do cerimoniário na celebração. Leonardo escolheu como lema ministerial: “Para que todos tenham vida” (Jo 10,10b).

Em nome da Pastoral Presbiteral, Pe. Mauro Cassimiro, acolheu o novo diácono. “Seja bem-vindo, nosso novo irmão. O presbitério é sua nova casa, sua nova família. Vamos caminhar na mesma direção, que é o seguimento a Jesus Cristo”, afirmou.

Leonardo se pronunciou assim à comunidade de fé: “Chegar até aqui custou um bom caminho. Momentos valorosos me transformaram como pessoa, homem e católico”. Ele agradeceu aos seus formadores na Diocese, mas em especial à sua família, “pela linda igreja doméstica que construímos juntos”.

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Leonardo na primeira preparação do altar como diácono Leonardo se apresenta ao bispo diocesano para o rito de ordenação A entrega do livro dos Evangelhos sustenta a função de proclamar a Palavra nas celebrações litúrgicas e de pregar a fé Leonardo recebe a dalmática que identifica o Diácono O abraço carinhoso aos pais, Benedito e Angela Fiéis rezaram por Leonardo, prostrado diante do altar Coral Cristo Rei animou a celebração de ordenação

Diocese de Toledo acolhe candidatos ao Diaconato Permanente

Homens de diferentes idades, de diferentes profissões, oriundos de 15 paróquias localizadas em oito cidades da região, mas com um propósito: realizar o caminho de discernimento oferecido pela Diocese de Toledo na Escola de Diáconos Permanentes. Neste investimento diocesano em vista da ação evangelizadora, são 23 os candidatos que, ao longo deste ano, realizam o Propedêutico, um período dedicado ao discernimento sobre esse chamado o exercício do diaconato.

Essa primeira turma é bem diferenciada, com a presença de engenheiro, administradores, auditores, funcionários públicos, empresário, prestador de serviços, vereador, corretor de imóveis, educadores físicos e autônomos. Contudo, todos têm alguma caminhada de Igreja já realizada no exercício de ministérios não ordenados, coordenações de pastorais ou movimentos, entre outras atividades. Vale sublinhar que a comunidade dizimista, de modo direto, contribui com a Escola de Diáconos Permanentes, pois as paróquias de origem dos candidatos estão custeando os encontros do Propedêutico. Significa, portanto, uma participação colaborativa.

No encontro que marcou o início desta Escola de Diáconos Permanentes, o assessor eclesiástico e diretor da Escola, Pe. Marcos Denck da Silva, deu as boas-vindas aos candidatos e os orientou quanto ao cronograma que será cumprido, com encontros mensais neste período propedêutico para a oração, troca de experiências e reflexão sobre conteúdos próprios da formação.

Afinal, está se tratando do Sacramento da Ordem em seu primeiro grau.

As esposas destes candidatos também participarão deste processo formativo dos maridos, em alguns momentos específicos. Esta é uma compreensão necessária sobre o ministério a fim de não causar dificuldades na família. “No fim do ano, chegará o momento de conversar com cada um para determinar aqueles que ingressarão na Teologia”, salientou Pe. Marcos ao informar a sequência da formação necessária de um Diácono para receber o Sacramento da Ordem e integrar o presbitério. Pe. Luiz Carlos Franzener, na condição de formador, e o filósofo professor Dr. José Francisco de Assis Dias, auxiliarão a caminhada destes aspirantes, oferecendo suporte necessário.

A programação prevê que no ano que vem, os candi -

datos ingressem no curso de Teologia, oferecido à distância pela Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília (SP). A faculdade instalará um polo junto ao Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, da Diocese de Toledo. O curso tem duração de três anos.

“O Diaconato tem muito a contribuir com a Diocese. Esta primeira turma tem méritos de desbravar os caminhos e, ao mesmo tempo, de participar do sacrifício de montar essa Escola. Com esta primeira turma, vamos amadurecer juntos. Olhamos com muita esperança zelo e cuidado a todos vocês”, completou Pe. Marcos.

Alguém pode se apresentar como candidato ao Diaconato?

Sim, pode. Porém, precisará do aval do pároco e da comunidade da qual faz parte. É importante que o candidato esteja engajado em sua Paróquia. Para outras informações, converse com o pároco da sua Paróquia. Ou se preferir, busque diretamente na Cúria Diocesana de Toledo.

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Primeira turma da Escola de Diáconos Permanentes da Diocese de Toledo

Ano Vocacional 2023: uma realidade presente na Diocese de Toledo

Já não é mais novidade que estamos vivendo o 3º Ano Vocacional aqui no Brasil. O primeiro aconteceu no ano de 1983, com o tema “Vem e segue-me” (Mt 19,21; Mc 10,21; Lc 18,22). Naquele ano a motivação era levar a refletir e conscientizar todas as pessoas sobre a formação de vocações. O segundo Ano Vocacional ocorreu no ano de 2003, com o tema “Batismo, fonte de todas as vocações”, e o lema “Avancem para águas mais profundas” (Lc 5,4). Este tinha como objetivo ajudar a Igreja a perceber-se como assembleia do chamado, cuja reflexão era mostrar que todos os batizados são chamados a uma missão. Por fim, neste ano de 2023, estamos vivenciando o Terceiro Ano Vocacional no Brasil, com o tema “Vocação: Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho”. O objetivo é promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus.

O Regional Sul 2, do qual a Diocese de Toledo faz parte, neste 3º Ano Vocacional, quer fomentar um processo de encontro, escuta e discernimento com as novas gerações a respeito dos modos de lhes facilitar a experiência da graça da vocação e de os conduzir para a missão. Assumiu, portanto, três objetivos específicos, com a tarefa de ouvir as novas gerações para saber despertar e acompanhá-las. Para isso, é necessário conhecer os Ambientes Vocacionais, ou seja, saber de onde vem as vocações. Segundo aspecto: são as Atitudes Vocacionais, cuja pergunta de fundo é saber se as nossas atitudes como cristãos, estão incentivando as vocações futuras, em todos os âmbitos: sacerdotal, religiosa, matrimonial e leiga, ou seja, o nos-

so modo de agir dentro da vocação a qual fomos chamados tem inspirado crianças, adolescentes e jovens a fazer as suas escolhas? O terceiro objetivo específico é o Acompanhamento Vocacional, isto é, indicar o caminho aos vocacionados.

COMISSÃO DO ANO VOCACIONAL

Seguindo as indicações do nosso Regional, a Diocese de Toledo começou mobilizar-se para viver intensamente este 3º Ano Vocacional.

D. João Carlos Seneme, nosso bispo diocesano constituiu uma comissão, ainda no mês de julho de 2022: Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora; Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, assessor diocesano da Pastoral Vocacional; Pe. Juarez Pereira de O liveira, assessor diocesano do Setor Juventude; seminarista Joaquim José da Silva Cardoso, assessor adjunto do Setor Juventude; Pe. Vagner Aparecido Alves, assessor diocesano da Infância e Adolescência Missionária; Pe. Roberto Lopes de Souza, assessor diocesano da Animação Bíblico Catequética; Ir. José Rovani, representante da Conferência dos Religiosos do Brasil (Núcleo Toledo) e

Ir. Solaide Pommer, representante das vocações religiosas femininas.

Após a primeira reunião, em 27 de julho do ano passado, foi escolhido um representante para ser o articulador diocesano (Pe. Juarez) e, foram traçadas algumas propostas a serem desenvolvidas na Diocese, dentre as quais: Retiro para Adolescentes; Missão Vocacional em todas as paróquias do território diocesano; Retiro Vocacional para Jovens e um Festival Vocacional, além dos roteiros a serem respondidos após assistir as Lives propostas pelo Regional.

CONHECENDO OS AMBIENTES VOCACIONAIS

O passo seguinte foi escolher os Agentes do Ano Vocacional em cada paróquia da Diocese. Estes têm a missão de ajudar a mapear os Ambientes Vocacionais, ou seja, são eles que entrevistarão os integrantes do grupo com os quais trabalham e farão uma síntese paroquial. Vale lembrar que não é necessário entrevistar todas a crianças, adolescentes e jovens da paróquia, porque é impossível, mas fazer uma entrevista bem feita com aqueles que estão inseridos na Igreja. A per-

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Evento formativo voltado para agentes do Ano Vocacional

gunta que talvez os agentes estejam se perguntando é: O que conversar?

Para isso, uma comissão do Regional Sul 2 preparou três roteiros com perguntas sobre Encontro, Escuta e Discernimento sobre o Ano Vocacional. O primeiro roteiro sobre os Ambientes Vocacionais e o segundo roteiro sobre Atitudes Vocacionais já estão disponíveis no site www.vocacoes.org, de onde poderão baixar as perguntas que serão destinadas às crianças, adolescentes e jovens. Antes de responder as questões é preciso reunir o seu grupo e assistir o vídeo sobre o tema proposto; escolher uma pessoa para anotar as respostas do grupo, sendo que estas deverão ser sintetizadas por este secretário (a).

Sendo assim, cada grupo terá um secretário, os quais deverão reunir as respostas e elaborar uma síntese da sua realidade paroquial, em seguida encaminhar para o articulador diocesano do Ano Vocacional para que a Comissão Diocesana do Ano Vocacional realize a síntese diocesana. Deste

Paróquias receberão a Missão Vocacional

Além das Lives que deverão ser assistidas e realizadas as sínteses, as comunidades se preparam para receber as visitas dos Missionários Vocacionais. Os missionários e missionárias são seminaristas, religiosos e religiosas que atuam na Diocese de Toledo. Eles estão preparados para falar sobre vocação em cada paróquia às crianças, adolescentes e jovens. Eles participarão da missa da Matriz, no horário de costume da comunidade. Para acolher os missionários, cada paróquia deverá preparar o terreno, isto é, dar o apoio necessário para que a missão aconteça. Por isso, foi realizada uma Formação com representantes de quase todas as paróquias, no último 26 de fevereiro, para que tivessem conhecimento sobre o modo

Cronograma

modo, serão feitos os três roteiros, cujas perguntas são diferentes.

Para ajudar na elaboração desta síntese foram preparadas três lives para serem assistidas pelos Agentes do Ano Vocacional, sendo que a primeira live foi transmitida no dia 10 de fevereiro último, a segunda no dia 10 de março último e a terceira será no dia 14 deste mês de abril. Lembrando que a síntese paroquial deverá ser entregue até o final do mês de maio ao articulador diocesano. Por isso os Agentes vocacionais dever estar atentos a este prazo.

de proceder. Porém, os missionários (as) se adaptarão à realidade de cada paróquia. As datas das missões já foram definidas, ainda no ano passado e apresentadas na Reunião do Clero do mesmo ano e, reforçadas na Reunião do Clero deste ano. De modo que já constam no Cronograma Diocesano.

Recordando: Ano Vocacional 2023 teve seu início no dia 20 de novembro de 2022 e seu encerramento será no dia 26 de novembro deste ano. Sendo assim, a Diocese de Toledo quer vivenciá-lo intensamente para que produza frutos para a Igreja. Agora é hora de semear, para colher os frutos nos próximos 20 anos.

Próximas atividades

- Retiro Vocacional Diocesano para Jovens – Este Retiro está previsto para os dias 26 e 27 de agosto, no Centro de Formação Instituto São João Paulo II, em Toledo.

- Festival Vocacional (Festivo) –Previsto para o dia 22 de outubro, em Quatro Pontes.

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Organização diocesana para o Ano Vocacional quer produzir frutos para os próximos 20 anos Pe. Juarez Pereira de Oliveira Articulador diocesano do Ano Vocacional Evento formativo para missionários do Ano Vocacional
DATA DA MISSÃO LOCAL 1º de abril Paróquias do Decanato Rondon 15 de abril Paróquias do Decanato Toledo 3 de junho Paróquias dos Decanatos Assis e Palotina

Retiro Vocacional Diocesano para Adolescentes

O Retiro Vocacional para Adolescentes, realizado no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, em Toledo, contou com a participação de 70 adolescentes de 16 paróquias da Diocese. O evento foi assessorado pelas Irmãs Franciscanas Angelinas, da cidade de Cascavel, no dia 11 de março último.

Os adolescentes que lá estiveram puderam refletir sobre o seu chamado, assim como tiveram contato com a Palavra de Deus e participaram de algumas dinâmicas próprias para o momento e que ajudaram a descontrair. O retiro encerrou com a celebração da Eucaristia.

Conforme o relato de alguns participantes, os organizadores consideram que a presença dos adolescentes neste retiro atendeu as expectativas, principalmente por ser uma primeira experiência. “Eu fiquei muito feliz por ter participado, por terem me chamado. Se tivesse mais vezes provavelmente participaria de todos. A experiência que levo é que quando eu pensar em desistir eu vou me lembrar que a minha fé é a luz na minha escuridão”, afirma Mariana Rambo, da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo).

Já a Evelin Vitória Gonçalves, da Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste), manifestou sua alegria com o retiro. “Para mim foi um momento bem especial onde consegui compreender mais sobre vocação. Foi explicado sobre a importância de ser um vocacionado, foi dito que a família é um celeiro de vocações. Vocação é um dom que Deus nos oferece e que nós colocamos a serviço dos irmãos, portanto para mim foi legal entender

sobre isso, foi uma experiência única de ter participado, um dia diferente com dinâmicas que fazem sentido no nosso dia a dia. Senti-me acolhida e feliz”, afirma.

A Aniela Korzekwa de Faria, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi), considerou este retiro marcante. “Foi uma experiência extremamente significativa para mim. Já participei de muitos

encontros promovidos pela Diocese, porém foi a primeira vez que atendi a um voltado a nós, adolescentes, a nossa vocação, o nosso papel como elemento de manutenção e propagação da fé cristã. As palavras proferidas pelas irmãs e pelo padre pareciam ter sido preparadas exatamente para mim. Eram coisas que eu precisava escutar, tanto para aprofundar minha relação com Deus quanto para incentivar o serviço à comunidade. Além disso, foi muito especial para mim compartilhar esse momento com outros adolescentes, sendo estes meus amigos ou membros de outras paróquias. O retiro foi a primeira vez que tive a oportunidade de me sentir em um ambiente em que todos os adolescentes serviam a Deus e o colocavam como prioridade em suas vidas”, comentou.

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Atividade formativa envolvendo os adolescentes no retiro diocesano exclusivo para eles no Ano Vocacional Durante celebração, jovens contemplam o chamado vocacional Religiosa dialoga com os adolescentes Pe. Juarez promoveu reflexão com os adolescentes

Legislativo rondonense autoriza repasse de R$ 235 mil ao Centro Assistencial da Diocese de Toledo - Casa de Maria

Os vereadores de Marechal Cândido Rondon autorizaram o Poder Executivo do Município a fazer o repasse de R$ 235 mil à Casa de Maria - Assistência à Criança ao Adolescente, unidade vinculada ao Centro Assistencial da Diocese de Toledo.

O valor deverá ser repassado em três parcelas, no período entre abril deste ano e abril de 2024. É o que prevê o Projeto de Lei 4/2023, do Poder Executivo Municipal. O objetivo do apoio é cofinanciar o serviço de fortalecimento de vínculos familiares e comunitário feito pela entidade.

Atualmente, frequentam as atividades na Casa de Maria cerca de 90 crianças e adolescentes rondonenses. Esse serviço é ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias que é realizado por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à

Família (PAIF) e do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).

O serviço prestado pela Casa de Maria tem função preventiva, protetiva e proativa frente a situações de vulnerabilidades e riscos sociais e relacionais que possam resultar em rompimento dos vínculos familiares e comunitários.

É um dos serviços que materializam as seguranças socioassistenciais de acolhida e de convívio familiar e comunitário, além de estimular o desenvolvimento de autonomia, realizando um trabalho para a aquisição de competências pessoais e relacionais pelos participantes.

“Dada a importância do trabalho desenvolvido, o Município pretende subsidiar a atividade, através da realização de transferências correntes, mediante subvenção social, destinada à realização de despesas de custeio da entidade”, destacou o prefeito Marcio Rauber na justificativa do projeto de lei.

Parte da turminha atendida pela Casa de Maria em Marechal Cândido Rondon (Assessoria de Imprensa/Câmara do Município de Marechal Cândido Rondon)

Escola de Ministros Auxiliares da Comunidade dá início a turma 2023

Com o início da Escola de Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC), a Diocese de Toledo segue na oferta de condições para que os leigos tenham um processo formativo adequado que os prepare para este ministério específico na Igreja. A primeira etapa desta formação, realizada no começo de abril, reafirma o compromisso com uma nova turma de candidatos que já demonstra disposição em servir nas necessidades da comunidade.

Para que possam desempenhar corretamente as funções, a Escola Diocesana de MAC oferece conteúdos que contribuem muito além do que se imagina, pois possibilitam alargar o próprio conhecimento sobre a fé. Para muitos, a escola revela-se como uma experiência de compreensão acerca da importância dos ritos, entretanto para todos ela representa o fortalecimento de uma missão: servir a comunidade.

Os Ministros Auxiliares da Comunidade são colaboradores diretos dos sacerdotes em alguns serviços específicos, como por exemplo, na visita aos doentes, acompanhamento de exéquias, visitas a famílias enlutadas, celebração da Palavra, acompanhamento das celebrações eucarísticas, entre outros.

Cronograma

DATA ATIVIDADE

1º e 2/04 1ª Etapa: Chaves de leitura e Introdução à Sagrada Escritura (Sônia Färber)

20 e 21/05 2ª Etapa: Sacramentos, Exéquias (Pe. André Mendes)

10 e 11/06

3ª Etapa: Celebração da Palavra (Pe. Geraldo e Diácono Leonardo)

8 e 9/07 4ª Etapa: Visitação aos doentes e Pastoral da Saúde (Pe. André Mendes)

9 e 10/09 5ª Etapa: Celebração da Eucaristia: Elementos litúrgicos e rituais (Pe. Geraldo e Pe. Leonardo)

28 e 29/10

6ª Etapa: Retiro

17/11 Celebração de Conferência de Mandato aos novos MAC

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Formação oferecida pela Diocese de Toledo encontra leigos dispostos à caminhada de evangelização

Paróquia anima formação Litúrgica de suas equipes

Objetivando aprimorar e melhorar os momentos celebrativos nas comunidades, a Paróquia São Francisco de Assis, de Toledo, reuniu no último 5 de março os membros das equipes de Liturgia – proclamadores da Palavra, comentaristas e técnicos de som – para um dia de formação.

O encontro foi assessorado pelo teólogo e professor Lucivaldo Castellani, da Diocese de Guarapuava, que abordou vários aspectos importantes que contribuem para a realização de uma celebração mais coordenada e que esteja em sintonia com as orientações litúrgicas.

Para bem celebrar é preciso conhecer, destacou Lucivaldo, e portanto, as equipes de celebrações devem conhecer todos os passos e detalhes da celebração, fazendo com que os envolvidos neste momento com todos os seus ritos, penetrem no mistério celebrado.

O assessor do encontro acentuou os Tempos Litúrgicos e seus ritos, destacando ser o Ciclo Pascal, o ápice da fé cristã por excelência.

Enfatizou ainda a necessidade de uma boa comunicação na Liturgia, a

fim de que a Palavra de Deus chegue clara e compreensível aos ouvidos dos fiéis. Por isso, uma boa preparação das equipes é muito importante. Dessa forma a evangelização se torna eficaz.

Ao final do encontro houve um momento dedicado a questionamentos para esclarecer eventuais dúvidas sobre os momentos distintos da Liturgia.

Nessa ocasião, o assessor e o

pároco, Pe. Laudemir da Rocha, esclareceram as interrogações dos participantes, pautados nas orientações litúrgicas diocesana e também conforme as referências paroquiais para uma boa celebração.

O encontro contou com cerca de 80 participantes, oriundos das equipes de Liturgia e canto da Matriz e das Capelas que compõem as Paróquia São Francisco de Assis.

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Encontro formativo esclareceu dúvidas das equipes de Liturgia e cantos Leigos que participam da Liturgia e cantos em evento de formação Documento que norteou o encontro de formação paroquial Fotos: Juan Matoso

Preparação para o Batismo na Paróquia Maria Mãe da Igreja

Na sua missão apresentar os compromissos de ser cristão ao buscar o Sacramento, a Pastoral do Batismo coordenou o encontro de preparação para pais e padrinhos na Paróquia Maria Mãe da Igreja, em Marechal Cândido Rondon. O encontro contou com a participação de 136 pessoas.

Apoiado pelo pároco, Pe. Anderson Tomadon Sgarbossa, o evento foi coordenado por Valdeci Conrat – que também é coordenador diocesano desta Pastoral – com participação da equipe formada pelo Rafael Rodrigo Conrat, Jéssika Aline e Andressa. O roteiro programado em vista da preparação de pais e padrinhos para o Sacramento do Batismo contempla a participação na Santa Missa, sempre no primeiro domingo dos meses ímpares. O pároco faz uma acolhida a todos e explica sobre a missão do padrinho e também as exigências necessárias para esta missão.

Em seguida, todos acompanham uma explanação sobre os Sacramentos de um modo geral, mas especificamente o Sacramento do Batismo. A abordagem é feita com base na Teologia do Batismo e também o Código do Direito Canônico.

A missão de pais e padrinhos também é contemplada, incluindo-se as orienta-

Jesuítas realiza Escola Bíblica Paroquial

Dando sequência na proposta da CNBB e apresentada na mais recente Assembleia Diocesana como uma das prioridades a ser trabalhada, o Pilar da Palavra foi ressaltado pela maioria das paróquias como uma urgência que requer mais atenção. Dessa forma, devemos incentivar e difundir nas nossas comunidades a Animação Bíblica, como um meio de estimular e orientar a prática da Leitura Orante.

Por entendermos a importância de formar, agregar conhecimentos fundamentados na teoria e vivenciados na prática das diversas atividades exercidas pelos leigos nas pastorais, foi que a Paróquia Santo Inácio de Loyola, da cidade de Jesuítas, deu início a Escola Bíblica Paroquial no dia 14 de março último. Com uma proposta de dois anos de estudos, os encontros serão quinzenais, sendo todas às terças-feiras, das 19h às 22h. O público participante é de 125 pessoas, sendo na sua maioria lideranças da Igreja Matriz e capelas.

No primeiro ano serão estudados os seguintes conteúdos: Introdução à Bíblia e os Evangelhos, tendo em vista que muitas pessoas têm bastante dificuldade

de interpretar a leitura da Bíblia, inclusive pessoas que participam frequentemente da comunidade. Tais temas serão ministrados pelo teólogo Ederson Luiz Piloneto.

No segundo ano, a teóloga Bernadete Novachinski dará sequência aos estudos do Antigo Testamento e as cartas Paulinas.

A proposta da Escola Bíblica Paroquial é justamente de estudar, rezar, refletir e aprofundar na leitura e no entendimento da Sagrada Escritura, com o intuito de ajudar os participantes a esclarecer suas dúvidas e facilitar a compreensão da linguagem figurativa da Bíblia.

No final do curso, que está previsto para o mês de novembro de 2024, os participantes com frequência igual ou acima de 75% receberão certificado de

ções necessárias sobre os documentos para o encaminhamento do Sacramento do Batismo e também sobre a celebração em si e seus ritos.

O encontro é encerrado com uma exposição de conteúdos tendo por base o Diretório Diocesano para os Sacramentos.

participação do total das horas. Vale lembrar, que a Escola não tem custos para os participantes, somente será cobrada uma taxa de alimentação.

Estamos confiantes que este estudo bíblico resultará no fortalecimento da fé e do conhecimento da Palavra nesta comunidade. “A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto onde a alma e o espírito se encontram, e até onde as juntas e medulas se tocam; ela sonda os sentimentos e pensamentos mais íntimos” (Hb 4,12).

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Encontro apresenta conteúdos da fé àqueles que buscam o Sacramento do Batismo Inácio de Loyola –Jesuítas Escola Bíblica oferece conteúdos para conhecimento da fé Piloneto é o assessor deste primeiro ano da Escola Bíblica Fotos: Patrícia Pelissari

Formação diocesana aborda “A Missão do Catequista como Animador Vocacional”

Todo catequista é um animador vocacional. Sua atuação direta na educação da fé na comunidade, tem força de contribuição para auxiliar que esta também exerça seu papel na formação da cultura vocacional. Deste modo, catequistas, pais, mães, responsáveis por adolescentes e jovens e a própria comunidade de fé são chamados a esta missão.

Essa mensagem ficou muito clara no encontro de formação oferecido a catequistas da Diocese de Toledo realizado no último dia 12 de março, e que foi conduzido por seminaristas do Discipulado, os quais também integram a 13ª turma da Escola Catequética Companheiros de Emaús. O evento, realizado no Seminário Maria Mãe da Igreja, foi elaborado a partir da proposta de estágio da Escola Catequética. Os participantes precisam fazer a aplicação de um projeto contemplando temáticas abordadas no período da Escola, a partir dos eixos bíblico, metodológico, catequético, psicopedagógico. “A maioria desenvolve a espiritualidade com catequizandos ou catequistas. Contudo, uma vez que os seminaristas já estão envolvidos com o tema do Ano Vocacional, eles aproveitaram para fazer a vivência do protagonismo do catequista como animador vocacional a partir dos discípulos de Emaús, que é a mística da Escola Catequética”, comenta o coordenador diocesano da Animação Bíblico-catequética, Fernando da Rocha.

“A comunidade de fé é o campo de ação muito forte e imprescindível para contribuir no despertar vocacional”, sublinha. Os seminaristas apresentaram algumas estratégias de ação no percurso catequético, de modo que a Catequese vivencie e contemple o tema das vocações em vários momentos e não apenas no mês de agosto, tradicionalmente chamado de Mês Vocacional. Algumas sugestões propostas vão no sentido de que se in-

tensifique essa abordagem no ano mais próximo da preparação aos Sacramentos (3º e 5º anos) por meio de retiros sobre vocações. Algumas mães de seminaristas, que também são catequistas em suas comunidades, partilharam no encontro suas experiências de como, em casa, foram agentes vocacionais. Em uma proposta de reflexão, os seminaristas envolveram todos os participantes que trouxeram para o símbolo do Ano Vocacional, um coração, as imagens de seus catequizandos. Mas para isso, contemplaram a Cruz ao alto e a experiência dos discípulos de Emaús. “Para a Animação Bíblica-catequética essa formação dos seminaristas foi um presente que contribui na reflexão das próximas atividades da Escola Catequética, dinamizando a mística, espiritualidade e convivência”, afirma Fernando. A Escola Catequética Companheiros de Emaús ainda têm três etapas de realização.

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Catequistas que participaram do evento formativo com os seminaristas e o reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, Pe. Juarez Pereira de Oliveira, que coordena as atividades do Ano Vocacional na Diocese de Toledo Fotos: Douglas Miquelin Dinâmica com música envolveu catequistas no evento formativo Experiências vocacionais das famílias são partilhadas no evento Fernando da Rocha, coordenador diocesano da Animação Bíblico-catequética, abriu os trabalhos do evento Seminaristas conduziram a reflexão sobre o Ano Vocacional

Ampliada em Londrina aborda 50 anos da Pastoral da Juventude

Com a intensidade da alegria que o Jubileu de Ouro proporciona, a Pastoral da Juventude celebra 50 anos em 2023. Este foi um dos assuntos principais da Ampliada da Juventude, realizada em Londrina, de 17 a 19 de março último, evento que contou com a presença da coordenação da PJ da Diocese de Toledo.

Flávia Barbosa, Francielli Bolognes e Kaliny Cruz, além da assessora de formação da PJ, Jennifer Teixeira, participaram dos debates a respeito dos trabalhos realizados no ano de 2022 e a definição dos caminhos para 2023. Como não poderia ser diferente, o Ano Jubilar da PJ quer reafirmar o compromisso com a vida das juventudes, por meio da busca dos marcos que ajudam projetar a articulação nos espaços que discutem a vida dos jovens.

A inspiração bíblica vem da cena em que se recorda a ressurreição do filho da viúva de Naim. Essa inspiração representa “retomar o compromisso de gerar e defender a vida, a partir de Jesus que ressuscita o filho da viúva de Naim. Com Jesus, queremos restaurar a dignidade da vida”, destaca o documento Jubilar da PJ. Neste período de comemorações, a proposta é recordar a contribuição da Pastoral da Juventude nas formulações

Encontrão da PJ

de políticas públicas para os jovens; avaliar a participação da PJ nos Conselhos de Juventude; e retomar a história das atividades permanentes (Semana da Cidadania, Semana do Estudante, Dia Nacional da Juventude).

Nesse contexto, o projeto jubilar da Pastoral da Juventude compreende a necessidade de retomar esta história de participação na Igreja e na sociedade ao fazer memória dos passos dados, mas também é tempo de pedir perdão pelas vezes em que se foi fiel a Jesus e à vida das juventudes. É necessário ainda render graças por tanto bem que o Senhor fez e faz na organização pastoral, bem como trilhar o caminho de conversão diária no cuidado e atenção aos grupos de jovens. “O Jubileu renova nossas esperanças e envia-nos a construir mais 50 anos de amor e doação, nos passos de Jesus e com os jovens, como Igreja. Não

A Pastoral da Juventude promoveu o Encontrão dos Jovens do Decanato de Toledo. Foi um dia marcado pela proposta da partilha de diversos temas que remetem aos grupos de jovens na sua dinâmica de

serviço pastoral. Realizado no último dia 6 de março na Capela Santa Teresinha do Menino Jesus, da Paróquia Menino Deus (Toeldo), o Encontrão contou com a presença de representantes de todos os grupos de jovens de Toledo para a reflexão de temas, tais como: família, persistência e vivência enquanto pastoral da juventude.

descuidemos da esperança que brota da vida grupal, da vida da PJ”, salienta o documento PJ 50 anos – Rumo ao Jubileu.

Além da representação da Diocese de Toledo, também participaram as integrantes da Coordenação Regional, sendo a Secretária Regional da PJ, Nathalye Lima, e a articuladora da Província de Cascavel, Karolayne Borges, bem como Marinês Bettega, que é da Diocese de Toledo e faz parte da Comissão Regional de Assessores.

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Time feminino que representou a Diocese de Toledo na Ampliada da Pastoral da Juventude do Regional Sul 2 Participantes do Encontrão da Pastoral da Juventude Dinâmica do diálogo proposto durante o evento Dinâmica de trabalho realizada com os participantes

Luau do Setor Juventude é marcado pela alegria, descontração e oração

No último dia 25 de fevereiro aconteceu em nossa Diocese, um Luau promovido pelo Setor Juventude. Este teve como tema o que João escreve em sua carta: “Jovens, eu vos escrevi, porque sois forte e a Palavra de Deus permanece em vós” (1 Jo 2,14). Tal inspiração bíblica foi refletida e apresentada por Giovani Lima, idealizar do Projeto Retiro para Adolescentes e Jovens (RAJOV), na Diocese de Francisco Beltrão, e além disso é comunicador e candidato ao Diaconato permanente. Ele conduziu este momento belíssimo aos jovens da Diocese de Toledo, revelando o que de mais profundo Deus escreve em nosso interior, e assim levando os jovens a descobrirem sua essência em Deus.

Além do momento de pregação e reflexão do tema, que aconteceu de maneira muito dinâmica e profunda, houve também uma animação para acolhida dos jovens, que revelou o quanto nossa juventude é feliz e animada quando está reunida em nome de Jesus. A noite de nosso Luau foi coroada com a Adoração ao Santíssimo Sacramento, momento em que os jovens puderam colocar toda sua vida nas mãos de Jesus, suas alegrias e vitórias, angústias e sofrimentos. E por fim, um delicioso lanche, aonde os jovens puderam dialogar entre si por meio das diversas expressões juvenis. Entre sorrisos e conversas, pudemos perceber que nossa juventude é sedenta por Deus, é feliz e disponível para cada ver mais mergulhar na experiência com Cristo e sua pertença à Igreja.

Dessa forma, entre acertos e erros, o

Momento intenso de oração no Luau da Juventude Setor Juventude da Diocese de Toledo, conduzido pelo seu assessor diocesano, Pe. Juarez Pereira e Oliveira e equipe, quer de maneira muito empenhada fazer com que os jovens, e também adolescentes, sintam-se cada vez mais amados por Jesus, e saibam que somente encontrarão a felicidade no contato com Deus por meio de sua Palavra.

As atividades evangelizadoras que serão desenvolvidas durante este ano, buscarão desenvolver a promoção de uma maior projeção juvenil em nossa Diocese, por meio da viabilização e criação de movimento e pastorais juvenis nos decanatos e paróquias que ainda não as tem, além de uma assistência pastoral aos movimentos e pastorais juvenis já existente.

Por fim, que todos os trabalhos de

evangelização do Setor Juventude, possam contar sempre com a proteção de Nossa Senhora e o auxílio do Espírito Santo, para que tenhamos a benemérita audácia de animar, dialogar e escutar os jovens, para que estes, como muitos já são, tornem-se agentes eclesiais autênticos em nossas comunidades. E assim possamos, como afirmou o Papa Francisco na Viagem Apostólicas às Ilhas Maurício: “Não deixemos que nos roubem o rosto jovem da Igreja e da sociedade”. A juventude é a expressão forte do amor vivo, feliz e animador de Cristo em nossa Igreja e sociedade.

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Joaquim da Silva Cardoso Seminarista da Etapa Configuração (Teologia) Fotos: Regiane Zanutto Momento forte do Luau com a oração diante do Santíssimo Jovens na expressão da oração Luau foi marcado pela alegria e descontração

Apostolado da Oração tem formação sobre o Ano Vocacional

Está no carisma do Apostolado da Oração comprometer-se diariamente com a missão da Igreja que é evangelizar. Especialmente em 2023, a Igreja convida todos os cristãos a se envolverem no tema proposto para o Ano Vocacional “Vocação, graça e missão”, para que sejam anunciadores das oportunidades que adolescentes e jovens podem alcançar na descoberta de sua vocação, seja para o sacerdócio, a vida consagrada religiosa ou para o Matrimônio.

Esse apelo ressoou de maneira intensa aos participantes do Encontro Diocesano do Apostolado da Oração (AO), realizado no último dia 19 de março, justamente na Igreja Sagrado Coração de Jesus, em Marechal Cândido Rondon. Ali, na igreja dedicada ao Sagrado Coração, as diretorias (coordenações) do Apostolado das Paróquias e Capelas receberam formação sobre o Ano Vocacional e acompanharam a exposição do planejamento de ações que contemplam

inclusive o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ).

O tema do Ano Vocacional foi apresentado pelo seminarista da etapa Configuração (Teologia), Joaquim José da Silva Cardoso. De maneira bem didática, ele expôs os dados da projeção quantitativa do clero da Diocese de Toledo, já revelados aqui na Revista Cristo Rei pelo Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, assessor diocesano da Pastoral Vocacional, por ocasião da Assembleia Diocesana de 2022. A pesquisa considera algumas variáveis, dentre elas a idade dos membros do clero e as perspectivas de ordenações. Para daqui dez anos, por exemplo, são necessárias nove ordenações visando manter um quadro mínimo de 35 padres para realizar a assistência religiosa às comunidades. Contudo, vale considerar o crescimento populacional para os próximo dez anos. Isso demonstra a necessidade

das comunidades de fé conversarem mais vezes sobre vocações com as famílias e os jovens.

Por sua vez, o assessor diocesano, Pe. Luiz Carlos Franzener, recordou a necessidade da caminhada em conjunto com todas as coordenações para que o resultado seja ainda mais animador, tanto na questão vocacional quanto no planejamento de atividades para o ano, salientando que a prioridade é a comunidade-igreja vocacionada, sinodal, eucarística, dominical e missionária. O encontro também contou com a presença do Pe. Milton Wermann, assessor do Apostolado da Oração no Decanato Rondon, e de membros do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ).

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Encontro diocesano é marcado pela unidade na reflexão Além dos temas propostos para reflexão, o encontro teve bastante animação Pe. Milton dirigiu sua mensagem às participantes do encontro Pe. Luiz recordou as prioridades diocesanas com as coordenações
Roberto A
Em grupos, coordenações dialogam sobre as prioridades diocesanas

Plano Diocesano avança com unidade das paróquias

Com a primeira rodada de reuniões do Conselho Ampliado de Pastoral, realizada nos Decanatos, já é possível perceber a dedicação das lideranças no acompanhamento da execução de iniciativas voltadas ao Plano Diocesano da Ação Evangelizadora (PDAE). Mais do que isso: estão agindo em harmonia e unidade com as definições emanadas da Assembleia Diocesana e, com isso, qualificam os trabalhos pastorais da Diocese de Toledo em torno do Pilar do Pão e do Pilar da Ação Missionária, que são as prioridades estabelecidas para este ano.

Avaliando as questões apresentadas como ponto de referência para as iniciativas e atividades, as lideranças ponderaram como poderão promover a mistagogia, ou seja, introduzir os fiéis no mistério celebrado na Santa Missa. Parte das sugestões vem no sentido de explicar e motivar para a vivência dos ritos por meio missas nos setores das paróquias, mas também com o uso de meios de comunicação, inclusive de redes sociais. Soma-se a esse processo o envolvimento de Pastoral Litúrgica, Ministros Auxiliares da Comunidade e Catequese, conforme mencionado em uma das reuniões ampliadas. Outro modo é incentivar que os fiéis reflitam durante a semana ao menos um versículo das leituras ouvido na celebração (fé e vida).

Para valorizar a experiência do Domingo, como Dia do Senhor, os apontamentos indicaram para uma conscientização do que é a obrigação do cristão, como Mandamento da Igreja, de participar das missas aos domingos e Dias Santos de guarda. Lembrar os fiéis da participação nas missas com a família e a consciência para evitar trabalhos e serviços no domingo. Importante ainda, conforme indicação, informar os fiéis (ou lembrá-los) de que a missa semanal não substitui a missa do Domingo.

No desafio que o Pilar da Ação Missionária apresenta como principal, a reflexão é como motivar as lideranças da própria Igreja para que se autocompreendam como missionárias. Para tanto, uma indicação é o desenvolvimento de um trabalho motivacional para as lideranças onde elas percebam que sua atividade na pastoral ou movimento é importante e

necessária para a comunidade, e produz frutos.

APOIO ÀS DEMANDAS

Com todas as ideias apresentadas, a Diocese de Toledo apoiará as iniciativas no reforço à ação litúrgica, esclarecimentos sobre o sentido do Domingo e a consciência missionária. Neste último item, por sinal, está proposto um calendário de formação lideranças no mês de junho: dia 10, Decanato Palotina; dia 11, Decanato Rondon; dia 17 Decanato Assis; e dia 18, Decanato Toledo. Inicialmente para membros dos Conselhos de Pastoral Paroquial e de Comunidade (CPP/CPC).

A Diocese também prepara 53 vídeos, com tempo médio de dois minutos cada, para que seja ferramenta às paróquias para esclarecimentos dos ritos da missa que poderão ser exibidos pouco antes das celebrações e também nas redes sociais. Outra ação é a publicidade quanto ao Dia do Senhor (Domingo), material que você leitor já se antecipou e viu na Revista Cristo Rei.

Diante de todas essas e muitas outras sugestões, em outubro haverá nova rodada de reuniões do Conselho ocasião em que será feita uma avaliação.

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Lideranças indicam caminhos de execução do Plano Diocesano Pe. André conduz reunião do Conselho Ampliado de Pastoral
A ação evangelizadora acontece em sinergia de lideranças com a Diocese

O ataque nas redes sociais e o escudo da fé

As redes sociais são um fenômeno em comunicação que permanece no centro de vários estudos acadêmicos ligados a comércio e marketing, mas também nos debates sobre questões éticas e de comportamento humano. Além de “consumidor” de diversos tipos de conteúdo, o usuário também é protagonista na rede e, muitas vezes, o ímpeto agressivo tem atingido pessoas, instituições e reputações de forma gratuita e sem razões aparentes.

Com presença destacada de evangelização no meio digital, Frei Amarildo Cupertino Pereira, da Congregação dos Frades Menores

Missionários (FMM), reitor do Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Toledo, é uma dessas pessoas que passou por uma onda de ataques dos famosos haters, usuários da internet que acessam uma página ou perfil nas redes sociais para xingar, denigrir, insultar, entre outras formas de agressão.

Ele conta que teve um período em que fazia transmissões ao vivo e que ao mencionar algumas palavras, como “Nossa Senhora” ou “Papa Francisco”, era duramente criticado. “É impressionante”, diz espantado. “Quando se fala do Papa Francisco ou de Nossa Senhora se transformava num campo minado. Algumas transmissões eram carregadas de críticas, e de formas absurdas. Por exemplo, dizendo que Nossa Senhora não existe, num total desprezo à devoção. Muito desprezo igualmente ao Papa, alvo de insultos, afirmando que o Papa é comunista e xingamentos ‘de tudo quanto é nome’”, revela. Em defesa, o religioso conscientizava que “o Papa é um promotor da paz, um

grande homem de Deus”. E novamente, suas transmissões sofriam outros ataques daqueles que não compreendem ou que tem se deixado levar por ideologias, vociferando críticas duras, com palavras de baixo calão.

Em contraposição a esses ataques, o frei aproveitou ainda mais ensinar. “Não me intimidei com isso. Na verdade, tenho levado a catequese do Papa todos os dias. Inclusive todos os vídeos que o Papa tem feito eu tenho lançado numa dessas redes para mos-

trar realmente que tem algo profundo nas suas palavras”, afirma. Para estancar as críticas infundadas, ele parou de respondê-las. “Hoje está ficando um grupo de pessoas que querem realmente algo um pouco mais sólido. Por isso não desisti. Continuamos firmes para reverter o quadro. Claro, algumas críticas isoladas acontecem, mas tenho reforçado que o nosso programa é de evangelização e oracional.

Frei Amarildo tem feito uma reflexão sobre esse quadro de ataques, até porque isso ocorreu em uma rede social com forte presença de adolescentes e jovens. “Eu percebo que muitos deles querem soluções rápidas para suas vidas e quando eu falo para um jovem “vamos rezar” ele não compreende o que é a oração. E quando trago a mensagem de paz essas pessoas não compreendem e tentam cravar ideologias que não tem nada a ver com aquilo que o Papa traz na sua catequese. Há uma confusão de ideologias que está na cabeça dos jovens e nós precisamos falar de paz, pois temos guerra entre países e inclusive situações de violência dentro das próprias casas, e temos que levar a mensagem de paz”, defende.

O caminho para contornar essa situação, na sua opinião, passa pelo diálogo entre pessoas que falam, mas também sabem escutar. “O que não pode acontecer é crítica e xingamentos no momento de oração, até nas transmissões da missa. Mas eu entendo que não podemos parar por causa disso. Cada dia mais isso me motiva a levar a palavra de fé e esperança. O Papa Francisco tem me ensinado muito”, afirma.

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Perfil do Frei Amarildo em uma rede social

Assembleia dos Bispos aponta caminhos para a Igreja no Paraná

“A Igreja mais consciente da sua missão”. Assim sintetizou o arcebispo de Londrina e presidente reeleito do Regional Sul 2 da CNBB, D. Geremias Steinmetz ao concluir a Assembleia dos Bispos paranaenses realizada na Diocese de Umuarama. Diante dos temas que estiveram em pauta, uníssono é o compromisso de atuar fortemente na questão vocacional, sem deixar de lado demais temas que remetem à caminhada pastoral da Igreja no Paraná.

Convidado a participar da Assembleia dos Bispos, o coordenador regional da Pastoral Vocacional, Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, apresentou o desafio do envelhecimento do clero nas dioceses, mas também animou a todos pelas oportunidades do Ano Vocacional. “A promoção vocacional nas paróquias é uma questão de sobrevivência, de vitalidade. Precisamos despertar e promover vocações”, afirmou em entrevista à assessoria de Imprensa da CNBB-Regional Sul 2. Na Diocese de Toledo os números mostram que muitos dos seminaristas são oriundos de grupos de coroinhas e acólitos, sendo este um ambiente vocacional importante a ser observado como um caminho possível para estimular esse processo nas comunidades.

Na pauta da Assembleia foram tratados assuntos como a Missão São Paulo VI da Igreja Católica do Paraná na África, formação dos sacerdotes e o trabalho em vista do Sínodo dos Bispos convocado pelo Papa Francisco.

ELEIÇÕES

Durante a Assembleia, os bispos paranaenses elegeram a nova pre -

sidência da CNBB-Regional Sul 2. Como já mencionado, D. Geremias mantém-se na função, e terá como vice-presidente o bispo de Guarapuava, D. Amilton Manoel da Silva, e o bispo de Paranavaí, D. Mário Spaki, como secretário. Estreante na Assembleia dos Bispos, D. Reginei Modolo, foi eleito bispo referencial para a Pastoral da Comunicação (Pascom).

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Assembleia dos Bispos do Paraná projetou a caminhada pastoral no Estado O mais novo membro do episcopado paranaense, D. Reginei Modolo, presidiu a celebração do primeiro dia de Assembleia
Fotos: CNBB Sul 2
Nova presidência do Regional Sul 2: D. Mário Spaki (secretário), D. Geremias Steinmetz (presidente) e D. Amilton Manoel da Silva (vice-presidente)

Cáritas financia projeto na Diocese para migrantes, refugiados e apátridas

A Cáritas, braço de ação humanitária da Igreja Católica, está fortalecendo sua presença na Diocese de Toledo. Agora, com a Cáritas Diocesana, estão em articulação diversas ações para atendimento a situações de emergências humanitárias e em colaboração na difusão da caridade e da justiça à luz do Evangelho. Dentre elas, está a atenção aos migrantes que estão presentes em cidades da região da Diocese e batem à porta das secretarias paroquiais para diversos tipos de atendimento, sendo o principal em busca de ajuda de alimentos. Também na Diocese de Toledo já se tem um serviço organizado há três décadas que é a Pastoral do Auxílio Fraterno, com sistematização de ações e metodologia próprias que acolhe essas pessoas. Mais recentemente, os cursilhistas estenderam a mão a esses irmãos e irmãs que, provenientes de outros países, chegam desamparados. A Cáritas Diocesana, por sua vez, vem conectar estas ações com aquelas já desenvolvidas em escala pela Cáritas no Paraná e no Brasil devido sua capilaridade.

“Nós estamos desenvolvendo várias

ações e projetos da rede Cáritas aqui no Paraná e as nossas ações, por uma definição em reunião do conselho, é que as ações e projetos de nível Regional possam ser executados nas entidades-membro para fortalecer a ação localmente”, confirma a secretária-executiva da Cáritas Regional, Marcia Terezinha Ponce.

Uma ação bastante expressiva da rede Cáritas no Brasil e no mundo, e que tem assim sido replicada na Cáritas no Paraná, diz respeito aos atendimentos com a população migrante e refugiada, que vão desde orientações, encaminhamentos para a rede até a integração laboral (emprego) e integração na comunidade. Em municípios da Diocese de Toledo essas pessoas ainda são dependentes deste tipo de apoio.

Nessa perspectiva, por meio de projetos financiadores, a rede Cáritas contrata assessoras que vão se dedicar por um período de sete meses a essa finalidade, sendo duas em Toledo e uma em Cascavel. Elas vão encontrar

esses migrantes, refugiados ou apátridas para dar o suporte necessário com documentações, por exemplo, bem como visitarão empresas dispostas a empregá-los. Afinal, já se sabe que eles estão desempregados, mas por outro lado há vagas em empresas da região e que não são preenchidas. A meta é contribuir para o resgate da sua dignidade como pessoa humana por meio do mercado de trabalho. “Acredito que a Cáritas de Toledo vai crescer muito neste sentido porque há uma realidade forte para a região, considerando a presença dessas pessoas de diversas nacionalidades que estão aí e as perspectivas de condições de trabalho, de recomeços para essas pessoas”, considera Márcia.

Ela esteve em Toledo recentemente para uma reunião sobre o assunto e trouxe para a Diocese de Toledo as possibilidades do Projeto “Pão Nosso”, desenvolvido conjuntamente com a CNBB, para o enfrentamento da fome no Estado. “As ações vão desde o mapeamento daquilo que já é realizado nas comunidades, dando um rosto para essa população que está sendo atendida e acompanhada dentro da Diocese”, explica.

Ordenação de D. Reginei Modolo foi prestigiada por membros do clero diocesano

Membros do clero da Diocese de Toledo acompanharam a ordenação episcopal de D. Reginei Modolo realizada na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Cascavel, no último dia 5 de março. Ele foi nomeado pelo Papa Francisco para ser bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba.

A presença do clero da Diocese de Toledo na celebração com o rito de ordenação teve um simbolismo envolvido, uma vez que D. Reginei manteve vínculos no curto período em que foi seminarista no Seminário Maria Mãe da Igreja e estudante de Filosofia na Unioeste de Toledo.

D. Reginei escolheu seu lema episcopal “Como pastor apascentarei o Seu rebanho”. Foram seus ordenantes o arcebispo de Cascavel, D. Adelar Baruffi, o arcebispo de São Paulo, Cardeal D. Odilo Scherer e o arcebispo de Curitiba, D. José Antonio Peruzzo.

Sua apresentação à Arquidiocese de Curitiba, onde inicia seu ministério episcopal, ocorreu no último dia 26 de março, na Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

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LOGO CÁRITAS (LICO)
Márcia confirma projeto da Cáritas na Diocese de Toledo Presença de membros do clero da Diocese de Toledo na ordenação D. Reginei é cumprimentado pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo Oração com o livro dos Evangelhos durante a ordenação D. Reginei, bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Articulação da Pastoral da Saúde tem primeira campanha de conscientização

Com a realização de encontro diocesano, está articulada a ação da Pastoral da Saúde na Diocese de Toledo, seguindo a caminhada da Igreja no Paraná nesta iniciativa católica presente no Regional Sul 2. No encontro, conduzido pelo assessor diocesano desta Pastoral, Pe. André Boffo Mendes, e pela coordenadora Célia Steim, foram esclarecidas as dimensões de atuação.

A Pastoral da Saúde tem ao menos três dimensões de atu-

ação, sendo a solidária, comunitária e sociotransformadora. Em cada uma delas, uma ação específica que conta com a participação dos leigos.

Na dimensão Solidária, as atividades contam com o pleno envolvimento de Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC), que já possuem formação adequada na visitação aos doentes. Portanto, realiza-se organicamente a presença da Igreja junto a essas pessoas.

Conscientização sobre o Autismo

Em abril, prédios públicos, estátuas, monumentos e demais cartões-postais espalhados pelo mundo todo se iluminam de azul. É a cor escolhida para chamar a atenção ao Dia Mundial da Conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA), tendo em vista que a prevalência de autismo ocorre quatro vezes mais em homens.

A partir deste ano, a recém-articulada Pastoral da Saúde da Diocese de Toledo, deseja comunicar uma mensagem de conscientização à sociedade

Na dimensão Sociotransformadora, a meta é promover a tomada de consciência da importância de participação dos cristãos nos Conselhos Municipais de Direito, no caso específico, o Conselho Municipal de Saúde. Grande parte da construção de políticas públicas passa por esse instrumento que os municípios precisam dispor aos seus cidadãos.

Por sua vez, na dimensão Comunitária todos os meses a Pastoral da Saúde dará ênfase ao menos a uma campanha da sociedade relacionada a conscientização sobre determinada doença ou situação que impacta na saúde das pessoas.

Sendo assim, uma das primeiras atividades desta Pastoral na Diocese de Toledo é o apoio à Campanha “Abril Azul”, uma iniciativa de conscientização sobre o Autismo. Estima-se que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) atinja 2 milhões de brasileiros. O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é 2 de abril.

alusiva à data, 2 de abril.

A palavra Autismo foi usada pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner, um psiquiatra infantil americano que percebeu em sua atuação profissional um grupo de crianças que se destacava das demais por duas características básicas: forte resistência a mudanças e incapacidade de se relacionar com pessoas (estavam sempre voltadas para si mesmas).

O termo “autismo” perpassou por diversas alterações ao longo do tempo e, atualmente,

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A fita feita de peças de quebra-cabeças representa o mistério e a complexidade dessa patologia. É um símbolo mundial da consciência em relação ao Autismo Participantes do 1º encontro diocesano da Pastoral da Saúde em março de 2023 Célia apresentou algumas campanhas possíveis de mobilização

Sinais de Autismo

- Não manter contato visual por mais de dois segundos;

- Não atender quando chamado pelo nome;

- Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;

- Alinhar objetos;

- Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;

- Não usar brinquedos de forma convencional;

- Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;

- Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;

- Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);

- Não compartilhar interesse;

- Girar objetos sem uma função aparente;

- Apresentar interesse restrito por um único assunto (hiperfoco);

- Não imitar;

- Não brincar de faz-de-conta;

- Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.

Campanhas que são realizadas ao longo do ano para que a comunidade de fé e sociedade em geral contribuam na promoção, acolhimento e defesa da vida.

TRATAMENTO E SINAIS

é chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (APA, 2014).

O TEA é um tipo de transtorno caracterizado pela deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação (verbal e não verbal) usada para a interação social; padrões restritivos e repeti-

tivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns (Lei nº 12.764/2012).

Tendo presente que nossa missão é de atuação solidária (com visitas domiciliares), educativa e sociotransformadora, nos envolvemos nesta e demais

De acordo com a Revista Autismo (2022), alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, e mesmo antes, em casos mais graves. Há uma grande importância em iniciar o tratamento o quanto antes, mesmo que seja apenas uma suspeita clínica, ainda sem diagnóstico fechado, pois quanto mais cedo começarem as intervenções, maiores serão as possibilidades de melhorar a qualidade de vida da pessoa. O tratamento psicológico com maior evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental.

Madalena

Membro da coordenação diocesana da Pastoral da Saúde Paróquia São Francisco de Assis | Toledo (PR)

Fonte: Revista Autismo, 2022, www.canalautismo.com.br/revista

Catequese 2023 é aberta com incentivo dos pais, da comunidade e dos sacerdotes

A palavra “Catequese” representa a proclamação da Palavra, entendida como a transmissão e o ensinamento da palavra de Jesus. A Catequese possui um viés evangelizador a fim de repassar as mensagens da fé cristã aos fiéis, não apenas para que conheçam as lições transmitidas por Jesus, mas também para que exerçam comportamentos da prática cristã na comunidade. Todo o cristão pode vivenciar o Evangelho para familiares, amigos, pessoas de sua convivência e outros integrantes da comunidade, procurando encontrar Jesus durante o seu dia.

A evangelização faz com que haja o encontro do cristão com a vida e o anúncio de Cristo, de modo que não se restringe ao mero conhecimento, mas sim a instrução da fé e o aperfeiçoamento de sua caminhada.

A Catequese não acontece unicamente com crianças e jovens, mas também com adultos, pois se refere a um estudo incessante do Evangelho, no entanto ocorre no começo da vida como forma de iniciá-los no caminho de Jesus Cristo.

Em todas as 31 Paróquias e 1 Quase-Paróquia da Diocese de Toledo, essa caminhada catequética do ano de 2023 teve início com a motivação de catequistas, o incentivo dos pais, o desejo dos adultos em receberem os Sacramentos e a reflexão dos sacerdotes para tão privilegiado momento.

É o que aconteceu na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Maripá, que reuniu em uma Missa no último dia 5 de março, as crianças inscritas na Catequese e os seus responsáveis, assim como as catequistas que estarão à frente das turmas ao longo do ano.

A missa também contou com a participação da Escola de Música Sonora, que auxiliou na animação dos cantos e expôs as atividades que serão desenvolvidas ao decorrer do ano.

Dessa maneira, a Catequese teve início no mês de março e conta com turmas específicas para crianças, jovens e adultos, de modo a envolver cerca de 200 catequizandos da comunidade matriz e das Capelas que fazem parte desta Paróquia em

Maripá. Para os encontros, o Centro Catequético da Matriz acolhe todas as terças e quartas-feiras, jovens e adultos de diferentes idades com o propósito de levar conhecimento, fé e estimular a vida em Cristo, com a finalidade de que cresçam em seu amor, fraternidade e salvação.

ELUCIDAR OS ENSINAMENTOS

A Catequese é um caminho sistemático para a elucidação de ensinamentos e para proporcionar o encontro das pessoas com Jesus. É o momento em que os fiéis se preparam para o começo da fé cristã, no que se refere a sentimentos, princípios e valores cristãos. A Catequese trabalha temas bíblicos, devocionais e a história de Jesus de forma gradual, de acordo com a idade do aluno, a fim de que possa evoluir na caminhada cristã dia após dia.

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Celebração de abertura dos encontros de Catequese na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Maripá Subsídio Crescer em Comunhão acompanha os catequizandos

Tupãssi tem 374 catequizandos

No dia 4 de março último, ocorreu a missa com o início da Catequese na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi, ocasião em que a comunidade acolheu as turmas. Na celebração, foi realizado o rito de bênção e envio dos catequistas que, somente na comunidade Matriz, serão responsáveis pelo acompanharão de 245 catequizandos. Somando-se os catequizandos das capelas, o total chega a 374 inscritos.

No momento de oração na Abertura da Catequese, foi ressaltada a importância do Ano Vocacional que toda a Igreja vivencia em 2023, e de forma especial a reflexão da Palavra. Destaque ainda para a distribuição de sementes para cada catequizando, reforçando a simbologia do lançar a semente e provocar um despertar para um ambiente favorável para crianças e suas famílias na questão vocacional.

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Celebração com participação dos catequizandos em Tupãssi Momento da bênção aos catequistas para a sua missão Catequistas apresentam as diretrizes para este ano em Tupãssi Envio dos catequistas na celebração em Entre Rios do Oeste (4/03) Bênção aos catequizandos da Paróquia Cristo Rei, de Entre Rios do Oeste Pe. Valdecir Trajano, de Jesuítas, traz orientações sobre as capelinhas da Catequese Turma de Catequese na Paróquia Inácio de Loyola, de Jesuítas Fotos: Patrícia Pelissari

A Pastoral Familiar e a reconciliação na Páscoa

Na Exortação Apostólica Sobre o amor na Família (Amoris Lætitia), portanto uma obra de grande relevância para a Pastoral Familiar, o Papa Francisco apresenta uma reflexão profunda sobre a importância da reconciliação nas relações conjugais e familiares, especialmente no período da Páscoa.

Para nós cristãos, a Páscoa é a celebração da vitória de Cristo sobre a morte. Ao ressuscitar, Jesus nos devolve a oportunidade de renascermos para Deus. Celebrar a festa da ressurreição é renovar a esperança de uma vida nova em Cristo. Essa esperança também pode ser aplicada às nossas relações pessoais e familiares que, muitas vezes, precisam de uma renovação. A reconciliação é um elemento fundamental nesse processo.

A Pastoral Familiar tem como missão ajudar as famílias a crescerem juntas no amor, a superarem desafios e a alcançarem a felicidade. Para isso, é necessário que haja diálogo, compreensão e, principalmente, perdão. A reconciliação é a chave para a harmonia entre os membros da família.

Ainda na Exortação Amoris Lætitia, o Papa Francisco destaca a importância da misericórdia e da compaixão na vida familiar. “A experiência mostra que, com uma ajuda adequada e com a ação de reconciliação da graça, uma grande percentagem de crises matrimoniais é superada de forma satisfatória. Saber perdoar e sentir-se perdoado é uma experiência fundamental na vida familiar” (Os desafios pastorais sobre a família no contexto da Evangelização, Relatório Sínodo,

2014). Por diversas ocasiões, ele também afirmou que a verdadeira compaixão não significa ter pena do outro, mas sim padecer com ele, sofrer com ele, estar ao seu lado nos momentos difíceis. Em uma missa na Casa Santa Marta, em setembro de 2017, ele seguiu essa linha de raciocínio para nos lembrar da compaixão. É preciso ter um coração misericordioso para perdoar e ser perdoado.

“A celebração da ressurreição de Jesus significa que podemos recomeçar, deixar para trás as diferenças e os rancores e buscar a reconciliação com aqueles que nos magoaram. A Pastoral Familiar tem um papel fundamental na promoção da reconciliação durante a Páscoa. É preciso incentivar as famílias a buscarem a harmonia, a se perdoarem e a se amarem como Cristo nos amou. Com a ajuda da misericórdia divina, é possível superar as diferenças e construir uma vida familiar plena de amor e felicidade”.

A Páscoa nos convida a refletir sobre o amor que Deus tem por nós e a demonstrar esse mesmo amor uns pelos outros, especialmente na família. “A oração em família é um meio privilegiado para exprimir e reforçar esta fé pascal. Podem-se encontrar alguns minutos cada dia para estar unidos na presença do Senhor vivo e dizer a Ele as coisas que os preocupam, rezar pelas necessidades familiares, orar por alguém que está a atravessar um momento difícil, pedir ao Senhor a ajuda para amar, e dar a Ele graças pela vida e as coisas boas, suplicar à Virgem que os proteja com o seu manto de Mãe. Com palavras simples, este momento de oração pode fazer muito bem à família” (AL, nº 318). Deste modo, a celebração da ressurreição de Jesus significa que podemos recome-

çar, deixar para trás as diferenças e os rancores e buscar a reconciliação com aqueles que nos magoaram.

Pela ação da Pastoral Familiar incentivamos as famílias a se reconciliarem e a buscarem a paz. Realizamos esta tão importante e grandiosa missão por meio de encontros de formação, retiros espirituais e momentos de oração em família. Dentro dos trabalhos que realizamos também consideramos ser importante que os casais que passam por dificuldades sejam acompanhados por pessoas capacitadas e que possam oferecer orientação para a superação dos seus problemas.

Em resumo, a Pastoral Familiar tem um papel fundamental na promoção da reconciliação durante a Páscoa. É preciso incentivar as famílias a buscarem a harmonia, a se perdoarem e a se amarem como Cristo nos amou. Com a ajuda da misericórdia divina, é possível superar as diferenças e construir uma vida familiar plena de amor e felicidade.

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Familiar
Pela reconciliação e misericórdia, renascermos para Deus e para nossa família

Você e o dinheiro: como anda essa relação?

Neste mês de abril, tempo central da nossa Liturgia católica, quando celebramos a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, seu grande gesto de entrega pela humanidade, nossa coluna continua seu percurso de descoberta e reflexão sobre nossas proposições financeiras. Sempre buscamos, por meio dos nossos textos, ajudar você a construir uma relação saudável com o dinheiro, lembrando que ele é necessário à nossa vida e deve ser conquistado, porém também deve ocupar um lugar certo em nossa jornada.

QUAL A REAL FUNÇÃO DO DINHEIRO?

Antes de falar sobre nossa relação com o dinheiro é necessário responder a uma pergunta simples: “Qual a função dele nas nossas vidas”? Pois bem, o dinheiro foi inventado como uma maneira de facilitar o escambo, a troca consentida de bens e serviços. Imaginemos um exemplo simples: se eu quero trocar uma maçã por uma outra maçã, a relação é simples. Porém se eu quero trocar maçãs por galinhas, o que vale mais: maçã ou galinha? Quantas maçãs eu preciso ter para trocar por uma galinha ou vice-versa?

Para facilitar essa e outras relações comerciais foi introduzido o dinheiro e junto com ele as regras de negociação e precificação. No nosso exemplo, a galinha vale 10 moedas e a maçã vale 2 moedas, logo preciso do valor resultante da venda de 5 maçãs para poder “comprar” uma galinha. Esse exemplo também ajuda a entender o delicado sistema de “oferta e procura”, que é o que rege nossas relações comerciais.

Quanto mais oferta de um produto no mercado, ultrapassando a procura por ele, a tendência é que ele venha a valer menos. Em épocas de grande safra de maçãs pode ser que seja preciso mais do que o produto da venda de 5 unidades para se comprar uma galinha.

Além de facilitar a relação comercial, o dinheiro serve também para reserva de capital. Para entender isso, vamos nos utilizar das maçãs novamente e pensar: não consigo guardar maçãs por muito tempo porque elas estragam. Mas se eu vender as maçãs, trocando por dinheiro, consigo guardar o dinheiro e comprar maçãs no futuro, na medida da minha necessidade.

Basicamente então temos essas duas funções bem definidas para o dinheiro: facilitar negócios e fazer reserva. Dada essa premissa, podemos avançar na reflexão aprofundando a respeito dos possíveis problemas

“O dinheiro está para servir o ser humano e não o contrário. A relação saudável sempre está no equilíbrio e é justamente este equilíbrio que a educação financeira oportuniza na vida das pessoas”.

envolvendo o dinheiro. O maior deles vem da relação psicológica que o ser humano estabelece com esse recurso. O dinheiro pode representar para as pessoas mais do que ele realmente é. Ele pode significar prazer, status, poder e tantas outras coisas. Desde já, ressaltemos aquilo que de vez em quando lembramos por aqui: o problema não é o dinheiro, mas o que as pessoas fazem com ele. O problema está nas pessoas e não no dinheiro! Por mais que tenhamos dificuldades em aceitar.

Todos nós seres humanos damos um significado ao dinheiro colocando sobre ele mais ou menos prioridade em nossa vida. Essa qualificação leva em consideração diversos fatores como a nossa formação familiar, nosso ambiente de trabalho e a nossa profissão (ou não profissão) religiosa. O dinheiro pode ter conotações positivas ou negativas na vida das pessoas. Uma das piores experiências atreladas ao dinheiro é a experiência daqueles que se esforçam por conquistá-lo como uma espécie de tapa-buraco, mascarando algum tipo de insatisfação ou infelicidade. Na verdade, a sua completude não virá com mais dinheiro porque o que o realiza ou poderá realizá-lo talvez não seja (e geralmente não é) o que o dinheiro pode comprar. Por outro lado, há aqueles que fazem uma apologia à pobreza, questionando o porquê de se ter dinheiro e demonizando aqueles que o têm em demasia. Esse comportamento também pode ser preocupante, pois o ódio ao dinheiro é como que (permitam-me mais uma analogia) uma “luta contra moinhos de

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 40 EFV
A armadilha da ganância no endeusamento do dinheiro

vento”, pois este “inimigo” não pode ser vencido, afinal de contas, todos precisamos dele.

O DINHEIRO: SENHOR OU ESCRAVO?

Quero compartilhar a realidade de duas pessoas que passaram pela minha vida e que se tornaram exemplos emblemáticos de como o ser humano pode se complicar quando o assunto é dinheiro. O primeiro exemplo é de uma pessoa “segura” que durante toda a vida poupou seu dinheiro sempre assolada pelo medo da pobreza. Finalmente, quando esta pessoa chegou à sua tão sonhada aposentadoria viveu uma vida quase que miserável porque não conseguia gastar, viveu um bloqueio ameaçador. Um segundo exemplo é de uma pessoa que sempre teve o dinheiro e a oportunidade de reuni-lo, porém nunca teve planejamento e o gatilho da poupança. Durante toda a vida viveu pressionada por juros de cartão de crédito, juros de empréstimos bancários e preocupações dessa natureza.

Em ambos os casos eu vejo refletidos exemplos de pessoas que não souberam dar ao dinheiro o seu devido lugar e a sua devida importância. O dinheiro está para servir o ser humano e não o contrário. A relação saudável sempre está no equilíbrio e é justamente este equilíbrio que a educação financeira oportuniza na vida das pessoas. Este é um caso de urgência e que bom é perceber que já existem políticas públicas consistentes e em fase de desenho, preocupadas em educar o ser humano para o relacionamento saudável com o dinheiro; educação esta destinada a começar o mais cedo possível, já na fase da infância. Esse investimento preventivo garante uma população mais liberta e também com melhores condições de desenvolvimento sustentável.

FORTUNA X RIQUEZA

Ainda, quando analisamos a relação do ser humano com o dinheiro, dois conceitos são importantes de se considerar: Fortuna e Riqueza. O primeiro deles diz respeito a quem possui “soma vultuosa de dinheiro” e o segundo trata-se da “condição daquele que é rico”. A condição de fortuna nem sempre en-

“Uma das piores experiências atreladas ao dinheiro é a experiência daqueles que se esforçam por conquistá-lo como uma espécie de tapa-buraco, mascarando algum tipo de insatisfação ou infelicidade”.

globa a condição de riqueza, é preciso tomar cuidado com as generalizações apressadas.

A riqueza, talvez hoje mais do que em outros tempos, é a soma de diversos elementos atrelados à qualidade de vida, que também envolvem ter dinheiro em quantidade suficiente para se viver com tranquilidade. A fortuna está muito mais ligada a ativos difíceis de mensurar e que vamos refletir numa oportunidade futura. Por ora, nos vale a observação: por mais dinheiro que queiramos ou possamos juntar, sempre haverá alguém com mais dinheiro e um bom conselho é não se preocupar com quanto dinheiro o outro tem, mas quanto dinheiro eu preciso para realmente ser feliz, realizado ou rico, se quisermos chamar assim. A pergunta está muito mais

relacionada ao que entendemos por riqueza do que ao que a riqueza de verdade é.

Concluindo, percebemos que o dinheiro é e sempre será um motivo de discussão social. Percebemos também que existe uma condição muito delicada entre o ser humano e como ele entende o dinheiro. A forma como falo e ajo com relação ao dinheiro diz muito mais sobre mim, meus valores e aquilo que acredito do que sobre o próprio dinheiro. Sigamos juntos nessa caminhada de descoberta e educação financeira. Bom planejamento para vocês leitores e lembrem-se sempre: Educação Financeira é Educação para a Vida!

Padre André Boffo Mendes Equipe EFV
EFV Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 41
Educação Financeira para a Vida é um modo de pensar e agir na relação com o dinheiro

O túmulo está vazio! Jesus está vivo no meio de nós

Domingo de Páscoa | 9 de abril de 2023

Leituras: At 10,34.37-43; Sl 117(118),1-2.16ab-17.22-23; Cl 3,1-4; Jo 20,1-9

Feliz Páscoa! Celebramos hoje o ponto mais alto de nossa fé: o mistério pascal. Cristo ressuscitou! A Semana Santa certamente marcou nossas vidas. Tristeza, desânimo e medo devem ficar para trás. A morte não teve a última palavra! Chegou a hora de despertarmos para esta nova realidade. O cristão deve ir além e ver além de todo pessimismo, pecado, opressão e morte. O discípulo missionário crê e testemunha tudo quanto Jesus fez e ensinou. Ele percebe os sinais de Deus e escolhe sempre a vida.

NOSSA MISSÃO É TESTEMUNHAR

TUDO O QUE JESUS FEZ

Os Atos dos Apóstolos são um retrato da vida das primeiras comunidades cristãs. O autor apresenta como a Igreja procura reproduzir as palavras e ações de Jesus. No discurso de Pedro, lido hoje, vemos como a comunidade deve dar continuidade à prática dele. Enviado pelo Pai com poder, Jesus “andou por toda a parte fazendo o bem”.

Pedro, falando em nome de todos os cristãos, destaca que “nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra. Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos” (v. 39 e 42).

VER E ACREDITAR NOS SINAIS DA RESSURREIÇÃO

Num primeiro momento, quando o Evangelho fala de Maria Madalena, temos a ideia de que a comunidade não assimilou desde o início a morte de Jesus. Ela representa a comunidade sem a perspectiva da fé. Ela é a lembrança de todos os que pensam que o túmulo seja o lugar do fracasso do projeto de Deus. O gesto de Maria indo ao túmulo sintetiza as buscas da comunidade cristã, ansiosa de vida e amor, mas que às vezes procura em lugar errado.

Quando Maria Madalena foi comunicar o ocorrido aos apóstolos, encontra apenas dois deles: Simão Pedro e o “discípulo que Jesus amava”. O evangelista dá a entender que os apóstolos estavam dispersos e que a comunidade não subsiste sem a vivência da fé em Cristo ressuscitado.

- Como você vivenciou esta Semana Santa? O que foi mais marcante e inspirador?

- A fé nos conduz ao testemunho. Onde hoje é mais difícil testemunhar a fé?

- Normalmente, como você e sua família vivenciam o dia de Domingo que atualiza semanalmente a Páscoa?

Portanto, a missão da comunidade cristã à luz de Atos é ser testemunha: anunciar e praticar o que Jesus fez. Jesus, como juiz, é o critério para sabermos se uma ação vem de Deus ou não.

AS COISAS DO ALTO SÃO OS VERDADEIROS TESOUROS

Paulo escreveu a carta aos Colossenses para corrigir algumas teorias que admitiam uma série de seres celestes, intermediários entre Deus e as pessoas. Pelo Batismo, o cristão participa da sorte de Cristo morto e ressuscitado, recebe essa vida nova de Cristo, mas ainda não plenamente, porque está neste mundo e está sujeito a ele.

A tarefa do cristão é pensar e procurar as coisas do alto. Em outras palavras, trata-se de discernir o que é conforme ou não ao projeto de Deus. No texto de hoje, Paulo contrapõe as coisas do alto às coisas da terra para alertar o cristão não avisado do perigo que ele pode correr, levando uma vida ambígua que não manifeste o Cristo ressuscitado.

Os dois correram para ver o acontecido. O discípulo amado chegou primeiro, mas esperou e deixou Pedro entrar primeiro. Quem ama corre mais, pois o amor se antecipa. Quem ama espera, pois o amor é humilde. Pedro viu os panos de linho e o sudário em “ordem” dentro do túmulo. A descrição da cena quer demonstrar que não houve violação de sepulcro nem roubo de cadáver. Eles ainda não tinham compreendido tudo, mas tiveram uma certeza: Jesus não continuava prisioneiro da morte e nem a morte teria a última palavra.

Diante dessa busca por Jesus e entender o que estava acontecendo, o evangelista destaca que o discípulo amado “viu e acreditou”. Este seria também o desafio para nós hoje: vermos onde estão os sinais da ressurreição e acreditarmos que a vida vence a morte; e que o amor vence o ódio e toda forma de maldade. Celebremos, pois, a vida e vivamos à luz do Cristo ressuscitado.

Leitura Diária

Dia 10: At 2,14.22-32; Sl 15(16); Mt 28,8-15

Dia 11: At 2,36-41; Sl 32(33); Jo 20,11-18

Dia 12: At 3,1-10; Sl 104(105); Lc 24,13-35

Dia 13: At 3,11-26; Sl 8; Lc 24,35-48

Dia 14: At 4,1-12; Sl 117(118); Jo 21,1-14

Dia 15: At 4,13-21; Sl 117(118); Mc 16,9-15

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 43

“Dai graças ao Senhor, pois eterna é a sua misericórdia”

Domingo da Divina Misericórdia | 16 de abril de 2023

Leituras: At 2,42-47; Sl Sl 117(118),2-4.13-15.22-24; 1Pd 1,3-9; Jo 20,19-31

Assim como a Quaresma nos possibilitou a graça da conversão, a Semana Santa nos levou a contemplar os passos de Jesus no calvário, sua Paixão e morte de cruz, agora o Tempo Pascal nos convida a reavivarmos nossa esperança, na alegria da presença do Ressuscitado. Celebramos o Domingo da Divina Misericórdia. Deus Misericordioso, que conhecendo nosso coração, além de nossos pecados, fixa o olhar em nosso arrependimento e no nosso empenho por viver sua Palavra.

TODOS QUE ABRAÇAVAM A FÉ, VIVIAM UNIDOS

A experiência vivida pelas primeiras comunidades conduz nosso olhar para o princípio e o fundamento da fé cristã. Somos filhos de Deus, convocados a uma vida nova, alicerçada no perdão, no amor e na fraternidade. Eis aqui um grande desafio, pois a mancha do pecado visa murchar nossa esperança. De uma maneira sutil, os dias atuais, nos influenciam a vivermos uma fé intimista, personalizada, segundo a qual “eu me comprometo até onde me convém”. Pois são tantos os afazeres e as obrigações que o propósito de vida das primeiras comunidades acaba ficando mais na seleção das “histórias bonitas”, do que nas ações concretas e modo de vida. Nós cristãos, corremos o risco de formar uma grande comunidade de pessoas sim, porém cada um buscando Deus a sua maneira, conforme suas necessidades particulares, e com o tempo que sobra. A Liturgia deste domingo, nos convida a sermos: “Perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42). Abraçar a fé e viver unido como irmãos que professam a fé no mesmo Deus é a experiência que os primeiros seguidores de Jesus Cristo viveram, e este mesmo modo de vida nos é proposto hoje.

futuro do homem sobre a terra? A nós não é dado sabê-lo. Contudo, é certo que ao lado de novos progressos não faltarão, infelizmente, experiências dolorosas. Mas a luz da misericórdia divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através do carisma da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio” (homilia em 30 de abril de 2000).

DISCÍPULOS REUNIDOS NOVAMENTE

Muito oportuna a mensagem pascal nesse tempo de pós-pandemia, considerando que na última Assembleia Diocesana, ao contemplar as prioridades do Pão e da Ação Missionária, em nossa Ação Evangelizadora assumimos três compromissos, podemos assim dizer: valorizar a experiência do domingo como Dia do Senhor, resgatar a importância da missa dominical e levar nossas lideranças a se autocompreenderem como missionárias.

- Quanto me comprometo com meu irmão no modo pelo qual professo minha fé?

- Minhas decisões e atitudes, estão firmadas na esperança cristã?

- Qual importância estou dando para missa dominical em minha vida?

Frente a este propósito, lembro aqui a fala do Papa Francisco na audiência geral de 3 de fevereiro de 2021: “Quando os primeiros cristãos começaram a viver o seu culto, fizeram-no atualizando os gestos e a palavras de Jesus, com a luz e a força do Espírito Santo, para que a sua vida, alcançada por esta graça, se tornasse sacrifício espiritual oferecido a Deus. Esta abordagem foi uma verdadeira ‘revolução’... A vida é chamada a tornar-se culto a Deus, mas isto não pode acontecer sem oração, especialmente a oração litúrgica. Que este pensamento nos ajude quando vamos à Missa: vou rezar em comunidade, vou rezar com Cristo que está presente. Quando vamos à celebração de um Batismo, por exemplo, Cristo está lá, presente, que batiza. ‘Mas, Padre, esta é uma ideia, um modo de dizer’: não, não é um modo de dizer. Cristo está presente e na liturgia rezas com Cristo que está ao teu lado”.

NASCER DE NOVO PARA UMA ESPERANÇA VIVA

É fato que a esperança nos move. A esperança de aprender, transformar a realidade e colher bons frutos, é que nos motiva a estudar, trabalhar e plantar. São infinitas a possibilidades em nossa vida, como também os meios e as ferramentas. Por isso, o cristão deve voltar seu olhar para o Ressuscitado, contemplando toda a sua glória, consciente de seu amor misericordioso – pois carregou sobre si nossas dores, e por nós sofreu a morte de cruz – e decidir por qual caminho queremos seguir. Se a esperança que nos move é a da eternidade, não temeremos a cruz nesta vida. Como São João Paulo II bem enfatizou ao instituir a Festa da Divina Misericórdia: “O que nos trarão os anos que estão diante de nós? Como será o

Com a intercessão da Sagrada Família, que o Espírito Santo nos ilumine para compreendermos e vivermos a Palavra deste domingo. Envolvidos pela Divina Misericórdia, a bênção de Deus a todos. Amém.

Leitura Diária

Dia 17: At 4,23-31; Sl 2; Jo 3,1-8

Dia 18: At 4,32-37; Sl 92(93); Jo 3,7b-15

Dia 19: At 5,17-26; Sl 33(34); Jo 3,16-21

Dia 20: At 5,27-33; Sl 33(34); Jo 3,31-36

Dia 21: At 5,34-42; Sl 26(27); Jo 6,1-15

Dia 22: At 6,1-7; Sl 32(33); Jo 6,16-21

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 44

A restauração dos discípulos mediante a Palavra e a partilha

3º Domingo

da Páscoa | 23 de abril de 2023

Leituras: At 2,14.22-33; Sl 15 (16), 1-2a.5.7-8.9-10.11; 1 Pd 1,17-21; Lc 24,13-35

Cristo acompanha o homem em seus caminhos, mesmo que este não o reconheça num primeiro momento. Temos uma construção pedagógica neste encontro no Caminho a Emaús: tristeza; desolação; abertura a um diálogo tendo como base os acontecimentos; os ensinamentos baseados na Palavra; a partilha que é fruto do caminho; reconhecimento daquele que caminha ao lado; coração ardente como consequência deste encontro; retorno à comunidade.

Este caminho é pedagógico, pois denota a necessidade humana na superação de situações que cegam, que desmotivam, para ao final compreender e dar sentido aos acontecimentos.

A CONVICÇÃO QUE GERA TESTEMUNHO

Pedro é aquele que representa a comunidade dos seguidores de Jesus. Pedro fala em nome da comunidade e para a comunidade. Há o reforço de quem é Jesus Cristo, o qual inúmeros seguem, anunciam e testemunham.

Este discurso de Pedro compõe-se de um querigma (anúncio), dos feitos e acontecimentos (fatos da vida pública de Jesus) e o anúncio da sua morte e ressurreição. É uma estrutura de anúncio catequético a comunidade que anuncia e testemunha Cristo Jesus.

- Tristeza/desolação. De fato, nada saiu como o esperado. O Messias tão aguardado teve o mesmo fim de todo homem, mesmo diante de tudo o que viram e ouviram. Perseguições começam a acontecer, tudo parece terminado, o que resta é o retorno à vida e práticas passadas. Esta reação acompanha a nossa humanidade diante das incompreensões.

- Abertura ao diálogo diante dos acontecimentos. A tristeza impede reconhecer Cristo, a ponto de caminhar a nosso lado, dialogar conosco, nos orientar e mesmo assim, não O reconhecer. Mas é neste diálogo que inicia a reconstrução destes que estão submersos na tristeza e desolação. Começam a compreender coisas essenciais que passaram despercebidas no caminho de seguimento do Mestre.

- Ensinamentos baseados na Palavra. Esta é a receita: a Palavra. Cristo é Palavra transformadora, e este é o efeito daquele que a ouve verdadeiramente.

- Testemunho com convicção o Cristo que sigo e professo como Senhor?

- A experiência dos discípulos a caminho de Emaús ilumina a minha caminhada de que forma?

- Reconhecemos que Cristo caminha conosco no nosso dia a dia?

Nesta catequese primitiva, temos ideias bem claras e fundamentais: a morte não venceu. De fato, Pedro compara a morte de Davi, patriarca, que está sepultado e todos conhecem seu túmulo à morte de Jesus Cristo, que venceu a morte e seu corpo não viu corrupção. A segunda ideia fundamental é a do testemunho. Pedro testemunha à comunidade as verdades de fé. A comunidade, por sua vez, deve também testemunhar este Cristo e sua verdade a todos. Contudo, só é possível dar testemunho daquilo que cremos fielmente e calcamos certeza absoluta. Sendo assim, se torna missão de todos o anúncio e o testemunho de Cristo.

A RESTAURAÇÃO DOS DISCÍPULOS A CAMINHO DE EMAÚS

Nos elementos preliminares, um itinerário deste encontro no Caminho a Emaús foi apresentado como já lemos no começo desta reflexão. Este itinerário é pedagógico, e era necessário que assim fosse, pois só se transforma um coração perdido na escuridão da tristeza e dúvida com pequenos passos que revistam a vida de novo sentido. Vamos aos elementos deste itinerário:

- Partilha que é fruto do caminho/reconhecimento daquele que caminha ao lado. Temos aqui o primeiro fruto desta reconstrução: a partilha, sentar-se para dividir, acolher. Ao mesmo tempo é na partilha que os olhos se abrem e enfim reconhecem Cristo naquele homem. Só reconhecemos Cristo quando, em comunidade, partilhamos o pão.

- Coração ardente e retorno à comunidade. Segundo e terceiro efeito desta reconstrução. A alegria preenche o que antes era só tristeza. Retornam para partilhar a alegria.

Enfim, este Caminho de Emaús reflete nosso caminho em inúmeras situações nas quais, inundados pelo sofrimento, dor, tristeza, desolação, não conseguimos vislumbrar Cristo que caminha ao nosso lado. Mas a nós também é possibilitado o mesmo caminho de reconstrução.

Leitura Diária

Dia 24: At 6,8-15; Sl 118(119); Jo 6,22-29

Dia 25 (São Marcos): 1Pd 5,5b-14; Sl 88(89); Mc 16,15-20

Dia 26: At 8,1b-8; Sl 65(66); Jo 6,35-40

Dia 27: At 8,26-40; Sl 65(66); Jo 6,44-51

Dia 28: At 9,1-20; Sl 116(117); Jo 6,52-59

Dia 29 (Santa Catarina de Sena): At 9,31-42; Sl 115(116B); Jo 6,60-69

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 45

Divino Pastor dos Corações

4º Domingo da Páscoa | 30 de abril de 2023

Leituras: At 2, 14a.36-41; Sl 22(23)1-3a.3b-4.5.6; 1Pd 2,20b-25; Jo 10, 1-10

Neste 4º Domingo do Tempo Pascal, a Liturgia nos convida a contemplar a figura do Bom Pastor. A Liturgia é um convite a abrir os nossos ouvidos e corações para prestar atenção à voz do Pastor, que nos guia e nos dá a vida eterna. A voz de Deus, nosso pastor, continua a ressoar em nosso meio por meio de sua Palavra e continua a nos guiar. É n’Ele que encontraremos a salvação e a vida plena.

A PALAVRA QUE GERA CONVERSÃO

A primeira leitura nos apresenta Pedro reunido com os onze após a Ressureição e a vinda do Espírito Santo sobre a comunidade dos discípulos de Jesus. Pedro, porta-voz da comunidade, testemunha a vida de Jesus em sua vida, paixão, morte e Ressureição. O testemunho do Apóstolo, através da Palavra testemunhada, gera no coração daqueles homens a conversão, a mudança de vida, de modo que passam a integrar a comunidade dos discípulos. Aqui vemos o anúncio que gera a conversão. A leitura traduz o convite pascal em que diante do centro de nossa fé que acabamos de vivenciar na Liturgia, ou seja, a Páscoa de Nosso Senhor, nos impele à conversão.

A Palavra de Deus anunciada deve tocar nosso coração e vida, gerando em nós a mesma pergunta que fizeram aqueles homens diante daquelas palavras: “Que devemos fazer?”. Ao exemplo daqueles homens, quando ouvimos a Palavra, devemos permitir que ela dialogue com nossa vida e estejamos atentos aos apelos de mudança que surgem, ou ainda, à conversão. Estes apelos exigem de nós o compromisso de transformar nossas atitudes, embora muitos de nós, já batizados, somos convidados a cada dia aderir a Cristo na Igreja, passar pela porta que é Cristo, permitindo a transformação de nossos corações.

BOM PASTOR, GUIA E MESTRE DA VIDA

O Evangelho nos conduz a contemplar a figura de Cristo Bom Pastor, aquele que guia e nos conduz, cuida de cada um de nós, nos chamando pelo nome. Este Evangelho recorda a certeza de que contamos com um Pastor que nos cuida e que dá a vida pela nossa vida: “O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas”. Estando no Tempo Pascal não podemos deixar de destacar a valorização da vida. O mistério Pascal não termina no sepulcro, mas o ultrapassa: Cristo ressuscitou e vive! Ele entrega sua vida para que nós tenhamos a vida em abundância. Há neste evangelho um contínuo chamado à vida. Jesus não vem para prolongar a nossa vida biológica, mas para nos fazer viver de maneira mais plena, vivenciando o Reino de Deus desde esta vida. Trata-se de viver com intensidade e profundidade de coração a partir do encontro e do seguimento do Pastor.

- Temos ouvido os apelos que Deus nos faz através de sua Palavra?

- Que tipo de pastores temos seguido?

- Temos assumido atitudes concretas que transpareçam o Bom Pastor?

UM NOVO SENTIDO AO VIVER

Na segunda leitura, Pedro exorta a suportar e viver com paciência as dificuldades da caminhada à luz de Cristo. O apóstolo direciona estas palavras a alguns cristãos recém-batizados que passavam por dificuldades internas e também da perseguição. O convite do apóstolo àquelas pessoas e a todos nós é que diante de nossos sofrimentos e dificuldades em nossas vidas e em nossas caminhadas de conversão, nos associemos a Cristo que também sofreu com grande paciência as suas provações. À luz do Cristo, que também é colocado como o autêntico Pastor que nos socorre e nos cura, e de fato nos guiou para perto de si quando nos encontrávamos “desgarrados”, também devemos ouvir sua voz que nos guia a agir com amor, mesmo nas situações mais difíceis, não devendo recorrer à violência, mas a agir de modo semelhante à Cristo.

Este Evangelho pode ser tomado como uma grande catequese que nos leva a vivenciar o encontro com Aquele que é a fonte da vida. É um convite a assumirmos Jesus como pastor de nossas vidas, escutá-lo e assim sermos conduzidos por Ele. Sua voz deve ecoar nos corações daqueles que d’Ele se aproximam e dispõem seus corações a serem pastoreados e guiados por Sua voz. Suas palavras devem penetrar em nosso coração e sempre inquietar, fazendo brotar do coração o que há de melhor no coração humano, transformando nossa vida a partir de dentro de nosso coração, conduzindo-nos sempre a novos horizontes em nossa própria vida e acolhendo a vida como movimento que nos leva sempre além de nós mesmos, ou seja, que é expansão. Trata-se de viver intensamente e colocar-se a serviço da vida, acolhendo a vida como ela é e como se manifesta na vida de cada irmão e irmã. Isto requer de nós atitudes de abertura, de compaixão, de amor. Desta maneira também cada um de nós, assume em sua própria condição de vida, em sua vocação, a missão de a cada dia: configurar o nosso próprio coração à luz do Bom Pastor.

Leitura Diária

Dia 1º/05: At 11,1-18; Sl 41(42); Jo 10,11-18

Dia 2/05 (Santo Atanásio): At 11,19-26; Sl 86(87); Jo 10,22-30

Dia 3/05 (São Filipe e São Tiago Menor): 1Cor 15,1-8; Sl 18(19A); Jo 14,6-14

Dia 4/05: At 13,13-25; Sl 88(89); Jo 13,16-20

Dia 5/05: At 13,26-33; Sl 2; Jo 14,1-6

Dia 6/05: At 13,44-52; Sl 97(98); Jo 14,7-14

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 46

Jesus é o caminho que nos conduz a Deus

5º Domingo da Páscoa | 7 de maio de 2023

Leituras: At 6,1-7; Sl 32(33),1-2.4-5.18-19 (R. 22); 1Pd 2,4-9; Jo 14,1-12

Toda pessoa de fé procura uma meta que facilite sua caminhada para Deus. Jesus apresenta-se como esse Caminho. Na comunidade primitiva os problemas são enfrentados e solucionados no momento em que vão surgindo. Eram comunidades abertas a todos, a ponto de distinguir dois grupos de fiéis: de origem grega e os de origem judaica. O problema daquelas comunidades foi o ter deixado de lado o atendimento às pessoas carentes (viúvas).

A queixa dos fiéis de origem grega é levada à assembleia geral. Os apóstolos tinham consciência de que não podiam fazer tudo. Seria necessário partilhar as responsabilidades. “Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir à mesa”. Surgiu a proposta de escolher pessoas da comunidade para que assumissem os novos ministérios. A condição exigida na escolha dos novos ministros é que fossem “de boa índole, repletos do Espírito e de sabedoria”. Não interessava se fossem gregos ou judeus.

A cerimônia que os capacita a desempenhar o novo ministério consiste de oração e imposição das mãos. O número dos discípulos crescia e o projeto de Deus tinha sempre novas adesões. O ministério conferido aos escolhidos foi o anúncio e realização do projeto de Deus.

escolhida, o sacerdócio real, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as maravilhas daquele que chamou vocês das trevas para a sua luz maravilhosa” (v. 9). O critério para ser povo de Deus é pertencer a Jesus. Assim o povo se torna luz.

A VERDADE QUE ORIENTA PARA ESSE CAMINHO

O texto do Evangelho de João se trata do discurso de despedida de Jesus. Os discípulos sentem-se perturbados e desanimados. A missão de Jesus é, através da morte-ressurreição, preparar esses lugares, a fim de que todos possam participar da intimidade de Deus. O centro do texto é: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (v. 6).

- Como resolvemos os problemas que surgem em nossas comunidades?

Jesus é caminho para vida, através da morte-ressurreição. Seguindo o caminho que é Jesus, a comunidade realizará o projeto de Deus. Jesus diz que é a Verdade, que significa estabilidade, revelação autêntica do projeto de Deus. Isso é estar em sintonia com os planos divinos. Ele também disse que é a Vida. A vida é a luz que conduz a comunidade a Deus.

- Como revitalizar uma comunidade tomada pelo desânimo e desiludida?

- Quem é Jesus para nós?

A PRESENÇA DE DEUS ESTÁ NO SACRAMENTO DA COMUNIDADE

Pedro afirmou que o ponto de partida para construir a nova sociedade é Jesus, morto e ressuscitado. Esse Jesus não mora em templos de pedra, mas dentro de quem crê e o segue. Ele é o ponto de partida, a pedra fundamental, a base do novo Templo, feito de pessoas que são as pedras vivas.

Nessa nova sociedade, todos são sacerdotes santos, porque participam ativamente do sacerdócio de Cristo. O único sacrifício agradável a Deus é estar unido a Jesus, construindo a nova humanidade, nascida de sua morte e ressurreição.

Em Jesus, pedra fundamental da nova sociedade, alguns constroem o mundo novo; outros tropeçam, construindo um mundo injusto que mata, como matou a Jesus, e agora oprime os cristãos. “Vocês são a raça

Jesus revela que o Pai é visto olhando para Ele. O Deus invisível nos deixou uma pista importante para nossa sede em conhecê-lo e conviver com Ele. Ao criar o mundo, Deus fez o ser humano à sua imagem e semelhança. Jesus é ao mesmo tempo o espelho no qual contemplamos o rosto do Pai e sua presença de amor fiel no meio de nós.

O Pai age em Jesus e este, pelo Espírito Santo, age na comunidade. A comunidade diante da ação de Cristo está capacitada a fazer obras maiores do que as realizadas por Jesus, fazendo o projeto de Deus chegar aos confins da terra.

Leitura Diária

Dia 8/05: At 14,5-18; Sl 113B(115); Jo 14,21-26

Dia 9/05: At 14,19-28; Sl 144(145); Jo 14,27-31a

Dia 10/05 (São João de Ávila): At 15,1-6; Sl 121(122); Jo 15,1-8

Dia 11/05: At 15,7-21; Sl 95(96); Jo 15,9-115:

Dia 12/05: At 15,22-31; Sl 56(57); Jo 15,12-17

Dia 13/05 (Nossa Senhora de Fátima): At 16,1-10; Sl 99(100); Jo 15,18-21

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 47

Da Páscoa brota a Eucaristia

Na Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, Ele estava celebrando a Páscoa com os doze apóstolos. Eles comemoravam a antiga páscoa, a libertação dos hebreus da escravidão do Egito, a passagem pelo Mar Vermelho e pelo deserto, onde Deus fez a aliança com seu povo, até a posse da terra prometida. Nesta comemoração da antiga páscoa, Jesus antecipou sua própria páscoa, sua passagem desta vida pela morte e ressurreição ao Pai.

Pelas suas palavras sobre o pão “Isto é o meu corpo, que será entregue por vós”, e sobre o cálice “Este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados”, Jesus deixou claro que Ele é o novo Cordeiro Pascal que carrega sobre si os pecados de todos, que se entrega na morte para que todos tenham vida. Aquilo que o antigo cordeiro tinha prefigurado, a salvação do povo pelo sangue derramado, realizou-se plenamente na morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Devemos a São Paulo o primeiro testemunho escrito sobre a celebração da ceia do Senhor: “De fato, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: Na noite em que ia ser entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo entregue por

vós. Fazei isso em memória de mim’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim’. De fato, todas as vezes que comerdes desse pão e beberdes desse cálice, proclamais a morte do Senhor, até que Ele venha” (1Cor 11,23-26).

A MISSA NOS PRIMEIROS SÉCULOS

As primeiras celebrações cristãs parecem-se, pois, com essa Última Ceia de Jesus no Cenáculo. A missa foi primeiramente celebrada durante uma refeição, reunindo os convidados em torno de uma mesa, fora de qualquer edifício religioso específico, em casas particulares (At 2,46). Os cristãos não tinham templos nem sinagogas. As famílias com mais possiblidades ofereciam suas casas para as reuniões da comunidade cristã.

“Os apóstolos introduziram nas comunidades que eles fundaram pelo mundo afora o costume de se reunir no Dia do Senhor para a fração do pão (cf. At 20,7), para saborear a presença do Senhor ressuscitado no meio deles, que lhes falava e lhes preparava a mesa”.

“Fazei isto em memória de mim.” Em todas as comunidades cristãs a missa é a concretização dessa palavra de Jesus, na noite da Quinta-feira Santa, ao final da Última Ceia que compartilhou com seus discípulos, pouco antes de sua prisão.

Durante essas celebrações, os primeiros discípulos evocavam as lembranças da vida do Mestre, recordando de modo privilegiado as inúmeras refeições que haviam compartilhado com Ele: as vezes em que havia multiplicado os pães para as multidões, as refeições na casa de Mateus, de Marta, de Zaqueu, de Simão, mas também a refeição realizada após sua ressurreição, em Emaús, no Cenáculo ou à beira do lago. Sabemos quanto custou, mesmo depois de Jesus ter ressuscitado, para que seus discípulos pudessem acreditar que Ele estava vivo e como começaram a recuperar o ânimo, quando Ele lhes apareceu, com eles conversou, sobretudo quando com eles comeu, lhes preparou a refeição na beira do lago e, particularmente, quando Ele sentou à mesa com os dois discípulos de Emaús, que o reconheceram somente quando lhes partiu o pão, como tinha feito tantas vezes nos anos de convivência com eles. Sentimos com os discípulos como eles se alegraram por verem o Senhor, por tê-lo vivo no meio deles, por ouvirem a sua palavra e por sentarem com Ele à mesa.

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Mesa Eucarística – Cláudio Pastro
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Liturgia

Sobretudo depois de terem recebido o Espírito Santo, podiam compreender que o Messias devia sofrer e assim entrar na glória, mas também que o Senhor da glória estava com eles e ia estar com a Igreja até o fim dos tempos. Para se lembrar sempre de novo da presença do Senhor glorioso, a comunidade dos primeiros cristãos em Jerusalém mostrou-se logo depois de Pentecostes assídua ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e orações (cf. At 2,42). Os apóstolos introduziram nas comunidades que eles fundaram pelo mundo afora o costume de se reunir no Dia do Senhor para a fração do pão (cf. At 20,7), para saborear a presença do Senhor ressuscitado no meio deles, que lhes falava e lhes preparava a mesa. Lucas descreve uma dessas celebrações: por volta do ano 58, Paulo, de passagem por Trôade, reuniu alguns irmãos para com eles celebrar o primeiro dia da semana, dia da ressurreição, que se tornará o Dia do Senhor, nosso domingo. Tendo caído a noite, na câmara alta, Paulo narra a queda mortal de um jovem, que havia adormecido durante a longa homilia. Este fato fornece a Paulo a oportunidade de mostrar que a reunião dominical se inscreve na sequência dos gestos de Jesus devolvendo a vida: Paulo traz o jovem de volta à vida. Depois, quando surge o novo dia, ele “parte o pão” (At 20,1-12). Um cristão de hoje não teria dificuldade em reconhecer nessa celebração do primeiro século a sequência de nossa Eucaristia, com seus dois tempos, suas duas mesas, a Palavra e o Pão.

Durante essa época, a celebração tem caráter sobretudo doméstico e familiar. Isso acontecia porque havia reduzido número de participantes e a ausência de lugares públicos de culto próprio dos cristãos. Comer juntos, em torno de Cristo e com os olhos postos no crescimento do sentido comunitário e na espera da vinda do Reino, era um fator muito bom para a vida da comunidade.

Devido às perseguições sofridas, os cristãos se reuniam nas casas. Cessadas as perseguições, com a paz religiosa instaurada pelo imperador Constantino, em 313, edificaram-se as casas da Igreja, cuja arquitetura se inspirava da sinagoga judaica.

“A Eucaristia, não obstante as dificuldades que ainda encontramos, continua sendo o momento forte de nossas comunidades. Nelas, continua a reunir-se uma comunidade viva, que experimenta a presença de Cristo ressuscitado como Senhor da história”.

UMA NOVA COMPREENSÃO DA MISSA

Com o passar do tempo muitos fatores influenciaram o modo de celebrar e a compreensão da Eucaristia. A missa passou a ser considerada uma ação do padre à qual os leigos assistiam; celebrada em latim, em voz baixa, de costas voltadas para o povo. O silêncio sagrado era interrompido por alguns cânticos ou pela recitação do rosário, interrompido durante a consagração para permitir aos fiéis, ao som do sino, olhar a hóstia e o cálice em adoração muda, ou recitando alguma jaculatória. A espiritualidade daqueles que assistiam à missa era estritamente individual; cada um se fechava em si e se consagrava às suas próprias práticas piedosas.

O Concílio Vaticano II apresentou um espírito novo e transformador para a Igreja, especialmente para a Liturgia. A maior riqueza apresentada pelo Concílio no que se refere à Missa foi justamente recordar essa centralidade do mistério pascal. Toma-se consciência de que Cristo é a fonte e o centro do culto prestado ao Pai pelo corpo eclesial de Cristo congregado sob a ação do Espírito Santo. Portanto, o mistério pascal de Cristo é a fonte e o centro do culto prestado a Deus pelo corpo místico de Jesus Cristo (cf. Sacrosanctum Concilium, nº 5-8).

O Concílio propôs estimular sempre mais a vida cristã entre os fiéis, inclusive adaptando-se às necessidades dos tempos modernos e levando em consideração a língua própria de cada país. Como consequência dessa nova compreensão, devolveu a dimensão comunitária da participação dos fiéis que havia no início do cristianismo e que foi se perdendo ao longo dos séculos.

Afirmou que a celebração do mistério pascal é presidida por seus pastores com a participação ativa de todos os seus membros (cf. Sacrosanctum Concilium, nº 14). A participação dos fiéis na Liturgia foi o grande objetivo da reforma

litúrgica proposta pelo Concílio. Segundo essa nova compreensão, os fiéis não devem mais “assistir” a Missa, como se dizia antes do Concílio, mas todos são chamados a participar ativamente do mistério pascal de Cristo.

Recuperou-se o sentido do domingo e uma melhor distribuição da celebração do Mistério de Cristo no decorrer do Ano Litúrgico. A Constituição sobre a Liturgia ainda cuidou de valorizar a tradição musical da Igreja e recordou que o canto está a serviço da Liturgia. Deve-se “cantar a Liturgia e não cantar na Liturgia”.

Ainda sobre a Celebração Eucarística, o Concílio insistiu também na afirmação de que a Missa tem duas mesas: a mesa da Palavra e a mesa eucarística. As duas estão interligadas de maneira tão estreita que formam um só ato de culto, uma só celebração (cf. Sacrosanctum Concilium, nº 56). As duas partes têm igual importância. A Palavra de Deus é apresentada como alimento. Ouvindo-a, comemos e bebemos a Palavra de Deus. Recebendo o corpo e o Sangue de Cristo nos empenhamos em fazer memória d’Ele por meio do nosso comportamento cotidiano.

A Eucaristia, não obstante as dificuldades que ainda encontramos, continua sendo o momento forte de nossas comunidades. Nelas, continua a reunir-se uma comunidade viva, que experimenta a presença de Cristo ressuscitado como Senhor da história. Nesse contexto, convocados pela fé, o sacerdote exerce o ministério de presidência de uma assembleia que participa com seus diversos ministérios e serviços.

Celebramos na Eucaristia a vivência pascal de todos nós em união com Cristo, é a Páscoa dos cristãos com a Páscoa de Cristo. Quando vivemos os sofrimentos em união com Cristo sofredor e as alegrias e vitórias em união com o Senhor ressuscitado e glorificado à direita do Pai, a nossa vida se torna pascal. Assim também as nossas eucaristias são celebrações pascais, com toda a alegria da Páscoa do Senhor, que também é nossa.

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49 Liturgia

Juventude e fé

Quando falamos sobre fé na juventude, o que vem primeiramente é onde inicia-se a fé na juventude? Essa alçada remete-se aos ensinamentos que vêm de berço, ou seja, quando os pais, avós e tios nos ensinavam a orar e ensinavam que deveríamos ser pessoas boas, pois esse é nosso objetivo de vida: ser como Jesus e segui-lo.

No entanto, a fé na juventude é fortificada e reafirmada com encontros pessoais com Deus, onde o jovem eleva seu espírito e se sente conectado com a criação do universo. Seja por uma simples conversa com Deus ou uma contemplação da natureza na qual ele sente a grandeza do nosso criador.

A fé nada mais é do que todo sen-

tido da vida, pois em algo deve-se acreditar. No entanto, a fé na juventude torna-se uma luta constante para sua manutenção, já que tudo o que o mundo oferece é ao contrário que foi ensinado quando criança. Assim começa a batalha do jovem em renúncias das coisas que não agregam valor às suas crenças para o que está ocorrendo na atualidade.

Para isso, o jovem deve estar blindado perante seus propósitos e objetivos, além de realizar atos que fortifiquem cada vez mais sua fé, como ouvir a Palavra de Deus, participar de encontros de jovens, estar com pessoas que estão buscando o mesmo propósito.

É de extrema importância o cultivo da fé do público jovem, porque

em Cristo está a resposta para o coração do jovem; uma resposta de amor absoluto que faz com ele não perca a capacidade de sonhar e construir o futuro e zelar pelo hoje que está vivendo. Hoje nosso mundo está repleto de ideologias que são difundidas violentamente e acabam “construindo” os valores dos jovens. Portanto, a fé precisa ser incrementada à vivência do jovem para que sua vida seja construída sobre a rocha e não sobre a areia, porque sobre a areia qualquer temporal levará facilmente os valores construídos.

Quanto mais jovens espalhando a Palavra de Deus, mais jovens estarão se aproximando com o encontro de fé, já que de certa forma eles são influenciáveis e assim acabam se -

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guindo o mesmo caminho em vista do encontro com Deus. A partir desse momento o jovem não quer mais largar e cada vez mais coloca como meta continuar sentindo aquela emoção.

Quando o jovem tem fé nessa etapa da vida, ele consegue lutar contra o imediatismo que é aquele o sentimento de que “tenho que curtir o hoje sem pensar no amanhã”. Obviamente, o hoje é importante, porém é necessário que ele esteja dentro de uma perspectiva positiva de vivência e sem reduzir a vida a um instante passageiro. É justamente nesse ponto que muitos jovens, que não vivenciaram uma fé verdadeira, se deixam levar pelo pensamento egoísta e sem perspectiva de futuro, os levando a não ter esperança. Hoje em dia tem sido muito fácil encontrar jovens que não acreditam em si mesmos!

Por isso, cada vez mais deve-se acolher o jovem na caminhada cristã

“É de extrema importância o cultivo da fé do público jovem, porque em Cristo está a resposta para o coração do jovem; uma resposta de amor absoluto que faz com ele não perca a capacidade de sonhar e construir o futuro e zelar pelo hoje que está vivendo. (...) a fé precisa ser incrementada à vivência do jovem para que sua vida seja construída sobre a rocha e não sobre a areia, porque sobre a areia qualquer temporal levará facilmente os valores construídos”.

e não deixar que abandone, fortificando cada vez mais a fé, vivenciando cada vez mais experiências do amor de Deus. A fé em Cristo nunca pode ser apenas uma ideia, mas ela precisa ser vivenciada. Devemos buscar o seu desejo de intensidade, buscar uma referência e identidade, ambas como força para transformar a sua

fé em vida. Nossa fé em Cristo deve contagiar todos os ambientes, relacionamentos, escolhas, ideias.

A juventude precisa ser olhada como base de sustentação, justa e sadia, para o benefício da humanidade, já que o jovem de hoje é o futuro da Igreja no amanhã!

A Igreja olha para si mesma nos jovens. “Vocês, jovens, são a esperança da Igreja que, precisamente sob estes aspectos (paz no mundo e justiça dos homens), em vocês se vê a si mesma e a sua missão no mundo. O caminho da paz é o caminho dos jovens” (São João Paulo II).

Flávia Barbosa

Coordenadora Diocesana da Pastoral da Juventude

Izabel Marthiela

Lovo Voinarovski

Membro GT de Comunicação da PJ

Juventude

Catequese de Inspiração Catecumenal e o chamado à vida comunitária na dimensão missionária e pastoral

O processo de iniciação à vida cristã, que cada dia tem se tornado mais comum e real em nossas comunidades eclesiais, busca implementar um novo método de ser cristão: pela experimentação da fé em um itinerário que busca resgatar a Catequese primordial, assim como realizada na difusão da fé nos primeiros séculos da era cristã.

Esse itinerário tem como ponto alto a Celebração da Vigília Pascal, momento em que estes homens e mulheres que vem percorrendo um caminho de amadurecimento da fé recebem da Igreja os Sacramentos de Iniciação à Vida Cristã: o Batismo, a Eucaristia e a Crisma. De candidatos ao catecume-

nato, de eleitos, passam a se tornar os neófitos, aqueles que assumiram verdadeiramente a fé em Cristo Jesus.

Para estes, a celebração da Páscoa do Senhor passa a adquirir um novo significado: é a passagem da vida vazia, da vida longe de Deus e de seu plano de amor para uma intimidade mais próxima com o Senhor. A Ressurreição celebrada no terceiro dia remonta uma vida nova em Cristo Jesus, Aquele amigo próximo que vem ao nosso encontro e caminha conosco.

Todo esse processo deve despertar um questionamento em cada um de nós: uma vez inseridos nessa dinâmica de fé, evangelizados por um processo

de Iniciação à Vida Cristã, qual é o próximo passo a ser dado? Recordamos que o próprio itinerário de Iniciação à Vida Cristã prevê os tempos e as ações pertinentes para cada momento na vida destes filhos tão amados de Deus, mas é necessário ir além do programado e, pastoralmente, se questionar: o que fazer com a semente plantada?

Há uma obra mundialmente conhecida que nos recorda a ação do catequista como, também, interlocutor na ação de discípulo missionário deste novo cristão: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. O Pequeno Príncipe não só nos dá dicas de como está o nosso trabalho pastoral

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A experiência da Catequese deve estimular a participação na vida da comunidade

Catequese

em nossas mais diversas dimensões de ação, como também nos lembra que somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos. Ora, sê por nossa ação pastoral no Itinerário Cristão, estes filhos e filhas muito amados por Deus foram cativados e, por sua vez, introduzidos na fé da Igreja, também por eles somos convidados a rezar continuamente para que deem bons frutos.

Portanto, do itinerário próprio do processo de Iniciação à Vida Cristã, somos convidados, e com isso todos os cristãos são convidados, a abraçar estes novos filhos e introduzi-los verdadeiramente na vida comunitária, sem distinção, mostrando a beleza da vida em comunidade. Esse processo de caminhada conjunta deve ser amparado pela alegria do discípulo que anuncia a Boa-Nova do Evangelho: Cristo ressuscitou e nos deu uma vida nova. Essa alegria fraternal, que emana dos corações pela ação do Espírito Santo, deve ser a força a impulsionar o agir missionário de todos os envolvidos no processo de amadurecimento da fé: catequistas e catequizandos.

Papa Francisco, na Carta Encíclica

“Que através deste itinerário de fé que vivemos em nossas comunidades, especialmente com as celebrações da Semana Santa que nos recordaram tão grande gesto de amor de Deus para conosco, possamos ser condutores de nossos catequizandos para uma Catequese que vá além de nossos processos metodológicos da fé; que os levem verdadeiramente a um encontro com o Cristo amigo que caminha com cada um de nós e nos convida a sermos discípulos missionários nesta grande obra de Deus, sua Igreja”.

Fratelli Tutti – Sobre a fraternidade e a amizade social, nos recorda que “a partir da intimidade de cada coração, o amor cria vínculos e amplia a existência, quando arranca a pessoa de si mesma para o outro” (nº 89). Essa dinâmica de fé buscada no itinerário de fé cristão revela a essência do que São Paulo: “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé” (Gl 6,10).

Portanto, que através deste itinerário de fé que vivemos em nossas comunidades, especialmente com as celebrações da Semana Santa que nos recordaram tão grande gesto de amor de Deus para conosco, entregando seu Filho na Cruz por nossos pecados, possamos ser condutores de nossos catequizandos para uma Catequese que vá além de nossos processos metodológicos da fé; que os levem verdadeiramente a um encontro com o Cristo amigo que caminha com cada um de nós e nos convida a sermos discípulos missionários nesta grande obra de Deus, sua Igreja. Nisto consiste a verdade de cativar alguém: muito mais que apontar-lhe o caminho, é caminhar junto.

Que Maria, modelo de servidora do Evangelho e discipula missionária, possa nos acompanhar nesta caminhada, intercedendo por cada um de nós junto a seu Filho Jesus. Feliz e abençoada Páscoa!

Matheus Hugen

Membro da Equipe Diocesana da Animação Bíblico-catequética

As Assembleias no MCC e as metas para 2023

O Movimento de Cursilhos de Cristandade é um movimento eclesial, ou seja, caminha em plena unidade com a Igreja Católica, e mediante seu carisma, finalidade e método próprios torna possível a vivência e a convivência do fundamental cristão e forma grupos de cristãos que fermentem de evangelho os ambientes.

Para que tudo isso efetivamente aconteça, o MCC possui estruturas organizacionais muito bem definidas, o que garante a unidade e a fidelidade ao método em todo o mundo.

Exemplificando, temos o Organismo Mundial de Cursilhos de Cristandade (OMCC), que é a união de quatro grupos continentais. No Brasil, pertencemos ao Grupo Latino-americano e possuímos a seguinte estrutura: GEN – Grupo Executivo Nacional; GER – Grupo Executivo Regional; e GED – Grupo Executivo Diocesano.

Os GED’s, por sua vez, se subdividem em setores e os setores em pequenos grupos, os quais podem ser Pequenos Grupos de Fé (PCF) ou Núcleos de Comunidades Ambientais (NCA).

Nesse contexto, e para garantir a unidade do Movimento sobre os temas de estudos e as ações, existem as Assembleias tanto a nível nacional, quanto regional e diocesano.

As Assembleias são as instâncias decisórias do MCC. Periodicamente, de acordo com o estatuto e seguindo regimentos internos, os responsáveis pelo Movimento, em âmbito diocesano, regional ou nacional, reúnem-se

para troca de experiências, partilha de esperanças e para as necessárias e oportunas deliberações sobre a caminhada do MCC.

Recebendo das bases as informa-

Participe!

ções e anseios, os participantes das assembleias são responsáveis pela veiculação das orientações e decisões ali nascidas. Nas assembleias é que se delibera a caminhada dos

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Cursilho
DATA ATIVIDADE LOCAL 4/04 Escola Vivencial Diocesana Marechal Cândido Rondon 8/04 Ultreia Toledo 14/04 Festival da Galinhada Marechal Cândido Rondon 23/04 Ultreia – Missa da Família Palotina 23/04 Missa do Cursilho, seguida de Ultreia Marechal Cândido Rondon 24/04 Reunião do GED e coordenação dos Setores Marechal Cândido Rondon 30/04 Encontro de formação para o 97º Cursilho Toledo 2/05 Escola Vivencial Diocesana Palotina
Participantes da Assembleia Diocesana realizada na Paróquia São Cristóvão, em Toledo Grupos Executivos colocam em reflexão a dimensão do “Martírio: testemunho de fé, resposta e missão”.

grupos executivos que, por sua vez, têm o dever de garantir que se executem as decisões e deliberações ali tomadas.

Nos dias 10 a 12 de fevereiro de 2023, realizou-se a Assembleia Regional na cidade de Cascavel, com a participação dos nove GED’s que compõem a nossa regional GER SUL II PR I. Adair José Batista, atual coordenador do GEN, esteve presente e nos trouxe as diretrizes que devemos seguir nesse ano.

Seguimos com o tema de estudo “A sinodalidade na missão do MCC” e com o lema “Preservar a unidade do Espírito” (Ef 4,3), “seguindo a verdade em amor” (Ef 4,15), porém nesse ano a dimensão será o “Martírio: testemunho de fé, resposta e missão”.

O tema do martírio é muito interessante. Etimologicamente, mártir significa testemunho, e no contexto cristão, aquele que dá testemunho de Cristo. Por isso, quando se fala em martírio, a primeira coisa que talvez nos vem à mente são os santos, os mártires, aqueles que literalmente derramaram seu sangue por amor a Cristo. Esse é o chamado martírio vermelho. Porém, São João Paulo II, no livro “Estou nas Mãos de Deus”,

“Quando se fala em martírio, a primeira coisa que talvez nos venha à mente são os santos, os mártires, aqueles que literalmente derramaram seu sangue por amor a Cristo. Esse é o chamado martírio vermelho. Porém, São João Paulo II, no livro ‘Estou nas Mãos de Deus’, nos fala sobre o martírio branco, aquele sem derramamento de sangue. São os cristãos que pela fé aceitam tomar sua cruz de cada dia fazendo das dificuldades as oportunidades de comunhão com Cristo como caminho de santificação, incluindo atos de renúncias do nosso cotidiano”.

nos fala sobre o martírio branco, aquele sem derramamento de sangue. São os cristãos que pela fé aceitam tomar sua cruz de cada dia fazendo das dificuldades as oportunidades de comunhão com Cristo como caminho de santificação, incluindo atos de renúncias do nosso cotidiano.

O martírio, então, também se dá na missão com o outro, no doar-se, no agir fervorosamente, em aceitar com mansidão as dificuldades do dia a dia. Santo Agostinho complementa dizendo que “Não é o suplício que faz o mártir, mas a causa”, e que devemos abrir mão de nós mesmos por Cristo.

Dentro dessa dimensão, foram definidas duas metas para a nossa regional trabalhar no ano de 2023. São as seguintes:

1 – Oportunizar formação para jovens e adultos tendo em vista a dimensão do martírio a partir do roteiro de estudos para assembleias e escolas vivenciais, garantindo a formação de lideranças compro -

Vem aí...

Está sendo preparado o 97º Cursilho Masculino, de 18 a 21 de maio, no Santuário Nossa Senhora da Salette, em Palotina. Em seguida, no mesmo local, de 25 a 28 de maio, será realizado o 97º Cursilho Feminino. Shalom!

metidas, estruturando NCA/PCFs;

2 – Promover ações transformadoras em sinodalidade com a igreja.

Seguindo a mesma linha, no 25 de fevereiro de 2023 tivemos a nossa Assembleia Diocesana, na qual membros da coordenação do GER estiveram presentes trazendo para os cursilhistas, agora da nossa Diocese, essa mesma dimensão do Martírio. Foi um momento importantíssimo para que pudéssemos trazer para a realidade da nossa Diocese as linhas de trabalho propostas.

Assim foram definidas três metas para o GED Toledo trabalhar no ano de 2023, as quais seguem:

1 – Melhorar a ação do Pós-cursilho no diocesano e setores, com ênfase na acolhida e nos grupos, integrando ações com os filhos dos cursilhistas;

2 – Trabalhar a formação de Pré-cursilho, melhorando o método de como fazer o convite para o candidato, oportunizando meios de divulgação do MCC, em sinodalidade com a Igreja, divulgando também nas paróquias;

3 – Criar um Núcleo de Comunidade Ambiental relacionado a dependentes químicos e a ação com migrantes, com o intuito de promover informação e suporte a estes grupos.

Iluminados por essas temáticas e guiados por essas metas, somos chamados a exercitar nosso tripé: oração, estudo e ação para que, unidos e em unidade e sinodalidade com a Igreja, possamos viver nossos martírios diários com muita mansidão, sendo verdadeiras testemunhas de Cristo em nossos ambientes.

Rafael Hirata, Josiane Bucalão, Marcos Hawerroth e Giani Verdi Cursilhistas da Diocese de Toledo

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 Cursilho
Durante Assembleia, Grupo Executivo Diocesano promoveu as reflexões sobre tema, lema e dimensão para 2023
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O que podemos aprender com o testemunho vocacional de Pe. Aloysio André Kasper?

Pe. Aloysio André Kasper é sacerdote emérito da Diocese de Toledo no Paraná. Pe. André, como é conhecido popularmente, foi ordenado diácono no dia 20 de outubro de 1974, durante a Solenidade de Cristo Rei, na Catedral de Toledo, e presbítero no dia 1º de fevereiro de 1975, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória, em Quatro Pontes, por D. Armando Círio, primeiro bispo da Diocese.

Aponta que sua vocação nasceu na família e atesta ser ela o berço de cada vocação. Natural de São José do Hortêncio, município de São Sebastião do Caí (RS), em 1959 ingressou no Seminário São João Vianey, de Bom Princípio, pertencente à Arquidiocese de Porto Alegre (RS), para se preparar ao ingresso no curso Ginasial, que se dá em 1960 ao passar para o Seminário São José, de Gravataí (RS), no qual cursou o 1º ano ginasial.

Em 1961, a família se muda para Quatro Pontes, que naquele ano estava em transição para pertencer ao recém-criado município de Marechal Cândido Rondon. Pe. Monsenhor Ivo Lorscheiter, reitor do Seminário São José, de Gravataí, o apresentou a D. Armando, bispo da Diocese de Toledo, que o enviou à Curitiba para continuar seus estudos, tendo que refazer o primeiro ginasial visto que não tinha estudado Francês e Latim. Em 1967, dá início ao curso de Filosofia na Universidade Católica do Paraná, residindo no Seminário Maior Provincial Rainha dos Apóstolos. Porém, ao término do 3º ano de Filosofia, os bispos pedem que deem início ao curso de Teologia.

Diante desta exigência alguns seminaristas são enviados a outras casas formativas para cursar o 4º ano de Filosofia e iniciar a Teologia. André foi residir no Seminário São José Marello, dos Oblatos de São José, de Asti, no Bairro do Xaxim, na capital do Estado. Terminado o terceiro ano de Teologia em 1973, D. Armando solicita que volte a Cascavel para auxiliar como assistente junto ao seminário São José. Depois de

um ano retoma os estudos em Curitiba, terminando o processo formativo em 1974.

No dia 2 de fevereiro de 1975 inicia seu ministério presbiteral como vigário paroquial da Paróquia Cristo Rei, sendo pároco Pe. Raulino Cavaglieri. Em 1978, vivenciou o processo de criação das novas Dioceses: Cascavel e Foz do Iguaçu. Acompanhou ainda a construção do Seminário Maior Maria Mãe da Igreja, de Toledo, junto com uma comissão de leigos, entre eles, João Leonardi e Ivo Welter. Em 1º de novembro de 1978 assume como pároco a Paróquia São Pedro e São Paulo, da Vila Operária, na cidade de Toledo.

Além de pároco, desempenhou

muitos outros papéis na Diocese: a construção do Seminário Maria Mãe da Igreja, a adaptação da casa das irmãs de Quatro Pontes em Casa de Formação e, posteriormente, transformando-se no Seminário Cura d’Ars; administração da Cúria Diocesana, como ecônomo e chanceler; construção do Instituto São João Paulo II, tendo à frente o leigo Lino Pizzatto; a construção da Cúria Diocesana e a residência episcopal; a implantação da comunidade das Irmãs Vicentinas na Vila Boa Esperança, bairro de Toledo. Além de se emprenhar na dinamização das pastorais também acompanhou a edificação das igrejas nas comunidades da Paróquia São Pedro e São Paulo.

Pe. André, durante a entrevista, fala muito sobre a participação dos leigos na construção de nossa Diocese e sua importância para estruturação das comunidades e trabalho junto às paróquias. Demonstra boas lembranças deste tempo, principalmente em relação à Pastoral da Juventude, Catequese, Grupos de Famílias (...) e as antigas “diretorias” muito presentes nas comunidades. Junto com Ir. Verônica Sawtczuk, acompanhou a implantação da Pastoral da Criança na Diocese, a qual assessorou por muitos anos. Cita com muito carinho as vocações que

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Vocacional
Pe. André Kasper: 48 anos de sacerdócio Pe. André nos 25 anos da Pastoral da Criança (2011), Pastoral que ajudou a implantar na Diocese de Toledo

surgiram dos lugares onde passou: Pe. Laudemir da Rocha e Pe. David Fiametti (em memória).

Durante 17 anos, trabalhou como pároco da Paróquia São Pedro e São Paulo, posteriormente transferido como primeiro pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no município de Maripá, onde atuou por onze anos. Em fevereiro de 2006 foi empossado como pároco da Paróquia São Francisco de Assis, com sede no Jardim Coopagro, em Toledo, onde permaneceu por 15 anos até se tornar emérito em 16 de fevereiro de 2022.

Uma vida de total entrega e serviço à Igreja. Saiu de casa com 12 anos, quando iniciou seu processo de discernimento vocacional e formação.

Após os 75 anos, segundo o Direito Canônico, o presbítero deve deixar as atividades de pároco. Pe. André fez seu pedido de renúncia de pároco e vigário paroquial em 2021, que foi aceito. Pe. André diz que não se sente velho e nem inútil.

Ao olharmos o testemunho de vida dele, percebe-se em cada palavra um sentimento de gratidão e respeito pela pessoa humana em sua integridade. Uma vida de diálogo com ricos e pobres, mas todos tratados com igualdade.

Trabalho de diálogo ecumênico, pastoral, missionário, administrativo, e tantos outros pautaram a vida e os 48 anos onde atuou à frente de paróquias. Desde seu tempo de formação, junto com seu colega Mário Guizoni, OSJ, atuou na organização e na dinamização das Comunidades Eclesiais de Base, na Paróquia São Francisco de Assis, do Xaxim, em Curitiba, e por muitos anos integra a Ampliada Regional Sul 2 das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

“Uma vida de total entrega e serviço à Igreja. Saiu de casa com 12 anos, quando iniciou seu processo de discernimento vocacional e formação. Com seus 75 anos, Pe. André diz que não se sente velho e nem inútil. Ao olharmos o testemunho de vida dele, percebe-se em cada palavra um sentimento de gratidão e respeito pela pessoa humana em sua integridade. Uma vida de diálogo com ricos e pobres, mas todos tratados com igualdade”.

Minha história vocacional

Meu nome é Carlos Kauan de Oliveira Pereira, seminarista do Seminário Maior Maria Mãe da Igreja, estudante de Filosofia na etapa do Discipulado. Meu testemunho vocacional, sem dúvidas, deve muito à família e à presença das casas de formação junto da minha Paróquia de origem São Francisco de Assis, Jardim Coopagro, na cidade de Toledo.

Escrever sobre a história vocacional do Pe. André é ir ao encontro do meu próprio chamado e despertar vocacional. Desde que me lembro Pe. André esteve à frente da Paróquia São Francisco de Assis e sua presença sempre me chamou atenção. Venho de família católica atuante dentro da comunidade, sempre inserida no meio religioso e neste cenário nasceu e cresceu meu chamado ao olhar a figura do padre, como alguém capaz de doar a própria vida por amor a Deus e ao outro. Este caminho de reflexão se misturava ao ver, de um lado, os cabelos brancos do Pe. André, sinal de entrega e doação já vivenciada, e do outro, os seminaristas, jovens como eu que estavam em busca de assim fazê-lo também: doar a vida a Deus e aos irmãos.

Em meio às dúvidas o chamado de Deus se fez na alegria que ambos, os padres, religiosos e seminaristas, transmitiam ao falar e vivenciar as coisas de Deus. Nesta alegria, sinal do céu, o chamado se fez ecoar mais alto com uma típica frase do Pe. André: “Nosso time está maior do lado de lá que de cá. Precisamos de jovens. Precisamos de padres”. E a resposta foi uma frase dele também: “É no balançar da carroça que as abóboras se ajeitam”. Então, disse o sim e hoje trilho este caminho de discernimento, permitindo ser formado no balançar do caminho em vista do ministério ordenado.

Hoje, com seus quase 77, anos diz não conseguir ficar parado e ainda auxilia os colegas de sacerdócio quando solicitado. Repleto de amor por nossa Igreja, lembra dos nossos bispos: D. Armando Círio, D. Geraldo Majella Agnelo, D. Lúcio Ignácio Baumgaertner, D. Anuar Battisti, D. Francisco Bach e D. João Carlos Seneme e demais colegas de presbitério, os quais também transmitem o amor de seu sacerdócio em serviço e encontro dos mais pobres e necessitados.

As mãos estão marcadas pelo trabalho na edificação das comunidades e de nossa Diocese, o rosto traz as marcas do tempo de uma vida doada a Deus, nos

olhos um brilho daquela criança de 12 anos que saiu de casa para doar sua vida a Deus e aos irmãos, no coração a certeza de ter vivido com máximo empenho seu lema de ordenação: “Que todos sejam um... Eles sejam um em nós” (cf. Jo 17,21-26).

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Vocacional
Posse do Pe. André, em 1978, na Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo)

Bullying é coisa séria! Combatê-lo é uma forma de valorização da vida

O bullying consiste na ação de agredir ou humilhar alguém de maneira repetida ao longo do tempo. Insultar, espalhar boatos, ferir física ou psicologicamente e ignorar alguém também são situações de bullying entre pares. Pode ocorrer pessoalmente, por escrito, na escola, no bairro, em algum meio de transporte ou em outros espaços de convivência entre estudantes, como por exemplo, as redes sociais (Cartilha Cartoon Network). Essas formas de violência precisam ser combatidas em qualquer ambiente, pois sofrer ou praticar bullying é coisa séria. Assim, é com seriedade que o Colégio La Salle em parceria com o Programa Socioemocional Pleno, habilita seus estudantes a valorizarem a vida, bem como compreender o que é uma brincadeira, um conflito e o que é bullying

Colégio investe no diálogo e orientações aos estudantes

utilizadas por eles para um posicionamento”, pondera.

O Colégio La Salle acredita que o conhecimento transforma a vida e o mundo, por isso, a informação e a sensibilização dos seus estudantes fazem parte do seu Projeto Educacional. “Nós precisamos ter a compreensão de que estamos colaborando com a formação de indivíduos que influenciam e atuam em sociedade. A vida escolar é uma vida social e, quando nós temos essa percepção aguçada, observamos o contexto escolar, compreendemos necessidades e, sobretudo as áreas que precisam ser trabalhadas”, explica a coordenadora do Ensino Fundamental, séries iniciais, Anna Sampaio.

A informação é uma ferramenta muito importante no combate ao bullying. Saber identificá-lo é um dos caminhos. “Trabalhamos com nossos estudantes, situações que permitem entender quando estão vivenciando uma brincadeira, um conflito ou

bullying. Eles aprendem a identificar que brincadeira é quando as duas partes se divertem. É recíproco! O conflito é pontual. Pode ou não ser violento. As duas partes se sentem sofrendo algum tipo de injustiça. Já, o bullying é intencional, repetitivo e violento, seja psicológico ou físico. Geralmente, ocorre entre pares, mas pode ultrapassar o espaço da escola. Só uma das partes se sente beneficiada”, completa.

Anna Sampaio explica que silenciar diante de uma violência, seja física ou psicológica, também é uma forma de violência. “Estamos inseridos em uma sociedade, que culturalmente nos ensina a ‘não meter o nariz onde não fomos chamados’ - mas não percebemos que em muitos contextos o não fazer nada e apenas assistir, nos coloca numa posição de cúmplices. Existe uma frase de Martin Luther King, que eu, particularmente gosto muito, que diz: o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Nós temos ensinado os nossos alunos quais são os caminhos e quais são as estratégias que podem ser

A coordenadora destaca que o bullying, não é o único tema que está sendo trabalhado pelos Lassalistas. “Este ano, também estamos exercitando a importância do autocuidado, do cuidado e responsabilidade do indivíduo com o coletivo. Estamos promovendo dinâmicas, palestras e projetos que possibilitam essa discussão e a construção do pensamento que é preciso valorizar o outro, respeitar o outro e me estabelecer também como indivíduo”, informa.

O diretor do Colégio La Salle Toledo, Irmão e Psicólogo, André Müller, lembra que nesta tarefa, o Colégio trabalha em parceria com o Programa Socioemocional Pleno. “É um programa que aborda questões socioemocionais e foi inserido na nossa proposta didática em 2022. Pelo segundo ano consecutivo, nós trabalhamos com este material, que organiza questões da vida quotidiana e permite a reflexão socioemocional dos nossos estudantes e da equipe pedagógica diante dos variados contextos da vida comunitária”, afirma.

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Programa escolar permite a reflexão dos estudantes

Municípios estão de olho na revisão do Anexo C da Itaipu

No dia 26 deste mês de abril, comemora-se os 50 anos de um dos documentos históricos da geração de energia elétrica do País que ajudou a sustentar municípios da Região Oeste do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul. É o Tratado assinado pelo Brasil e Paraguai que definiu as bases para o funcionamento, operação e divisas da Itaipu Binacional.

O documento é o acordo diplomático que deu origem à empresa binacional, permitindo a utilização da área com potencial hídrico para a geração de energia elétrica aos dois países. No contexto deste Jubileu de Ouro, Brasil e Paraguai iniciarão uma série de negociações para a revisão de seu Anexo C. Com a quitação da dívida contraída para a construção da Usina, está aberto caminho para a renegociação do documento que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da Usina. As negociações vão envolver os governos

do Brasil e do Paraguai e devem começar em agosto deste ano.

Esse é um montante considerável e os municípios sabem disso. O pagamento de royalties também é definido por esse mesmo documento, pois vários cálculos, inclusive do custo da energia, devem ser refeitos. No Paraná, são 15 municípios lindeiros beneficiados com os royalties, que devem continuar recebendo: Santa Helena, Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Diamante

Incentivo à leitura conta com parceiros

Ampliar a oferta e facilitar o acesso da população aos livros. Essa é uma iniciativa que está sendo desenvolvida na cidade de Palotina, por meio de parceria da Secretaria Municipal de Educação e Cultura com o Serviço Social do Comércio (Sesc). Para isso acontecer está sendo disponibilizada quinzenalmente a Unidade Móvel do projeto BiblioSesc. O roteiro da unidade móvel será cumprido até novembro deste ano.

Essa é mais uma aposta nas transformações positivas que a leitura é capaz de proporcionar ao cidadão.

Uma pessoa que lê, tem mais condições de desenvolver a interpretação e com isso compreender o contexto de um discurso, dissertação ou narração, fundamentais no processo de ensino.

do Oeste, Entre Rios do Oeste, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Medianeira, Mercedes, Missal, Pato Bragado, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Terra Roxa. Os royalties são pagos pelo aproveitamento hidráulico do Rio Paraná para a geração de energia. Somente em 2022, o município de Guaíra recebeu R$ 46 milhões. Marechal Cândido Rondon ficou com quase R$ 30 milhões no decorrer do ano passado. Com a quitação da dívida de construção da Usina, calcula-se que cerca de US$ 2 bilhões sejam acrescidos à receita da hidrelétrica e o interesse na partilha desses recursos entre os países sócios da Usina é bastante grande.

Esse dinheiro dos royalties que entram nos cofres dos municípios aliviam a pressão econômico-financeira e favorecem o desenvolvimento de áreas como educação, saúde, agronegócio, turismo e comércio.

São destinatárias deste projeto as crianças que frequentam a rede municipal de ensino e suas respectivas famílias. Com a oferta de títulos de gêneros literários distintos, a meta é criar o hábito da leitura dentro e fora da escola.

A unidade móvel é mais uma iniciativa de incentivo à leitura que se encontra em Palotina. A cidade já tem o Grupo Permanente de Incentivo à Leitura que recentemente avaliou algumas atividades que devem ser realizadas nas instituições de ensino do município ao longo deste ano de 2023.

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Tratado passará por revisão e negociações interessam municípios da região Biblioteca móvel é uma das proposta para estimular o hábito da leitura Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

Embrapa avalia projetos e soluções de inovação para o agro na região

Uma visita técnica realizada por representantes do Biopark Educação à unidade da Embrapa Suínos e Aves em Concórdia (SC) estreitou a parceria e as discussões em torno da geração de soluções com foco na cadeia produtiva. A intenção foi apresentar o Ecossistema do Parque Tecnológico e estabelecer uma sinergia visando a criação de projetos para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras aplicáveis ao agro brasileiro, em especial para o Oeste do Paraná.

Na ocasião, foi realizado um seminário para cerca de 40 pesquisadores da Embrapa com apresentação de todas as oportunidades existentes no Biopark. Dentre as áreas discutidas estão as de produtos biológicos, climatização e ambientação dos animais, além de reuniões no âmbito de biocombustível, novos produtos do ramo nutricional e novas embalagens que beneficiam o produto.

A visita contribuiu tanto para que a equipe local da Embrapa compreendesse o que é o Biopark e o potencial do ecossistema, quanto para que o Biopark entendesse o processo de pesquisa da Instituição, além de conhecer a infraestrutura do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves. “Nossa expectativa é desenvolver pesquisa em

linhas convergentes e que gerem valor para o mercado produtivo”, comenta o diretor do Biopark Educação, Paulo Rocha.

O chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Luis Krabbe, salientou que a parceria é importante pela localização do Biopark na região, que é forte em produção de proteínas de origem animal. “Queremos colocar em prática

Palotina adere ao Programa Mais Pecuária

A produção pecuária na região de Palotina deve ser incrementada com a adoção do Programa Mais Pecuária Brasil pela Secretaria do Agronegócio e Meio Ambiente do município de Palotina. Por meio do programa, o investimento segue a linha da melhoria genética do plantel a partir da oferta de doses de sêmen para o rebanho, sem nenhum custo ao produtor rural. O município tem cerca de 8 mil cabeças de gado, para corte e produção leiteira.

Melhoramento genético é um dos elementos em busca de produtividade

O programa será uma aposta para melhorar os índices de produtividade dos estabelecimentos rurais, bem como

a nossa missão de desenvolver soluções para o agro brasileiro” comenta.

O próximo passo é avaliar todos os resultados gerados no encontro. “A partir de agora vamos definir as linhas de pesquisa que vamos avançar com a Embrapa e as empresas do nicho em nosso Ecossistema. Outras reuniões ainda devem acontecer neste ano”, finaliza Paulo Rocha.

a produção geral. A meta é que o serviço de melhoramento genético, que passa pela inseminação artificial do gado, seja conduzido por técnicos qualificados. Para incluir seu rebanho no programa, é necessário que o pecuarista faça seu cadastro na secretaria. De acordo com o relatório consolidado, gado de corte e leite, garrotes, silagem de milho e sorgo, leite, feno e bezerras representam 3,2% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do município.

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Divulgação
Visita técnica estreitou a parceria de pesquisa e desenvolvimento de soluções que gerem valor para o mercado produtivo

Sicredi Progresso lança 2ª edição da Campanha Aplicação Premiada

A Sicredi Progresso PR/SP lançou no dia 01 de março, a 2ª edição da Campanha de Aplicação Premiada. A promoção sorteará 1 Chevrolet Tracker 0 km, 1 Honda HR-V 0 km, e 22 prêmios de R$ 10 mil*. Serão entregues mais de R$ 490 mil em prêmios.

Os associados podem participar investindo em Depósito a Prazo ou Capital Social, até o final do mês de agosto. Assim como a última edição, a Campanha busca o incremento dos recursos financeiros nessas duas modalidades de investimentos, evidenciando a solidez da Cooperativa.

Ano passado, a Campanha entregou prêmios em dinheiro e também um Jeep Compass. O sorteado foi Michel Carletto Zanette, da Agência Barão em Toledo/PR. Há 8 anos associado do Sicredi, ele investiu e levou o carro 0 km para casa. Ao total, 30 associados foram contemplados.

A Diretora de Negócios, Carina Vargas, reforça os objetivos da promoção e convida aos associados para investirem no Sicredi. “A segunda edição da nossa Promoção de Aplicação Premiada foi lançada. Com ela, nosso associado pode investir seus recursos e ainda concorrer a muitos prêmios. Fica meu convite para que busquem mais informações nas agências com seus gerentes de conta, ou

Promoção entregará 2 carros 0 km e 22 prêmios em dinheiro

através do site da promoção e que façam suas aplicações. Tem muitos prêmios esperando por vocês”.

A campanha possui um hotsite exclusivo https://www.sicredi.com. br/promocao/aplicacaopremiada, onde pode ser consultado o regulamento completo, os contemplados nos sorteios e ainda conferência dos números eletrônicos.

COMO PARTICIPAR

Podem participar associados ativos, pessoas físicas e jurídicas, primeiros titulares da conta corrente, atuais e futuros. Associado Pessoa Física concorre aplicando R$ 100,00 em Capital Social ou a cada R$ 500,00 aplicados Depósito a prazo. Já a Pessoa Jurídica concorre aplicando R$ 100,00 em Capital Social ou a cada R$ 1.000,00 aplicados Depósito a prazo. Cada aplicação feita gera um número da sorte. Depósitos com carência acima de 90 dias, em ambas as modalidades, geram dois números eletrônicos.

a garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento pelo investidor ao aplicar os seus recursos. Seguros e Previdência Privada Intermediados por Corretora de Seguros Sicredi Ltda., CNPJ 04.026.752/0001-82, registro SUSEP n° 10.0412376. Os planos em PGBL e VGBL são administrados pelo Banco Cooperativo Sicredi S.A., CNPJ 01.181.521/0001-55. Produtos de Crédito: a disponibilidade está condicionada à análise de crédito do associado. Este produto/ serviço pode não estar disponível para associados conta Woop Sicredi. Contate o atendimento no seu app para maiores informações. Promoção válida durante o período de 01/03/2023 a 31/08/2023, para os associados da cooperativa Sicredi Progresso PR/SP. Consulte o regulamento completo da promoção e condições de contratação nas unidades de atendimento participantes e no site sicredi.com.br/promocoes. Imagens meramente ilustrativas. SAC - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria - 0800 646 2519.

Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 65 Ano XXVII - nº 290 - Abril de 2023 65 INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO
*Os prêmios serão pagos via Recibo de Depósito Cooperativo (RDC) Sicredi. Fundos de investimento não contam com

Campanha estadual criada por mulheres estimula denúncias de violência

A violência contra a mulher ainda é um assunto delicado, em que muitas se recusam a relatar o ocorrido ou têm dificuldades em perceber que são vítimas. Para mudar este cenário e garantir a proteção efetiva das mulheres, o Governo do Estado lançou uma nova campanha educativa criada totalmente por mulheres que estimula o registro das denúncias pelas vítimas e testemunhas.

A partir de cenas dramatizadas que infelizmente são um retrato da realidade comum em muitos lares, o material aborda o ciclo vicioso de violência vivido pela maioria das vítimas. Nas situações mostradas, o agressor, que acha que é uma espécie de controlador da vida da mulher, usa xingamentos, gritos e agressões em situações comuns. Na sequência, demostra arrependimento, momento em que o ciclo se reinicia. Na maioria dos casos, os crimes são cometidos pelos próprios companheiros ou ex-companheiros, mas também podem partir de filhos, pais, parentes próximos, cuidadores e até mesmo vizinhos. Acontece em casa, no trabalho, na vida social e na rua.

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 4.600 casos de violência doméstica contra a mulher são registrados por mês no Paraná. Em todo o Estado, mais de 30 mil mulheres receberam medidas protetivas de urgência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) em 2022.

Estimativas apontam que, nos casos mais graves de agressão, 45% das vítimas acabam não tomando qualquer atitude. Entre as que procuram ajuda, 22% recorrem aos familiares, 13% aos amigos, 12% realizam denúncias na delegacia da mulher e 7% em delegacias comuns. Por fim, 7% acionaram a Polícia Militar pelo

telefone 190 e apenas 2% ligaram para a Central de Atendimento à Mulher no número 180.

Uma cartilha mais detalhada elaborada pelo Estado sobre o assunto também explica os diferentes tipos de agressão. Além da física uma das mais comuns e fácil de detectar, as mulheres podem sofrer violência psicológica, quando há dano emocional por meio de ameaças, humilhações, chantagem e constrangimento; sexual, com relações forçadas por meio de ameaça ou força; patrimoniais, quando o criminoso retém, furta ou destrói bens de uso pessoal da vítima; ou morais, como falsas acusações ou o vazamento de fotos íntimas, podendo ocorrer inclusive pela internet.

Mesmo em situações em que as agressões não são testemunhadas, alguns sinais podem ajudar a identificar potenciais vítimas. Entre eles, estão hematomas, queimaduras, contusões e fraturas, relatos frequentes de acidentes ou de dores, isolamento da mulher, mudanças frequentes de emprego ou de en -

As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelas vítimas ou testemunhas pelo telefone 181. Caso um crime tenha acontecido ou esteja prestes a acontecer, o recomendado é acionar a Polícia Militar pelo número 190. A vítima pode registrar um boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil ou, caso não possa à delegacia, o registro pode ser feito online pelo site policiacivil.pr.gov.br/BO.

Entre as medidas que podem ser aplicadas contra o agressor, estão o afastamento do lar, com proibição de chegar perto ou manter contato com a vítima, familiares e testemunhas, a restrição ou suspensão de visitas aos filhos e a suspensão do porte de armas. Em casos de necessidade, pode ser determinada até mesmo a prisão preventiva do agressor.

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dereço, além de distúrbios como depressão, transtornos alimentares e uso de álcool e drogas.
Como agir Reprodução Youtube-Governo do Paraná

Estudantes de Toledo são finalistas na maior feira nacional de ciências e engenharia

Dois estudantes do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, da cidade de Toledo, tiveram seus trabalhos escolares como finalistas na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior deste setor no Brasil, promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Alisson Rodrigo Klauck apresentou sua pesquisa “Uma alternativa no controle da antracnose na produção do tomate”, e Gabrieli Monique Campos desenvolveu o trabalho “Avaliação do efeito do biofilme comestível à base de plânctons e/ou diferentes amidos na conservação de vegetais in natura”.

Alisson e Gabrieli foram orientados por Dionéia Schauren, agente educa-

cional responsável por diversos projetos científicos premiados que foram

desenvolvidos no colégio. Os jovens estudantes fazem parte do grupo criado em 2014 para incentivar atividades práticas de pesquisa científica. Membros do Clube de Ciências já obtiveram medalhas, premiações ou participaram de feiras e eventos como a Regeneron ISEF 2021, maior feira internacional de Ciências e Engenharia dos EUA; o Programa Jovens Embaixadores 2021 (da Embaixada dos EUA); o London International Youth Science Forum (LIYSF) 2021; o Prêmio Respostas para o Amanhã 2021 (Solve for Tomorrow, da Samsung), entre outros.

Rodovias da região estão na lista de investimentos

Rodovias que ligam Marechal Cândido Rondon a Pato Bragado e Entre Rios do Oeste e Quatro Pontes a Toledo, passando por Novo Sarandi e Vila Nova, estão inclusas num pacote de investimentos na recuperação das condições de trafegabilidade que foram contratados pelo Governo do Estado. As ligações de Palotina a Terra Roxa, de Toledo a Santa Helena, passando por Ouro Verde do Oeste e São José das Palmeiras, e de Assis Chateaubriand a Formosa do Oeste também fazem parte da contratação feita pelo Estado.

No total, são 24 rodovias na região que receberão serviços rotineiros, como remendos profundos e superficiais, selagem de trinca, fresagem, reperfilagem,

melhorias no sistema de drenagem e na sinalização horizontal, entre outros. Ao todo são mais de R$ 60 milhões em investimentos em obras de conservação que integram o Proconserva, programa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) em dois contratos, com a nomenclatura de Lote B e Lote C, ambos sob responsabilidade da Superintendência Regional Oeste do DER/PR.

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Fotos: SEED
Conservação de rodovias: uma necessidade para usuários Lote B de investimentos na região Gabrieli Monique Campos desenvolveu o projeto “Avaliação do efeito do biofilme comestível à base de plânctons e/ ou diferentes amidos na conservação de vegetais in natura” Fotos: DER/PR Alisson Rodrigo Klauck desenvolveu o projeto “Uma alternativa no controle da antracnose na produção do tomate”

Municípios seguem no debate sobre restrições do uso de fogos de artifício

Seguindo a decisão de vários municípios brasileiros, a Câmara de Vereadores de Marechal

Cândido Rondon aprovou a proibição do manuseio e uso de fogos de artifício de estampido e artefatos pirotécnicos de alto impacto sonoro. Além do uso, a legislação aprovada e encaminhada para sanção do Executivo, proíbe a fabricação e o comércio no âmbito do Município deste tipo de produto. A justificativa do projeto é proteger saúde de crianças, idosos e animais.

O relator da matéria na Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, vereador Pedro Rauber, considerou os argumentos do autor do projeto, vereador Rafael Heinrich. Na justificativa, salientou que “a queima de fogos de artifícios tradicionais, de uso comum nas festividades de final de ano são desconfortáveis para aproximadamente 80% das crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA), pois elas processam os estímulos do ambiente com maior intensidade, compensando este incômodo no comportamento, com maior agitação, medo, crises de choro, agressividade, não aceitando ser tocados, além de não aceitarem a aproximação de pessoas”. “Nos bebês, o barulho do estopim provoca grande impacto, com riscos sérios para a audição, podendo causar perda auditiva severa uni ou bilateral temporária ou irreversível. No entanto, a maioria dos pais não sabem dos riscos dos fogos para o sistema auditivo dos bebês e

crianças”, acrescenta o relatório. Quem descumprir a norma estará sujeito a apreensão dos artefatos, além de multas para pessoas físicas ou jurídicas, que vão desde 1 salário mínimo a até 10% do faturamento bruto do último exercício fiscal ou estimativa desse, em sua ausência (considerando pessoa jurídica). Em caso de reincidência, a multa será dobrada. A proibição se aplica a recintos fechados e ambientes abertos, em áreas públicas ou locais privados.

O texto aprovado determina que a fiscalização da Lei é de competência dos órgãos da Administração Municipal e das forças policiais, nas datas e pontos de uso habitual de fogos, e ainda, nos casos de denúncia por qualquer cidadão.

Em Toledo, legislação semelhante causou grande movimentação da sociedade civil organizada, por meio de entidades representativas do co-

mércio e dos direitos das pessoas com deficiência e dos animais. Para instruir a lei, houve o chamamento de audiência pública e debates acalorados na aprovação da matéria de autoria da vereadora Olinda Fiorentin. Em 2019, por não haver manifestação do Executivo, a legislação foi promulgada pela Câmara. Alguns meses depois, ela passou por modificação, compreendido seu caráter amplamente restritivo. Com o período pandêmico de covid-19, a discussão ficou adormecida, mas voltou ao debate em 2022 quando o Poder Executivo emitiu decreto regulamentando a legislação e disciplinando a “intensidade de pressão sonora permitida”, contemplando inclusive festividades oficiais do município como a queima de fogos na virada de ano. Ficou pacificado que o limite de intensidade sonora é no limiar de 120 decibéis ou nível de ruído de pressão sonora contínuo equivalente.

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Queima de fogos continua tomando conta do debate na sociedade

Sicoob Meridional comemora 20 anos e lança campanha de prêmios

O Sicoob Meridional comemora seus 20 anos de fundação em 2023. Para celebrar junto aos mais de 75 mil cooperados, foi lançada a campanha “20 anos Sicoob Meridional”. São mais de R$ 800 mil em prêmios, entre eles: 50 vales-poupança no valor de R$ 5 mil cada, 20 televisores, 20 iPhones 13, 10 notebooks, 10 motos Honda Biz 0km e dois automóveis Fiat Toro 0km.

Podem participar da campanha todos os cooperados das agências do Sicoob Meridional localizadas nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, que realizarem investimentos em cota capital, poupança ou RDC, entre os dias 15 de fevereiro a 29 de dezembro de 2023. Ao todo serão 10 sorteios, realizados pela Loteria Federal, com o primeiro no dia 8 de abril. Serão 11 prêmios mensais e um total de 112.

A presidente do Conselho de Administração do Sicoob Meridional, Solange Pinzon de Carvalho Martins, ressalta que a comemoração de 20 anos é muito importante, pois representa o benefício que a cooperativa proporcionou não só

para os cooperados, mas também para as comunidades, levando justiça financeira e atendimento humanizado. “Como exemplo, somente em 2022, o valor adicionado aos nossos cooperados foi de R$ 110 milhões. Hoje, somos uma realidade graças a união de alguns empresários que em 2003 acreditaram na proposta da cooperativa”, disse.

A presidente lembra ainda que atualmente o Sicoob Meridional possui R$ 1,5 bilhão de ativos e, nos últimos 15 anos, a cada três anos, a cooperativa dobrou de volume. “Para comemorar todo esse crescimento trazemos aos nossos cooperados uma grande campanha com mais de R$ 800 mil em prêmios”. Para mais informações sobrea campanha: www.sicoob.com.br/web/ sicoobmeridional/20anossicoobmeridional#sorteio

Solange lança campanha do Sicoob

Uso nocivo de álcool entre mulheres cresce anualmente 4,25% em 10 anos

A cada hora cerca de duas mulheres morreram em razão do uso nocivo de álcool em 2020. Ao todo, 15.490 brasileiras perderam a vida por motivos atribuídos ao álcool naquele ano. A faixa etária mais afetada foi a das mulheres de 55 anos e mais (70,9%), seguida por 35 a 54 anos (19,3%), 18 a 34 anos (7,3%) e de 0 a 17 anos (2,5%). Os dados fazem parte de estudo inédito, divulgado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).

Segundo o levantamento, as principais causas desses óbitos foram doença cardíaca hipertensiva (15,5%), cirrose hepática (10,4%), doenças respiratórias inferiores (8,7%) e câncer colorretal (7,3%).

O consumo abusivo de álcool pelas brasileiras aumentou 4,25% anualmente, de 2010 a 2020. A tendência foi registrada em 12 capitais e no Distrito Federal. Os maiores aumentos no consumo foram verificados em Curitiba (8,03%), São Paulo (7,34%) e Goiânia (6,72%). O levantamento é realizado pelo Cisa, com dados do Datusus 2021.

Por consumo abusivo considera-se a ingestão de quatro ou mais doses, para mulheres, ou de cinco ou mais doses, para homens, em um mesmo dia. O aumento mais significativo foi observado entre mulheres, passando de 7,8% em 2006 para 16% em 2020. O centro considera que uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro. Isso corresponde a 350 ml de cerveja (5% de álcool), 150ml de vinho (12% de álcool) ou 45ml de destilado (como vodca, cachaça e tequila, com aproximadamente 40% de álcool).

De acordo com a Organização Mun-

dial da Saúde (OMS), o consumo de álcool pode causar mais de 200 doenças e lesões. Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças graves como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito. Em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes.

CONSUMO ABUSIVO

Os perigos do consumo nocivo de bebidas alcoólicas afetam, de formas diferentes, homens e mulheres. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Alessandra Diehl, as mulheres têm predisposição a ter adoecimento clínico e psíquico mais rápido do que os homens. “Uma das questões aí é a vulnerabilidade biológica”, disse, em entrevista à Agência Brasil. A psiquiatra explicou que as mulheres têm menor concentração de enzimas que fazem a metabolização do álcool,

(Heloisa Cristaldo e Alana Gandra, da Agência Brasil)

o que faz com que ele seja mais tóxico para o organismo feminino do que para o masculino. Segundo Alessandra, as mulheres, às vezes, com menos tempo de uso crônico de álcool que os homens, já apresentam mais prejuízos para a saúde, como hepatite, cirrose e envelhecimento.

Para a socióloga Mariana Thibes, coordenadora do Cisa, o aumento no consumo de bebida alcóolica tem um componente cultural. “As mulheres estão bebendo mais e isso é uma mudança cultural importante que foi acontecendo ao longo da última década. Provavelmente tem a ver com a maior presença delas no mercado de trabalho, acho que esse é o fator mais importante. A mulher está nos mesmos espaços que os homens, então ela sai para um happy hour com os colegas homens e por que ela vai consumir menos álcool?”, questionou.

Segundo Mariana, o acúmulo das jornadas também é relevante para o aumento do consumo abusivo de álcool entre as mulheres. “O acúmulo de trabalho dentro de casa, fora de casa, cuidar dos filhos, da profissão, do trabalho doméstico. Esse aumento das pressões acaba levando muitas mulheres a procurar no álcool uma espécie de recurso para relaxar. No período da pandemia, vimos a hashtag #winemom viralizar, com muitas mães postando fotos com taça de vinho no fim do dia, como uma espécie de recompensa depois daquele dia duro de acúmulo de jornada. Esse estresse que as mulheres passaram a sofrer nos últimos anos também pode ajudar a explicar o aumento do consumo abusivo de álcool”, afirmou.

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Público feminino precisa de atenção para evitar o alcoolismo

Dengue está em alta e pode causar problemas oculares

As chuvas provocaram diversos problemas. Além de tragédias como a do litoral norte de São Paulo, elas propiciam a reprodução do mosquito da dengue. Por isso, o aumento dos casos de dengue deve se manter até abril de 2023, dizem especialistas.

No último relatório da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em janeiro de 2023, o ano de 2022 foi o terceiro com o maior número de casos de dengue, superado apenas pelos anos de 2016 e 2019.

Com a previsão de um final de verão com muita chuva é preciso ficar atento aos sintomas, que podem ser parecidos com o vírus Sars-CoV.

PROBLEMAS OFTALMOLÓGICOS DA DENGUE

Segundo a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, a dengue pode provocar sintomas oftalmológicos pouco conhecidos da população em geral. “As manifestações oculares da dengue estão presentes em cerca de 10% dos casos. Por não serem tão prevalentes, podem passar despercebidos pelos pacientes e até mesmo pelos profissionais da saúde. Além disso, algumas condições podem aparecer tardiamente, ou seja, depois da fase aguda da dengue”, afirma.

Hemorragias podem ocorrer em regiões sensíveis para a visão, como a retina

Uma das causas de problemas oculares é queda do número de plaquetas que pode resultar em hemorragias. Estas podem ocorrer na conjuntiva ou ainda na região intraocular, como a retina, vítreo e coroide. “Um pouco mais comum, a inflamação do nervo óptico é responsável pela dor ocular, típica da dengue. Essa condição é chamada de neurite óptica”, explica Dra. Maria Beatriz.

ALÉM DA DOR

Além da dor, a neurite óptica pode causar dificuldades para enxergar, para distinguir cores e distância. A maioria dos casos tende a melhorar juntamente em algumas semanas. A hemorragia na conjuntiva não é grave e desaparece em algumas semanas, sem necessidade de tratamento.

O que preocupa são as hemorragias que ocorrem na parte posterior do olho, especialmente àquelas que atingem a retina e o vítreo. As manifestações de hemorragias na parte posterior do olho (retina e vítreo) podem variar. Entre as principais estão: flashes de luz, manchas escuras na visão, aumento importante das ‘moscas volantes’ (pontinhos pretos que se deslocam com os movimentos oculares), distorção do campo visual, perda visual repentina ou que aumenta com o passar das horas, sombras, embaçamento visual, visão avermelhada (a pessoa vê as imagens em tons mais avermelhados).

Apesar da dengue clássica ser mais branda que a dengue hemorrágica, sempre é importante consultar um oftalmologista levando em conta que a dengue pode afetar a visão. “A avaliação oftalmológica deve ser feita na primeira semana após o diagnóstico para prevenir a evolução das condições mais graves, principalmente àquelas que podem resultar das hemorragias na parte de trás dos olhos”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

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Exames devem ser feitos por médico oftalmologista Cuidados com a dengue devem ser constantes

Felicidades ao senhor Beno Baldoino Schneider, da Paróquia São Cristóvão (Toledo), que no último dia 1º/03 comemorou mais um ano de vida

Catequizandos que realizam sua caminhada de fé na Paróquia Cristo Rei (Entre Rios do Oeste). Outros mais chegaram neste ano de 2023 para os encontros de Catequese - Foto: Rafael Sturm

Aniversariantes de março, da Paróquia São Cristóvão (Toledo), Rone André Schneider (13) e Márcia Tomaz Schneider (15), recebendo homenagem de familiares e amigos. Parabéns!

Júlia Dries de Oliveira, da Paróquia Menino Deus (Toledo) é coroinha e comemorou 10 anos (14/03), com homenagem dos tios Ana e Paulo, e dos primos Jéssica, Gabriel e Helena

Equipe do Ano Vocacional preparada para participação na celebração realizada durante o Retiro Diocesano para Adolescentes no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II

A família Benassi parabeniza a matriarca Claudina Benassi pela passagem do seu aniversário (29/03), data em que completou seus 87 anos de vida. Parabéns e que venham muitos anos pela frente. Hoje a nossa palavra é: gratidão!

Formação e Espiritualidade para Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC) das Paróquias São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) e Cristo Rei (Entre Rios do Oeste). O encontro foi realizado no dia 26 de fevereiro, em Pato Bragado e contou com a assessoria do Pe. Milton Wermann

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Luau do Setor Juventude

Pela animação dos participantes, a 1ª edição do Luau do Setor Juventude, da Diocese de Toledo, agradou na sua programação realizada no Seminário Santa Mônica, dos Freis Agostinianos, na cidade de Toledo. Os participantes envolveram-se nas canções, com muita alegria e descontração, mas também tiveram momentos fortes de oração, especialmente com a adoração ao Santíssimo Sacramento. Quem venha o próximo Luau! – Fotos: Regiane Zanutto

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Caminhada Quaresmal

A Paróquia São Luiz Gonzaga, de Pato Bragado, realizou sua caminhada Quaresmal, ressoando a oração da Quarta-feira de Cinzas: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Na ocasião, convidou os fiéis à reflexão do tema da Campanha da Fraternidade – “Fraternidade e Fome”, e o imperativo: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. A partir de agora, é a vivência do Tempo Pascal que anima a fé.

30 anos de sacerdócio

Pe. Sérgio Augusto Rodrigues celebrou com a comunidade da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Marechal Cândido Rondon), onde é pároco, duas datas importantes na sua vida: seu aniversário de nascimento e 30 anos de sacerdócio – Fotos: Oficina da Foto

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Apostolado da Oração

As coordenações paroquiais do Apostolado da Oração estiveram reunidas para o acompanhamento das ações programadas para o ano de 2023, bem como perceberam a realidade atenta das necessidades vocacionais da Diocese de Toledo. Entre partilha, muito diálogo e orações.

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A Paróquia São Cristóvão (Toledo) celebrou a Eucaristia com o rito de eleição dos catecúmenos, que são aqueles que realizam sua caminhada na Catequese de Adultos em vista dos Sacramentos da Iniciação Cristã. Acompanhados de seus catequistas, eles exibem a Revista Cristo Rei – A Revista da Comunidade Católica

Andressa e Jéssika Aline, integrantes da Pastoral do Batismo na Paróquia Maria Mãe da Igreja, em Marechal Cândido Rondon, durante encontro de preparação de pais e padrinhos

Visita na Revista Cristo Rei: recebemos em nossa redação o pároco da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina), Pe. Manoel de Pierre Primo, e as catequistas Vera Trentini e Neiva. Dentre os compromissos na Cúria Diocesana, sobrou um tempinho para conhecer nossas instalações.

Time de Seminaristas que conduziu a reflexão da Animação Bíblicocatequética da Diocese de Toledo – “A missão do catequista como animador vocacional”, realizada no Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo (12/03)

Catequese de Adultos

Participantes do Retiro Diocesano para Adolescentes no Centro de Formação –Instituto São João Paulo II, realizado no contexto do Ano Vocacional

A Diocese de Toledo, por meio de suas paróquias, acolhe as pessoas que buscam os Sacramentos. Aos adultos, é oferecida a Catequese de Inspiração Catecumenal, por meio da qual eles são acompanhados em etapas formativas com temas específicos do cristianismo e do catolicismo. Na Paróquia Sagrada Família, da cidade de Toledo, um grupo de catequizandos adultos vivenciou os Escrutínios, que fazem parte do Ritual de Iniciação à Vida Cristã, cujo objetivo é contribuir com o progresso no conhecimento da fé. Na foto, os participantes do 2º Escrutínio celebrado no 4º Domingo da Quaresma.

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Animando os jovens em Formosa do Oeste

Para animar a juventude de Formosa do Oeste, o Grupo de Jovens Unidos em Cristo (JUC), da Paróquia Santo Antônio, fez a turma por a mão na massa literalmente. Com o objetivo de envolver o pessoal nos serviços comunitários, muitos foram para a cozinha preparar as massas da Feira do Pastel, que contou com um show ao vivo da dupla Gabriel Ramos e Luciano. A feira também teve a finalidade de arrecadar recursos para manutenção do grupo na realização de eventos ao longo do ano.

Neste dia 4/04, cumprimentos aos Pe. Antonio Carlos Pereira da Silva (Pe. Toninho), pároco na Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) e na Paróquia Cristo Rei (Entre Rios do Oeste), que comemora o 31º aniversário de sua ordenação presbiteral

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Catequista com sua turma na Paróquia Inácio de Loyola, de Jesuítas - Foto: Patrícia Pelissari Crianças prontas para o início da Catequese em Jesuítas - Foto: Patrícia Pelissari

Gripe aviária: há tempo para prevenção?

Avicultores estão muito preocupados com a possibilidade do vírus da influenza aviária cruzar as fronteiras e por isso mesmo reforçam todas as medidas já conhecidas de biossegurança recomendadas para as granjas. O risco existe e a palavra de ordem no momento é evitar a presença desnecessária de pessoas que não fazem parte do processo produtivo nos galpões onde acontece a produção. Conforme protocolo internacional, caso o vírus alcance granjas comerciais, o país tem as exportações de frangos e ovos suspensas. Neste sentido, a recomendação das autoridades de saúde animal e das equipes técnicas de cooperativas e empresas integradoras é para que o avicultor priorize o cuidado com a granja e realize uma boa vistoria nos galpões. Verifique se não há espaços para a entrada de animais, principalmente de pássaros, possíveis transmissores do vírus. Deve ser observado se a granja está com as telas de proteção em dia e portas sem frestas, além de todos os sistemas de ventilação e/ou aquecimento em pleno funcionamento. Essas atividades são de plena atenção de produtores e técnicos que atuam no fomento. Um lote de animais pode estar infectado quando verificada a ocorrência de diarreia, excessivo lacrimejamento, andar cambaleante, torcicolo e dificuldade respiratória, mas principalmente, se constatadas

taxas elevadas de mortalidade. A comunicação às autoridades de saúde animal deve ser imediata. Nessa condição, inicia-se todo o processo de investigação e, além disso, o sacrifício do lote.

O Paraná está em alerta desde outubro do ano passado. Como medida preventiva, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), já proibiu a presença de quaisquer espécies de ave em eventos agropecuários, feiras, exposições e atividades afins no Estado do Paraná. Em paralelo, tem orientado técnicos e produtores rurais, por meio de suas entidades representativas.

A avicultura representa mais de 35% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Oeste do Paraná. Dezenas de municípios contam com a avicultura para movimentar a economia, na forma de construção de novos galpões e modernização dos já existentes, mas também no transpor-

te de insumos e no vai e vem de animais para alojamento ou para abate. Outros contam ainda com essa produção de proteína animal para gerar empregos nos frigoríficos e impostos para o atendimento às necessidades dos cidadãos. Segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Estado é responsável por quase 37% da produção brasileira de aves e por aproximadamente 40% das exportações.

O Município de Toledo, que lidera a produção agropecuária do Paraná, tem um plantel de quase 11 milhões de frangos de corte. Em valor bruto, esse quantitativo representa quase 25% do total apurado em 2022. Somando a produção de ovos (fecundado ou para consumo), as galinhas de postura e para recria, pintinhos para alojamento e até mesmo o esterco comercializado, o índice de participação no VBP de Toledo passa de 30%.

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Sistema inédito de biorreatores monitora processos de compostagem em laboratório

A pesquisa agropecuária desenvolveu um sistema de biorreatores de bancada interligados que permite analisar com rapidez e precisão a eficiência de processos de compostagem, principal método para produção de fertilizantes orgânicos. O protótipo já foi validado no laboratório de biorreatores e bioprocessos da Embrapa Solos (RJ) com resultados bastante satisfatórios, e agora o ativo tecnológico está disponível para parceria com empresas interessadas em desenvolver interface e design mais funcionais e atrativos para ofertá-lo ao setor produtivo.

Um dos diferenciais do equipamento é a capacidade de realizar testes rápidos em laboratório na mistura que está sendo preparada para a compostagem. Com 1 Kg de uma combinação de resíduos é possível saber, em questão de horas, o seu potencial para os bioprocessos.

O laudo mostra o potencial de o material alcançar temperaturas entre 50 e 65 graus Celsius, ideais para o processo de compostagem, bem como a taxa de aeração (suprimento de oxigênio) exigida pela atividade de biodegradação. De acordo com os pesquisadores, mesmo os experimentos mais complexos podem ser avaliados em menos de dois meses.

“Biorreatores como esses existem em outros projetos e modelos, mas, no nosso caso, conseguimos a façanha inédita de ter 12 reatores em funcionamento ao mesmo tempo e em linha, com sensores de oxigênio e gás carbônico e controle de temperatura, tudo integrado. Um dos diferenciais desse sistema é que, com no máximo um volume de 50 litros de mistura de resíduo, é possível fazer um experimento completo, com combinações, tratamentos e repetições, coisa que a campo seria impossível”, explica o pesquisador Caio Teves Inácio, líder do projeto que criou o sistema na Embrapa Solos.

AVANÇOS TECNOLÓGICOS

Biorreatores são equipamentos amplamente utilizados na pesquisa e desenvolvimento nas áreas de bio-

medicina, biofármacos, bioenergia, biorremediação de resíduos e outros bioprocessos.

Inácio aponta que avanços na biotecnologia, em conexão com as tecnologias digitais e engenharia de equipamentos, permitiram nos últimos anos inovações importantes no campo tecnológico dos biorreatores, impulsionadas pela tendência de uso de fontes biológicas, orgânicas, renováveis e recicláveis em substituição à matéria-prima de origem não renovável, como as procedentes de

matrizes fósseis e inorgânicas, que apresentam potencial elevado de impactos negativos ao meio ambiente.

O maior aproveitamento dos recursos biológicos e das moléculas bioativas de origem animal e vegetal tem representado importante potencial de inovação para a agricultura. No caso do reúso de resíduos rurais e da agroindústria para a produção de fertilizantes, por exemplo, indústria e agricultura têm se integrado em uma cadeia de produção de insumos de base biológica e renovável.

Produção brasileira de fertilizantes especiais em alta

De acordo com dados divulgados pelo Anuário de 2022 da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), as vendas do setor de fertilizantes especiais (que incluem os minerais especiais, os organominerais e os orgânicos) atingiram R$ 16,6 bilhões em 2021, apresentando um crescimento de 65% sobre o resultado de 2020. As três categorias tiveram cresci-

mento robusto, sendo que as vendas de fertilizantes orgânicos apresentaram a maior variação percentual (131%), seguidos pelos organominerais (68%) e pelos minerais especiais (58%).

Em 2021, as vendas de fertilizantes minerais especiais atingiram R$ 11,943 bilhões, ante R$ 3,298 bilhões dos organominerais e R$ 1,419 bilhão dos orgânicos.

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Alexandre Esteves
No sistema, 12 reatores funcionam ao mesmo tempo e em linha, com sensores de oxigênio e gás carbônico e controle de temperatura, de forma integrada (Fernando Gregio, da Embrapa Solos)

Agora somos CO2 FREE

A Tuicial Indústria Gráfica e a Greenfarm CO2 Free anunciaram uma parceria para promover práticas comerciais mais sustentáveis. A Tuicial é uma empresa comprometida com a sustentabilidade, enquanto a

Greenfarm oferece soluções de carbono neutro. Juntas, elas trabalharão para neutralizar as emissões de carbono da Tuicial e explorar oportunidades para reduzir ainda mais sua pegada de carbono.

Devemos transmitir o verdadeiro sentido da Páscoa

Sabemos que a Páscoa é a celebração na qual comemoramos a ressurreição de Cristo, após ter passado 40 dias de jejum e oração, se fortalecendo espiritualmente para sua grande missão.

Portanto, a cada Quaresma que vivemos Deus nos dá uma grande oportunidade para refletirmos sobre nossos e atos e nossas atitudes. Tempo também de pedir perdão e perdoar.

Como cristãos, temos o compromisso de nos aprofundarmos mais a cada dia para a nossa conversão. Só assim poderemos fazer um mundo melhor, começando por nós mesmos, dando exemplos através de nossas atitudes. Desta maneira, vamos promover o bem em nossas famílias, comunidades e trabalhos.

Como bons cristãos, temos também o dever de passar para nossos filhos o verdadeiro sentido da Páscoa. Como tradição, o chocolate faz parte das comemorações, mas o sentido

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom

Empurraram-me, tentando derrubar-me, mas veio o Senhor em meu socorro. O Senhor é minha força e o meu canto, e tornou-se para mim o Salvador.

“Clamores de alegria e de vitória ressoem pelas tendas dos fiéis”.

A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:

principal mesmo é a ressurreição de Cristo, que entregou sua própria vida por cada um de nós.

Envie sua Mensagem

Que maravilhas Ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!

Salmo 117(118), 13-15.22-24

Aponte a câmera do seu celular!

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Edson Ferraz Comunidade São José Operário Paróquia São Pedro e São Paulo | Toledo
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